No caso Strauss-Khan, o procurador Cyrus Vance, após ter investigado durante pouco mais de um mês, descobriu que a vítima Diallo tem uma história de vida pessoal que a descredibiliza perante um assunto cujo esclarecimento depende essencialmente dessa credibilidade.
Descobriu que a referida Diallo teve contactos telefónicos com um suspeito de tráfico de droga e que todos os meses lhe depositava na sua conta várias importâncias que atingiram 100 mil dólares nos últimos dois anos. Ainda descobriu que Diallo tem vários telemóveis em cinco redes que carrega e lhe custam várias centenas de dólares por mês. A vítima refuta estes factos e a investigação prossegue, mas a credibilidade de uma pessoa assim perante um júri afigura-se problemática e por isso Strauss-Khan recuperou a liberdade provisória.
Esta investigação é a que se chama "a décharge", ou seja a que pode favorecer o suspeito e foi o procurador que a fez, não o advogado manhoso do suspeito, um judeu celebrizado por defender salafrários notórios, com métodos que por cá ninguém hesitaria em chamar de "pidescos", adjectivação que já entrou no léxico comum.
Cyrus Vance é um procurador que disse acreditar que todos merecem um sistema judiciário justo e igual para todos. E ainda ontem, no tribunal, o repetiu: o sistema americano de justiça visa assegurar a igualdade de todos perante a lei e os casos devem ser investigados sem medo e sem protecção de poderosos ou até favoritismo aos mesmos.
A directora do DCIAP no outro dia, numa entrevista à tv, disse que os casos que envolvem pessoas importantes devem merecer um especial cuidado. Duvido que seja no sentido apontado, porque tal entendimento exige precisamente o discurso oposto, ou seja de que todos devem ser tratados por igual. O advogado Proença de Carvalho, amigo pessoal do PGR Pinto Monteiro, ontem na tv, repetiu o estribilho do costume: menos autonomia para o MºPº e maior poder para o PGR, para algo que desta vez não chegou a definir mas que é a mesma ideia de sempre: sob a capa de uma pretensa responsabilização que na prática não existe, porque o nosso sistema não é o americano ( nem ele quer que o seja, cruzes canhoto!) ter o melhor de dois mundos: controlo directo da investigação e possibilidade de favorecimento pessoal aos importantes que caem nas redes processuais.
Em alguns casos mediáticos, em Portugal, mesmo com o sistema que temos, tal já sucedeu.
Procuradores como Cyrus Vance, por cá, não vejo muitos...e no topo não vejo mesmo nenhum. Mas pode ser que estejam escondidos, quietinhos, caladinhos e direitinhos...
Descobriu que a referida Diallo teve contactos telefónicos com um suspeito de tráfico de droga e que todos os meses lhe depositava na sua conta várias importâncias que atingiram 100 mil dólares nos últimos dois anos. Ainda descobriu que Diallo tem vários telemóveis em cinco redes que carrega e lhe custam várias centenas de dólares por mês. A vítima refuta estes factos e a investigação prossegue, mas a credibilidade de uma pessoa assim perante um júri afigura-se problemática e por isso Strauss-Khan recuperou a liberdade provisória.
Esta investigação é a que se chama "a décharge", ou seja a que pode favorecer o suspeito e foi o procurador que a fez, não o advogado manhoso do suspeito, um judeu celebrizado por defender salafrários notórios, com métodos que por cá ninguém hesitaria em chamar de "pidescos", adjectivação que já entrou no léxico comum.
Cyrus Vance é um procurador que disse acreditar que todos merecem um sistema judiciário justo e igual para todos. E ainda ontem, no tribunal, o repetiu: o sistema americano de justiça visa assegurar a igualdade de todos perante a lei e os casos devem ser investigados sem medo e sem protecção de poderosos ou até favoritismo aos mesmos.
A directora do DCIAP no outro dia, numa entrevista à tv, disse que os casos que envolvem pessoas importantes devem merecer um especial cuidado. Duvido que seja no sentido apontado, porque tal entendimento exige precisamente o discurso oposto, ou seja de que todos devem ser tratados por igual. O advogado Proença de Carvalho, amigo pessoal do PGR Pinto Monteiro, ontem na tv, repetiu o estribilho do costume: menos autonomia para o MºPº e maior poder para o PGR, para algo que desta vez não chegou a definir mas que é a mesma ideia de sempre: sob a capa de uma pretensa responsabilização que na prática não existe, porque o nosso sistema não é o americano ( nem ele quer que o seja, cruzes canhoto!) ter o melhor de dois mundos: controlo directo da investigação e possibilidade de favorecimento pessoal aos importantes que caem nas redes processuais.
Em alguns casos mediáticos, em Portugal, mesmo com o sistema que temos, tal já sucedeu.
Procuradores como Cyrus Vance, por cá, não vejo muitos...e no topo não vejo mesmo nenhum. Mas pode ser que estejam escondidos, quietinhos, caladinhos e direitinhos...
estou há cerca de 20 meses à espera de conhecer o resultado da queixa que apresentei quando da agressão de que fui vitima por parte do meu ex-advogado.
ResponderEliminara PSP cumpriu
os poderosos estão sempre à frente de todos
espero ser atendido pela magistratura numa das próximas encarnações
Sobre o caso DSK, circula por aí um email com o seguinte conteúdo:
ResponderEliminar"Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.
Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).
As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existe nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.
Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.
Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição. No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.
A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.
Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo.
Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluido que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.
O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama.
Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"
À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.
À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumar-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.
ResponderEliminarA "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".
Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg.
A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirurgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuido para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.
Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors."
A teoria da conspiração já faz o seu curso...
ResponderEliminarNão teria sido bem melhor, para quem queria entalar DS-K, plantar câmaras na suite?
Estas teorias esbarram sempre nos detalhes. Por exemplo, o polícia que interveio no caso. A Marianne da semana passada faz um retrato do indivíduo e mostra que actuou como sempre o faz: depois de se certificar que tinha havido abuso sexual. E fez neste caso o que tem feito e centenas ou milhares de outros porque é assim que se faz.
Michael Osgood é o nome e no caso, perante a queixa quis saber os pormenores rapidamente e levou a situação ao Procurador que deu o aval à actuação de prisão no avião.
Não me parece que a conspiração tenha grandes pernas para andar embora esses factos possam perfeitamente encaixar no caso.
O árabe Moamed pai de do namorado da princesa Diana ainda hoje está convencido que o acidente foi atentado...e tem razões do género para acreditar nisso, porque havia um motivo, meios e ocasião.
O problema são os detalhes.
Pois. As teorias da conspiração esbarram sempre nos detalhes por mais que inventem.
ResponderEliminarMas, uma coisa é certa- nasceu co mo cuzinho virado para a lua ao meter-se com a vítima errada.
Eu estou mesmo a ver os chineses mamarem com 60 Toneladas de ouro falso e ficarem quietos. E o outro por ser muçulmano tal como os egípcios da praça Tarik incapaz de violar seja quem for. Enfim as torres do WTC ainda estão de pé. Foram pintadas com tinta invisível.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarehehehe
ResponderEliminar60 toneladas de ouro falso. Esta gente das teorias de conspiração é completamente marada.
Consta que foi ela que o violou e inclusivé lhe tirou a virgindade...
ResponderEliminarO Pitta diz: "Jantou com a mulher, Anne Sinclair, e um casal amigo, no Scalinatella do Upper East Side."
ResponderEliminarAdoro o blogue dele. É inacreditável que alguém seja tão rabeta...
ahahahahah
ResponderEliminarMas eu gosto do Pitta. É um rabeta muito engraçado.
":O)))))))
É tudo verdade! O ouro tinha origem em Fort Knox, mas em letras quase invisíveis a olho nu lia-se o global "made in China". Receberam o que lhes era devido!
ResponderEliminarE há um detalhe ainda mais sórdido!... a cobertura das barras de tungsténio não era ouro... era maçapão dourado!... parcialmente devorado pelos ratos de porão. E foi assim que tudo foi descoberto! -- JRF
Não foi o "advogado manhoso do suspeito" que descobriu estes *factos*.
ResponderEliminarÀ falta de advogado "manhoso" temos um "procurador como deve ser".
Engraçado que, segundo a maioria dos relatos que li, os antecedentes de Strauss-Khan não interessarem para nada, mas os *factos* descobertos pelo procurador "manhoso", perdão, pelo "procurador como deve ser" serem logo promovidos a factos, apesar de refutados e já constituem prova da inocência de Strauss-Khan.
Estou seguro que este procurador como deve ser não foi apanhado a copiar em nenhum CEJ, se é que há disso lá na terra dele.
Zé:
ResponderEliminarOs factos descobertos pelo procurador como deve ser foram comunicados ao advogado manhoso para que ele soubesse que o caso tinha poucas hipóteses de sucesso para a acusação.
Mas tudo isso se passa num sistema que olha mais para a verdade como se fosse um jogo. O DS-K pode ser o que aparentemente é.Mas a vítima também tem que ser o que aparentemente foi.
E pelos vistos nenhum deles é o que foi. A vítima não soube sê-lo e por isso o suspeito deixou de o ser, pelo menos em plena acepção da palavra.
Mas o facto de ser imigrante é tramado. Espiolharam tudo e coisas que nada tinham a ver com o caso.
ResponderEliminarÉ o sistema de justiça americano que assim obriga. O júri é o soberano para decidir a culpabilidade ou inocência de alguém.
ResponderEliminarE há uma regra fundamental que aqui não há: basta que se apresente uma dúvida razoável para que a credibilidade da vítima seja abalada de modo grave e tal implique a dúvida que leva ao "not guilty". Foi assim que o Oj Simpsos se safou no crime. Mas lixou-se no cível.
É. Por lá não se pode mentir como cá.
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