O quarto capítulo do projecto artístico +- , em Guimarães, capital europeia da cultura, projecto financiado por verbas públicas, foi assim e releva de uma crítica social indigente e reflexo do que pretendem satirizar: o descalabro na governação pública que nos atirou para o buraco em que nos encontramos. São precisamente espectáculos destes que mostram como é a "cultura" em Portugal.
Que nojeira. A conspurcarem Guimarães, estes palhações.
ResponderEliminarpensei que iam entregar os 15 mil mensais ao sãopaio
ResponderEliminartudo isto bem pago com o subsidiozinho para a "cultura".
ResponderEliminarVergonha! E ainda por cima à custa dos dinheiros públicos...
ResponderEliminarSe não eram militares da GNR estavam bem imitados e disfarçados.
ResponderEliminarSe o eram, foi vergonhosa a palhaçada em que participaram. É para isto que servem as nossas forças de segurança? A solução lógica seria o Comandante-Geral pedir desculpa ao povo português por esta chachada e ...
Porém, não quero acreditar que esta participação tenha sido da sua autoria; provavelmente houve alguma instituição oficial que a solicitou.
Eu, militar, tenho vergonha desta participação de militares, ainda que de uma força de segurança.
Enterraram Portugal mas tiveram vergonha de anunciar o sobado...
ResponderEliminarEu só penso que ainda bem que não fui até lá.
ResponderEliminarTinha-me passado e ainda ia de cana.
O autor é este palhaço:
ResponderEliminarhttp://www.facebook.com/miguel.januario.148
E, ia jurar que sei de onde vem...
onfirma-se rapidamente.
Um imbecil qualquer. Escardalho, para variar.
ResponderEliminarE vai a enterrar como o Bin Laden. Em local desconhecido, que é para não fazer "culto"...
ResponderEliminarO grave é que tudo isto é feito repetidamente na nossa província na altura do enterro do Carnaval onde depois se costuma ler o testamento do morto que em regra são críticas aos notáveis da terra. É feito pelos populares, de borla e para gáudio de todos. Roubar essa ideia e transformá-la num acontecimento cultural pago com o nosso dinheiro brada aos céus.
ResponderEliminarNa nossa 'província'?! ó pazinho, vai-te pôr num caixão. 'Província' e provincianos é a trampa suburbana de Setúbal a... Guimarães; quem ainda não enxergou que é tudo a mesma lama mal cheirosa gosta de enterros, diria memso mais, de cremações. Estes cromos não eram da 'província' de certeza absoluta, são seguramente merdas produzidas nas cieências humansas da av. de berna, em subúrbios de loures ou do lumiar. A sociologia está lá inevitavelmente. O pior é que em Guimarães, nas lísbias ou no porto todos os dias há cagadas destas pagas por todos nóis.
ResponderEliminarhajapachorra.
ResponderEliminaro que o Xico disse é que o enterro do Carnaval é um tradição popular que ainda se faz na província.
E acrescentou que o que foi grave foi estes imbecis roubarem a ideia para a abastardarem em Guimarães.
E tem toda a razão.
E são morcões, já agora. O imbecil é morcão que fazia pichagens.
ResponderEliminardizer 'província' é o mesmo que fazer pichagens
ResponderEliminarÓh, como é que lhe chama, então?
ResponderEliminarEle não chamou província a Guimarães nem disse que os tipos eram das berças.
Quanto custou ao contribuinte mais este enterro. É triste que os militares da GNR se prestem ao enterro de Portugal. Que asco, é para isto que servem os imi's, iva's e afins...?
ResponderEliminarObrigado, Zazie. Expliquei-me mal. Gosto de ver essas partidas de carnaval popular. O que se viu em Guimarães é de tal maneira desonesto que nem sei o que dizer. Porque o seu autor apresentou aquilo como se fosse uma grande ideia que tinha tido.
ResponderEliminarPor ter permitido a participação de militares da GNR nesta palhaçada, o comandante distrital desta força de segurança foi prontamente (o que se esperava) substituido no comando.
ResponderEliminarHá erros que não se admitem e este é um deles.
Apoio a decisão do CG. Na verdade seria inconcebível que aquela participação tivesse ocorrido com o seu conhecimento e aprovação.
Luís: sem dúvida.
ResponderEliminarEu nem acreditei, de início que fosse mesmo GNR.
ResponderEliminarPois então foi muito bem chutado.
Não digo província porque essa 'província' não existe; opor Lx à 'província' só pode passar pela cabeçorra de um lisboeta provinciano, mesmo muito provinciano. O que é essa província? Portugal sem Lisboa? Portugal sem Lx e Porto? Portugal sem o imenso subúrbio que vai de Setúbal a Braga? o que etá acima de Rio Maior? O que não cabe entre o Lumiar e Cascais? Província só conheço uma, a Provence. Quem fala da província não tem mundo, ponto. Vive nesse mundo deprimente do fado, das marchas, da revista, da rua da Igreja...
ResponderEliminarEntão o que é que chama às aldeias de Portugal?
ResponderEliminarSão litoral? são interior?
Não faz o menor sentido o que diz, hajapachorra.
ResponderEliminarExistem tradições populares como a do enterro do Carnaval e isso não acontece nem em Lisboa nem em nenhuma cidade de Portugal.
Qual é o problema que tem em dizer que se fazem na província?
Não existe província, é isso?
A Zazie - que eu muito aprecio - às vezes deixa-me fulo. E este é um desses raros momentos em que revela dondoquice (próprio do belo sexo quando se fala de coisas mais transcendentes, como o sagrado ou a honra).
ResponderEliminarMas eu explico:
Portugal é um.
Falar em "província" (típico do parolo de "Lesboa") implica dividir o Sagrado, em duas partes: aquilo que consideram o essêncial - "Lesboa", e a redundância, a excrecência, o secundário, o irrelevante: a anónima "província".
Quem sente Portugal assim pode ir bem para o inferno.
A província é onde moram os provincianos. Pode muito bem ser em Lesboa...ou no Puorto, carago. Carago não, carago!
ResponderEliminarNem mais José!
ResponderEliminarNo entanto não é esse o conceito convencional... oube lá!
Num post onde toda a gente concordou, tinham de inventar uma discórdia por causa dos lisboetas também acharem que este imbecil conspurcou uma tradição popular.
ResponderEliminarEu não sei que nome dão à província e bem posso esperar sentada.
Não há-de é ser coisa de bairrismo do pôerto ofendido.
Quanto mais não fosse porque só por burrice se podia pensar isso de quem tem família paterna da Cedofeita.
Percebeu, Pedro Marcos?
ResponderEliminare percebeu de onde veio o engano apenas por eu rectificar o mal entendido com o hajapachorra em relação ao que o Xico escreveu?
O Xico não meteu Lisboa ao barulho e eu muito menos. E não disse que isto era coisa de Lisboeta na província.
Disse que era de um cretino que nem inventou nada mas abastardou uma tradição popular.
Entende?
Ainda não? é preciso fazer um desenho, carago?
Paranóia do caraças. Sei lá eu o que são esses complexos de inferioridade.
ResponderEliminarEu gosto de tradições populares.
Há quem chame "coisas do interior ou do Portugal prfundo", ou assim.
Mas, se também existem no litoral?
E o mais que conheço é gente dos arredores de Lisboa com a mania que é do "campo" quando nunca trabalharam no campo e nem no nome do gado acertam.
":O?
E olhem, palerminhas- sou alfacinha de gema, já agora. A parte da família lisboeta é mesmo daqui há séculos.
ResponderEliminarLogo eu, uma sem terra, phónix! que tanto gostava de ter lá a casita na aldeia e não tenho
ResponderEliminar":OP
- Gosto de "ver" a Zazie picada! ;)
ResponderEliminarGosta ainda mais de a ter visto com a "Chaimite"!
Mas a Zazie continua: agora restringe a "paisagem" ao Porto!
- Num pode!
Agora a sério, Zazie, dou razão aos de "Lesboa" numa coisa: os grandes sacanas vieram das berças, Trás-os-Montes, Fundões, etc.
ResponderEliminarMas as eminências pardas que ocupam as direcções gerais e roubam e minam em grande são daí.
V. é parolo.
ResponderEliminarComo é que chama ao local que não é citadino?
É o campo, é a província. Sempre aprendi assim.
Qual é o problema? quer que eu me mascare à minhota para poder falar das tradições populares, é isso?
Ou, por ter costela lisboeta e outra metade do Porto estava proibida de gostar dessas coisas?
É estigma nascer-se em Lisboa?
Se calhar é. Há-de ser por isso que há camponeses de capoeira que me chamam "menina das avenidas"
E nem sabem o que eram essas avenidas, já agora
Oiça aí: eu nasci em Lisboa mas a infância e as memórias mais antigas nem são daqui- são do Monte Estoril
ResponderEliminarSe pudesse, acho que trocava nas clamas e vivia em Guimarães.
Esta porcaria irritou-me precisamente por isso. Porque Guimarães não merecia esta gigantesca cretinice.
E pode crer que se lá estivesse tinha sido lindo. Ai tinha, tinha.
Estou a ver que tenho de ir buscar um buço postiço e atar um lenço preto na cabeça para poder escrever nesta caixinha
ResponderEliminar":OP
Província é uma expressão própria de lisboetas. Ninguém fora de Lisboa designa o resto do país como província.
ResponderEliminarDantes tínhamos também as províncias ultramarinas.
Não é termo depreciativo. É apenas um modo de referência da paisagem que é Portugal, para além de Lisboa.
Vasco Pulido Valente também assim fala porque foi educado desse modo.
Por mim até acho piada a que se refiram à província porque dá um ar distância entre a capital e a paisagem que se estende para além das sete colinas.
Curiosamente os lisboetas também se referem aos saloios como sendo dali perto, de Mafra ou Malveira ou assim.
Por mim gosto mesmo de Lisboa. Muito mais do que do Porto. E uma das razões é essa, de ser uma capital com certa classe.
A guerra com o Puorto foi esta cidade que a inventou, particularmente um parolo como Pinto da Costa é, apesar de ser culto.
Uma das maiores alegrias, como português que sou, foi a de chegar a Lisboa, na Portela, há uns anos, vindo de lá de fora.
ResponderEliminarA cidade nunca me pareceu tão bonita como nessa altura.
Se pudesse e tivesse calhado gostaria de viver em Lisboa. Em Campo de Ourique ou na Estefânia ou assim.
Verdade?
ResponderEliminarQue engraçado. Olhe só o que eu aprendi.
Não fazia a menor ideia.
Então as pessoas de Coimbra ou do Porto ou assim, não se consideram citadinos e não diferenciam a cidade do campo?
O que é que chamam, já agora.
Mas então está bem. Acharam que os estava a chamar provincianos. Nem associei. Aprendi a falar assim e pensava que toda a gente também dizia da mesma maneira
":O))))
Agora a Zazie está a ser tonta. Tenho-a como bastante inteligente para estar agora a insistir nesses exageros, simplismos e caricaturas. Goste ou não destas "sensibilidades" elas existem e acredite que é por algum motivo que elas existem.
ResponderEliminarDedique a sua encantadora e deliciosa agressividade (digo-o sem ironias) a canhões como estes que conseguem o feito de me hipnotizarem com esta "performance" patológicamente... patética.
A GNR...
Os "adultos" naquelas figuras...
É possível chegar-se mais baixo?
Pelos vistos é.
Também acho Lisboa muito bonita e só trocava o meu bairro por Campo de Ourique.
ResponderEliminar(o meu é mil vezes mais bonito que a Estefânia, José)
ahahahah
Mas diga-me lá, porque é que qualquer pessoa que foi criada nos arredores sem a menor ligação à lavoura ou à pesca. criados com vida de café, diz que é do campo?
Por motivos profissionais passei o último ano e meio em Lisboa. Era uma alegria passear a qualquer hora pelas ruas da cidade. De manhã, principalmente.
ResponderEliminarE sim, os saloios são de Malveira. Até a Beatriz Costa dizia.
ResponderEliminarPedro Marcos: releia todos os comentários e vai ver que caiu de para-quedas e é a única pessoa que ainda não entendeu nada dos equívocos.
ResponderEliminarO meu sogro ( já falecido) migrou para Lisboa muito novo, para trabalhar, ido do Norte, tal como vários conterrâneos.
ResponderEliminarPara esses migrantes, quando saíam de Lisboa não iam à província: iam "à terra".
Nem diziam " ao Norte", coisa reservada aos do Sul. Diziam simplesmente "à terra".
A expressão província é tipicamente lisboeta, a meu ver.
Eu adoro a sua terra. Mas nada tenho de desenraizada. Gostava era também ter tido família lá com a aldeia e assim.
ResponderEliminarMas não. Devem ter morrido todos.
Mas não fazia a menor ideia que só os lisboetas empregavam essa palavra "província".
Mas tem razão. Vendo bem, a ideia que tenho é de incluir na província tudo o que não é de Lisboa.
Acho que sempre falei assim sem me dar conta. É por causa dos sotaques.
Só os de Coimbra é que não têm. Os outros falam de modo diferente- por isso são da província
":OP
Os que vivem nas cidades, no Norte, não se referem aos das aldeias como
ResponderEliminarsendo "do campo".
Dizem simplesmente " da aldeia".
Pois era. Isso lembro-me. E eu digo que sou uma sem-terra por isso mesmo. Por nas férias nunca poder ir "à terra".
ResponderEliminarMas com pena. Porque seria completamente impossível eu achar que há alguma superioridade em nascer na capital.
Isso é que é parolice. E isso, para mim, é em toda a parte. Gosto do campo e detesto carros. E incomoda-me o inverso- os que espatifaram "a província" para fazerem caricaturas de Lisboa em toda a parte.
Não são apenas os de Coimbra que têm um sotaque neutro. A zona centro é assim. E gosto de ouvir os sotaques de outras terras. O que menos gosto é o beirão.
ResponderEliminarAqueles xes são demasiado aparolados para o meu gosto.
E diferenciam as pessoas das vilas das cidades e das aldeias?
ResponderEliminarQue conversa deliciosa. Eu aprender coisas tão básicas das quais nunca me tinha dado conta.
ehehehe
Zazie, veja o meu comentário inicial. Não é uma questão do que é melhor ou pior, o que tem mais ou menos virtude. As diferentes realidades fazem parte do todo.
ResponderEliminarA "província" não é uma excrecência. Repare que não é uma questão de semântica. Isto traduz-se em comportamentos e atitudes, que em boa verdade, reconheça-se, são recíprocos (quando se sai do respectivo habitat, é o que se vê). Mas cada vez menos notórios, dadas à progressiva aproximação nas referências culturais.
O Pinto da Costa?
Esse sabe larguete!
Mas devo ter a nostalgia do Norte e é por isso que digo que era capaz de viver em Guimarães.
ResponderEliminarMas não vivia no Sul. gosto de todos os nortes.
Coimbra é uma cidade feia. Em 40 anos conseguiu ainda ficar mais feia do que era.
ResponderEliminarE cara, porque a habitação é circunscrita a uma relativamente pequena área.
Curiosamente quem vem de Lisboa pela A1, depara com um cartaz na autoestrada a anunciar Coimbra como " a cidade do conhecimento".
Coisa mais parola é difícil de encontrar porque o conhecimento que têm não se nota nada na cidade. Antes pelo contrário.
Coimbra deve ser a cidade que menos evoluiu arquitectonicamente nos últimos 30 anos.
ehehehe
ResponderEliminarOs beirões, para não falarem "achim" ainda é pior, ficam ciciosos
As pessoas do Norte, a meu ver diferenciam os habitantes das cidades ou das vilas.
ResponderEliminarPOnte de Lima, ( que neste fim de semana está em festa com as Feiras Novas) é um lugar muito bonito e quem é de lá diz que vai à vila. Coisa antiga, está bom de ver.
Mas falam todos diferente, José. Nem que seja em pequenos detalhes, como no pretérito dos verbos que não acentuam.
ResponderEliminarNão dizem: ganhámos; dizem "ganhamos", como se fosse no Presente do Indicativo.
Pedro Marcos, v. não tinha lido as confusões do hajapachorra e nem percebeu que eu apenas traduzi o sentido do comentário do Xico que ele não tinha percebido.
ResponderEliminarFoi apenas isto. O resto passou-me ao lado.
Se não fosse esta explicação do José, continuava sem perceber qual era o vosso problema.
Os de Ponte de Lima têm um sotaque muito marcado em relação por exemplo às cidades vizinhas de Braga ou de Viana ou mesmo de outras vilas como os Arcos de Valdevez ou Paredes de Coura.
ResponderEliminarA diferença entre estas terras é notória. Os dos Arcos, de COura ou Valença sentem já muito a presença da Galiza e isso nota-se.
Se não estivesse tanto calor, amanhã de manhã iria a Ponte de Lima, passear e ver o desfile dos grupos de bombos.
ResponderEliminarCostumava ver por lá a família do nosso "rei", a passear na ponte romana e a ver os cavalos.
POnte de Lima ao Sábado de manhã no dia das festas é um sítio único.
E à noite é outra maravilha ver e ouvir as dezenas de pequenos grupos de concertinas a tocar em desgarrada, algumas delas e com bailaricos improvisados em cada esquina até às tantas da madrugada.
Não há nada assim em Portugal.
Não me fale nessas festas que eu estou presa aqui.
ResponderEliminarNão sabia desse cartaz a anunciar Coimbra.
Os locais que mais gosto ficam no Norte. Principlamente em Trás-os-Montes.
Posso apreciar o Sul, a serra algarvia e até o Alentejo mas não vivia lá.
Não me toca como me toca a paisagem e a pedra escura nortenha.
Vá por mim, José que até me faz farnicoques as saudades que já tenho dessas festas por essas paragens.
ResponderEliminarEm Ponte de Lima ainda se podem ver alguns resquícios de pessoas que parecem ter saído do séc. XIX.
ResponderEliminarPor um lado, em alguns casos, é sinal de pobreza. Por outro, de uma tradição que não se abandonou.
Não conheço nada igual em Portugal.
Zazie, não é o meu problema: é o nosso problema.
ResponderEliminarMas já constatou uma subtileza bem real que pode ter as suas consequências, goste-se ou não dela.
Diz o José:
"As pessoas do Norte, a meu ver diferenciam os habitantes das cidades ou das vilas."
É verdade.
A sobranceria parola será proporcional à densidade populacional. O que aborrece é a atitude arrogante (o gesto, a frase, o nariz empinado, a afectação no falar, a falta de qualidade da proposta apresentada) de que se julga com mais urbanidade e que toma automáticamente os outros por parvos ou toscos ou ambos.
Isto é real e tem consequências.
Também é real que há muita gente que não se dá ao respeito.
Porra, o que fui fazer... Não era minha intenção, Zazie, descobrir-lhe esse lado estrada da torre. O José. que conhece o país, como todos os bufarinheiros de província, eh, eh, disse tudo o que havia a dizer. Essa de gostar muito de te uma casinha na aldeia, na terrinha, de ir à quinta, só mesmo de quem cresceu entre muros.Ninguém em Coimbra, Porto, Aveiro, Braga, Guimarães, fala dessa imaginária província. O uso do termo é malsão. Só em regime colonial ou imperial se fala de províncias. E ninguém vai à aldeia. Até porque isso acabou. Há cidade e subúrbio. Mais nada. Desgraçadamente.
ResponderEliminarE já agora, também sou alfacinha, nas horas vagas, e em verdade vos digo: Lisboa é uma belíssima cidade com gente de subúrbio. Escusam de me perguntar pelo Porto. Respondo já: é outra bela cidade, habitada por muitos milhares de javardos.
ResponderEliminarPois é, hajapachorra:
ResponderEliminarO José não descobriu nenhuma faceta minha, porque, pelos vistos, esta semântica é inconsciente e até achei piada como v.s descobrem logo quem é lisboeta desta maneira.
Pelos vistos o Xico também é.
Como é óbvio gosta-se sempre do que se não tem e efabula-se acerca disso.
Eu sei que esse mundo praticamente acabou porque também já fiz Portugal inteirinho de mochila às costas para caçar gárgulas.
Mas ainda bem que se chateou com a palavra província porque, por ingenuidade minha nem estava a perceber qual era o problema.
Ainda hei-de reparar se há muitos lisboetas vindos de outros lugares que a dizem.
Mas até gostava de saber desde quando entrou no léxico este termo e o seu sentido.
Desconheço. V. que o apanhou logo, sabe?
É que eu imagino que seja muito antigo.
O Pedro Marcos é que não percebeu nada e continua com os complexos a inventar "soberbias parolas" onde nada disso existe.
ResponderEliminarSe calhar existem soberbias parolas nos falsos lisboetas. Mas esses nem gostam da "terra" e desconhecem festas populares, porque o mundo deles é o do betão e do asfalto.
E nem vivem em bairros tradicionais porque só gostam de torres com garagem.
Os bairros tradicionais (e poucos restam) são as nossas aldeias, onde ainda há povo genuíno.
ResponderEliminarNão existe a menor comparação entre isso e urbanizações à Expo ou à Bela Vista.
Tem toda a razão. Por isso mesmo, apesar de tudo, preferiria viver em LX ou Porto do que em São Paulo, Belo Horizonte, LA, NY ou madrid. Tenho uma enorme vantagem, com casas em Guimarães, Porto, Aveiro, Coimbra, Caldas e, aí, na Travessa do Chão da Feira, não há 'província' que me pegue. Este sentido que referia, creio que é do séc. XIX, antes província era divisão geográfica. A trampa vem quase toda do século liberal, a começar pela nossa elitezinha descendente dos ladrões que depois de 1834 arranjaram quintas e brasões a preço da uva mijona. Andam por aí.
ResponderEliminarPois é, hajapachorra, deve ter sido na sequência da reforma liberal.
ResponderEliminarConsultei a bibliografia do Guia de Portugal do Raul Proença e aparecem uma Voyage dans le Nord du Portugal, de Olivier Merson, datado de 1862.
Seja como for, isto também é muito pitoresco (para usar a terminologia da época)