O jornalismo de reportagem e com incidência em pessoas é uma actividade de coscuvilhice. Para informar convenientemente sobre a vida de alguém é preciso conhecê-la.
Os jornalistas fazem isso sempre que precisam de informação sobre os alvos que escolhem para os perfis, as biografias, infografias, etc etc etc.
A Visão e o Expresso fizeram-no recentemente no caso da advogada Ana Bruno e publicaram informações recolhidas em "fontes abertas" e fechadas, como agora se diz. A visada já reagiu e vai processar civilmente o grupo Impresa porque os seus órgãos de informação, designadamente a Visão e o Expresso publicaram calúnias acerca da mesma. Estes dias, o director da Impresa , Balsemão mostrou toda a sua indignação pela recolha de informações pessoais que o afectam e disse que nem nos tempos da PIDE isto se fazia. Faz-se, pelos vistos, no grupo a que preside...
Os mesmos que o fizeram rasgam as vestes e sentem-se como virgens ofendidas ao saberem que um indivíduo que passou a vida profissional a recolher informação, muita dela pessoal e nesses precisos termos, escrutinou a vida de alguns dos visados...
Inventam por isso cabalas, coisas "gravíssimas", interesses obscuros, "relatórios" prioritários e minoritários porque se sentem desprotegidos.
Não param um segundo para pensar nas vítimas das suas próprias investigações, porque entendem que isso é serviço de informação relevante e para o público consumir.
Assim, o "relatório" sobre Ricardo Costa, sacado à sorrelfa de um dispositivo electrónico móvel de Silva Carvalho ou copiado de folhas soltas, conterá informação que não interessará muito ao director do Expresso que se saiba. Como não sabe reagir convenientemente e acusa do toque, evidencia o que lhe parece mais tenebroso: os filhos, onde estudam, onde moram e esse tipo de coisas que resulta sempre na opinião pública desatenta, para desinformar e indignar de modo postiço.
Tal "relatório" parece ser mais um apócrifo que aparece em cacifos porque não foi incluído na acusação e segundo informa o jornalismo tipo para quem é, bacalhau basta, nem sequer no processo penal que corre termos contra os desgraçados no processo mediático de linchamento em curso.
Apesar disso, tal relatório manteve-se visível por razões obscuras uma vez que ainda ninguém elucidou onde estava, quem o sacou e o divulgou.
Lá dirá que o irmão Costa, da Câmara, e que já foi ministro da Administração Interna, mantém ligações a elementos do SIS e da DCCB.
Ou seja, exactamente o mesmo tipo de alegações que são brandidas contra o ministro Relvas, para o fritar em lume aceso.
Se descobrirem quem são esses elementos que também guardam segredos de Estado e cuja amizade com o Costa, da Câmara, também pode gerar suspeitas de violação desse tipo de segredos e concomitantes crimes, teremos em vista mais um processo crime por violação de segredo de Estado, abuso de poder e eventuamente corrupção. O Ministério Público é obrigado a abrir inquérito sempre que toma conhecimento da prática de um crime público e este pode revestir tal forma.
Vai ser necessário apreender agendas electrónicas, computadores e telemóveis para escrutinar sms trocados entre o Costa, da Câmara e esses elementos, porque ninguém compreenderia que se diligenciasse de modo diferente em casos idênticos.
Por outro lado, consta nos mentideros da intriga palaciana publicada amplamente nas revistas do grupo Impresa sempre que tratam o assunto Maçonaria, que o mesmo Costa é das lojas e os tais do SIS devem sê-lo também.
Das lojas boas, de marca, entenda-se. Os outros, coitados são das lojas de fancaria da Almirante Reis e não tem acesso à avenida da Liberdade, reservada a esses figurões que se reunem em conciliábulos prandiais.
Por outro lado, o tal "relatório", com 16 páginas, dirá que foi elaborado em Janeiro de 2011, altura em que o seu autor já estaria a trabalhar " na privada".
O Costa, director do Expresso já mostrou toda a indignação deste pequeno mundo e proclamou que exige se saiba uma resposta " ao mais alto nível". O termo, codificado, tem a ver com os níveis das lojas e a resposta virá do grande arquitecto das obras paradas, porque a exigência fundamenta-se num aspecto "gravíssimo": o autor do relatório minoritário terá espiado o jornalista impoluto destas coisas, quando exercia "autoridade pública"!
Costa que denota sempre uma inteligência fulgurante, tem assim a sua própria resposta na data do relatório...
Esta "aventura" será uma nova modalidade do "coast to coast".
ResponderEliminarSe chegarmos lá, o que aliás duvido, teremos a demonstração ampla da cretinice.
ResponderEliminarJosé
ResponderEliminarE nao era caso para a PGR estar já a averiguar a razão de um material pessoal do Silva Carvalho, que foi confiscado, estar a produzir temas a conta gotas?
Ou o segredo só serve para proteger jornalistas, donos de jornais e primeiros ministros?
o candidato, denominado profano, é examinado na chafarica de olhos vendados.
ResponderEliminarpergunta final:
«-que mais desejas?
-a luz»
retiram a venda
ver artigo maçonaria da GEPB ou manuais à disposição em várias cotas da BNP.
normalmente preferem o estádio da Luz
depois dos 'esqueletos no armário' há a versão relatórios encontrados nos cacifos