Diz que Francisco Louçã, o esquerdista radicalizado há anos, vai abandonar os bancos do Parlamento, onde esteve nos últimos anos. Hoje disse publicamente que houve intervenções que fez que não serão esquecidas tanto pelos amigos como pelos adversários. Talvez, mas duvido.
O que Louçã nunca disse no Parlamento para todos ouvirem foi este discurso que em tempos ( mas não há tanto tempo assim...) proclamou em entrevista de manifesto e que autoriza se possa ponderar se não será mais um farsante:
Diz assim Louçã, sobre a essência ideológica do BE, depois da pergunta "Em que é que o BE acredita?":
"Numa
esquerda socialista. (...) Para nós o socialismo é a rejeição de um
modelo assente na desigualdade social e na exploração, e é ao mesmo
tempo uma rejeição do que foi o modelo da União Soviética ou é o modelo
da China. Não podemos aceitar que um projecto socialista seja menos
democrático que a "democracia burguesa" ou rejeite o sistema
pluripartidário. Não pode haver socialismo com um partido político
único, não pode haver socialismo com uma polícia política, não pode
haver socialismo com censura. O que se passa na China, desse ponto de
vista, é assustador para a esquerda. (...) Agora, a "esquerda
socialista" refere-se mais à história da confrontação, ou de alternativa
ao capitalismo existente. Por isso o socialismo é, para nós, uma
contra-afirmação de um projecto distinto. Mas, nesse sentido, só pode
ser uma estrutura democrática."
O que dizia Louçã em 2005 a este propósito? Isto:
"O
BE é um movimento socialista ( diferenciado da noção social-democrata,
entenda-se-nota minha) e desse ponto de vista pretende uma revolução
profunda na sociedade portuguesa. O socialismo é uma crítica profunda
que pretende substituir o capitalismo por uma forma de democracia
social. A diferença é que o socialismo foi visto, por causa da
experiência soviética, como a estatização de todas as relações sociais. E
isso é inaceitável. Uma é que os meios de produção fundamentais e de
regulação da vida económica sejam democratizados ( atenção que o termo
não tem equivalente semântico no ocidente e significa
colectivização-nota minha) em igualdade de oportunidade pelas pessoas.
Outra é que a arte, a cultura e as escolhas de vida possam ser impostas
por um Estado ( é esta a denúncia mais grave contra as posições
ideológicas do PCP). (...) É preciso partir muita pedra e em Portugal é
difícil. Custa mas temos de o fazer com convicção."
Xico Buarque em Construção
ResponderEliminar« morreu na contra-mão
atrapalhando o tráfego »
quando eu morava no Estoril estava o gajo no 'Caisidré' a distribuir
planfleto.
consta que vai continuar a distribuir o 'metrial' dentro do seu auto ultra caro ou do seu iate. pode finalmente descansar na 2ª casa dizem os camaradas.