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quarta-feira, novembro 07, 2012

Ironia do destino: quando desejamos ser gregos...

Em 3 de Novembro de 1984 os gregos eram um exemplo para nós, ou seja, para os socialistas que tendo governado o país até 79 se opunham a uma reviravolta democrática na Constituição e na política económica do país. Isso apesar do espectro da fome, do FMI e da sempiterna crença nos amanhãs a cantar que os socialistas de então e agora adoram prometer sempre com sucesso garantido nas eleições. Não é por acaso que os vendedores de lençóis e atoalhados a preço abaixo do custo do paleio de feira continuam a concitar atenção ao passante.

Em finais de 1983 apareceu nos quiosques um semanário com o título original de Semanário, dirigido por Vítor Cunha Rego e com colaboração permanente de Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice ( antes de se dedicar a tempo inteiro à parecerística avençada com o Estado e antes de enriquecer) Sarsfield Cabral e um tal Rui Teixeira dos Santos que escrevia sobre tudo e mais alguma coisa.
No número de 3 de Novembro de 1984 escrevia sobre os bancos portugueses " um retrato sombrio do sistema bancário português", antes da abertura aos privados da banca comercial ( O BCP já se anunciara, com origem em dinheiro do Norte).
No mesmo número, outro articulista do jornal, Jorge Braga de Macedo que dali a pouco subiria a ministro de Cavaco, escrevia este texto delicioso sobre os gregos.
Na altura ambicionávamos ser como a Grécia, que tinha um PASOK socialista bem mais avisado que o PS de cá. Isso escrevia Borges de Macedo, para mostrar já nessa altura a natureza incorrigível deste PS que temos há mais de trinta anos.


14 comentários:

  1. Caro José:
    Lamentavelmente, a forma como coloca agora nos seus artigos as fotografias de jornais e revistas não permite a sua leitura - pelo menos a mim, cuja vista já começa a acusar cansaço.
    Só de lupa.

    O anterior sistema utilizado permitia aumentar a imagem e facilitava em muito esta tarefa.

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  2. JC:

    se clicar duas vezes na imagem, com o botão direito do rato não consegue aumentar a imagem?

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  3. Hmm. Também só agora dei com a maneira de ver isto em condições.

    Clicar duas vezes nem sempre dá. No meu navegador pelo menos.

    O truque é abrir a imagem num separador novo ou janela nova e depois já dá para aumentar...

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  4. Exactamente: abrir a janela num separador novo. E clicar outra vez para aumentar ( costuma ter um sinal +)

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  5. Agora que se sabe o que se sabe sobre décadas de vigarice das contas gregas, fica apenas a prosápia pseudo-científica do grande economista.

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  6. Que por acaso nem é economista.

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  7. Em 84 a vigarice era outra: a do PS de cá que é sempre o mesmo de sempre...

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  8. Com um acrescento: este indivíduo que não é economista percebe mais do assunto que os teixeiras dos santos que tal matéria ensinam...
    Ou até mesmo o Pina Moura que faz um magnífico programa em tandem com o dito que é um dos melhores da tv actual.

    Não perco um quando posso.

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  9. É uma questão de fé, e a fé não se discute.

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  10. "É preciso acreditar" lá cantava o esquerdista Adriano Correia de Oliveira que levava muito a sério os versículos ditirâmbicos do poeta alegre.

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  11. o Irmão António Portugal, cunhado do bardo, acompanhava o 'cantorio'.
    passou uma rajada de 'vento' e foi 'tudo à viola' no que respeita ao rectângulo.

    a caixa de Pandora já espalhou todos os males

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  12. Não é preciso cool preview algum

    Basta clicar primeiro na imagem e depois é que se faz abrir apenas a imagem.

    E aí aparece logo a lupa para aumentar e diminuir

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  13. Obrigado pelas dicas.

    Já consigo ler as fotografias dos jornais.

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