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sábado, dezembro 29, 2012

Jornalismo desportivo: mais um frete


João Marcelino, o director do jornal que se apresta a mudar de dono, antigo paradigma da nossa imprensa e símbolo da decadência nacional, entendeu tornar o sindicalista Carvalho da Silva, doutorado no ISCTE em tese peregrina, director do jornal por um dia.
Evidentemente que um sindicalista, tornado sociólogo de tretas no ISCTE, só pode usar o jornal como meio de propaganda política, eventualmente preparando o caminho para se candidatar à presidência da República deste pobre Portugal.
Com um bocado de jeito e a receita do costume, bem conhecida do patrocinador-mor do candidato, o desmemoriado Mário Soares, este mesmo Carvalho da Silva ainda acaba presidente de "todos os portugueses". Com uns apelos aos pobrezinhos do costume, a diabolização da "direita" e dos mercados e a treta de sempre sobre  o futuro e a esperança na "mudança de políticas" teremos o nosso destino traçado para mais uns anos de tragédia e desgraça. 
Para se aquilatar o peso deste número especial de propaganda do Diário de Notícias, leiam-se os nomes dos opinativos: todos dignos da companhia de ABS nas ideias políticas. Todas copiadas de outros e todas originárias da mesma ideia central: a esquerda.  
Que mais aventuras teremos que sofrer para sairmos deste pesadelo que dura há mais de trinta anos, com esta esquerda que nos conduziu a três bancarrotas, dando sempre a entender que os culpados são os outros, os que produzem riqueza?


10 comentários:

  1. depois do abs segue-se c da s

    começam cedo a dividir a esquerda (a minha é melhor que a tua)

    o iscte é a lusofona do estado

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  2. José,
    Eu também não aprecio a tendências ideológicas do Sr. Carvalho da Silva. Vejo-o como um agitador. Um agitador agita à esquerda ou à direita, onde mais lhe convém.
    Contudo, não aprecio a visão que manifesta do doutoramento do Sr. Carvalho da Silva.Como sabe que é um doutoramento em Sociologia da treta?
    Não sou Sociologo. Contudo leio com interesse muitos sociologos.
    O José escreve muito bem de forma substantivada, não precisa destes "arredondamentos".Peço desculpa mas o se texto estraga-se com este tipo de "comentário.

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  3. Sr. Carvalho da Silva não.
    Dr. Carvalho da Silva, se faz favor.

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  4. Paulo Sarnada:

    Não acredito na Sociologia que temos por cá e muito menos na que é ministrada pelos doutores do ISCTE.

    É um preconceito, admito.

    Mas até ser convencido do contrário continuo a entender que o ISCTE é uma excrescência. Um lugar de onde só vem miséria intelectual.

    Penso assim, paciência.

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  5. Quando vejo alguém que no currículo ostenta o título passado pelo ISCTE, desisto.

    Não acredito na seriedade intelectual da coisa.

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  6. Caro Amigo

    apoio incondicionalmente a sua ideia.
    frequentei a biblioteca por motivo de estudo,
    convivi com quem conhecia o 'local mal frequentado'.

    intelectualmente 'és solo montones de mierda'

    o melhor é a cantina. comi muito bem

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  7. José,
    Não conheço o que faz no ISCTE, ou seja que tipo de investigação sociológica ou mesmo o "perfil" de ensino sociológico.
    Já li algumas textos produzidos por pessoas ligadas ao ISCTE. Nunca li nada de Doutor Carvalho da Silva.
    O José lá sabe quanto ao seu preconceito. Com certeza que tem razões para isso. Afinal todos temos preconceitos. Eles não surgem do nada...
    Todavia,não é socialmente deixá-los transparecer. Fui também tolhido por isso.
    Tenha um bom dia de Domingo.

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  8. Paulo Sarnada:

    Obrigado pelo seu conselho, mas há muito que deixei de cuidar da minha imagem por aqui em termos de conveniência.

    Normalmente escrevo até ao limite do que posso dizer. E algumas vezes ultrapasso-o porque não me preocupa que as pessoas possam ficar desiludidas com o que esperariam ficasse escrito.

    Faço-o principalmente por um motivo: para não me levar muito a sério e dar um recado explícito para que as pessoas também não se levem muito a sério.

    Afinal, as opiniões sobre assuntos humanísticos baseiam-se fundamentalmente em crenças e estas podem estar erradas.
    De qualquer modo, tendo as minhas crenças tento passar um discurso coerente com as mesmas e por isso estico a corda um pouco, por vezes.

    É por isso que respeito algumas crenças alheias mas não tanto ao ponto de aceitar como válidas certas receitas que já se provaram ser um logro e um embuste.

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  9. Porém, fundamentalmente, quando afirmo determinada opinião sobre uma dessas receitas sociais e políticas tento fazê-lo de modo a acompanhar tais opiniões com factos e referências historicamente identificáveis por quem quer que seja.

    Normalmente não me limito a dizer que isto é assim ou assado, como a maior parte dos comentadores mediáticos faz, tipo ABS.

    Detesto copiar ideias sem as atribuir a um dono originário. Aliás, detesto todos os plágios encapotados e a habilidade palerma em fazer passar como próprias, ideias que se leram ou ouviram algures, eventualmente a outros papagaios.

    Se toda a gente se pusesse a questionar seriamente o que vai vendo ouvindo e lendo, poderíamos contar com uma opinião pública muito melhor informada.

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  10. Por isso mesmo, o que temos como opinião pública é uma onda de pensamento unificado ( e estupidificado, por vezes) sobre determinados assuntos.
    Normalmente há um comentador que lança o mote do argumento. Depois disso, os seguidores papagueiam os argumentos ( quando os há) com base na suposta autoridade intelectual de quem os produziu ou então, o que é pior, por causa de quem os produziu ter uma posição política com a qual as pessoas se identificam.
    Depois é assim que se vai formando a onda do pensamento único.

    Detectar estas ondas e determinar onde começaram devia ser o papel dos críticos.
    Mas não os temos em quantidade suficiente.
    Vasco Pulido Valente e poucos mais estão sozinhos no espaço mediático.

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