Páginas

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Público, um jornal de culto

A directora do Público foi entrevistada pelo Sol de hoje. Diz que em 2009, altura em que foi escolhida para a função,  não fazia jornalismo político mas "de Cultura" e a propósito de exemplos disso cita o caso de "artistas, encenadores e bailarinos", ficando assim delimitada uma área específica da tal Cultura. Será que a patroa é fã do bailado e temos um baile mandado? 
Quanto ao facto de as vendas continuarem a cair, essa é fácil de explicar: é a crise, pessoal. E com um fenómeno: caem as vendas de papel em banca mas "aumenta no digital". Aumenta o quê? As consultas ou as inscrições pagas? Não diz.
Nunca por nunca admitirá que a razão principal da tal queda acentuada e contínua de venda do jornal em banca se deve à treinadora, perdão, directora do jornal, ela própria. Portanto, o Público continuará de vitória em vitória até ao encerramento final que ocorrerá quando o patrão, melhor, a patroa  lhes cortar a colecta, por falta de fundos de maneio.
Cegueira maior não há. E daí, até há: é a mesma do Bloco de Esquerda e esta em geral. Fizeram o mal e a caramunha aí está.
A crise justifica tudo e o jornal reduz-se cada vez mais a um nicho de incipiências culturais, sem o mínimo interesse a não ser para os próprios visados que porventura nem o lêem.
Assim vai o Público e a sua directora que não se enxerga.

Aliás, sobre o Público e a sua vertente "de Cultura" já o cronista Vasco Pulido Valente se tinha pronunciado no já distante ano de 1996 no suplemente Vida do já defunto Independente. Este decesso originou uma eventual reciclagem crítica e o nosso cronista lá apareceu a cronicar no mesmíssimo Público de que aqui, em 9.8.1996, dá umas notas ácidas que a então jornalista agora directora deve ter lido...embora de pouco lhe servisse.





4 comentários:

  1. esta porcaria só podia ser escrita por gentalha 'alegadamente' ligada ao be.

    por onde andará a que se demitia por aparar a relva 'deste jardim à ...'

    o poeta satírico Pérsio ao informar que a vida é 'turpe et miserabile'
    estava a antever a que o socialismo nos legou 'ad aeternam'

    ResponderEliminar
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  3. Saudades desse VPV. Actualmente parece-me maçudo, das últimas vezes que o li. Mas também os tempos não são de entusiasmo e a idade também não ajuda.

    Recordo-me do tempo em que no DN escrevia sobre a «ignorância índigena». Aí estava em grande forma.

    Quanto ao Público é um jornal feito para os amigos dos jornalistas, daquela esquerda «lírica» e snob.

    ResponderEliminar
  4. Por acaso a crónica de hoje, «uma fábula», sobre os tetrarcas, tem piada e insinua muito.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.