Praticamente desde os primeiros dias a seguir ao 25 de Abril de 1974 a intelectualidade portuguesa, de esquerda, procurou encontrar uma via original para o socialismo sempre almejado na alma e coração da gente de esquerda.
A prova? Este escrito de António Reis, o prócere do PS, maçónico de todos os costados e que logo a seguir ao 25 de Abril publicou na Seara Nova ( número de Maio de 1974) o texto onde se interroga sobre o caminho para tal eldorado de amanhãs a cantar uma canção diferente da que o PCP propunha. Embora de melodia diferente a letra e rima eram quase as mesmas...
Vem isto a propósito de um acontecimento de vulto: um congresso sobre o marxismo na actualidade: Marx em Maio...
Eles não mudam. Chamam um figo à crise- a melhor oportunidade para perderem a vergonha na cara e voltarem a vender comunismo.
ResponderEliminarÉ ver quem lá vai e os títulos das ditas conferências.
Até o do come a papa Joana, come a papa.
Vamos lá ver se não decidem que o mlhor é voltar à "descolonização", agora cá do rectângulo...
ResponderEliminarPá no antigo "sol na terra" a limpeza étnica é uma constante...
ResponderEliminarÉ a canção do carrasco...
ResponderEliminarAcho interessante o parágrafo sobre "A luta dos povos coloniais", por duas razões.
A primeira é dizer-se lá que a influência das lutas desses povos foi decisiva para o 25A. Ora como se sabe, essas lutas eram incentivadas e financiadas pelas duas maiores potências mundiais. Donde se conclui, logicamente, que essas potências tiveram uma influência decisiva no 25A. Portanto, começa já a esboroar-se essa tal coerência povo-forças armadas. Mesmo que indirectamente, houve ingerência de estrangeiros, o que por si só e considerando a história da nação, não augurava nada de bom.
A segunda é o defender-se que se devem apresentar argumentos sólidos e inteligentes a favor da independência das colónias, embora nenhum seja apresentado para justificar esta solução como a "única (...) possível e eficaz". Mais uma vez, tendo em conta que se trata de um militar, não é possível apresentar a hipótese de que fosse ignorante da influência que as tais potências mundias tinham na guerra, e que a independência (de Portugal) desses territórios os mergulharia numa guerra ainda mais sangrenta, mais violenta e mais destruidora do que a que então decorria. Donde se conclui, logicamente, que o interesse deste indivíduo residiria não com o interesse dos povos que dizia colonizados mas sim com o de uma (ou até ambas) das potências instigadoras do conflito.
Reparem na imagem: há pelo menos dois indivíduos com pães nas mãos para dar aos militares, o que aliás se repetiu noutros lados, espontaneamente. Ora isto deveria ter sido já por altura de meados da manhã. E na zona da Baixa-Chiado.
ResponderEliminarO que quer demonstrar com isso, José?
ResponderEliminarconheci o reis quando ele era seminarista e ia nas procissões da aldeia com a respectiva vestimenta a dar ao badalo.
ResponderEliminardepois passou pelo Parque Mayer para se reconverter
defino socialismo com a expressão latina
'merda taurorum animas conturbit'
Eu, nessa definição, fico-me pela merda.
ResponderEliminarPois é. Está tudo cheio de pães na mão. Foi de manhã. Deram pão e água porque os soldados estavam esfomeados e cansados.
ResponderEliminarSó à tarde é que houve assalto a mercearias e mini-mercado do Martim Moniz.
Mas esta treta deste congresso, ou lá como lhe chamam tem piada e bem que gostava agora de ver o que é que o Wegie tem a dizer.
ResponderEliminarEntão não era tudo a mesma coisa e conversa de taxista falar na escardalhada, porque isso nem faz sentido.
Bastava aplicar aqueles padrões altamente que ele arranjou para nem haver marxismo, ou leninismo, ou estas avantesmas a debaterem a teoria da revolução.
Não sei se repararam mas tem videos de entrevista aos participantes:
ResponderEliminarCo-fundador
Peça 1
Peça 2
Oradores, queria eu escrever...
ResponderEliminarÉ uma anormalidade pegada. Vais ver que ainda vai ter prolongamento com Estaline em Dezembro.
ResponderEliminarTou lixado, eu qeu ainda vou no P. António Vieira. Bem que pode ser patrocinado pelo Espírito Santo, esse tal Marx ao que parece é patrocinado pelo cainesiano que estuda filosofia em Paris... Ora assim não se pode competir: dizem que o cainesiano tem a quarta fortuna de Portugal, coitadinho do ricky espírita. Ainda aceitarão um paper, sei lá, sobre a gaveta onde o doutor soares meteu o logro? O soares sabe de logros. às vezes.
ResponderEliminarQue coisa mal frequentada.
ResponderEliminarMarxismo na actualidade tem todas as qualidades de um paradoxo.
ResponderEliminarContinuo com a opinião que não são os socialismos nem as sociais democracias ou outros ismos que são os culpados.
ResponderEliminarTodos estes sistemas, no fundo foram idealizados para manter duas coisas fundamentais.
Poder vs Sumissão
Procura vs Oferta
lucro vs escasses
E isto nada tem a ver com modelos sociais...tem a ver com a manutenção do Poder e esse poder assenta sobretudo em uma só coisa.
O sistema monetário e suas regulação.
Então conta lá quem são estas múmias deste congresso.
ResponderEliminarE explica por que motivo existem tantos marxistas e estudos marxistas nas universidades- cá e por cópia do que se passa lá fora.
São o quê? qual é classificação qeu tu e o Wegie (que tem nojo de análises de taxistas) são capazes de dar a isto.
E nem é só marxismo. O Leninismo também veem à boleia e o Carlos Vidal é estalinista e defende a revolução sangrenta e a ditadura do proletariado.
ResponderEliminarClaro que é maluco, mas anda à solta e tem as quotas em dia no PCP
Aliás, o Louça também defende a Revolução. E o Sedas nunes, idem.
ResponderEliminarSó tiverasm um pouco de vergonha na cara quando foi a queda do muro de Berlim.
Mas isso já foi há muito tempo. E agora a crise é um figo para despudoradamente venderem a mesma merda de sempre.
O Wegie não tem nada a dizer. Não conheço ninguém desse congresso nem do outro das Testemunhas de Jeová. É absolutamente irrelevante. Posto isto cito o próprio Karl Marx: "Tudo que sei é que não sou marxista". A propósito "dos marxistas franceses do fim dos anos 70" (séc. XIX) que, segundo Engels, se serviam da concepção materialista da história como "pretexto para não estudar a história".
ResponderEliminarSendo verdade que quanto mais irreflexivo e acrítico se torna o capitalismo, mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa.
ResponderEliminarNão conheces mas são figuras públicas de Portugal. E dizem agora, o mesmo que diziam no 25 de Abril-
ResponderEliminarE desejam agora, o mesmo que sempre desejaram- a Revolução.
Portanto, isto é fantasia ou faz parte da nossa história e é ideologia que existe e não apenas uma treta decorativa.
E não. Não é irrelevante. É esta ideologia que domina o dito pensamento de esquerda, por muito que eles até sejam burgueses e mesmo capitalistas.
ResponderEliminarè esta ideologia que ainda anda a votos. E que quer alguma coisa mais que congressos.
Portanto, as tuas historietas de que é mentira é que é conversa de talho.
Mas o capitalismo é crítico? o capitalismo é coisa com pernas? move-se, come, pensa e caga?
ResponderEliminarO capitalismo é o único sistema de troca que se conhece que até os ciganos usam.
Ponto final.
Estes tipos são comunistas- querem uma revolução para destruir a propriedade privada e dito sistema capitalista.
Portanto, estes tipos sim, têm uma ideologia- E ela sempre teve um nome- é de esquerda. Nenhum deles o negaria.
Por isso, como é que ficamos quanto à tua negação disto.
Zazzie, então diga-me lá uma coisa.
ResponderEliminarO sistema que está vigente é capitalismo? Ou alguma vez o foi ?
Quando o weggie diz;
"" quanto mais irreflexivo e acrítico se torna o capitalismo, mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa.""
Eu compreendo-o perfeitamente...e é exactamente desta insatisfação e necessidade que algo terá que ser feito.
Agora resta saber é se esta insatisfação, gerada pela ideologia da austeridade é propositada ou não pelas Elites por trás desta Europa, sabendo que mais tarde ou mais cedo, por via das dificuldades, serão as próprias pessoas a clamar que algo seja feito... E a Elite financeira, FARÁ.
Hegel
Tese - Antítese = síntese
Que sistema? onde?
ResponderEliminarPor cá, como em todo o Ocidente, claro que temos capitalismo.
Não entendi sequer a sua pergunta.
Quanto à charada do Wegie não percebi corno. Um sistema de acumulação de capital e propriedade privada dos meios de produção não é nem deixa de ser crítico.
É o que é. As teorias sociais é que podem ser.
De resto, há coisas que não têm grande beleza nem provocam êxtases mas são asism- as únicas que existem que funcionam- por exemplo- os cemitérios e o capitalismo.
A esquerda cola-se ao comunismo e não quer nada disso. Ou querem vender a banha da cobra, embrulhadas em mentiras em nome dos pobrezinhos ou da luta de classes, ou querem mesmo a Revolução- Estes marxistas querem-na e querem comunismo.
O que há de complicado nisto e como é que pretendem negá-lo comparando com folclores de seitas evangélicas?
Olhe, e até tem participante que é capaz de achar que tem direito a ir parar ao Panteão.
ResponderEliminarPortanto, volto a perguntar- onde está a falta de relevância desta porcaria?
Mas a elite financeira não é o sistema capitalista.
ResponderEliminarSe hoje em dia tem mais poder, tal deve-se à utopia da globalização, ao bem estar geral do planeta e ao crescimento acelerado dessa progresso.
Ora isto não é a utopia da esquerda?
É. Portanto, de que se queixam?
Queriam globalização comunista? Queriam e querem internacionalismo proletário?
Eu nâo sei. Mas acho que eles sabem o que querem vender. Vá até lá e pergunte-lhes.
Traduza-me lá esta frase do Wegie, já que diz que a percebeu:
ResponderEliminar«mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa.»
Que necessidade imperiosa é essa?
A esquerda comunista não tem capacidade para produzir nada de nada. Não sabem, não querem e têm raiva a quem quer e sabe.
ResponderEliminarO Comunismo é uma grande porcaria, para simplificar.
Agora analisar o capitalismo e coisa e tal, isso sabem eles muito bem.
ResponderEliminarNo livro Os Donos de Portugal é o que fazem. Com um objectivo: mudar esse sistema em trocá-lo por outro em que o povo continuará a trabalhar...para eles.
Sao sempre os da "direcção" que mandam e quem orquestra estes congressos são os candidatos à "direcção".
"para o poder ser popular, tem de haver...tem de haver, uma direcção!" -Cantava o comunista Júlio Pereira no Fernandinho vai ao vinho, de 1976.
Pois é isso mesmo. Sabem e enganam papalvos.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPodemos aprender com o Estado Novo? Ou ainda é tabu.
ResponderEliminarParte 1
http://contascaseiras.blogspot.com/2012/05/podemos-aprender-com-o-estado-novo.html
Parte 2
http://contascaseiras.blogspot.com/2012/05/podemos-aprender-com-o-estado-novo-ou.html
Passo. Neste momento estou mais virado para as seguintes interrogações:
ResponderEliminarO que se passa com a OPA da Cimpor? O que vai acontecer com a EDP e a REN, recentemente vendidas barato e longe? As águas vão ser privatizadas e se sim como?
Isto não é marxismo!
Acrescento outra preocupação do meu quotidiano:
ResponderEliminarHoje fui prestar declarações na secretaria do MP sem quaisquer condições, à vista e ao ouvido de todos. Foi uma funcionária com o 9º ano de escolaridade da secretaria do MP que as recebeu e lavrou os autos declarações, cheios de erros de gramática. O magistrado titular? Nem sei se existe...
Bom... só foste ouvido por uma funcionária porque quiseste.
ResponderEliminarSe fosse comigo pedia à funcionária para ser ouvido pelo magistrado ( provavelmente magistrada). E se não estivesse ou não quisesse, escrevia no livrinho amarelo...
Quando andava nessas vidas cheguei a aconselhar pessoas a escreverem reclamações por causa desses assuntos.
ResponderEliminarPedi. A Sra. Procuradora não se encontrava disponível. Apurei entretanto junto da PSP que isto é a norma e não uma excepção.
ResponderEliminarQuanto ao livrinho amarelo...é alguma tradução do livrinho dos pensamentos de Mao para o MP? Isso não existe.
ResponderEliminarA PSP vive aterrorizada com esses funcionários do MP e acredita que eles são os verdadeiros senhores do MP. Enfim uma conspiração de estúpidos...
ResponderEliminarPara mim é livrinho amarelo. Mas como precisas de tradução chama-se livro de reclamações.
ResponderEliminarE serve para isso mesmo. Escreve-se o motivo da reclamação e fica-se com um duplicado. Dali a dias a entidade que recebe a reclamação costuma dar conta do recebimento, agradecendo a reclamação. Depois disso é um buraco negro que precisa de mais reclamações para se tapar.
Quanto a ser costume ou não os magistrados estarem presentes às diligências é muito simples de entender: podem e devem estar presentes se assunto o exigir.
Se não, os opc ( órgãos de polícia criminal, incluindo as polícias e os funcionários de justiça) podem e devem cumprir a diligência porque esta pode ser delegada nos mesmos.
O que se passa com a OPA da Cimpor? O que vai acontecer com a EDP e a REN, recentemente vendidas barato e longe? As águas vão ser privatizadas e se sim como?
ResponderEliminarForam vendidas aos partido comunista chinês e aos comunas brasileiros e está preocupado?
Dê lá uma leiturinha ao botas e veja o quanto ele pede um moral internacional.
Os funcionários, verdadeiros senhores do MP? Percebo o que queres dizer mas é resultado da "feminizaçao" da magistratura. As mulheres a mandar é assim: costura e corte mais o feitio a condizer.
ResponderEliminarQue me perdoem as mulheres que respeito, mas isso é uma desgraça.
Bem, que estes Senhores dos " outros amanhã cantarão " já nós sabemos que o que eles querem é mudar o sistema, de forma a tirar de lá os outros " os malvados capitalistas " e colocarem-se lá eles.
ResponderEliminarMas agora pergunto eu...qual é a ideologia que não propõe isso?
A Zazzie diz que se pratica um sistema capitalista, aqui como no Ocidente...deixemos o Ocidente então de lado.
Aqui pratica-se o quê?
Supostamente o capitalismo traduz-se num mercado de livre concorrência...No Estado Novo não o foi, depois, sabemos que também não....e hoje? Chamamos a isto, um mercado de livre concorrência?
O que se passa em Portugal, é um autêntico crime contra a livre concorrência, alicerçado numa justiça q não funciona, protege as mesmas pessoas, que inventam outsoursings ás mesmas empresas, criando a ilusão da concorrência.
Quando é apresentada alguma queixa ás entidades reguladoras, em que se traduz?
Quem mandava em Portugal durante o estado novo corporativista?
...e Hoje? Não mandam os mesmos? ou foi o mercado livre, sem ajuda do estado,onde infiltrados pelas mesmas empresas a serem beneficiadas, estão como ministros e Sec estado, Ex-funcionários ou Futuros Funcionários que depois de completarem o serviçinho a favor dos mesmos de sempre, são recompensados com bigs Jobs?
Isto é capitalismo?
Eu nem sei o que chamar a esta merda de estado....ou estado de merda que existe em Portugal.
È que os mesmos que agitam as bandeiras do " cuidado com os papões dos comunistas " são os mesmos que não largam a teta do estado para manterem as suas furtunas a crescer.
Capitalismo...se é isto, também não quero, pode ir para o mesmo caixote que o Comunismo...lixo.
E eu continuo a dizer...bem podem mudar os "Ismos" que quisserem, enquanto não houver uma mudança na regulação ao sistema monetário, quando o $$$ fala, a verdade cala!
Nunca ouvi uma frase tão perfeita!
Leiam
ResponderEliminarParte 1
http://contascaseiras.blogspot.com/2012/05/podemos-aprender-com-o-estado-novo.html
Parte 2
http://contascaseiras.blogspot.com/2012/05/podemos-aprender-com-o-estado-novo-ou.html
"Nacionalismo ou Internacionalismo Económico?
ResponderEliminar- É partidário duma política proteccionista aduaneira ou dum franco internacionalismo económico?
E Salazar, sacando dos seus óculos escuros, que o defendem da poeira e da luz:
- Tarifas moderadas, educativas, que não constituam nunca uma proibição nem atmosfera para se desenvolver o parasitismo económico. Eu defendo um nacionalismo económico, sim, mas que não esquece o nacionalismo económico, igualmente legítimo, dos outros países... Eu sei que este escrúpulo, este respeito excessivo pelas necessidades estranhas, não é do nosso tempo, mas julgo, precisamente, que esse egoísmo condenável é a causa fundamental do profundo desacordo económico e financeiro que embaraça a narcha da Europa e do globo. O que falta, sobretudo ao mundo contemporâneo, é aquela indispensável moral internacional, sem a qual não há confiança nem harmonia possível. Compromissos, tratados, acordos são letra morta, em geral, e fazem-se... para fazer alguma coisa, sabendo-se já que não vão ser cumpridos, para entreter, para passar o tempo, como as criancinhas que fazem carapuças ou barquinhos de papel...
Compreende-se lá a desfaçatez com que certos países gelam, repentinamente, os créditos alheios ou desvalorizam a sua moeda a 0 ! A chave da crise, acredite-me, está nesse egoísmo, nessa condenável indiferença pelos interesses dos outros... As dificuldades económicas, quanto a mim, devem ser resolvidas, efectivamente, no quadro nacional, mas subordinando a solução, para seu próprio interesse, a uma necessária colaboração internacional. Essa colaboração, eu sei, obriga-nos, por vezes, a sacrifícios, mas só ela pode trazer a confiança e com esta o novo equilíbrio. Trabalho em obediência a estes princípios, e pago - paga o País, o que isso, por vezes, custa. O único dinheiro que na gerência das finanças públicas tenho a consciência de ter perdido ou de não ter salvo foi o que deixei em Londres, quando do abandono do padrão-ouro. Para mim é certo que a Inglaterra entrou na crise da libra com espírito diferente do que depois veio a ter: abandonou o outro porque não pôde aguentar-se. Eu podia, com pequeno prejuízo, ter feito a transferência de depósitos para outros países. Mas o dever não era, nesses momentos, agravar dificuldades; era evitá-las, por elegância e lealdade. E o mesmo tenho feito, dentro da nossa pequenez, noutros casos e com outros países. Devo dizer-lhe, porém, que me sinto isolado na Europa e que acabarei, possivelmente, por fazer o que os outros fazem...
- Para defender os próprios interesses nacionais... - sublinho.
- Sem dúvida! - replica Salazar com vivacidade - mas bastante contrariado e com pena de que o Mundo não compreenda que essa moral, que ele abandonou, é um ponto de apoio tão necessário à vida das nações como à vida das sociedades. A única forma de remediar a crise de qualquer país enfermo é ter confiança nas suas possibilidades de cura e não olhar como se ele já estivesse morto. Não esqueçamos que as corridas intempestivas aos bancos, quando os bancos não estão falidos, são perigosíssimas, porque podem, efectivamente, trazer-lhes a falência...
Digo com admiração:
- Linguagem nobilíssima, heróica, mas que a nossa época desvairada não pode entender...
E Salazar, com irónica mas triste resignação:
- Tem razão... eu sei que isto já não é do nosso tempo, ou não é ainda do nosso tempo. Foi, porém, assim, não há muitos anos, e as crises não se manifestaram tão agudas nem tão conflituosas. a moral, quer entre os indivíduos, quer entre as nações, é sempre o equilíbrio, a saúde. Vou mais longe: poderá haver moral individual sem haver moral internacional? Que pode fazer uma sociedade que recebe esses péssimos exemplos de tão alto? As relações entre os indivíduos acabam por ser o espelho das relações entre as nações... A desmoralização internacional estimula e justifica a própria desmoralização nacional e individual"
Street:
ResponderEliminarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo
Zazzie;
ResponderEliminarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo
"" O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo "
Qual das grandes fortunas encostadas aoEstado, não aperta a teta, seja para beneficios fiscais, seja para investimentos de entrada a "fundo perdido " etc.
..E eu que pensava q por aqui se topavam bem os Salgados, mais as suas firmas de Advogados?
Creio que v. está a confundir um sistema de troca com outra coisa.
ResponderEliminarMas, se conhece outra alternativa ao capitalismo, informe-nos
s.f.f.
Zazzie, não se trata disso.
ResponderEliminarTrata-se que este sistema, que também não é capitalismo cria a tal
"" necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa."" e que algo terá que ser feito.
Pois desta forma, comem sempre só os mesmos.
Este sistema é capitalista.
ResponderEliminarDeixei-lhe um link para perceber o que é o capitalismo.
Dá ideia que continua sem saber.
"Necessidade imperiosa" = a quê?
ResponderEliminarRevolução?
Se não é a Revolução, o que é que traduz por isso?
Zazie, então devolvo-lhe a pergunta.
ResponderEliminarRevolução é sinónimo de Comunismo?
Quer dizer, se eu me sentir no direito de me revoltar contra o q andam a fazer com os meus impostos, só tenho opcção de voltar á Comuna?
Revolução é sinónimo de matança. De corte abrupto com o passado.
ResponderEliminarConhece outra? Se v. não quer capitalismo quer troca directa, é isso, para não ser comunismo?
E essa pergunta podia ter sido eu a fazê-la.
ResponderEliminarV. é que negou que o capitalismo pudesse ter variantes.
Não fui eu. V. é que disse que em Portugal não há capitalismo.
E portanto, quer a Revolução.
Faça um paper e vá lá com o seu projecto de nova revolução. O que está a dar entre comunas é isso, inventarem nomes diferentes para o mesmo de sempre.
Desde que haja propriedade privada, vai haver acumulação daquela. Facto insofismável.
ResponderEliminarDesde que haja dinheiro ou moeda que sirva como representação genérica do valor de alguma coisa, incluindo da propriedade, e que seja, ele próprio, considerado propriedade, vai haver acumulação deste também. Facto insofismável.
Desde que hajam várias maneiras de obter propriedade, incluindo dinheiro, vai haver umas que requeiram muita propriedade para montar ou conceber e manter e outras que requeiram menos. Facto insofismável.
Quem tem mais propriedade acumulada, está, por força dos factos acima, em melhor posição para obter mais propriedade. Penso que isto é o básico capitalismo decorrente do princípio da propriedade privada.
Desde que haja propriedade privada, há capitalismo - acumulação de propriedade. Os comunistas compreendem isto perfeitamente e daí a insurgência contra a propriedade privada como única forma de acabar com o capitalismo. O problema é que a propriedade privada é o maior e mais comum incentivo ao trabalho. Muito pouca gente tem o privilégio de trabalhar apenas por gosto, e a maior parte dos que o têm trabalhou provavelmente bastante para o obter.
O que me faz espécie é o poder fazer-se dinheiro apenas com dinheiro, isto é, sem trabalho. Por outras palavras, a usúria. Que é em que assenta o capitalismo moderno. É uma práctica perigosa que devia ser extremamente regulada, e é tão perigosa como o comunismo porque desincentiva igualmente o trabalho e, pior, desvaloriza-o. Como o dinheiro não está indexado a nada inerentemente valioso, cria-se do nada, como fazem os bancos sempre que precisam. Mas como só os bancos o podem fazer, quando lhes é devido um valor, quem não puder pagar com dinheiro, e porque o não pode fabricar como aqueles, vê-se obrigado a pagar com outro tipo de propriedade. E, típicamente, essa propriedade tem valor intrínseco por não poder ser criada a partir de nada.
E assim, os donos do privilégio de fazer dinheiro enriquecem sem fazerem nada. Porque o dinheiro que fazem não vale, na realidade, nada. É uma grande intrujice.
O dinheiro deveria estar indexado à única coisa com valor intrínseco e real: o trabalho. Nem ouro nem nada dessas patetices.
Se há x dinheiro em circulação tem que haver o valor correspondente criado com trabalho. O que acontece hoje em dia é o contrário, existe muito mais dinheiro do que valor real em que possa ser convertido. O que significa que alguém tem muito menos do que aquilo que pensa. Todos sabemos para quem é reservado esse papel, afinal de contas...
Estamos metidos num belo sarilho, essa é que é essa. De um lado temos os comunistas, recauchutados ou não, que pretendem reservar toda a propriedade para si, com a ilusão de que acabando a propriedade privada, acabam-se as desigualdades. É falso porque a ditadura do proletariado pressupõe um proletariado, que por sua vez pressupõe um não-proletariado, categoria essa em que acabam sempre por ir parar os proponentes, sempre que levam a deles avante.
Do outro temos os neo-cromos que vão na cantiga do vigário dos donos do dinheiro, e acham perfeitamente legítimo haver gente que enriquece do nada, e cuja consequência é a mesma do comunismo: reservarem toda a propriedade para si. E vão na cantiga porque também são vigaristas e querem obter liberdade e todas essas coisas bonitas que os donos do dinheiro prometem em abundância, sem mexerem o cu para as obterem.
"O que me faz espécie é o poder fazer-se dinheiro apenas com dinheiro, isto é, sem trabalho. Por outras palavras, a usúria. Que é em que assenta o capitalismo moderno. É uma práctica perigosa que devia ser extremamente regulada, e é tão perigosa como o comunismo"
ResponderEliminar"O dinheiro deveria estar indexado à única coisa com valor intrínseco e real: o trabalho. Nem ouro nem nada dessas patetices."
Marx, não diria melhor. Que puta de confusão.
Para finalizar e para os consumidores da "sabedoria wikipédica": O capitalismo não é igual à economia de mercado, pelo contrário, é o “anti-mercado”, e o segredo de seu crescimento contínuo são os “lucros extraordinários” dos “grandes predadores” que não se comportam como o empresário típico ideal da teoria económica convencional. Em segundo lugar, a força originária do capitalismo não veio da extração da mais valia dos trabalhadores, mas sim da associação entre os “príncipes” e os “banqueiros” europeus, que se consolida muito antes do século XVI. E, finalmente, todos os grandes ciclos de expansão do capitalismo chegam a uma fase “outonal”, onde as finanças substituem a atividade produtiva, na liderança da produção da riqueza.
ResponderEliminarCf. Fernand Braudel - "Civilisation matérielle, économie et capitalisme, XVe-XVIIIe siècle" (1979)
"Les structures du quotidien" (v. 1) ISBN 2-253-06455-6
"Les jeux de l'échange" (v. 2) ISBN 2-253-06456-4
"Le temps du monde" (v. 3) ISBN 2-253-06457-2
PS. Não foi um perigoso comunista.
Pois, no caso nem definição de dicionário.
ResponderEliminarA wikipédia chegava e sobrava para a dúvida em questão.
Conta lá mas é o que era essa cena da "necessidade imperiosa"?
E como é que o capitalismo é anti-mercado?
ResponderEliminarehehe
Isso de largar umas frases do Braudel dá ar caro mas não disseste nada.
Olha, ò Wegie, parece que a Katarina Peixoto escreveu o mesmo que tu.
ResponderEliminarSerá o teu alter-ego ou esqueceste-te do link da citação?
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaImprimir.cfm?coluna_id=4395
Olha, encontrei outro alter-ego teu: o José Luis brasileiro.
ResponderEliminarTambém citou o tal Arrighi e nem precisou de deixar ISBN ou Braudel em francês, para o caso.
Ora confirma lá e não te armes aos cágados que são fáceis de apanhar.
http://www.controversia.com.br/blog/giovanni-arrighi/
Coloquei a referencia bibliográfica e as citações entre aspas. Se não leste Braudel lamento. talvez seja demasiada areia para a tua camionete.
ResponderEliminarA necessidade imperiosa é aquela que sinto de vez em quando...
Pois foi. E deixaste o Braudel em francês como se as citações fossem tiradas de onde?
ResponderEliminarÉs tolinho.
Foste à net e copiaste aquilo dos brasileiros, em terceira mão, de um economista marxista.
Isso do Braudel que sabes de cor é óptimo. Podias era explicar o que significa o tal capitalismo que é anti-mercado.
Que foi o Braudel que disse, dizem os outros de onde copiaste a citação.
Mas conta lá por tuas palavras o que é, já és o letrado sabichão.
A todos esses teóricos escapa um facto subtil mas relevante: od donos do dinheiro não mudaram desde há séculos. Houve uns ou outros que rodaram, mas o núcleo duro é o mesmo, e raramente publicitado...
ResponderEliminarPor isso essas conversas que o ciclo capitalista começa e acaba e não sei quê, são tudo tretas. Quando muito, os donos do dinheiro mudam as impressoras e máquinas de cunhar para outro sítio...
Sigam o dinheiro e eventualmente encontrarão quem o faz...
Olha, que engraçado. Afinal a tua necessidade imperiosa parece que também tem vários autores e veio por copy past de mais neo-maxistas:
ResponderEliminarhttp://obeco.planetaclix.pt/rkurz58.htm
«Sendo verdade que quanto mais irreflexivo e acrítico se torna o capitalismo, mais se consolida uma necessidade insatisfeita por teoria, uma necessidade que cedo ou tarde será imperiosa.»
Paste, de pastar na net.
ResponderEliminarOlha, ainda mais engraçado.
ResponderEliminarAquele testamento altamente da esquerda e da direita, contra a conversa de taxista também foi "pastada"
http://www.blogger.com/comment.g?blogID=6107154&postID=318040064555821639&isPopup=true
Em relação ao Estado, há direitas que apelam à centralidade do Estado entendido como comunidade politicamente organizada, mas há também direitas que advogam o Estado mínimo em nome da defesa e primazia do indivíduo face à comunidade.
Em relação à cidadania, há direitas que defendem uma visão contratualista da sociedade e portanto a inclusão nela de todos os que trabalhem, paguem os impostos e respeitem as leis. Mas há também direitas que reclamam (consciente ou inconscientemente) uma visão imperial (não confundir com “imperialista”) e entendem que a nação é uma comunidade de destino na qual se devem poder integrar todos os que acreditam e se comprometem neste caminho comum independentemente das suas origens....
......................
Daqui:
http://imperionacaorevolucao.blogspot.pt/2010/12/hospede-de-um-dissidente-25-11-2010.html
Pertence ao facista do António José Brito
ahahahahahaha
(Pronto, não atrapalho mais. São alter-egos muito pluralistas).
Olha,
ResponderEliminaré que nem tinha reparado que o taxista era eu... só vi agora com o link da zazie... (obrigado caríssima).
Olha Wegie, não sou taxista nem sou da Al-Qaeda. Mas se fosse taxista sempre teria a consolação de levar as pessoas aonde quisessem ir, ao contrário de ti, que apenas saberias levá-las à ordinarice a que recorres tantas vezes e, mesmo assim e pelos vistos, por caminhos já por outros bastante trilhados.
Morcão talvez seja. Não serei, no entanto, o maior que por aqui ciranda, a avaliar pelos comentários anteriores...
Ainda assim, honram-me as comparações. Antes taxista do que triste professor que nem esgrimir simples argumentos consegue sem os copiar de um outro qualquer lado. Mas enfim, é o que temos e o que com o que temos que viver...
PS: trato-te por tu, porque os salamaleques se perdem em quem os não sabe apreciar, um pouco como as pérolas sem perdem nos porcos a quem são dadas. E só não te trato por você, porque você, ouvi eu uma vez dizer, é estrebaria. E não vale a pena sujar o sítio às porbres alimárias com referências à tua pessoa, pelo que daqui para a frente é assim.
PSS: José, perdoe o hijack dos comentários aqui do tasco para este ad hominem mais ou menos despropositado. Mas nós terroristas somos assim e vale mais um estalinho na tromba de quem o merece do que uma bomba H no ar...
I am the taxman, i am the walrus...
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