Repare-se nisto que é sinal do que temos na Educação em resultado da política que temos de aparências e estatísticas:
"A PSP já identificou a jovem que surge num vídeo publicado nas redes sociais a ser agredida por duas outras adolescentes numa escola da zona de Lisboa.
A Renascença sabe que a polícia já conseguiu inclusive falar com os pais da vítima e que estes não se mostraram interessados em apresentar queixa.
A PSP procura agora identificar as agressoras e também os outros jovens que surgem no vídeo, em especial o autor da filmagem e responsável pela sua colocação na internet.
Enquanto procura reunir todos os dados sobre este caso, a PSP já enviou a informação disponível para o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Será portanto o Ministério Publico a decidir se, mesmo não havendo queixa da vítima, o caso será tratado como crime público, dando lugar a um inquérito crime.
Este vídeo – colocado na internet no passado domingo e hoje revelado pela SIC – tem cerca de 90 segundos e revela a violenta agressão de uma rapariga por parte de outras duas.
Divulgação do privado é “cada vez menos a excepção e cada vez mais a regra”
Luís Santos, professor de Novas Tecnologias na Universidade do Minho, considera que a facilidade com que o incidente passou para as redes sociais é o exemplo de um problema que se está a enraizar.
O que acontece com a divulgação pública de momentos privados está a tornar-se cada vez menos a excepção e cada vez mais a regra. O que se nota é que as estruturas tradicionais do nosso viver social ainda não conseguiram acompanhar o ritmo”, afirma Luís Santos.
“Há uma espécie de diferença de espaço entre a velocidade a que estas coisas acontecem e a velocidade a que as estruturas normais da nossa organização social se adaptam. A própria lei, as estruturas policiais, as estruturas educativas, o relacionamento familiar - todos estes nódulos do nosso viver social estão aqui um bocadinho postos em causa”, refere ainda Luís Santos. "
"A PSP já identificou a jovem que surge num vídeo publicado nas redes sociais a ser agredida por duas outras adolescentes numa escola da zona de Lisboa.
A Renascença sabe que a polícia já conseguiu inclusive falar com os pais da vítima e que estes não se mostraram interessados em apresentar queixa.
A PSP procura agora identificar as agressoras e também os outros jovens que surgem no vídeo, em especial o autor da filmagem e responsável pela sua colocação na internet.
Enquanto procura reunir todos os dados sobre este caso, a PSP já enviou a informação disponível para o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Será portanto o Ministério Publico a decidir se, mesmo não havendo queixa da vítima, o caso será tratado como crime público, dando lugar a um inquérito crime.
Este vídeo – colocado na internet no passado domingo e hoje revelado pela SIC – tem cerca de 90 segundos e revela a violenta agressão de uma rapariga por parte de outras duas.
Divulgação do privado é “cada vez menos a excepção e cada vez mais a regra”
Luís Santos, professor de Novas Tecnologias na Universidade do Minho, considera que a facilidade com que o incidente passou para as redes sociais é o exemplo de um problema que se está a enraizar.
O que acontece com a divulgação pública de momentos privados está a tornar-se cada vez menos a excepção e cada vez mais a regra. O que se nota é que as estruturas tradicionais do nosso viver social ainda não conseguiram acompanhar o ritmo”, afirma Luís Santos.
“Há uma espécie de diferença de espaço entre a velocidade a que estas coisas acontecem e a velocidade a que as estruturas normais da nossa organização social se adaptam. A própria lei, as estruturas policiais, as estruturas educativas, o relacionamento familiar - todos estes nódulos do nosso viver social estão aqui um bocadinho postos em causa”, refere ainda Luís Santos. "
Portanto, há uma agressão numa escola pública ( as tais que este Governo acapara para seguir a política jacobina de eliminação progressiva do ensino particular que lhe foge de mão) e há uma gravação em video dessa agressão que é publicitada na internet. Por qualquer motivo específico é assinalada nos media nacionais que catam estas coisas descobrindo motivações esconsas.
Ontem, um desses media publicitou o video e porque nada havia de mais relevante ( as últimas sondagens só apareceram à noite...) foi colocado em sinal vermelho de alerta público. O modo como foi noticiado, alarmante e significativo de algo gravíssimo "alertou" as autoridades que noutras ocasiões estão mudas e quietinhas porque no que está bem não se mexe e o sossego de esquadra é um bem inestimável.
Mas houve alarme social e incentivado para que se descobrisse "quem filmou" a bárbara agressão e nada fez.
A PSP lá se tirou dos cuidados e indagou o assunto, mesmo sem queixa que a queixa pública de certos media lhe chegou.
Afinal, descobre-se hoje que os ofendidos nada querem do sistema nem sequer dar trela aos media. Frustração! Não acontecimento! Vazio informativo!E vai de entrevistar um especialista em "Novas Tecnologias": Por causa do video, uma novidade absoluta para estes repórteres do efémero.
E bota discurso profundo, sociologicamente relevante e pano de fundo da reportagem mediática:
“Há uma espécie de diferença de espaço entre a velocidade a que estas coisas acontecem e a velocidade a que as estruturas normais da nossa organização social se adaptam. A própria lei, as estruturas policiais, as estruturas educativas, o relacionamento familiar - todos estes nódulos do nosso viver social estão aqui um bocadinho postos em causa”, refere ainda Luís Santos"
“Há uma espécie de diferença de espaço entre a velocidade a que estas coisas acontecem e a velocidade a que as estruturas normais da nossa organização social se adaptam. A própria lei, as estruturas policiais, as estruturas educativas, o relacionamento familiar - todos estes nódulos do nosso viver social estão aqui um bocadinho postos em causa”, refere ainda Luís Santos"
Pois de facto há uma "diferença de espaço". Um está situado no campus escolar; o outro é meramente virtual. Num o acontecimento já passou, perante a indiferença de quem tinha obrigaçãod e agir. No outro, perdura o tempo que os media quiserem e lhes interessar. É essa a diferença.
O resto, sobre as "estruturas" é um discurso de encher chouriço mediático. O problema real é a violência no interior de uma escola e a incapacidade da escola pública lidar com este problema. Que necessariamente tem a ver com falta de verbas, apesar de se gastarem balúrdios no ensino ( nas Novas Oportunidades, por exemplo). Tem a ver com a ausência de autoridade na escola em que os contínuos ( perdão, funcionários ) não sabem nem querem saber o que se passa no recinto para além do metro visível de um cacifo no portão de entrada ou no que se alcança da janela do bar.
Não é por isso mesmo apenas um crime cuja natureza pública agora se pretende indagar para o DIAP agir. É um crime público, sim, mas em que as vítimas não são apenas as do video. Somos todos nós e os agressores não são apenas as do video: são quem nos governou assim e que isto permitiu.
Mas este crime não pode ser investigado pelo DIAP. Tem que ser por todos os que pensam e tem voz pública.
Esse Luis Santos é como o proverbial parvo a olhar pro dedo, quando este aponta a Lua.
ResponderEliminara luta continua
ResponderEliminar«o fado é que instrói,
a bola é qu'induca»
Pela minha profissão posso dizer-vos que o presente e o futuro será cada vez mais espancado, como as imagens revelam.
ResponderEliminarNo pré já se assiste a cenas similares, ainda não há é telemóvel para filmar.
Há algum tempo que os pais se demitiram de educar;
a maioria dos pais faz do não um sim perturbador (para a criança);
há pais que admitem que o filho de 4 anos pergunte " queres levar um soco na tromba?";
há tempo demais que é verdade que a "criança sonha o os pais fazem";
há pais que dizem, dos seus mal educados filhos, "espero que quando entrar para o JI ele fique melhor
...
é caso para dizer "inventem-se novos pais"
A minha experiência não é dos subúrbios.