Champallimaud explica a sua noção de banca, mercados e capitalismo financeiro, ainda durante os primeiros meses a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Pouca gente pensava como ele, nessa altura e nos media, e muito menos ousava em exprimir-se publicamente. No dia em que tal comunicação foi lida, 28 de Setembro de 1974 começou verdadeiramente o PREC.
Na alocução Champallimaud criticava o Governo "dito fascista" de Marcello Caetano e explica porquê. E ainda diz: No dia em que alguém com autoridade, o Governo por certo, declare ser dispnsável a minha presença na vida económica nacional, é acto de favor que apreciarei."
Durou meia dúzia de meses até chegar tal declaração formal, em 11 de Março de 1975.
O jornal O Raio, publicado na Covilhã , repescava esse discurso no número de 8.1.1975 e vale a pena ler ( clicando) para vermos os anos luz a que nos pusemos da mentalidade empresarial privada nessa época de "processo revolucionário em curso" para o socialismo e a sociedade sem classes. É ler e verificar como é que os comunistas nos tramaram economicamente.
teve problemas com Marcelo Caetano por causa da herança Sommer. seus advogados eram soares e Zenha. diziam que o trabalho era todo de Zenha.
ResponderEliminarhá 50 anos morei no prédio da Castilho onde mataram o filho. em frente havia um papagaio que reproduzia os palavrões dos passantes.
o SR. António era um 'destribalizado'. nada tinha de comum com o lixo humano português que vive pendurado nos contribuintes.
foi grande em todos os locais onde investiu.
meia dúzia de Srs António numa democracia e esta republiqueta socialista saía da fossa.
pelo caminho do protesto acaba tudo à cacetada
Eu estive presente nessa reunião.
ResponderEliminarFoi no Palace Hotel do Estoril na altura cheio de retornados.
permita-se-me um reparo.
Soares não foi advogado nesse processo que segui de perto.
O primeiro advogado foi Dr. Manuel João da Palma Carlos, depois Dr. Zenha, depois Dr. Francisco de Sousa Tavares e por último Dr. Daniel Proença de Carvalho.
Se o José conseguir mais recortes de jornais irá, por certo, encontrar mais interesse em noticiar.
Ercília e Carlos:
ResponderEliminarE qual foi o ambiente geral nessa reunião? Ainda se lembram?
Suponho que pouca gente sabe destas coisas e quem sabe não as conta para uma maioria saber.
O poder mediático que se instaurou logo a seguir ao 25 de Abril decidiu censurar tudo o que poderia lembrar de algum modo o regime anterior. Quem se atrevia a lembrar tal coisa era logo apodado de fascista, ou fassista porque os comunistas não pronunciavam a palavra à italiana mas fechando as sílabas ou soletrando fachista, com o "a " fechado.
Portanto a maioria das pessoas e dos jovens não conhece esta História.
Conhece a penas a dos anti-fachistas.
Ricardo Dias Felner, ex-jornalista do púbico, escreveu:
ResponderEliminar"Num processo de despedimento, como o do Público, não é indiferente quem se escolhe para ir embora. E é preciso que se deixe isto bem claro: as pessoas inscritas na lista da directora, Bárbara Reis, não são os piores jornalistas da redacção. Eu conheço-os a todos. São os jornalistas de quem BR não é amiga, que não a acompanham no jornalismo arty, nem nas tertúlias do Chiado. São os jornalistas que...não debatem diariamente com ... BR sobre artes plásticas, arquitectura japonesa e direitos humanos de povos remotos e exóticos. São os jornalistas que ousaram criticar as opções editoriais de BR, dentro do Conselho de Redacção. São os jornalistas que defendem um jornal feito de jornalismo e de notícias, e não apenas de crítica, opinião e ensaio. São os jornalistas chatos, como devem ser os bons jornalistas. São os jornalistas sem
medo de enfrentar o poder, seja o poder de grupos económicos, como os que BR contratou para mecenas, seja o poder político, como o protagonizado por Miguel Relvas no episódio que levou à saída da jornalista Maria José Oliveira. A crise existe, não há dinheiro, o negócio dos jornais está arruinado - parece evidente. Mas este despedimento colectivo de 36 jornalistas não é simplesmente uma reestruturação ou uma redução de custos. É uma limpeza. E uma vergonha. O Público era um oásis de liberdade, de seriedade, de loucura. BR deu-lhe uma machadada severa. Vai ficar na tristemente na história, entre outras coisas, como a pessoa que quis despedir José António Cerejo, o jornalista mais marcante do nosso tempo. Os leitores hão-de cobrar o despudor, estou certo disso. Mas nessa altura, porventura, será demasiado tarde. Para os meus amigos do Público, para os meus camaradas, para todos nós. Até lá, é resistir. Ninguém sairá incólume."
Vou comentar porque vale a pena.
ResponderEliminarJá agora, pode dizer-me, sff, onde é que Felner escreveu isso?
ResponderEliminarNo FaceBocas, o moderno confessionário.
ResponderEliminarNão uso disso mas se estiver com sinal aberto, consulto.
ResponderEliminarDevia usar José, nem imagina a quantidade de pessoas que gostam de o ler.
ResponderEliminarMais uma razão para não usar.
ResponderEliminar???? José.
ResponderEliminarahahahahahaha
ResponderEliminarO facebocas é na verdade coisa de putos, gajas e velhos. Achei que estava a ficar velho e resolvi adequar-me. Mas uso aquilo como um blogue. Tal e qual. Muitos ainda estão ficam baralhados; espero que pouco a pouco vão percebendo. Quem tem filhos acaba ali. O mal nunca está nos meios nem nos instrumentos, está sempre nos uso que lhes damos.
ResponderEliminarCoisas de gajas?
ResponderEliminarQue linguagem hajapachora...
Oh José, sem querer parecer ingrato, não há isso aí numa imagem com mais resolução? É que esta é um bocado difícil de ler...
ResponderEliminarTem toda a razão, só que não consigo aumentar a mesma. No original tem 729 K ou para aí. Aqui fica com menos de um décimo.
ResponderEliminarVou continuar a procurar uma resolução maior.