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sábado, setembro 15, 2012

A Constituição é a obra da Esquerda

Sousa Pinto - Há princípios e valores ligados à Justiça mas que pela sua relevância ética devem ser considerados, por todos os órgãos de soberania, como a verdade, independência, igualdade e equidade.
Esta semana o ministro Miguel Relvas referiu que na base das pesadíssimas medidas ora anunciadas, estava a decisão do Tribunal Constitucional que "chumbou" parte do anterior pacote de austeridade. Tal mensagem representa um endossar de responsabilidades a quem exerceu as suas competências de fiscalização do cumprimento da Constituição.
Do acórdão extrai-se que as medidas tinham de ser equitativas, não podendo incidir só sobre rendimentos do trabalho devendo ser repartidas, com equilíbrio, por outras fontes de rendimento. O acórdão deu a conhecer as situações que violavam a Constituição e o Governo devia congratular-se por os mecanismos terem funcionado.
É lamentável alguém desculpar-se dos seus erros com os actos legítimos de outros. Espera-se agora que no próximo Orçamento tenha presente a fundamentação daquele acórdão e o respeite, evitando a imputação de responsabilidades a terceiros.
Sousa Pinto, Vice-presidente TRL | Correio da Manhã | 15-09-2012

As pessoas têm memória curta, como dizia um dos principais beneficiários deste descalabro ( Jorge Coelho, esse mesmo) e por isso esquecem que antes deste governo assumir responsabilidades executivas e herdar a batata quente de dívidas colossais contraídas pelos correlegionários daquele mesmo Coelho, Jorge, foi colocada a questão fundamental: alterar a Constituição. 
Ora os mesmíssimos correlegionários daquele magnífico administrador da empresa Mota-Engil, ele mesmo antigo governante e manda-chuva no partido Socialista, recusaram qualquer mudança na vaca sagrada constitucional. A Constituição que continua a dizer que somos uma sociedade a caminho de um socialismo difuso, é o couto da Esquerda de todos os matizes. É o último refúgio de quem vive politicamente fossilizado em ideias peregrinas que por cá pegaram de estaca em 1975.
Por isso mesmo qualquer tentativa de mudança da Constituição terá sempre a oposição desses bonzos que zelam pela preservação da garantia de miséria que temos. 
E com isso se vão mantendo nas orlas do poder político democrático, com apoio activo e permanente dos demais bonzos dos media que deles dependem, como se vê nesta questão da RTP.
Portugal afundou-se económica e socialmente nestas últimas décadas e foi a Esquerda quem conduziu o país para esta tragédia.
Como ainda não se vê tal efeito claramente, por obra e graça dos bonzos dos media, ainda iremos continuar a sofrer as consequências das propostas políticas esquerdistas. 
Parece até que as sondagem apontam para uma maioria do PS, em eventuais eleições. 
Nada aprendemos e nada esquecemos como povo ou isto é apenas uma questão de manipulação mediática colossal que perdura há décadas?
Por isso mesmo, os juízes do Constitucional decidem de acordo com a sua consciência jurídica mas esta consciência já tem servido para tudo e o seu contrário, como é apanágio do Direito que por vezes, como dizia Orlando de Carvalho, é uma aldrabice secante. 
Portanto, a única forma de evitar que haja decisões do Constitucional que sejam polémicas, como esta foi, é mudar o texto constitucional de foram a que as aldrabices sejam mais difíceis de organizar em decisões judiciais.  É difícil...

23 comentários:

  1. Pois é verdade.

    De qualquer forma, o José acha que mais valia terem cortado 2 ordenados à FP?

    Eu penso que não chegava.

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  2. Não sei. Apenas sei que temos dívidas colossais que os governos socialistas de Guterres e Sócrates geraram, sem preocupação alguma e que agora temos que pagar porque senão não nos emprestam dinheiro para vivermos normalmente.

    Portanto, seja que governo for vai ter que arranjar dinheiro. Como?

    É para isso que são eleitos.
    Cortar um ou dois subsídios à função pública só se pode justificar se se cortarem outras despesas do Estado mormente aos rendeiros e a quem ainda não foi abrangido pelos sacrifícios.

    Parece-me básico que se é preciso cortar pois que se corte a toda a gente.

    Haja moralidade ou comam todos, é um velho ditado do senso comum.

    Parece ser o que mais falta neste momento.

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  3. À medida que vou organizando as minhas memórias para colocar aqui, vou descobrindo que os grandes responsáveis por este descalabro monumental têm nome: socialistas de todos os matizes.

    Incrível.

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  4. De acordo.

    Eu fico parva com as suas memórias. Não só o arquivo como saber o que ir buscar

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  5. admiro-o porque, contrariamente à quase totalidade dos portugueses,é organizado, metódico, persistente. por essa razão visito o seu blog primeiro que qualquer outro.

    por deformação profissional, proveniente duma ciência (fisico-quimica) que muito consideram exacta, não compreendo como uma sociedade fica dependente do direito, onde cada cabeça sua sentença.

    menos me seduz a politica tal como o iluminismo a entende.

    como dizia o Irmão Raul «é um pouco mais ou menos do que nada,
    que menos não pode ser»

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  6. Eu gosto de ler vs. os dois de seguida

    ";O)

    http://dragoscopio.blogspot.pt/2012/09/palimpsesto-do-labirinto.html

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  7. É verdade. O José deve ter esta organização desde miúdo.

    Tudo bem pensado e guardado como se adivinhasse que ia ser preciso.

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  8. E, mesmo sem ser político, é engraçado como não desbarata cartuchos

    Eu não consigo ser assim. Pendo mais para as baforadas menos pragmáticas à Dragão.

    Porque admito que possam existir momentos históricos em que está tudo louco.

    E acho que vivemos um deles.

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  9. Neste caso, foi, à parte o óbvio do saque socretino, o que achei inconcebível de assinar foi mesmo o Memorando.

    E continuo a achar. Não se trata apenas dos juros, mas de medidas de intromissão que são uma afronta e que nunca deviam ter sido aceites.

    (E, aqui para nós, não tenho nenhuma esperança que nos safemos desta)

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  10. Acabei de encontrar um desses momentos zen com um texto sobre José Jorge Letria.

    A ligação deste indivíduo á intelectualidade nacional faz-se pela via da música de intervenção, mesmo antes do 25 de Abril, suponho.

    JJL é um dos indivíduos da intelligentsia que foi de esquerda e agora evidentemente se adaptou. Continua a ser o mesmo claro está, como um outro da mesma época, o comunista encartado que dá aulas na Universidade de Lisboa, o da Joana come a papa.

    Também JJL logo a seguir ao 25 de Novembro inflectiu a marcha de punho erguido e passou a cantar para as crianças!

    Depois disso foi o que se viu: acabou na Sociedade portuguesa de Autores e suspeito que será da Maçonaria.

    É um retrato perfeito da sociedade portuguesa de Esquerda que nos têm entorpecido durante as últimas décadas.

    Intelectualmente são os responsáveis pelo descalabro tal como o Hayek ou o Milton Friedman são responsáveis pelos neotontos.

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  11. E nem preciso de procurar muito. Como tenho tudo organizado por anos e temas, basta-me folhear porque tropeço logo com estas coisas.

    Era este o ar do tempo que muita gente não conhece.

    Se conhecesse o partido Comunista não tinha a importância que tem e o Bloco ainda menos.

    Porque são ambos um embuste de grande envergadura. O maior embuste nacional, actualmente.

    Uma Mentira permanente e constante.

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  12. «Intelectualmente são os responsáveis pelo descalabro tal como o Hayek ou o Milton Friedman são responsáveis pelos neotontos.»

    Pois são.

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  13. Pois é mesmo este ar do tempo que muita gente não conhece e outra não conta.

    Já me dei a perguntar se algum jornal ou revista publicaria estes seus posts.

    Acho que não.

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  14. Suponho que muitos nem o cheiram sequer. E no entanto, ao ler estas coisas, o ambiente fica empestado de retórica comunista e de esquerdismo militante que nos desgraçou porque capou as veleidades de uma economia nacional mais sólida do que temos hoje.
    As pescas, a agricultura, a indústria e até o ensino poderiam ter-se desenvolvido de modo totalmente diverso não fora estes comunistas a atacar sempre o capital em nome do povo e dos trabalhadores explorados e oprimidos.

    O que estes indivíduos da cantoria do PREC cantavam era isso mesmo e foi assim que muita gente aderiu ao ideário de esquerda que é um paradoxo: para defender os trabalhadores acaba por massacrá-los.

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  15. O PS para não perder base de apoio eleitoral, num país pobre, fez sempre coro com os mesmos esquerdistas.

    Foi assim e só assim que Mário Soares ganhou em 86. Por um punhado de votos comunistas.

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  16. Mas a publicação disto num jornal não adiantaria nada de especial.

    O que adiantaria seria a mentalidade no próprio jornal entre os jornalistas, ser sensível a estas coisas.

    Mas evidentemente não é. Ninguém liga a isto e nem percebo o que andaram a aprender nas escolas de jornalismo.

    Aliás, nem percebo para que servem as escolas de jornalismo que temos.

    Parece que a Fátima Campos Ferreira e a Judite de Sousa são professoras. Está tudo dito

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  17. Aliás, parte do problema é mesmo o jornalismo que temos. Miserável, sem dúvida alguma. Ignorante.

    Ainda agora mesmo vou publicar um postal ( hoje deu-me para isto) sobre a crise internacional com escritos da Marianne, uma revista francesa de esquerda que respeito.

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  18. Nem a mentalidade dos jornalistas nem dos "articulistas" que até viveram isso tudo.

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  19. Já cá volto para esse da Marianne

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  20. V. publique, homem! Publique que nem tudo cai em orelhas moucas. Se agora o publicado não colhe aprovação mas desprezo, o dia há-de vir em que a situação se alterará.

    Nesse dia, estas coisas precisam de existir para que facilmente se lhes possa recorrer. A prova da sua importância pode aferir-se, penso eu, pela ausência de manifestações esquerdalhas aqui, a não ser de quando em quando e sempre em postes de tema mais ligeiro e sobretudo sem documentação.

    Não é de crer que o sítio seja desconhecido deles, pelo que a única conclusão razoável é a de que nada têm com que ripostar. A documentação é como uma luz que incide sobre o passado, revelando-o e que faz fugir as baratas ideológicas, mais acomodadas à obscuridade do políticamente correcto e na mitologia subjacente.

    Publique, pois, que é um serviço que nos presta. A nós, portugueses. Aos do passado, presente e futuro.

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  21. Tinha de ser sempre em formato de revista online, de modo a se poderem ler estes recortes.

    Só em papel não funcionava.

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  22. Pois não. E era mais resistente à cópia.

    Assim que fique acessível à Internet, esta informação é, a breve trecho, copiada múltiplas vezes. A redundância também é geográfica, pelo que só em condições catastróficas se perderá.

    Esta já a não podem queimar como num dos postais mais abaixo...

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  23. Há uma maneira mais eficaz de acabaar com as decisões polémicas do Tribunal Constitucional. É extingui-lo. Não se dará pela falta e os "juízes" podem ir trabalhar

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