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domingo, outubro 14, 2012

Champallimaud em Setembro de 1974 ainda acreditava na economia portuguesa

 Este artigo que reproduz o teor de uma comunicação de Champallimaud, aos dirigentes do Banco Pinto & Sotto Mayor, banco ainda privado, em 28 de Setembro de 1974, depois de um exílio de cinco anos, por motivos judiciais e não só.
Champallimaud explica a sua noção de banca, mercados e capitalismo financeiro, ainda durante os primeiros meses a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Pouca gente pensava como ele, nessa altura e nos media, e muito menos ousava em exprimir-se publicamente. No dia em que tal comunicação foi lida, 28 de Setembro de 1974 começou verdadeiramente o PREC.

Na alocução Champallimaud criticava o Governo "dito fascista" de Marcello Caetano e explica porquê. E ainda diz: No dia em que alguém com autoridade, o Governo por certo, declare ser dispnsável a minha presença na vida económica nacional, é acto de favor que apreciarei."

Durou meia dúzia de meses até chegar tal declaração formal, em 11 de Março de 1975.

O jornal O Raio, publicado na Covilhã , repescava esse discurso no número de 8.1.1975 e vale a pena ler ( clicando) para vermos os anos luz a que nos pusemos da mentalidade empresarial privada nessa época de "processo revolucionário em curso" para o socialismo e a sociedade sem classes. É ler e verificar como é que os comunistas nos tramaram economicamente.


16 comentários:

  1. teve problemas com Marcelo Caetano por causa da herança Sommer. seus advogados eram soares e Zenha. diziam que o trabalho era todo de Zenha.
    há 50 anos morei no prédio da Castilho onde mataram o filho. em frente havia um papagaio que reproduzia os palavrões dos passantes.

    o SR. António era um 'destribalizado'. nada tinha de comum com o lixo humano português que vive pendurado nos contribuintes.

    foi grande em todos os locais onde investiu.

    meia dúzia de Srs António numa democracia e esta republiqueta socialista saía da fossa.

    pelo caminho do protesto acaba tudo à cacetada

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  2. Eu estive presente nessa reunião.
    Foi no Palace Hotel do Estoril na altura cheio de retornados.
    permita-se-me um reparo.
    Soares não foi advogado nesse processo que segui de perto.
    O primeiro advogado foi Dr. Manuel João da Palma Carlos, depois Dr. Zenha, depois Dr. Francisco de Sousa Tavares e por último Dr. Daniel Proença de Carvalho.
    Se o José conseguir mais recortes de jornais irá, por certo, encontrar mais interesse em noticiar.

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  3. Ercília e Carlos:

    E qual foi o ambiente geral nessa reunião? Ainda se lembram?

    Suponho que pouca gente sabe destas coisas e quem sabe não as conta para uma maioria saber.

    O poder mediático que se instaurou logo a seguir ao 25 de Abril decidiu censurar tudo o que poderia lembrar de algum modo o regime anterior. Quem se atrevia a lembrar tal coisa era logo apodado de fascista, ou fassista porque os comunistas não pronunciavam a palavra à italiana mas fechando as sílabas ou soletrando fachista, com o "a " fechado.

    Portanto a maioria das pessoas e dos jovens não conhece esta História.
    Conhece a penas a dos anti-fachistas.

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  4. Ricardo Dias Felner, ex-jornalista do púbico, escreveu:
    "Num processo de despedimento, como o do Público, não é indiferente quem se escolhe para ir embora. E é preciso que se deixe isto bem claro: as pessoas inscritas na lista da directora, Bárbara Reis, não são os piores jornalistas da redacção. Eu conheço-os a todos. São os jornalistas de quem BR não é amiga, que não a acompanham no jornalismo arty, nem nas tertúlias do Chiado. São os jornalistas que...não debatem diariamente com ... BR sobre artes plásticas, arquitectura japonesa e direitos humanos de povos remotos e exóticos. São os jornalistas que ousaram criticar as opções editoriais de BR, dentro do Conselho de Redacção. São os jornalistas que defendem um jornal feito de jornalismo e de notícias, e não apenas de crítica, opinião e ensaio. São os jornalistas chatos, como devem ser os bons jornalistas. São os jornalistas sem
    medo de enfrentar o poder, seja o poder de grupos económicos, como os que BR contratou para mecenas, seja o poder político, como o protagonizado por Miguel Relvas no episódio que levou à saída da jornalista Maria José Oliveira. A crise existe, não há dinheiro, o negócio dos jornais está arruinado - parece evidente. Mas este despedimento colectivo de 36 jornalistas não é simplesmente uma reestruturação ou uma redução de custos. É uma limpeza. E uma vergonha. O Público era um oásis de liberdade, de seriedade, de loucura. BR deu-lhe uma machadada severa. Vai ficar na tristemente na história, entre outras coisas, como a pessoa que quis despedir José António Cerejo, o jornalista mais marcante do nosso tempo. Os leitores hão-de cobrar o despudor, estou certo disso. Mas nessa altura, porventura, será demasiado tarde. Para os meus amigos do Público, para os meus camaradas, para todos nós. Até lá, é resistir. Ninguém sairá incólume."

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  5. Vou comentar porque vale a pena.

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  6. Já agora, pode dizer-me, sff, onde é que Felner escreveu isso?

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  7. No FaceBocas, o moderno confessionário.

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  8. Não uso disso mas se estiver com sinal aberto, consulto.

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  9. Devia usar José, nem imagina a quantidade de pessoas que gostam de o ler.

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  10. Mais uma razão para não usar.

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  11. O facebocas é na verdade coisa de putos, gajas e velhos. Achei que estava a ficar velho e resolvi adequar-me. Mas uso aquilo como um blogue. Tal e qual. Muitos ainda estão ficam baralhados; espero que pouco a pouco vão percebendo. Quem tem filhos acaba ali. O mal nunca está nos meios nem nos instrumentos, está sempre nos uso que lhes damos.

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  12. Coisas de gajas?
    Que linguagem hajapachora...

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  13. Oh José, sem querer parecer ingrato, não há isso aí numa imagem com mais resolução? É que esta é um bocado difícil de ler...

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  14. Tem toda a razão, só que não consigo aumentar a mesma. No original tem 729 K ou para aí. Aqui fica com menos de um décimo.

    Vou continuar a procurar uma resolução maior.

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