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sexta-feira, janeiro 20, 2012

As reformas do Presidente

Agência Financeira:

O Presidente da República disse esta sexta-feira que a reforma de 1.300 euros que recebe da Caixa Geral de Aposentações (CGA), mesmo somada à que vai receber do Banco de Portugal (BdP), não chega para as suas despesas.

«Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações, descontei quase 40 anos uma parte do meu salário para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1.300 euros por mês. Não sei se ouviu bem: 1.300 euros por mês», disse.

«Tudo somado, o que irei receber do fundo de pensões do Banco de Portugal e da CGA, quase de certeza que não dá para pagar as minhas despesas», concluiu.

Há aqui um assunto mal explicado: Cavaco Silva optou o ano passado por receber a reforma, prescindindo do vencimento como presidente. Na altura falou-se em reformas acumuladas que atingiam quase 10 mil euros por mês. Agora queixa-se assim...e para ajudar ao lamento, estava a mulher de quem disse ganhar de reforma cerca de 800 euros por mês. Se assim é e não duvido, é porque não descontou para mais...
Este presidente da República desilude quando fala destes assuntos. A seriedade obriga a outro discurso.

17 comentários:

  1. A seriedade, deveria obrigar a muitas outras explicações!...

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  2. ...desculpem, nem que para isso tivesse que nascer três vezes. Hum!...e para nascer três vezes, quantas vezes tinha que ser enterrado?

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  3. Carlos: amanhã, o Expresso reporta a vida do Inenarrável em Paris. Vamos certamente ficar a saber como ganha e quem paga o arrendamento (?) do apartamento e os estudos ( dele e do filho).

    Vamos não vamos?

    Acha que há comparação alguma entre a seriedade de Cavaco e a deste Inenarrável?

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  4. Este Presidente sempre cuidou da vida e da imagem perante os amigos do partido. O bem comum pouco lhe diz. Se me passasse pelas mãos esta lei do aborto, e tantas outras, demitia-me mas não assinava. Mas ele esteve sempre ao lado de Sócrates em nome da «estabilidade». Eu acho sim que foi em nome da reeleição. Ao lado do Professor Marcelo Caetano o Professor Cavaco é medíocre e sem o brilho intelectual, a verticalidade, a perspicácia e a visão a longo prazo do último governante elevado que por cá houve.

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  5. Zephyrus:

    Absolutamente de acordo.

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  6. José,

    Não há meias grávidas, ok!

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  7. José, e mais: quanto a comparações, só se houver uma diferença de escala. Quanto ao carácter, para mim é o mesmo.

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  8. Não. Não há comparação sequer. O Inenarrável é mesmo isso. O Cavaco é mais do género algarvio. O meu pai dizia que comiam da gaveta...

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  9. José, o problema, é comerem da nossa gaveta.

    Mas, voltando às comparações. Não entende o josé, que "tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta?"

    E, quem deu total cobertura aos desmandos do inenarrável? e porque assim terá sido? Isto tudo, faz-me lembrar as antigas SARL

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  10. é o único politico que mostrou as contas bancárias
    e as reformas

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  11. vejam quanto ganha o sampaio em guimarães

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  12. O cavaco reformou-se de professor catedrático? E não antecipou a aposentação? Então não pode receber 1300 euros de pensão. O homem chora e mama, é o que é. O outro, o tal inenarrável, não precisa de chorar... chove-lhe em casa de todo o lado, apesar da crise nas obras.

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  13. Por mim, agora que quase todos o criticam, deixei eu de o fazer. Desde 1989, em que conheci melhor a personagem que o vinha fazendo.

    Foram 22 anos de crítica que julgo bem merecida e que considero ter pecado apenas por defeito. Mas havia que dar-lhe fim. E espero assim continuar.

    Acho que o senhor tem evidenciado, cada vez com maior nitidez, que, na verdade, merece que o deixemos em paz e sossego.

    Depois das repetidas não-intervenções, quando devia ter intervindo energicamente -- não fora o privilégio dado a interesses pessoais -- que foram uma fase complicada do seu percurso, e do nosso colectivo, está a seguir-se uma outra, que me parece bem mais aguda, em que as intervenções denotam algumas dificuldades de apreensão do que se passa em redor e da conveniência de observar de Conrart "le silence prudent".

    As últimas tiradas públicas -- e, pela amostra, desconfio que felizmente às privadas não temos acesso -- apenas têm servido para reforçar a minha convicção de que tomei a opção correcta.

    Há um limite para tudo. Por mim e uma vez seguida esta via, tento observar esse limite. Lamento apenas que ele não o faça também, por sua livre e espontânea iniciativa ou a isso levado por avisados conselheiros. Todos ficaríamos a ganhar. Ele em primeiro lugar; nós, em decorrência feliz.

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  14. "Acho que o senhor tem evidenciado, cada vez com maior nitidez, que, na verdade, merece que o deixemos em paz e sossego."

    E ele a nós, retirando-se para o descanso merecido.

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  15. "E ele a nós, retirando-se para o descanso merecido".

    Descanso merecido. Por ele e por nós.

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  16. Como não é claro quando fala dos seus bens e dos seus dinheiro e como esta falta de clareza já não é a primeira, Cavaco está a tentar meter os dedos nos olhos dos Portugueses, ou seja, está a esconder a verdade ou a dizer apenas meias verdades.

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