Para quem anda esquecido ou nunca se lembrou de perguntar ou saber, em Abril de 1985, já lá vão 26 anos ( é muito tempo...) os portugueses, tendo à cabeça Ernâni Lopes e outros responsáveis no governo de então e fora dele ( António Marta), negociaram a adesão de Portugal à CEE em moldes que implicavam a desistência da agricultura como a tínhamos e poderíamos vir a ter. Escolhemos antes os "fundos estruturais" para construir grandes obras e estradas em triplicado. Foi uma opção consciente, pensada e decidida pelo poder político de então, no qual o presidente da República estava e viria a estar num papel de relevo importantíssimo. A aposta na desistência da agricultura ( e pescas) não pode ser esquecida mas deve ser lembrada aos vindouros, com menção explícita de quem foram os seus autores directos e indirectos.
O povo, quanto a isso, não foi visto nem achado porque nunca houve referendos ou eleições para tal escolha. Foram os habituais génios da pátria, sempre beneméritos, quem escolheu. Parece que mal. Mas apesar disso, em vez de pedirem desculpas ao povo e recolherem ao anonimato, castigo merecido de quem arruína uma nação, ainda se proclamam os seus salvadores e oráculos.
Ainda não vi nem ouvi nenhum desses senhores e senhoras a dizer publicamente: errámos. Pedimos desculpa porque a nossa vida de privilégios na função pública e cargos de prebenda assentou nesses erros e não a merecemos. Nunca pedirão desculpa nem sequer aludirão ao facto porque como se sabe, nunca se enganam e raramente têm dúvidas. Ou vice-versa.
O único que vislumbrou as asneiras grossas que se fizeram foi Eduardo Catroga. Disse há pouco tempo que nos últimos 15 anos "a geração dele só fez porcaria". O problema é que deveria ter ido um pouco mais atrás. Uns dez anitos antes...
É ler o resumo do acordo de adesão para entender como foi e porque foi. Clicar na imagem da Grande Reportagem de 4.4.1985, a qual na capa alvitrava o fim do fado...
O fado é um espelho da nossa tragédia colectiva, da nossa saudade de um futuro que nunca se cumpriu como devia apesar das promessas sempre renovadas de quem nos desgraçou.
O povo, quanto a isso, não foi visto nem achado porque nunca houve referendos ou eleições para tal escolha. Foram os habituais génios da pátria, sempre beneméritos, quem escolheu. Parece que mal. Mas apesar disso, em vez de pedirem desculpas ao povo e recolherem ao anonimato, castigo merecido de quem arruína uma nação, ainda se proclamam os seus salvadores e oráculos.
Ainda não vi nem ouvi nenhum desses senhores e senhoras a dizer publicamente: errámos. Pedimos desculpa porque a nossa vida de privilégios na função pública e cargos de prebenda assentou nesses erros e não a merecemos. Nunca pedirão desculpa nem sequer aludirão ao facto porque como se sabe, nunca se enganam e raramente têm dúvidas. Ou vice-versa.
O único que vislumbrou as asneiras grossas que se fizeram foi Eduardo Catroga. Disse há pouco tempo que nos últimos 15 anos "a geração dele só fez porcaria". O problema é que deveria ter ido um pouco mais atrás. Uns dez anitos antes...
É ler o resumo do acordo de adesão para entender como foi e porque foi. Clicar na imagem da Grande Reportagem de 4.4.1985, a qual na capa alvitrava o fim do fado...
O fado é um espelho da nossa tragédia colectiva, da nossa saudade de um futuro que nunca se cumpriu como devia apesar das promessas sempre renovadas de quem nos desgraçou.
Durante o período de transição a agricultura portuguesa contava com dois mecanismos que a protegia da concorrência dos produtos europeu, os Montantes Compensatórios de Adesão, direitos aduaneiros aplicados à importação de produtos comunitários, e o Mecanismo Complementar das Trocas, um sistema de contingentamento das importações vindas da CEE assente na emissão de certificados de importação.O Governo de Cavaco Silva decidiu acabar com os mecanismos de protecção para que os preços baixassem em consequência da importação de produtos comunitários mais baratos. Consequência: destruição das empresas agrícolas nacionais.
ResponderEliminarOs projectos agrícolas do tempo do cavaquismo governamental que melhor simbolizam os governos de Cavaco Silva foram as famosas estufas de Thierry Roussel, o quarto marido da falecida Cristina Onassis, em Odemira e a fábrica de açúcar de beterraba da DAE, em Coruche, ambos próximos do fim do último governo. Como se sabe as estufas receberam os subsídios, intoxicaram os terrenos e depois faliram, pouco mais restou do que os jantares de uma conhecida secretária de Estado de então no veleiro do ricaço, quando este acostava no Cais do Sodré. A DAE recebeu subsídios para ser construída, mal chegou a produzir e voltou a receber subsídios para deixar de processar beterraba.
Estes trauliteiros do PS, diletantes sempre e ignorantes quase sempre, apenas deram mais força à locomotiva da desgraça que vinha animada de trás.
ResponderEliminarPoderiam tê-la parado mas isso seria o mesmo que pedir a um mudo que cantasse a Portuguesa. O cavaquismo escaqueirou o país, mas ainda assim tinha conserto.
Estes últimos doze anos chegaram para arrebentar com o resto e o responsável principal quanto a mim pode muito bem ser este presidente da República.
Posso estar a ser injusto mas teve tudo para mudar o país e não o conseguiu. Antes pelo contrário.
Estás a ver José que depois daqueles meses de PREC aconteceram anos a fio de PREC subliminar que enfiaram este país no buraco em que está. E nem todo este PREC subliminar teve uma coloração de esquerda.
ResponderEliminarPois isso é que teve e esse foi mesmo o problema. Cavaco é social-democrata mas não sabe muito bem o que isso significa: é economista...
ResponderEliminarExcelente José! assim, sim. É mostrar quem é culpado e quem se arma agora em hipócrita.
ResponderEliminarE não ter vergonha do campo nem das pescas porque eu hoje precisei de conversar com um jovem açoriano da Terceira para voltar a ouvir gente do povo com orgulho em o serem- em manterem tradições, valores, moral, património e não acharem que é por se fugir ao trabalho agrícola tornado-se cavalgaduras do asfalto desenraízadas que se é mais que os outros.
Eu considero tão importante preservar o pouco de povo que ainda existe. E esse não é caricatura citadina de serviços ou à rasca por ser doutor sem trabalho.
E não está a ser injusto. O Cavaco foi um cínico dos mais culpados.
ResponderEliminarAinda bem que existem desalinhados como o José e que sabem ver as coisas sem o eterno problema da etiqueta do clube.
Gostava de comentar... "#$%&*! blogger! -- JRF
ResponderEliminarPerdão... -- JRF
ResponderEliminarJá dá esta aguada? Ao fim de semanas! F*ck! Dizia eu... esse Cavaco! Teve tudo na mão, menos a visão estratégica para o país. A visão foi qualquer coisa como o IP5. Uma bacorada. E aí estamos.
ResponderEliminarDiz o Pedro Arroja que em 75 estávamos em 24º lugar no Mundo; 29º em 2005; 40º em 2010... para que serviu a dívida? Para desenvolver o país é que não foi. Isto vai ser terrível. -- JRF
Quando há há um par de anos Pedro Arroja disse que deveríamos sair do euro, nem acreditei na enormidade.
ResponderEliminarPois já se fala nisso...
Ontem o Medina Carreira falou de um modo na tv que nenhuma pessoa minimamente entendida deveria deixar passar em claro.
O Cavaco não esteve sozinho. TInha lá o génio do Borges, do Braga Macedo, até do Oliveira Martins.
ResponderEliminarRodeou-se do Dias Loureiro...
E está tudo dito.
É uma questão onomástica mas classificar todas essas figuras que atravessaram a ditadura, o PREC, a normalidade, a adesão à CEE, as vacas gordas e agora as vacas magras e que são as verdadeiras Novas Oportunidades como jacobinos de esquerda não me parece apropriado.
ResponderEliminarPor exemplo, Marcello Caetano recorria a um Secretariado Técnico. Nessa equipa brilhavam, segundo Feytor Pinto( livro já citado noutro post) , António Guterres, João Cravinho e Vítor Constâncio. Será Marcello Caetano a génese desta nossa jacobinagem?
“Debt restructuring will happen. The question is when (sooner or later) and how (orderly or disorderly). But even debt reduction will not be sufficient to restore competitiveness and growth. Yet if this cannot be achieved, the option of exiting the monetary union will become dominant: the benefits of staying in will be lower than the benefits of exiting, however bumpy or disorderly that exit may end up being.”
ResponderEliminarRoubini on Greece and Portugal
Há uns anos ouvi uma coisa do género: só a Alemanha tem mais tractores per capita.
ResponderEliminarSe custasse a ganhar, não se tinham comprado tantos tractores para apodrecerem nas arrecadações. E tantas outras coisas. Os Ferraris foi a face mais visível do desenvolvimento via subsídio europeu. A troco da destruição de tudo.
A agricultura tem algum futuro, mas não para nos resolver os problemas colossais. Não conheço ninguém que não queira comer português se puder... e que não considere os nossos produtos melhores que os estrangeiros. Só a proximidade e o tempo entre a colheita e consumo faz logo deles melhores produtos. Mas para o PIB, é quase nada.
As pescas (ou o mar) que o senhor presidente Silva descobriu recentemente, ainda é mais gritante... a maior zona económica exclusiva, sem frota. Seria preciso grande visão estratégica para defender o nosso acesso ao mar? Nem história sabem esta cambada de burros... -- JRF
O não-pagamento da dívida é uma necessidade imperiosa para os países que estão presos neste círculo vicioso, ainda que, por certo, não seja a única medida imprescindível.A reestruturação dirigida pelos devedores (debtor-led default), ao contrário da reestruturação dirigida pelos credores (creditor-led default), supõe a realização de uma auditoria prévia da totalidade da dívida, controlada pelas cidadãs e cidadãos. Trata-se de determinar que parte da dívida é ilegal, imoral ou directamente insustentável. Por exemplo, pode declarar-se imoral qualquer contrato de dívida subscrito por bancos resgatados com dinheiro público ou, inclusivamente, por bancos que tenham comprado dívida pública com dinheiro obtido junto do Banco Central Europeu. Nesse caso, pode reestruturar-se o prazo, o volume ou, simplesmente, declarar que não se paga. O objectivo é reduzir a carga da dívida.
ResponderEliminarÉ claro que este processo tem custos políticos e económicos importantes. Os mercados financeiros (os credores: bancos e outros agentes financeiros) actuariam conjuntamente para atacar e especular contra o país em questão. Também haveria reticências radicais, a nível institucional, por parte da União Europeia e do Banco Central Europeu, além dos bancos nacionais. Por isso, seria recomendável que a reestruturação fizesse parte de um plano mais amplo e que, além disso, estivesse coordenado, pelo menos, pelos países que dele têm mais necessidade. Estes países são periféricos, como Portugal, Grécia ou Espanha. O desejável, ainda assim, seria uma auditoria a nível europeu.
O plano mais amplo deveria incluir, como têm recomendado autores como Onaran, Husson, Toussaint o Lordón, a nacionalização das entidades financeiras e a contrução europeu de um novo sistema sancionatório que puna especialmente as rendas parasitárias do capital e as grandes fortunas, além de servir para reverter a tendência para desigualdade na distribuição de receitas entre capital e trabalho. Também seriam necessárias medidas correctivas dos desequilíbrios europeus (como apontado pelo relatório da Research on Money and Finance) e da altíssima dívida privada.
Sim, quando digo Cavaco, digo governo Cavaco. Tudo bons rapazes. Até se anda para aí a falar que o bom do Passos Coelho vai repescar alguns...
ResponderEliminarE se não repescar, tem sempre o grande professor em duas universidades. Fica bem entregue a nação. -- JRF
Não me parece. Os tais tecnocratas eram apenas isso: técnicos. Não faziam política.
ResponderEliminarMas depois do 25 de Abril veja-se onde entrou o Cravinho: no MES. Será que ele leu o programa do MES? Será que acreditava naquilo?
A jacobinada é outra coisa. É a intelligentsia de esquerda democrática. Nem sequer é o PCP. A intelligentsia da maçonaria aliada ao anticlericalismo e às correntes de ensino moderno que estragaram a educação de há anos a esta parte.
É o revisionismo histórico que adoptou a narrativa de esquerda incluindo a do pcp. E o jornalismo de esquerda que congrega todos esses elementos.
É a jacobinagm que orienta intelectualmente as opções pelos casamentos gay, as propostas radicais pela liberalização do aborto e a tomada dos centros de poder político de segunda ordem como as direcções gerais, os institutos etc.etc.
O ISCTE é o seio da jacobinagem.
Eu estou convencido que a dívida não é para pagar em boa parte... quem empresta também está, ou os juros teriam descido um pouco. O facto é que as entradas do FMI não fizeram descer juros de ninguém.
ResponderEliminarA saída do euro vai ser uma calamidade ainda maior que isto tudo. Nem percebo como pode ser feita...
Eu não vejo nenhum sentimento de urgência... não vi na campanha... não vi nos jornais... há o Medina Carreira, os blogues... não sei que vai ser disto. -- JRF
O Arroja disse que Portugal devia sair do euro porque também disse que não devia ter entrado.
ResponderEliminarMas agora, que era uma boa altura para provar como sempre foi profético, fecha-se em copas e viva a Troika que o problema de Portugal é ser demasiado feminino.
Não vale a pena o Arroja quando acerta é por mero acaso.
E nem ele sabe porquê, porque logo a seguir já tem outra novela onde encaixar a realidade.
O Dragão também sempre disse isso e não é economista.
Eu, muito sinceramente, não sei se tínhamos alternativa à entrada no euro-
Não que a porcaria da UE alguma vez me agradasse. Mas, uma vez feita, os outros vão por arrasto e, se não se finam fora, dentro, pelo menos ainda deu para muito tuga se safar lá fora
ehjehehe
Agora é outra a questão. È saber-se se se deve sair ou se isso vai ser uma inevitabilidade.
Eu não sei. Acho que a inevitabilidade é aquela que disse mal o programa da Troika foi conhecido- a dívida não é pagável.
Nestas passagens, concordo com o Wegie. Melhor, acho que ele está a olhar para a questão em jogo:
ResponderEliminar«Trata-se de determinar que parte da dívida é ilegal, imoral ou directamente insustentável. Por exemplo, pode declarar-se imoral qualquer contrato de dívida subscrito por bancos resgatados com dinheiro público ou, inclusivamente, por bancos que tenham comprado dívida pública com dinheiro obtido junto do Banco Central Europeu. Nesse caso, pode reestruturar-se o prazo, o volume ou, simplesmente, declarar que não se paga. O objectivo é reduzir a carga da dívida.»
Quanto ao jacobinismo, não e ele não percebe em que é que isso consiste mas agora também não vou ter tempo para explicar.
eehhe
O problema dos juros não é do FMI!
ResponderEliminarÉ do BCE! Tenho o raio de uma petição no Cocanha acerca disso.
Phónix, agora até as artistas já tem ensinar estas merdas aos engenheiros e economistas.
":O)))))))))
Ando a alimentar uma ideia há muito:
ResponderEliminarsobre a linguagem.
A linguagem que usamos de há décadas para cá, mudou.
Há quarenta anos escrevia-se e diziam-se coisas com mais precisão e clareza. E coisas complexas apareciam simples porque eram explicadas.
Hoje estive a ler a reportagem da doença de Salazar que a Flama ia publicando. Até os boletins clínicos publicavam com a indicação explícita dos valores médicos encontrados nos exames. Pulso, glicémia, valores da funçao renal etc etc.
Hoje em dia estes pormenores técnicos seja na medicina seja na agricultura seja noutras áreas não só não são entendidos pelos jornalistas como são relatados de modo abstracto e por depoimentos confusos.
Dantes, na tv Marcelo Caetano falava claro e sem rodeios. Hoje, o discurso político é um enigma a decifrar pelos intérpretes e pessoas como as do Bloco ou do PCP falam a habitual langue de bois sem que isso seja denunciado pelos jornalistas.
Não é por nada, mas aqui a artista, já no dia 7 de Maio tinha dito o que ontem o Medina Carreira disse na tv.
ResponderEliminarMas v.s não ligam às artistas
":O))))))
Quanto ao jacobinismo concordo com a o esclarecimento dado pelo José no seu comentário. Já compreendo melhor.
ResponderEliminarAgora dedico-lhe a ele este aparte:
No início dos anos noventa uma crise sem paralelo na história europeia desde a 2ª Guerra Mundial atingiu a Finlândia. Até então este país tinha dependido das suas exportações para o mercado da União Soviética. Com a implosão deste mercado cerca de um terço das exportações finlandesas colapsaram da noite para o dia. O desemprego aumentou de 3% para 22%.
Foram tempos terríveis esses. Mas ainda tenho na minha casa uma excelente aparelhagem Hi-Fi que uma empresa madeireira finlandesa começou a fabricar em 1991 e que era muito superior em qualidade a qualquer Sony. Tinha uma marca esquisita que eu pensava que era da Coreia ou Japonesa: Nokia.
Tem toda a razão. Eu também cheguei à conclusão que o povão mesmo analfabeto percebia perfeitamente em que consistiam as bolhas financeiras em pleno século XVII!
ResponderEliminarE hoje, à conta de tanto expert a complicar tudo e a querer convencer que são assuntos técnicos de tal modo afastados do comum, mortal, ninguém sabe nada.
Ninguém sabe, ninguém percebe, todos repetem palavras caras e nem traduzir o que dizem são capazes.
Quando disse FMI, referia-me à troika... mas... detesto essas palavras... que os jornalistas pegam, os políticos adoptam, toda a gente adopta... que cansativo...
ResponderEliminarO que eu digo é isto: há dinheiro e não é pouco, o que deveria dar algumas garantias aos credores... mas não dá... não deu nos outros casos e não deu no nosso...
Eu já me convenci que a economia ocidental já só funciona por inércia... e ao empurrão... até ao próximo estouro... que deve vir dos EUA (again) e nem imagino o que será. Porque nos níveis que estamos hoje, vai ser o regresso às cavernas... mas já dizia o Céline, que nas cavernas ou nos arranha céus, estamos iguais. Dou dois anos para mais um estouro. -- JRF
O problema nem é a linguagem técnica, é a mística criada em torno de questões que se quer convencer não poderem ser entendidas pelo senso comum.
ResponderEliminarA linguagem está de rastos porque além dessa falta de rigor atroz, desvirtua-se todos os dias o significado das palavras. Nisso os da esquerda são os maiores e os palermas do BE verdadeiros campeões. -- JRF
ResponderEliminarEu ligo Zazie! Mas o Medina Carreira aparece na televisão! :) -- JRF
ResponderEliminarAh e já me esquecia, José junta ao ISCTE o ICS com o qual partilha pessoal no regime 40%/60% e o incontornável CES da FEUC.
ResponderEliminarmariano de carvalho fez escola quando pm no final do séc. xix
ResponderEliminar«a agricultura é a arte de empobrecer alegremente».
era farmacêutico e prof de botânica na falecida politécnica onde fui aluno nos anos 50.
o mundo mudou em todo o lado menos em Bruxelas
fui agricultor nas horas vagas.
pior que a burocracia estadual,
só os que usam a alcunha de 'trabalhadores'
A Nokia entrou na electrónica tão tarde? Não sabia... vou à Wikipedia ver. Hoje ganhou uma acção super-importante à Apple. Ainda mexe aquilo, mas está a atravessar tempos complicados e a complicar-se todos os dias.
ResponderEliminarDe qualquer modo, Portugal perde comboio atrás de comboio. A internet está aí para toda a gente... pouco se desenvolveu cá. Pouco ou nada se patenteou. Os bons, os EUA captam-nos. A internet não necessita de grandes recursos em matérias primas, indústrias, agricultura ou pesca... só massa cinzenta... a que temos, anda em fuga. -- JRF
ahahahahahah
ResponderEliminarMal sabes tu quem lhe escreve o guião.
":O)))))))))))
As histórias de sucesso dos países podem replicar-se.
ResponderEliminarEm Portugal quanto maior crise houver maior oportunidades surgirão para coisas novas.
Quanto a mim, o maior erro que se cometeu durante estes últimos 37 anos foi precisamente no ensino de base e na progressão para o superior. Ao eliminarem o ensino técnico como existia em 75 ( por Rui Grácio que o fez de boa fé e a pensar no caminho para a sociedade sem classes) cortaram a possibilidade de muita gente evoluir nas técnicas de fazer coisas. Electricistas, torneiros, mecânicos, carpinteiros, técnicos de contabilidade, de secretariado etc etc deixaram de aprender as noções básicas e complementares nos cursos públicos e tiveram que aprender noutro lado com deficiências.
Parece-me esse um crime maior, porque o sucedâneo não tem metade do valor do original.
E ainda por cima, os tugas são naturalmente inventivos.
ResponderEliminarMuitíssimo. Podíamos de facto dar cartas se não se matasse tudo à partida.
Hehe... bem me parecia que estava a reconhecer algumas partes! -- JRF
ResponderEliminarEm França qualquer pessoa percebe o que se passa na política e nos problemas económicos. Estão bem informados e sabem compreender o que se diz e escreve.
ResponderEliminarPor cá, por efeito da linguagem deletéria que para mim é um dos instrumentos preferidos do jacobinismo, não se percebe o que dizem certas pessoas sobre economia, saúde, educação, justiça, etc etc.
Há aqui um problema fundamental quanto a mim.
O Público é o jornal mais jacobino que há. Até aflige.
Pois se a agricultura é a arte de empobrecer alegremente, mais uma razão para se lhe deitar mão. Empobrecer já sabemos que vai ser a sorte de muita gente, ao menos que o seja com alegria.
ResponderEliminarA agricultura significa reter pessoas nos seus locais de pertença. Deixa-los desenvolver aí o que querem. Não lhes vendam mais sonhos de tv com hipoteca de casa na cidade e descendência de doutores à rasca, sem nada saberem fazer.
Eu não sei quando a Nokia entrou na electrónica. Apenas disse que tenho uma excelente aparelhagem dessa altura e que é hoje uma raridade.
ResponderEliminarDoutor Engenheiro Campónio JRF--
ResponderEliminar":OP
Exacto... mas já vi, foi em 1960. Ainda factura 42 mil milhões... a queda da Nokia não vai ser desprezível para a Finlândia... -- JRF
ResponderEliminarMas chamo a atenção para algumas diferenças entre Portugal e a Finlândia de então. O crescimento português das melhores épocas (anos 50 e 60) não se fez tendo como base a exportação mas o mercado interno (e colónias). Não há uma tradição exportadora. Os índices educativos são e eram muito diferentes.
ResponderEliminarOntem o Medina Carreira disse que fez umas contas simples com uma calculadora sobre os números e indicadores económicos que temos e chegou à conclusão que qualquer pessoa poderia chegar.
ResponderEliminarCuriosamente os jornalistas não chegaram lá. Não temos jornalistas que entendam de assuntos complexos de modo a escreverem para todos perceberem.
O jornalismo portugues está cheio de cretinos tipo Ricardo Costa que sabe umas larachas sobre politiquice.
O jornalismo português é uma mistura de burros pomposos ao serviço de agendas inconfessáveis e de pobres diabos tarefeiros a recibos-verdes.
ResponderEliminarOs jornalistas não chegam lá. E podiam. É verdade.
ResponderEliminarMas então o que me diz das dezenas de doutorados e pós doutorados e comentadores peritos e economistas e financeiros e o diabo a 7 que também nunca chegariam lá?
Eu chaguei meio mundo desde dia 7. Porque me passei com tanta anomia. E o único que me respondeu foi o Vilarigues.
Ficou histórica esta. Eu tinha escrito antes, aqui, que apostava que só um comuna ia chegar lá e dizer umas verdades.
E que era aí que estava também a nossa tragédia. E foi isso. O Vilarigues mailo seu economista comuna já tinham as continhas feitas antes do Medina.
E o resto nem tugia nem mugia e ainda agora assobiam para o ar.
Este problema ocorre ainda na Justiça. Os jornalistas olham para a Justiça como o boi para o palácio. E depois acham que podem marrar porque o palácio é de borracha...
ResponderEliminarE sei que houve quem tenha escrito ao Medina Carreira a colocar essas mesmíssimas questões.
ResponderEliminarCreio que ele não chegou a responder pessoalmente mas disse-o na tv.
Voilá.
Pois é. e é por isso que só servem para estropiar tudo e o povo português não percebe corno de uma mera treta que o José aqui explica em poucas palavras.
ResponderEliminarE explica de forma tão simples que até uma criança compreendia.
Mas eles complicam e não querem perceber.
A questão é haver apenas um Medina Carreira a dizer coisas assim.
ResponderEliminarÉ um mistério, isto.
O que inibirá os outros de falarem do mesmo modo?
Talvez seja o mesmo fenómeno que se passa na justiça: há pelo menos duas mil pessoas ( magistrados e alguns advogados) que sabem que o Marinho e Pinto é um demagogo da pior espécie e que os jornalistas percebem quase nada do assunto.
Mas não falam, não escrevem nem se manifestam. Estranho, isto.
Enfim, à demain.
ResponderEliminarZazie,
ResponderEliminarMas está estabelecido que a economia é uma linguagem esotérica, uma excelência fabricada para o consumo exclusivo de alguns. É assim que não haverá reestruturação da dívida mas rebalancing. É mais chique sei lá...
«O que inibirá os outros de falarem do mesmo modo?»
ResponderEliminarBoa pergunta, José. Acho que todos os dias a faço e não encontro resposta a não ser uma suspeição demasiado pequenina...
Por respeitinho- porque andam a cuidar da vidinha.
ehehehe
ResponderEliminarPois é, Wegie- rebalamcemo-nos pois que eu agora vou chonar.
Com pudor em publicar no post os nomes dos responsáveis, José?
ResponderEliminarReceio de ser injusto com Mr. President?
Ora, ora... nem o reconheço!
Quem foi o principal impulsionador do arranque de vinhas à custa de míseros subsídios, aceitou limites de quotas pescatórias, etc?
É mesmo falta de memória....
E sobre o processo judicial a um jornalista, nem uma palavra?
O mesmo silêncio sobre a atribuição de nota 10 aos candidatos a magistrados que compiaram?
Ufa!...
ResponderEliminarOu isto é delírio, ou outra revolução está para chegar.
Mas esta Solange é ceguinha ou não sabe ler?
ResponderEliminarCega e otária, como convém num país à beira da bancarrota.
ResponderEliminarò Jorge, o José nunca deixa escapar o Cavaco. Tu é que tens má vista com tanta missão especial.
ResponderEliminarQueria dizer, não sei que nome usar, Marieta.
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