A seguir, uma pequena crónica no JN, de Manuel Pina, vencedor do Prémio Camões deste ano, Não consta que Marinho e Pinto se tenha pronunciado sobre o mesmo assunto. E tal como Manuel Pina escreve, o jornal onde escreve anda mais preocupado com os amigos que podem perder assento. O "amigo Joaquim" lá sabe...:
Talvez tenha visto mal mas não me apercebi de que, como vem sendo feito na Net, algum jornal se tenha ainda interrogado sobre a sucessão de três notícias em pouco mais de dois meses que, isoladas, talvez só tivessem lugar nas páginas de Economia mas que, juntas, e com um director ou um chefe de redacção curiosos de acasos, até poderiam ter sido manchete.
A primeira, de 16 de Março, a da renúncia - dois anos antes do termo do seu mandato - de Almerindo Marques à presidência da Estradas de Portugal (para que fora nomeado em 2007 pelo então ministro Mário Lino), declarando ao DE que "no essencial, est[ava] feito o [s]eu trabalho de gestão".
A segunda, de 11 de Maio, a de uma auditoria do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal, revelando que, com a renegociação de contratos, a dívida do Estado às concessionárias das SCUT passara de 178 milhões para 10 mil milhões de euros em rendas fixas, dos quais mais de metade (5 400 milhões) coubera ao consórcio Ascendi, liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo. Mais: que dessa renegociação resultara que o Estado receberá, este ano, 250 milhões de portagens das SCUT e pagará... 650 milhões em rendas.
E a terceira, de há poucos dias, a de que Almerindo Marques irá liderar a "Opway", construtora do Grupo Espírito Santo.
O mais certo, porém, é que tais notícias não tenham nada a ver umas com as outras, que a sua sucessão seja casual e não causal.
MANUEL PINA
Caro José,
ResponderEliminarIsso seria notícia de relevo, se não fosse prática corrente cá no burgo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarGrande Pina!
ResponderEliminarBem merecido o prémio Camões.
Pena que a sua visibilidade esteja resumida a uma pequena crónica na última página do JN.
Alguém que tire uma cópia desta crónica e a remeta para a PGR.
PS: outra notícia que não vai aparecer nas manchetes:
"Portugal vai poupar cerca de 25 mil milhões de euros com o recurso à ajuda externa do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu. Os cálculos são dos técnicos do Parlamento e foram divulgados na sua nota mensal de Maio.
O recurso ao programa de financiamento da ‘troika' "é claramente vantajoso quando comparado com a alternativa de financiamento aos actuais níveis de mercado", lê-se no documento da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)".
http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-poupa-25-mil-milhoes-de-euros-com-recurso-ao-fmi_119069.html
"Não estou disponível para governar com o FMI"
"Tentei até ao limite evitar o recurso à ajuda externa"
hummmm!...
ResponderEliminarE quais as consequências do abandono do cargo antes do tempo? indemenizou o estado? recebeu ainda algum prémio?
desculpem, a pressa tem destas coisas "indemnizou"
ResponderEliminarO Governo não só nomeou as comissões de negociação, como criou condições para escapar ao controlo do Tribunal de Contas. Em 2006, a maioria socialista aprovou uma alteração aos poderes do tribunal que permite modificações a contratos antigos:
ResponderEliminar«Não estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas os contratos adicionais aos contratos visados», determina a Lei 48/2006, de 29 de Agosto
Por acaso, Macau, é muito bonita, e deu ao país, excelentes politicos e gestores.
ResponderEliminarHá que dizê-lo, com frontalidade...
Mais um invertebrado!
ResponderEliminarEm vez de "Pig" deviam chamar-nos minhocas.
Grande Pina, por isto é que o 'outro' o ofendeu...
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