Expresso:
O presidente do conselho de administração da Sonae questionou o que é que acontece com a economia "quando se sobe uma taxa ou se desce uma taxa", afirmando, por exemplo, que "quando se tira dinheiro ao povo falta dinheiro para comprar coisas, quer seja na economia quer seja nas empresas".
"Isso depois tem um impacto tremendamente negativo para a actividade económica, que desaparece. Nós não temos instrumentos de estudo em Portugal como muitos países têm. É tudo navegação à vista. Faz, não dá certo, corrige porque não há informação", sublinhou.
Na opinião de Belmiro de Azevedo, Portugal tem "um problema, mais genericamente falando, que é de arranjar algum dinheirinho para resolver esse tipo de problemas", referindo-se à questão do emprego.
"Portugal é um país relativamente pequeno. Nós temos é que melhorar a rentabilidade daquilo que é nosso. Da floresta, do mar, da agricultura e deixemo-nos de devaneios. Já temos estradas que cheguem. E isso resolve até problemas sociais importantes, porque nós podemos empregar muitos trabalhadores portugueses em tarefas muito interessantes", sugeriu.
O Público que depende da administração da SONAE tem sido um veículo de propaganda de ideias esquerdistas nada condizentes com este liberalismo que aqui Belmiro explana.
Mesmo assim, a administração da SONAE continua a manter o corvo que lhes pica na cabeça.
Entretanto, no Blasfémias parece que se descobriu que estas medidas recentes do primeiro-ministro encarnam a essência do neo-liberalismo e tal pode ser porreiro para o país, pá. Enfim.
Eles drogam-se, José. O JM passou-se completamente.
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a propósito- no outro post do Marcelo Caetano, a dada altura diz que aquelas ideias dele na prática eram o mesmo que defendem agora os neo-liberais.
Não eram nada. Uma coisa é liberalizar a economia, no sentido de não impedir a iniciativa privada, outra coisa é a neotontice que é uma cartilha internacionalista com a qual seria impensável o Marcelo Caetano concordar.
Eles até dizem que ele foi socialista, portanto já vê que aquela gente trabalha como lobby dos onzeneiros e o resto é conversa.
É difícil responder aquela palhaçada do JM sem se fazer um exercício de má-fé.
ResponderEliminarPorque ele não é idiota. Ora, não andando ao tacho (coisa em que eu até acredito- isso andava o CAA) a intenção só pode ser algo muito mais perverso.
Ele sabe que com todo este saque dos impostos o governo não consegue pagar sequer os juros da dívida.
Portanto, se o defende nem é com fé nisso.
Sobra o quê? sobra que nem lhe interessa que se façam alterações estruturais, ainda que também não servissem para se pagar a dívida.
Todos eles deixaram de falar do "monstro das bolachas"- agora só existem pessoas honestas a quem é importante cortar para alimentar a dívida.
Entre essas pessoas também existem os tubarões do saque.
E a esses, esta lengalenga do JM protege.
Ou seja- isto pode ir para a bancarrota mas o país não desaparece e até pode ser uma boa coutada para aqueles a quem dívida até rende.
A perspectiva neo-liberal actual aproxima-se do que era o nosso sistema económico prè-25 de Abril 74 na medida em que o Estado era mínimo na Economia- é o que os neo-liberais pretendem.
ResponderEliminarMas difere no poder de regulação, porque aí o Estado era máximo e o que os neo-liberais pretendem é reduzir também ao mínimo.
Foi isso que fizeram ao abolir a diferenciação entre bancos comerciais e de investimento e ao abolir uma regra que os impedia de especular até ao limite e para além dele.
Exacto.
ResponderEliminarMas a ideologia neocon é outra coisa. E eles nem são portugueses; julgam-se americanos.
Mas eu até pergunto: o Passos Coelho é liberal?
ResponderEliminarQuanto muito o único que ainda disse que seguia o Friedman foi o Gaspar.
Ora, eu não me recordo do Marcelo Caetano - um conservador- alguma vez ter citado ideólogos do liberalismo.
Defendia menor intervenção estatal. Mas isso também acontecia em muitas sociais democracias.
Mas eu até pergunto outra coisa- desde quando se passou a chamar "perspectiva liberal" ao CDS e PSD?
ResponderEliminarA que título?
Isto é moda e tem a ver com a globalização. Por cá até se vende como sendo a "Direita".
Quando tudo aquilo é só progressismo, utilitarismo e crença nas leis da economia a explicarem e organizarem o mundo.
‹‹Gente que visse nos propósitos do governo uma ameaça às posições de domínio- que adquirira e consolidara não faltou. Mas houve uma outra espécie de reacções à perspectiva de liberalização económica imposta, como disse, pela aproximação ao termo do proteccionismo, em consequência dos acordes da EFTA e por força do acordo posterior com o Mercado Comum o que me referirei mais adiante. Essa reacção foi a da venda das empresas a grandes grupos estrangeiros. Em muitos casos multinacionais.
ResponderEliminarO industrial português, não se sentia com ânimo para enfrentar competição externa e por outra lado as empresas multinacionais tinham interesse em ocupar posições em Portugal onde as condições de produção pareciam favoráveis e donde se desvendavam mercados interessantes na África e na América do Sul. De modo que surgiu a procura de estabelecimentos fabris que muitos empresários portugueses encantados com os preços oferecidos e a comodidade da vida 'antegozada, se apressaram a vender. Assim se foi desnacionalizando grande parte da nossa indústria apesar das dificuldades postas, através do Banco de Portugal, à importação de capitais estrangeiros. Havia, porém, sempre maneira de frustrar os impedimentos governamentais. Assisti com inquietação - e indignação - a esse fenómeno sem saber como atalhá-lo, para além de uma fiscalização mais severa das empresas estrangeiras. Como mais de uma vez disse, não sou xenófobo. e de bom grado veria entrar no País a tecnologia dos outros e uma contribuição que fosse estimulante da gestão, organização e métodos da indústria. Mas, em geral, os estrangeiros abordavam-nos com espírito colonialista: para aproveitar mao-de-obra mais barata e vantagens fiscais e de fiscalização.
Na indústria portuguesa salvaram-se deste demissionismo e marcavam pelo dinamismo progressivo meia dúzia de grupos. Era embaraçoso para o governo verificar serem sempre os mesmos que apareciam em todos os sectores: mas como fugir a isso, se as circunstâncias do País eram essas?
Não fiquei com muito respeito pela maior parte da alta burguesia do meu País...››
Marcello Caetano, Depoimento
O Marcelo parece-me aquele intelectual que tinha a ideia certa para o país, mesmo sem províncias no Ultramar, ou colónias como a Esquerda lhes chama.
ResponderEliminarAs ideias de Marcelo deviam ser melhor conhecidas actualmente porque são uma âncora de sabedoria e senso comum.
Não podia estar mais de acordo e ainda agora comecei a arranhar a superfície do seu pensamento. Pretendo ir tão fundo quanto possível.
ResponderEliminarMarcello Caetano, de facto, e para mim, parece-me quase demasiado bom para ser verdade, no que a um governante respeita.
É, em muitos aspectos (quase todos aliás, e para não dizer todos mesmo), bem mais democrático do que todos os figurões da cracia pós 25/4 que tive o desprazer de ler ou ouvir.
É natural que procurem suprimi-lo e á sua ideia o mais possível - compreendo-o agora perfeitamente. E isso é porque - nas palavras do próprio - ‹‹Com palavras, habilidades e ilusões podem fazer-se passar num instante aos olhos deslumbrados de um público atónito fantasias mirabolantes. Mas que se esvaem como fumo depois de uns dias breves de brilho fugaz. Fica apenas disso tudo desilusão e amargor. Quando não revolta.››
Eles temem a revolta. Temem a verdade.
V.s ainda são presos por dizerem essas coisas
ResponderEliminar":O)))))
Presos já nós estamos... Presos a uma mentalidade que nos afunda em dívida e em miséria. E nos condena ao fracasso.
ResponderEliminarComo país, como gente e como pessoas.
É isso que Portugal é neste momento: um país fracassado.
Agora começamos finalmente a perceber que os Austríacos nada tem a ver com os monetaristas (escola de Chicago, o Friedman)
ResponderEliminarUm Austríaco seria incapaz de fazer o que Esse JM fez, defender o indefensável.
O que esse indivíduo andou a apregoar, é o mesmo que o socialismo, o planeamento central.
O que esses que se intitulam de neo liberais, o que querem é um sistema tipo americano, o Crony capitalism, isto é, o capitalismo do interesse, o Estado ser diminuto, mas que lhes proteja os interesses, não querem concorrencia.
Hoje o Gaspar disse o seguinte na entrevista ao Gomes Ferreira "temos uma economia Social de mercado", ao menos admitiu que temos uma economia socialista e com um cheirinho a mercado, não livre é claro.
A economia de mercado livre não tem nada a ver com o que estes neo-liberias vomitam.
Vejamos, os austríacos são a favor de que os bancos sejam obrigados a cumprirem o principio de reserva a 100% em todos os depósitos À vista isso faria que a necessidade de banco central fosse nula, e assim não haveria a manipulação da taxa de juro que hoje assistimos, e assim os bancos comerciais e de investimento não teriam de ser separados, porque em caso de um banco falir, os depositos estavam assegurados.
Esta medida tiraria o poder aos bancos de gerar dinheiro do nada, de fazerem o que mais nenhum agente da economia pode, na minha opinião cometer fraude.
Estudar um pouco a história da FED e interessante e ficamos a perceber porque existe tanto moral hazard e tanto Crony capitalism
Com os austríacos era tudo corrido à palmada:
ResponderEliminarhttp://cocanha.blogspot.pt/2012/06/vem-ai-os-austriacos.html
Ma, por acaso, o JM até é anarco-neotonto
Mas ó Filipe Silva: já lhe disse que v. chegou atrasado.
ResponderEliminarO Carlos Novais já contou isso tudo, pelas mesmas palavras e ainda um niquinho mais qeu v. insiste em guardar na manga.
Depois de se acabar com a FED (porque a malta é toda amaricana) passava-se directamente o ouro ao bandido. E eram os banqueiros a fazerem novamente o dinheiro como no tempo dos medicis e assim.
Coisas que já existiram antes da FED e da América, veja lá só....
Oh Zazie...e só a titulo de curiosidade, imagine lá você quem foram os criadores da FED ( na sombrinha, claro ) ?
ResponderEliminarAcha que eu não sei a historieta da Jekyll Island?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarImagino que avida de informação como também o é, saiba.
ResponderEliminarMas existe muito boa gente que pensa que os Medicis já não existem...forem-se!
http://en.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Garrastazu_M%C3%A9dici
Aqui com O Richard Nixon
http://www.google.pt/imgres?hl=en&client=firefox-a&hs=Gdj&sa=X&rls=org.mozilla:pt-BR:official&biw=1024&bih=631&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=LG4PvXrQsfbp9M:&imgrefurl=http://espirra-verdades.blogspot.com/2011/06/as-13-dinastias-casa-di-medici.html&docid=gOeUnHrIum3V3M&imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-K9Dw2QdGbho/TgX38eeZv5I/AAAAAAAABCI/V0DTvMDYB6E/s1600/carter.png&w=413&h=600&ei=5n5RUM6VL8eEhQeti4GwBA&zoom=1&iact=rc&dur=3&sig=100174219331820862389&page=1&tbnh=129&tbnw=103&start=0&ndsp=16&ved=1t:429,r:0,s:0,i:72&tx=41&ty=81