Pedro Ferraz da Costa é provavelmente a figura pública neste país que desde há mais de trinta anos apresenta as suas ideias económicas com a coerência de quem sabe exactamente o que se está a passar e diz o que tem de ser dito no tempo oportuno ( é ler essa entrevista ao Público, de 2005...) Poucos lhe dão ouvidos, no entanto. E outros então...escrevem sem saber mas há quem saiba.
Lembro-me que ainda nos anos setenta, Pedro Ferraz da Costa era a habitual "pain in the ass" dos poderes políticos de esquerda. Quando aparecia na tv, em nome da CIP, era a figura marcada do capitalismo num país que rumava de modo alegre para o socialismo e que por causa disso, logo em 1977 e menos de dez anos depois teve por cá o FMI a dar dinheiro a troco de intenções piedosas de correcção política e económica. Ferraz da Costa teve sempre razão política nesses anos. A Esquerda dominante nem lhe dava atenção. Era logo descartado como de "direita" e nos anos setenta, abertamente reaccionário e indivíduo a abater politicamente. Era uma sombra negra dos poderes de então, a caminho do socialismo, mesmo o democrático. Pouca gente aprecia hoje em dia Ferraz da Costa. Muitos porque nunca o apreciaram e apesar de terem mudado de casaca ( João Carlos Espada, por exemplo) ficam ressentidos da lembrança do tempo em que pensavam de maneira diversa. Os demais, os fósseis, esses continuam na mesma fossilizados. As tv´s das anas lourenços, miguéis ribeiros, mesmo mários crespos ou até as judites variadas e as campos ferreira dos prós não se identificam minimamente com o que Ferraz da Costa diz. Nem o compreendem sequer. Estamos como estamos por causa disso também.
Hoje no i, Ferraz da Costa coloca os pontos nos ii, mais uma vez:
Lembro-me que ainda nos anos setenta, Pedro Ferraz da Costa era a habitual "pain in the ass" dos poderes políticos de esquerda. Quando aparecia na tv, em nome da CIP, era a figura marcada do capitalismo num país que rumava de modo alegre para o socialismo e que por causa disso, logo em 1977 e menos de dez anos depois teve por cá o FMI a dar dinheiro a troco de intenções piedosas de correcção política e económica. Ferraz da Costa teve sempre razão política nesses anos. A Esquerda dominante nem lhe dava atenção. Era logo descartado como de "direita" e nos anos setenta, abertamente reaccionário e indivíduo a abater politicamente. Era uma sombra negra dos poderes de então, a caminho do socialismo, mesmo o democrático. Pouca gente aprecia hoje em dia Ferraz da Costa. Muitos porque nunca o apreciaram e apesar de terem mudado de casaca ( João Carlos Espada, por exemplo) ficam ressentidos da lembrança do tempo em que pensavam de maneira diversa. Os demais, os fósseis, esses continuam na mesma fossilizados. As tv´s das anas lourenços, miguéis ribeiros, mesmo mários crespos ou até as judites variadas e as campos ferreira dos prós não se identificam minimamente com o que Ferraz da Costa diz. Nem o compreendem sequer. Estamos como estamos por causa disso também.
Hoje no i, Ferraz da Costa coloca os pontos nos ii, mais uma vez:
Jornal i-O programa da troika responde às reformas estruturais de que o país precisa?
Pedro Ferraz da Costa- São as que se falam há 30 anos. Se não as fizermos não há dinheiro. Há níveis de desequilíbrios orçamentais entre os países da zona euro que não existem nos Estados Unidos. A UE viu o que se estava a passar e não quis reagir. O próprio ministro alemão das Finanças chegou a dizer que a crise não ia chegar à Europa. Não foram só Sócrates e Teixeira dos Santos que não foram capazes de prever minimamente o que estava a acontecer. A relação dos políticos com a mentira é muito difícil. E há aqueles que têm um feitio mais compulsivo e que acabam por se convencer que o que dizem é verdade. Teixeira dos Santos devia saber o risco enorme que o país corria se a interpretação não fosse a correcta.
Como o adiamento dos pagamentos...
Que é um problema que Teixeira dos Santos conhece bem porque ele foi praticamente ministro das Finanças no governo de António Guterres, com o professor Sousa Franco a fazer de conta que era ministro. Nessa altura, a falta de controlo sobre os organismos com autonomia administrativa e financeira já era total. Mas o governo de Durão Barroso fez o mesmo.
Criou menos parcerias público- privadas...
Durão não teve tempo porque resolveu fugir para Bruxelas. Santana foi muito menos mau primeiro-ministro. Deixou- -se colocar numa situação em que uma parte da penalização foi injusta. Foi mais reformista e tinha um governo muito melhor em vários aspectos. Mas tinha alguns piores.
Quem foi o pior?
Bagão Félix como ministro das Finanças. Foi mais um que não percebeu que tínhamos mudado de paradigma e que o sistema fiscal é o único instrumento que existe nos países da zona euro para internacionalizar as empresas e torná-las mais competitivas.
Uma das poucas pessoas que aprecio e respeito. O problema dele foi sempre a sua honestidade e objectividade. Qualidades pouco apreciadas neste país.
ResponderEliminarPois é. E diz coisas certeiras:
ResponderEliminar«Os centros de decisão estão a cair desde o 25 de Abril e só agora é que se reparou. Tivemos desde o início uma política de intervenção do Estado na economia que foi subserviente em relação a tudo o que era estrangeiro e revanchista em relação ao que era nacional.»
Eles têm é uma relação difícil com a verdade. Com a mentira é tu-cá-tu-lá.
ResponderEliminarPedro Ferraz da Costa também diz na mesma entrevista: "O novo Governo vai ser igual aos outros". Isto deve enfurecer muita gente...
ResponderEliminarpreferia bloco central com Seguro
ResponderEliminarvai ser governo muito impopular
num rectângulo fascista
de 'entusiasmo urinário'
«começam a urinar a 3m de distância e acabam a mijar nos sapatos»
Ferraz conhece bem o lixo humano dos governantes e desgoverndos