Páginas

terça-feira, abril 24, 2012

Os nostálgicos da Revolução

A RTP2 passa logo, a horas muito tardias, um documentário de Jorge Costa ( comunista do BE) sobre Os Donos de Portugal, ao qual serviu certamente de guião o livro do mesmo em co-autoria com outros comunistas do BE-Luís Fazenda, Cecília Honório, Francisco Louçã e Fernando Rosas.

O documentário, se seguir o livro é uma espécie de análise marxista dos nossos cem anos de "capitalismo".
Só por isso merecia ser visto em horário nobre com debate a serguir, mas não com os mesmos do costume.

Já em tempos mencionei aqui esse livro que deve ser lido cum grano salis e a par de "Salazar e os milionários", de Paulo Jorge Castro, à falta de melhor.

O livro e o documentário lembram a capa da revista francesa Le Point desta semana, com o título O ódio aos ricos...e com subtítulos A nostalgia da Revolução e Os  novos Robespierre .
Em França, um tal Melenchon pensava que ia ser uma festa, tal como o BE por cá.
As pessoas, porém, já os toparam há muito e quanto propõem as "mais amplas liberdades" as pessoas já sabem com o que devem contar: mais ditadura do que no tempo de Salazar. Menos liberdade do que jamais tivemos...


Os nossos esquerdistas, comunistas envergonhados, fazem a mesma figura: detestam os ricos e o dinheiro acumulado, e em alternativa propõem a miséria generalizada...consequência fatal desse ódio de classe.

Entretanto e sobre o BE, soube agora que morreu Miguel Portas. Habituei-me a ouvi-lo na Antena Um e apreciava os seus comentários. Evidentemente não era um idiota como alguns no BE. Tenho pena que vá embora, assim.

10 comentários:

  1. a 'esquerda festiva' das 'passeatas' tem vergonha de dizer que sempre foi 'social-fascista'.

    para eles o lema seria 'enquanto houver um português com um pão a revolução continua'.

    consta que o anacleto tem casa na praia, automóvel caro, barco de recreio

    na Fac conheci os pais do Portas.

    ResponderEliminar
  2. Devemos demonstrar amor pelos possidónios. Como esta:

    http://www.nypost.com/p/news/local/cruelest_cut_out_8iAZkm6NB0YWIBpBHsXEQP


    A recompensa está no Paraíso....

    ResponderEliminar
  3. O comunismo é como crack: vicia até amatar.

    ResponderEliminar
  4. Eu também também tenho pena pelo Miguel Portas. Era dos muito poucos "de esquerda" - político, talvez o único - que gostava de ouvir, e que se não limitava a enunciar o mantra.

    Falava e argumentava de forma racional e ponderada, mas agradável de ouvir e tenho dele a impressão de que acreditava genuinamente nos ideais que professava.

    Foi uma perda, sem dúvida. Mais significativa ainda pelo pântano fétido em que consiste a política portuguesa e que lhe serviu de cenário.

    ResponderEliminar
  5. O Miguel, que conheci, era, como ele no fundo bem sabia, mais católico que comunista. Por isso toda a gente agora diz que 'era diferente'. De facto nada tinha a ver com a tropa fandanga dos partidos e pouco com a futilidade do bloco. Teve foi azar, mesmo muito azar; e não me perguntem porquê.

    ResponderEliminar
  6. hajapachora

    Também o conheci!
    RIP

    ResponderEliminar
  7. Pois é. Era católico e aquelas viagens pelo mediterrâneo e Índia foram deliciosas

    ResponderEliminar
  8. Hoje no i online está um artigozeco sobre a triste data que se assinala.

    Em si nada tem de especial e é mais do mesmo. Mas tem uma frase que, embora (ou talvez por ser) curta, resume bem a ideia subjacente à mentalidade que tem vigorado desde a fatídica data:

    Porque basta ser livre para ser melhor.

    É talvez por isso que os miúdos fazem o que querem nas escolas, os meliantes o querem nas ruas, os políticos o que querem no governo e administração pública, os advogados o que querem nos tribunais, os jornalistas o que querem na televisão e nos jornais. Em suma, todos fazem o que querem onde querem, porque basta ser livre para ser melhor. Apenas o contribuinte não pode fazer o que quer com o seu dinheiro. Para o contribuinte, não basta ser livre para ser melhor... É necessário pagar mais e mais, para sustentar a melhoria dos outros. Somos todos iguais, mas há uns mais iguais que os outros. Quando é que acabamos com esta merda?

    ResponderEliminar
  9. mujahedin,

    Todos fazem o que querem mas ninguém faz aquilo o que o país precisa.

    Sobre o documentário, os interesses instalados com o artista velho foram orientados para o crescimento económico e para uma indústria que o país chegou a ter. Após o 25 de abril os mesmos interesses instalados com os artistas novos levaram à ruína económica.

    Documentário simplório e inconclusivo, apenas acertaram na foto-montagem dos responsáveis maiores por Portugal...

    ResponderEliminar
  10. hajapachorra

    A mim o que me está a incomodar e´o Palácio das Galveias!!!

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.