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domingo, outubro 23, 2011

As cinco irmãs e os seus filhos dilectos


O pequeno livro, ensaio sobre a pouca-vergonha no Portugal político, é de leitura obrigatória.
Começa logo por uma citação de António Barreto, o sociólogo agora presidente da fundação do Pingo Doce. "O assunto mais tenebroso da corrupção portuguesa é que há muitos factos que não são vistos como corrupção."
E cita depois o exemplo das nomeações das direcções-gerais e presidentes de institutos que são feitas por favores partidários, o que é pura corrupção e favoritismo político-partidário que no entanto se subtrai à esfera penal porque não é crime.

E cita depois Santana Lopes, num artigo no Sol em que este mencionava os "técnicos de representação permanentemente disponível." Alguns deles, "pessoas com bons percursos na sua vida profissional e/ou com boas qualificações académicas".
E o autor do livro- um jornalista do Correio da Manhã- escreve depois que " as empresas públicas e as empresas participadas pelo Estado têm sido um autêntico eldorado para os ex-governantes". No topo das preferências, sempre as mesmas cinco irmãs, a CGD, a PT, a EDP, a REN e a Galp Energia.

Nas comissões de acompanhamento das PPP, fatalmente lá constam pessoas que fazem parte dos afiliados das cinco irmãs, claro.

Pergunta-se que democracia é esta? Quem nos conduziu a este beco?

5 comentários:

  1. deviam nacionalizar os bens destes ilustres democratas

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  2. Muita gente...
    Tal como eu dizia que um curriculum como o do trafulha dava um trabalhão, colocar um país neste estado são necessários esses 15, mais umas centenas bem posicionados, mais uns largos milhares em tudo que é capelinha...
    E o povinho, tão contentinho que sempre andou... as auto-estradas, os centros comerciais, o crédito, os bons carros, a sport tv, o "pogresso" da nossa terra, europeu, as férias em varadero, os sucessos da selecção, do Mourinho e do Ronaldo...
    Não sei que democracia é esta, sei que pessoas indignadas como o José, que há anos alertam para o estado da degradação, contam-se pelos dedos. A falência é total, não é só económica. E foi necessária muita gente, uma população praticamente inteira, cúmplice e contente. -- JRF

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  3. É jornalista do Correio da Manha? (sem til)... então, vou já comprar.

    Tiro e Queda uma obra de ficção

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  4. Olha o povinho tão contentinho... Ou será comensal este? -- JRF

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  5. E esta José: "Armando Vara tenta entregar ANA Aeroportos ao Brasil". Diz lá que medidas extra-judiciais não s deviam aplicar a estes gajos.

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