O semanário Expresso noticiou no sábado que o Governo pediu aos Serviços de Informação uma investigação a alegados negócios de Bairrão em Angola e no Brasil, o que o Governo desmentiu.
«Se algum senhor jornalista tem provas de que não tenha sido assim que as apresente, porque essa notícia não tem nenhum fundamento», afirmou hoje Passos Coelho perante a insistência dos jornalistas nesta questão.
O director do Expresso, Ricardo Costa, que também assina o texto publicado pelo semanário, afirmou à Lusa que o jornal «mantém tudo o que está na notícia», escrita com base numa investigação desenvolvida pelo jornal «ao longo de 15 dias».
A investigação do Expresso provavelmente baseou-se no recurso às costumeiras fontes anónimas do jornalismo português. Em processo de intenção jornalística, podemos imaginar que alguém lhes bufou a historieta de que o Bairrão foi investigado por alguém por causa das coisas. O alguém pode ter sido quem pudesse saber das coisas e o mandante quem estava interessado em saber. Em os nomes coincidindo, junta-se a fome à vontade de comer. E é assim que se faz a notícia confirmadíssima: Uma fonte serve-lhes. Mesmo inquinada, sabe-lhes a água de rosas para perfumar a cretinice. O processo é perfeito: o jornalista amanda a notícia forjada de meia-verdade, apurada a meio termo. O visado nega porque não teme a meia-mentira e está seguro da meia-verdade. O jornalista reconfirma a meia-verdade e respalda-se na verdade da fonte da meia-mentira.
Nenhum tem forma de comprovar o facto negativo. O jornalista não pode denunciar a fonte e não tem documento para sustentar o testemunho impossível. O visado sabendo que uma meia-verdade é uma mentira completa, não pode comprovar porque assim é.
O jornalismo de Costa está sempre a dar à costa naufrágios de verdades. E vai continuar porque a chafurdar neste pântano ninguém o bate.
Não me custa nada acreditar que o SIS, que não passa duma reles loja maçónica, tenha investigado por ordem do maçon Relvas, a vida do tal de Bairrão. Não adianta agora chafurdar para cima do mano Costa.
ResponderEliminarO SIS não investigou nada de nada, a meu ver, porque nem poderia.
ResponderEliminarAliás, o Costa saberá muito bem disso porque sendo cretino não é estúpido.
Para uma nomeação de Secretário de Estado, pensada uns dias antes e comunicada num Domingo publicamente por um tal Rebelo de Sousa, o SIS nem tempo tinha de organizar o expediente.
ResponderEliminarO que poderá ter sucedido, provavelmente e sem problema de maior é um pedido de informação a quem poderia saber algo mais mas de modo informal e sem comprometer o serviço.
Uma coisa "por fora" e sem prejuizo de maior. Um pedido de opinião.
Julgar que isto não sucede ou é ilegal é não conhecer o Olrik que estava no Governo anterior. Esse e outros. E nunca alguém se incomodou com tal desempenho. A não ser por aqui neste blog e pouco mais.
Ora tal não chega para uma notícia como a do Expresso que é outra ignonmínia sobre o jornalismo caseiro, da autoria do tal Costa o afogador de verdades.
ResponderEliminarJosé como sabes que i SIS não investigou nada? Terá sido um SMS de Manuela Moura Guedes para Passos Coelho a ocasionar o pedido de «informações» do actual PM. Moura Guedes e José Eduardo Moniz, sabe-se, não gostam do senhor. Compreende-se: Bairrão terá demitido Moura Guedes, e, pior, opõe-se à privatização da RTP, na qual a Ongoing de Moniz (e Teixeira Pinto) está interessada. E chegamos aqui ao último elo da narrativa: um tal Jorge Silva Carvalho demitiu-se (com estrondo) de director do SIED em Novembro. No mês seguinte, já estava na Ongoing. Teve o cuidado de dar uma entrevista dizendo que «o meu dever de reserva em relação aos serviços e às matérias abordadas enquanto em funções será sempre mantido».
ResponderEliminarEntre Ongoing, SIS, SIEDM e maçonarias parece-me tudo muito elucidativo...
ResponderEliminarA intervenção do SIS e do SIEDM a pedido do Governo não pode ser uma brincadeira sem registo.
ResponderEliminarE se houve pedido de informação nesse sentido de alguém interessado em saber o que quer que fosse com interesse pode ter sido informalmente. Só pode, aliás. O que não é ilegal em determinado ponto de vista mas não compromete o governo ou a "secreta".
O problema são os Olriks. São cartas fora do baralho com todos os trunfos na mão.
ResponderEliminarSe um qualquer interessado que nisso tenha legitimidade, por exemplo um recrutador de pessoas para um elenco governamental quiser saber se determinada pessoa está apta a assumir o posto, não a conhecendo bem, o que deve fazer? Informar-se junto de quem a conhece. Não é só um direito como também um dever porque a responsabilidade da nomeação pode implicar complicações graves posteriormente e irá ser pedida essa responsabilidade a quem nomeou.
ResponderEliminarSe há dúvida sobre determinada pessoa em assumir uma tarefa governativa quem escolhe tem o dever de dissipar essas dúvidas. E como o vai fazer? Pedindo informação a quem pode saber.
Será legítimo quem escolhe, com a legitimidade de estar mandatado pelo partido mais votado para tal, pedir a um serviço de informações da República que investigue e forneça essa informação? NÃO.
E como é que se obvia a esta ilegalidade? Pedindo a informação a quem sabe mas não ao serviço em si mesmo. Ou seja, sujeitando-se a uma informação errónea, não confirmada e desresponsabilizante porque infnundamentada em termos legais.
Isto é aceite democraticamente? Depende do serviço e da ética de quem o pede e quem o executa.
Se eu conhecer um agente de um serviço de informações e lhe solicitar a título particular e de amizade pessoal uma informação sobre um determinado assunto sensível que não seja eticamente censurável pedir e obter que mal tem isso? NENHUM.
E essa informação pode ser atribuída "à secreta!?
NÃO.
É isto.
OK! Um favorzinho...que mal tem? Estamos no país dos favorzinhos. A Mudis é que tem razão. E a Norma dos Pobres.
ResponderEliminarNão é um favorzinho. É outra coisa. Favorzinhos há muitos e muito pior que esses...
ResponderEliminarSubscrevo a teoria do Rodrigo Saraiva: http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/1187947.html
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