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sábado, maio 26, 2012

O mercenário

O caso das "secretas" é desmontado hoje no Expresso pelo "homem de mão" que o revelou: Ricardo Costa, director do semanário. Repare-se no cinismo deste indivíduo ao relatar um assunto que já lhe passa ao lado, tendo partido para outra, depois de ter feito o trabalho sujo de mercenário ao serviço do patrão.

Em primeiro lugar o caso do Público ou o caso Relvas não lhe interessa nada de nada e é assunto de somenos. "Admito que se consiga fazer jornalismo sem pressões mas não sei o que isso é", confessa Ricardo Costa. Portanto, pressões há muitas e o Público nem deveria queixar-se de tal coisa.

Sobre o caso mais substancial das "secretas" do SIED fica tudo esclarecido com este pequeno comentário de Costa:
"Com Sócrates houve uma despudorada tentativa de reconstrução de grupos de comunicação social, sobretudo na tomada de assalto da TVI. Já poucos se lembram, mas a TVI foi "oferecida" à Ongoing, depois de tentativas falhadas com os catalães da Mediapro ( num arranjo de socialistas ibéricos) e da ordem de compra dada à PT. Correu mal por incompetência dos envolvidos. Neste Governo, detrás de uma ideia de liberalismo, a privatização da RTP era o cavalo de Troia para fazer o que Sócrates não conseguiu. Com o mercado publicitário em implosão, e sem ter a mínima ideia do que é uma política do audiovisual, o Governo podia amansar grupos de comunicação social enfraquecidos.
A primeira ideia passava por entregar a RTP à Ongoing e acabar o que Sócrates não conseguiu. Mas o caso dos espiões, como agora se vê de forma muito clara, deu cabo de tudo."

A cretinice de toda esta jogada de que o indivíduo foi homem de mão? Reside nisto que também escreve para dar um remate ainda mais cretino:

"Num cenário destes, o caminho ficou aberto ao capital angolano."

Pois foi isso mesmo que esta guerra comercial engendrou: um caminho de destruição mútua. Podem limpar as mãos à parede, os Balsemões e seus homens de mão. Que partirão para outra, ao serviço de angolanos, mexicanos ou matarroanos.

1 comentário:

  1. esta guerra começa e acaba nos interesses do grupo impresa.
    o resto é 'conversa fiada' para bimbos se entreterem

    há caixotes do lixo mais limpos que certos agrupamentos empresariais e politicos

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