Segundo o Público de hoje, "João Duque, coordenador do Grupo de Trabalho para a definição do serviço público de tv, disse ontem , na TSF, que a informação da RTP Internacional deve ser "filtrada" e "trabalhada" pelo Governo" e que tal seria " a bem da Nação".
Maldita expressão! E bem dita a hora em que foi dita, porque permite aos espíritos saudosos do PREC um desafogo de esquerda, sempre tão recalcada e tão visível em tudo o que escrevem.
O Público jacobino de Miguel Gaspar lá titulou na primeira página o pequeno happening; editorializou no interior e até um comentador residente, filho pródigo do Bloco, zurziu o dislate na última página, segundo os cânones da esquerda bem pensante.
Congregaram todos os fantasmas antigos e o articulista pródigo em ideias esquerdizantes até cita um fantasmático Secretariado da Propaganda Nacional, para exorcizar o mal absoluto.
Claro que toda esta girândola de preocupações esquerdizadas e jacobinas assentam num único prelo: o de diabolizar tudo o que lhes recorde o tempo de antanho, do "fassismo", e para tal, mesmo que tenham que inventar, inventariam processos intencionais medonhos de regresso ao obscurantismo e à repressão. Pouco ou nada lhes interessa que o modelo seja copiado da democracia inglesa. Se apela ao " a bem da Nação" até poderia ter um Churchill como patrono que seria sempre fassista.
Nunca lhes passa a vontade de cilindrar ideias que recordem tempos antigos. É um reaccionarismo a contrario, sempre pronto a garantir o politicamente correcto e as palavras escolhidas para o enunciar.
"Nação", não presta. "A bem da Nação" é uma ofensa. Um estribilho da repressão. Um cânone fassista.
Esta gente não tem emenda e nada esqueceu porque nada aprendeu.
"...filtrada e trabalhada pelo governo, a bem da Nação" - o avô cavernoso (o tal, que instituiu a chuva), não diria melhor! Depois, admiram-se e ficam todos arrepiados com as declarações (disparatadas) do Otelo.
ResponderEliminarHuummm!...cheira a môfo que fede.
Caro José,
ResponderEliminarQue internacionalmente a realpolitik funcione assim, não espanta a ninguém minimamente atento. Basta ver que a nação dos paladinos da Liberdade e Democracia de exportação por esse mundo fora usa e abusa activamente desse tipo de filtragem de informação "trabalhada".
Agora, uma coisa é saber que é assim, e sentir-se repugnado, e pouca coisa poder fazer. Outra é ouvir a sugestão do grupo de trabalho na voz de João Duque e não se sentir incomodado. Nunca é boa ideia oficializar a manipulação da informação por parte do governo.
Agora aplique os rótulos que quiser e pinte da cor preferida. A mim causa-me tanto asco vindo de comunistas como de fascistas, para usar rótulos supostamente extremos.
A informação de uma RTP internacional dirigida a PALOPS dever ser condicionada por fontes governamentais?
ResponderEliminarDeve sê-lo tanto como a BBC o faz. E foi isso que foi sugerido. Mais nada.
O uso da expressão "a bem da Nação" é que fez salivar os habituais reflexos condicionados dos antifassistas encartados.
Se usasse outro tipo de linguagem nem sequer teriam dado pelo facto. Assim soaram todas as campaínhas do politicamente correcto e que se afadiga a perscrutar tudo o que possa pôr em risco o discurso que definiram há um ror de anos, mais ou menos 37.
ResponderEliminarÉ isso que me encanita.
O tam mofo é mesmo deles, dos antifassistas encartados.
ResponderEliminarAlarme (esquerda)Vs. (c)sensor (direita), tão sómente.
ResponderEliminarOs piores censores são de esquerda porque têm a ideia que possuem toda a legitimidade para censurar sempre e quando quiserem.
ResponderEliminarSão donos da verdade, logo censuram o que lhes parece contrariá-la.
Não têm qualquer complexo nisso e até se mostram muito admirados quando alguém lhes aponta o vício.
ResponderEliminarExemplo? Saramago no D.N. in illo tempore
Isto não tem "haver" com nada mas a bem da nação faço uso do que tenho na mão para aumentar a população. Tenho dito.
ResponderEliminarQue raio de conversa: "a minha é maior que a tua e o meu pai é chefe da polícia" Francamente!!!...
ResponderEliminarOs alarmes já estão todos a tocar o mesmo: o Duque daqui a nada é fassista. Era o que precisavam para matar politica e mediaticamente um liberal que é o pior bicho à face da terra depois do fassismo.
ResponderEliminarEsta esquerda é sempre a mesma. Desgraçou-nos e quer continuar na mesma senda.
Isto é doença. Mete impressão como os jacobinos são fósseis e nem se enxergam no ridículo.
ResponderEliminarNa volta diziam isto e muito mais se fosse no "estrangeiro". Porque a bem da Nação só mete nojo por causa do "fassismo".
O me causa mais estranheza nem são os fósseis, são as réplicas da descendência.
ResponderEliminarComo as pessoas podem ficar de cabeça feita, cheios de paranóia e dogmas e depois ainda dizem que os religiosos é que sofrem desse atavismo.
Eu gosto muito do "a bem da Nação".Agora só fico à espera da definição de "Nação"...
ResponderEliminarUfa! finalmente alguem falou (escreveu) com verdadeiro conhecimento de causa (própria).
ResponderEliminarFazendo uso do que tenho à mão (e na mão), sempre a bem da naçãooo. Aiaiai.
ResponderEliminarCuriosamente, ou lucidamente!...
ResponderEliminarÉ do CDS, através do deputado Adolfo Nunes (terrível esquedista infiltrado), que é proferida uma das mais violentas críticas ao relambório do Duque.
Será talvez altura de, muitos "anti-esquerda pós-modernistas", consultarem um psicanalista. Ou, em casos mais avançados de demência o recurso ao psiquiatra.
Pois foi o Portas quem também disse umas coisas sobre a isenção...
ResponderEliminarO Portas que fez do Independente o jornal mais isento do mundo...
Psicanalista deve precisar quem não entende estas coisas.
"depois ainda dizem que os religiosos é que sofrem desse atavismo" Quem não acredita em nada acaba sempre por acreditar em demasiadas coisas... -- JRF
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