Na Inglaterra, David Cameron vê a coligação de governo e o próprio lugar ameaçados por causa dos escândalo das escutas que os seus jornais da News Corporation fizeram ao longo de anos de complacência.
Por isso e porque se apurou e ontem foi publicado pelo The Independent que o primeiro-ministro britânico manteve durante o último ano variadíssimos encontros ( 26, mais de dois por mês) com responsáveis directos pela imprensa de Murdoch. São apenas encontros e nada transpirou do conteúdo respectivo, mas Cameron vai ter de explicar publicamente estas coisas.
Imagine-se então que Cameron, em vez de encontros e em complementaridade era apanhado em flagrante, por escutas validadas num processo penal relativamente aos interlocutores, a falar abertamente em participar numa ofensiva contra determinados órgãos de informação do seu país. Imagine-se que eram publicadas essas escutas parcialmente transcritas pela polícia e validadas por magistrados e que elas revelavam inequivocamente a tentativa do primeiro-ministro, através de homens de mão da sua confiança e amigos chegados, de manipular o mercado dos media de tal forma que os principais media ostensivamente desafectos ao governo, seriam comprados através de um esquema de testas de ferro e de interesses cruzados para eliminar essa oposição política e mediática, com arranjos entre empresas em que o Estado tinha poder e com amigos nelas colocados.
O que diria a opinião pública inglesa de tal feito do seu primeiro-ministro?
Diria o que disse a de cá, a propósito do caso TVI/Sócrates? Aceitaria que o seu primeiro-ministro, interpelado no Parlamento mentisse descaradamente e que uma comissão de inquérito o determinasse politicamente e sem consequências?
Aceitaria que perante um crime punível no Código Penal um procurador-geral da República ocultasse das autoridades que devem investigar tais factos, a matéria em causa e acabasse por arquivar tudo em modo secreto e sigiloso sem sequer dar conhecimento dos fundamentos integrais desse despacho?
O que teria sucedido a esse procurador-geral? E ao sistema de Justiça que tal permitiu?
Se quisermos ver o espelho da nossa democracia têmo-lo aqui mesmo neste assunto.
Por isso e porque se apurou e ontem foi publicado pelo The Independent que o primeiro-ministro britânico manteve durante o último ano variadíssimos encontros ( 26, mais de dois por mês) com responsáveis directos pela imprensa de Murdoch. São apenas encontros e nada transpirou do conteúdo respectivo, mas Cameron vai ter de explicar publicamente estas coisas.
Imagine-se então que Cameron, em vez de encontros e em complementaridade era apanhado em flagrante, por escutas validadas num processo penal relativamente aos interlocutores, a falar abertamente em participar numa ofensiva contra determinados órgãos de informação do seu país. Imagine-se que eram publicadas essas escutas parcialmente transcritas pela polícia e validadas por magistrados e que elas revelavam inequivocamente a tentativa do primeiro-ministro, através de homens de mão da sua confiança e amigos chegados, de manipular o mercado dos media de tal forma que os principais media ostensivamente desafectos ao governo, seriam comprados através de um esquema de testas de ferro e de interesses cruzados para eliminar essa oposição política e mediática, com arranjos entre empresas em que o Estado tinha poder e com amigos nelas colocados.
O que diria a opinião pública inglesa de tal feito do seu primeiro-ministro?
Diria o que disse a de cá, a propósito do caso TVI/Sócrates? Aceitaria que o seu primeiro-ministro, interpelado no Parlamento mentisse descaradamente e que uma comissão de inquérito o determinasse politicamente e sem consequências?
Aceitaria que perante um crime punível no Código Penal um procurador-geral da República ocultasse das autoridades que devem investigar tais factos, a matéria em causa e acabasse por arquivar tudo em modo secreto e sigiloso sem sequer dar conhecimento dos fundamentos integrais desse despacho?
O que teria sucedido a esse procurador-geral? E ao sistema de Justiça que tal permitiu?
Se quisermos ver o espelho da nossa democracia têmo-lo aqui mesmo neste assunto.
Se o MP andasse a perder tempo com estes fait divers não se poderia ocupar dos orfãos,velhinhos e viúvas...
ResponderEliminarAfinal, a Moody's sempre tem razão: portugal é LIXO!
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