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terça-feira, maio 29, 2012

Os coleccionadores de dados pessoais

Expresso:

Jorge Silva Carvalho, antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e ex-administrador do grupo Ongoing, tinha na sua posse um relatório com detalhes sobre a vida de Ricardo Costa, director do Expresso.

O documento, a que o Expresso teve acesso, tem 16 páginas e contém informação pormenorizada sobre aspectos pessoais e profissionais de Ricardo Costa, incluindo relações afectivas, nomes, idades e escolas frequentadas pelos filhos menores, uma análise do seu perfil e dos seus aliados e adversários, bem como um historial desde os seus tempos do liceu. 


Resta saber que informações Ricardo Costa tinha sobre Silva Carvalho. É que as suas agendas virtuais não lhe foram apreendidas...mas poderiam ter sido.







16 comentários:

  1. O problema do JSC é do foro psiquiátrico. Andar a recolher informação sobre filhos e cônjuges dos seus alvos, saber em que escola estudam ou trabalham, é doentio. O gajo não bate bem, de certeza, ou então é tão reles que pensa que aqueles dados podem ser usados por si com qualquer fim duvidoso. Tem de explicar bem qual era a sua intenção, porque os serviços de informações não recolhem nem trabalham este tipo de informação. Nem os seus funcionários têm este tipo de comportamento. Eu sei que não. Porém há, como agora se descobriu, ovelhas ronhosas que se vendem por promessas de um lugar. Como o gajo dizia: mostra os chocolates e a partir daí fazem tudo o que ele queria na expectativa de receberem esses chocolates. Leia-se um lugarzinho de dirigente.

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  2. Mais um episódio da telenovela da guerra entre os yuppies do Compromisso Portugal e a geração mais velha que, de uma maneira ou doutra, domina o país desde que conseguiram fazer regressar o MFA aos quartéis.

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  3. A minha grande curiosidade é sobre o Olrik. Tenho a certeza que o tipo meteu a pata na poça e será apenas uma questão de tempo para se saber.

    E poderá ter sido muito pior que o pobre Carvalho. Este realmente não compreendo.

    Coleccionar informação pessoal daquele género para quê?

    Coscovilhices para quê? Para dar a entender que sabia da vida de todos?

    Para emular um doente como J. Edgar Hoover?

    Deve andar por aí, a explicação.

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  4. E como é que ele deixou sacarem-lhe o telele? Não engulo essa...

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  5. Quem chama a este gajo (JSC) "espião"!...este gajo é um frincheiro de dunas, que de tanto vento apanhar nas orelhas, bufa por todos os lados.

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  6. Gabinete de trabalho de Fausto (Göethe)
    «-Wen bist du denn?
    -Ein teil von jener Kraft du stets das Böse will und stets das Gute schafft.
    -afinal quem és?
    -sou uma parte da farça que eternamente deseja o mal, mas sempre pratica o bem»

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  7. Como é que deixou?

    Tenho pensado nisso. Aposto que nunca pensou que o DIAP lhe ia a casa. Mas foi. Terrorismo de Estado em versão mrpp.

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  8. E não aceito que fustiguem assim uma pessoa, seja quem for.

    Fizeram o mesmo ao António Caldeira no caso Sócrates. O DCIAP foi-lhe a casa, de manhãzinha e apreenderam-lhe o computador por causa de um assunto menor que nem chegou a ser julgado.

    Para mim isto é abuso de poder, terrorismo puro.

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  9. No tempo de Salazar que tanto criticam essas mesmas que agora estão no DIAP e DCIAP, da esquerda radical,não se fazia disto.

    A PIDE não fazia disto.

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  10. ...não, não! fazia pior. Entravam nas casas pela noite dentro e ía tudo a eito. (isto estava a ir tão bem!)

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  11. Só gostava de saber de um único caso em que a PIDE entrou e levou "tudo a eito", para recolher provas de prática de factos que podem nem ser crime...

    É preciso não esquecer que a actividade subversiva de oposição ao regime era...crime.
    E não era apenas político. Era crime comum.

    Portanto, reafirmo o que disse.

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  12. E de quem mais saberá informações José?

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  13. Pode saber de quem quiser se o tiver feito com procura em fontes abertas, como agora se diz e também em informações recolhidas pessoalmente junto de quem os conhecem.

    É isso que os jornalistas fazem sempre e só me espanta como se indignam pelo que eles mesmos fazem sempre, como profissão: telefonar para saber quem é este ou aquela, o que fizeram etc etc etc.

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