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sexta-feira, junho 29, 2012

Os inteligentes de Coimbra...

José Reis, que dirigiu uma equipa que fez um conjunto de relatórios a quatro concessões rodoviárias, a pedido da Estradas de Portugal, afirmou ainda que, em alguns casos, se apercebeu que os números previstos de volumes de tráfego automóvel "não eram os mais correctos" e tinham "valores demasiadamente optimistas". Porém, questionado pelo deputado do PSD, Duarte Marques, se tinha informado as Estradas de Portugal dessa "inflação dos números de tráfego", o professor de Coimbra respondeu que o grupo de estudo contactou as consultoras que operavam com o Estado. "Os estudos de tráfego foram sempre deixados a privados", acrescentou.

Antes, em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, José Reis considerou existir "desproporcionalidade nos contratos com os privados" e que algumas das obras poderiam ter sido feitas apenas com investimento público.

Apesar das dúvidas sobre o volume de tráfego previsto para as concessões das PPP – "muitos dos dados não eram sólidos" – Reis insistiu que a equipa que liderou teve, em primeiro lugar, a preocupação de verificar as variantes do custo-benefício.

"ESTADO É FRACO COM OS PRIVADOS"

O economista José Reis disse ainda que o Estado se tornou "fraco" em relação aos privados, tanto do ponto de vista dos recursos, como no que respeita à capacidade de renegociação. Reis defendeu que as PPP "fazem sentido", mas devem também ser "limitadas" e a sua utilização deve estar relacionada com "finalidades estratégicas". E concluiu: há relações contratuais que "podem não ser sãs".


José Reis, um professor do CES de Coimbra onde pontifica o professor Boaventura, altermundialista e esquerdista do tempo de Barcouço, dá agora um ar de graça da sua inteligência: descobriu agora que afinal houve uma burla originária, um engano, uma aldrabice na génese das PPP rodoviárias. E descobriu agora que o "Estado é fraco com os privados".  O Estado não é fraco com ninguém. Determinados agentes do Estado é que foram fracos com os privados e é preciso saber por que o foram porque não foi por nabice, ingenuidade ou mera incompetência, tipo Paulo Campos.
A aldrabice que aliás o DCIAP ( com uma equipa de luxo e que já deu provas de saber investigar) deve apurar é relativamente simples de enunciar: "os privados" ( empresas tipo Mota Engil, consultoras tipo KPMG e firmas de advogados tipo as do costume) inflacionaram o fluxo de tráfego nas estradas incluídas nas PPP. 
A chico-espertice é tão básica que até dói pensar nela: contrataram tarefeiros para fazer os "estudos" de tráfego. Os estudos que obviamente têm que existir sob pena de se confirmar a burla com mais outra chico-espertice, desta vez mais grave, devem ter números. Só números, localidades, referências, horas, dias e períodos de tempo. 
É estritamente necessário saber quem os elaborou na prática. Quem escreveu os números naqueles papéis, que números colocou, sob indicação de quem e para quem foram destinados. 
Sabendo quem foram essas pessoas concretas ( e que foram, quando muito, algumas centenas, poucas) é preciso ouvi-las e saber o que têm a dizer a isso. 
Metade do trabalho estará feito se assim for. E palpita-me que é nesses detalhes que o diabo se escondeu...

20 comentários:

  1. se a investigação for feita a sério, os da cauda entalada não se livram facilmente da descoberta dos factos.
    há sempre quem 'bufe'

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  2. Nunca tivemos um Estado tão grande e afinal é no privado que a rapaziada encomenda os "estudos".Aos amigos de peito claro...
    O CES tem é que refazer o estudo acerca do "nosso enriquecimento" com m base na importação e imediata nacionalização, quase na hora, dos pobres dos outros.Muitos dos quais foram descolonizadores eméritos...para ficarem com as propriedades "confiscadas"...
    Isso sim é que era "serviço público"

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  3. »»»É estritamente necessário saber .../... quem os elaborou na prática …/… que foram, quando muito, algumas centenas, poucas) …«««

    Caro José

    Você tem toda a razão, mas não tenha esperança, que consiga saber alguma coisa, por essa via de investigação.
    Se é que foram feitas contagens de tráfego, estamos a falar não de algumas centenas de pessoas, mas de poucas dezenas de pessoas.
    Se calhar nem uma dezena.
    O que foi feito foi um processo de certeza perfeitamente inverso.
    Calculou-se qual o tráfego que era necessário existir e inventou-se tudo a partir daí.
    Mesmo que tenha havido contagens “in situ”, concebem-se os algoritmos que a partir dos dados recolhidos nos dão os dados desejados.
    .

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  4. Vou-lhe dar um exemplo, que se quiser pode confirmar, da maneira como estes estudos “científicos” podem produzir os maiores disparates.
    Pouco tempo depois do 25A, ainda antes daquela “cena” dos PDMs, pagou-se a diversos grupos de estudo privados, para fazerem projecções demográficas paras as diversas CMs.
    Um meu Professor deu-se ao trabalho de somar todos os totais de todos os Concelhos.
    Esse total indicava que algures em 1980, Portugal teria 30 milhões de habitantes.
    Todos esses “estudos” foram muito “científicos”, mas acha que algum presidente de CM aceitava que o seu Concelho ia perder população?
    Quem lhe apresentasse uma projecção demográfica assim, ou a corrigia ou não recebia a factura.
    Isto nas PPP das autoestradas foi exactamente a mesma coisa.
    .

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  5. Só um pequeno reparo...porque motivo chamar a esta malta do CES..."malta de coimbra"..e não chamar à malta do ISCTE..."malta de lisboa"?

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  6. DCIAP? À espera de Godot ...

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  7. A escola de Coimbra= escola de Direito, é um entidade histórica.

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  8. O CES pertende à FEUC e não à FDUC. Também tem instalações em Lisboa como laboratório associado. esta Zazie gosta de dar ao dedo sem pensar.

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  9. É burro. Palerma- "escola de Coimbra" é um nome que se dá como se podia dizer "escola flamenga" ou algo no género porque a palavra "escola" não é para se ler à letra.

    Tinhas obrigação de saber isto, já que te julgas com a "escola toda".

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  10. Ora conta lá quando começou a "escola de Coimbra" enquanto tradição teórica de Direito em Portugal.

    E que tem isso a ver com a Faculdade da Cidade Universitária.

    Perdeste um bom momento para ficar calado.

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  11. Escola como "podrução teórica de códigos e legislação".

    É este o sentido, tolinho. Não é o edifício com profs e alunos.

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  12. Bem... parece que não se estava a falar da escola de Direito de Coimbra...

    ":O?

    ahhahahahahahaha

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  13. O CES nasceu na "escola" de Economia de Coimbra. Nem sabes do que estás a falar com essa treta da escola de Direito. Porteirice triste.

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  14. Palermita. Sei do que estava a falar porque pensava que se tratava da escola de Direito de Coimbra.

    Topas, tolinho?

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  15. E porteira é a tua prima, ó atum ramir@

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  16. E as PPP sobre a saúde também deveriasm ser investigadas.

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  17. Eu bem te vi hoje na Marcha das Galdérias...

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  18. ahahahahaha

    Porquê, vieste cá?

    ":O)))))))

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  19. Não é este Professor José Reis, que este fim de semana inundou os jornais e as TV's um dos economistas que «patrioticamente?!» apresentou queixa contra as agências de rating, por entende que é impossível perceber a decisão da Moody's de cortar o rating a Portugal para o nível de lixo. A grande diferença entre a Mody's este catedrático está em que este - mamou da teta socialista, calou-se e agora vem dizer com total impunidade que o trabalho desenvolvido para a Estradas de Portugal,consistia em validar análises feitas por consultoras, que surgiram "dúvidas" e foram encontrados "alguns dados que podiam não ser sólidos"; diz que teve diálogos técnicos muito fortes. O máximo da sacanagem. Como diz o Povo tão larápio é o que ... Claro que um catedrático de Coimbra nunca será um larápio, mas apenas um distraido.Mas há distrações perniciosas ao bom nome. Uma calamidade. Ao menos que sirva como testemunha do Ministério Público para revelar o roubo - os dados pouco sólidos, como diz - de que os portugueses foram alvo.

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  20. Que é feito de Vital Moreira que também é desta escola?

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