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segunda-feira, janeiro 28, 2013

A pequena história de um crime impune


A revista Tabu do jornal Sol trazia na semana passada este pequeno texto sobre um crime do PREC: o assassínio de Alexandrino de Sousa, um militante do MRPP que terá sido morto por elementos da UDP durante o Verão Quente de 1975. O crime é fácil de enunciar: o bando de militantes da UDP, cerca de 60, na Praça do Comércio em Lisboa, sairam de carrinhas, munidos com barras de ferro e empurraram a meia dúzia de militantes do MR que tinham a ousadia de lutar contra o que apelidavam de "social-fascismo". Foram sendo empurrados até ao cais das colunas onde o Tejo marejava. Alexandrino não sabia nadar e apesar de ter gritado tal coisa foi literalmente empurrado pelos valentes da UDP que o afogaram, assim, porque deviam saber que quem não sabe nadar pode afogar-se se não for socorrido.
É esta a história que Luís Osório conta e não sei se o processo crime conta a mesma coisa. O que não conta, porém, é quem matou Alexandrino de Sousa concretamente. Quem foi o ou a, os ou as, valentes que o empurraram para a morte certa que sabiam iria ter lugar naquelas circunstâncias.
Os assassinos não foram descobertos mas como eram várias dúzias devem saber muito bem quem são, ainda hoje.
Não se acusam, está bom de ver e quanto a remorsos relegam provavelmente esse incómodo para a noção vaga de "excessos revolucionários", de modo que provavelmente ninguém se sentirá culpado de coisa alguma. Se o Alexandrino fosse filho, pai ou parente deles, provavelmente saberiam muito bem quem foram os culpados. Assim...
Na Universidade de Coimbra mandava a UEC, a secção estudantil do PCP, de que fazia então parte Vital Moreira e outros.
Nas cantinas da universidade costumavam passar música ( boa música por sinal, mesmo a revolucionária) do rádio universitário, que ecoava nos altifalantes das cantinas enquanto se almoçava ou jantava. Curiosamente, nesse dia ou a seguir, uma das músicas que passaram insistentemente foi um velho êxito de Sérgio Godinho, "Aprende a nadar, companheiro!"
Sim, há quem se lembre...

ADITAMENTO em 29.1.2013:

Alertado por uma ligação mostrada por um comentador, aqui fica o comunicado surreal do MRPP da época em que Durão e Rosas e Matos mais companhia só juravam pela revolução de livrinho vermelho na mão de semear discórdias:

Alertado pelo assassinato terrorista do camarada José Alexandrino de Sousa (António), o Comité Central do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (M.R.P.P.) reuniu em Sessão Plenária de emergência às 6 horas de hoje, em Lisboa.

O Comité Central examinou o significado e as consequências políticas do assassinato terrorista do camarada Alexandrino de Sousa, levado a efeito por um bando armado de social-fascistas do grupelho provocatório do O.R.P. «C.»/U. «D. P.», e aprovou as medidas que o caso requer.

O camarada Alexandrino de Sousa era militante da gloriosa Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas (F.E.M.L.), organização do nosso movimento para a juventude comunista estudantil. O camarada Alexandrino de Sousa era Director do jornal «Guarda Vermelha», órgão central da F.E.M.L..

O camarada Alexandrino de Sousa foi barbaramente e covardemente assassinado, quando procedia à afixação de cartazes convocatórios do Comício de Homenagem ao camarada Ribeiro Santos, assassinado em 12 de Outubro de 1972 por fascistas e revisionistas.

O bando de social-fascistas da O.R.P. «C.»/U. «D. P.» feriu outros 5 camaradas de Alexandrino de Sousa, um dos quais se encontra hospitalizado em perigo de vida.

O camarada Alexandrino de Sousa foi um verdadeiro quadro servidor do povo e infinitamente fiel ao marxismo-leninismo-maoismo e à linha vermelha do nosso movimento.

O Comité Central, ciente de interpretar os elevados sentimentos revolucionários do proletariado e do povo português, presta a sua firme homenagem ao jovem militante caído no campo da luta, exprime a sua dor aos familiares do camarada Alexandrino de Sousa, muito especialmente a seu pai e sua mãe, e exprime à Federação de Estudantes Marxistas-Leninistas e seu comité «Estrela Vermelha Ribeiro Santos» vivos sentimentos revolucionários.

O Comité Central conclama todo o partido a unir-se como uma rocha de granito e a cerrar fileiras com as amplas massas populares, de modo a que, apoiando-se no exemplo de coragem, abnegação e firmeza Bolchevique do nosso querido camarada Alexandrino de Sousa, possa vingar a sua memória.


A LUTA É DURA, MAS NÓS NÃO VERGAMOS!
HONRA AO CAMARADA ALEXANDRINO DE SOUSA (ANTÓNIO)!
ALEXANDRINO DE SOUSA - RIBEIRO SANTOS, O MESMO COMBATE!
VIVA A LINHA VERMELHA DO NOSSO MOVIMENTO!
VIVA O PARTIDO!
9 de Outubro de 1975

O Comité Lenine, Comité Central
do M.R.P.P.

 E mais outro, no jornal Luta Popular:

José Alexandrino – Ribeiro Santos,
O mesmo combate!

Hoje mais um filho do povo, mais um camarada nosso, foi cobardemente assassinado por cerca de 60 rufiões da mafiosa U“DP” – ORP “C”“ML” e por certo de outras organizações da mesma índole.

O camarada Alexandrino, juntamente com mais cinco camaradas, respondendo ao Apelo à Esquerda, procedia à colagem de cartazes para transformar o 12 de Outubro – dia do assassinato do heróico camarada Ribeiro Santos – numa gigantesca manifestação de força da Linha Vermelha do nosso Partido.

Cercados, os nossos camaradas recusaram arrancar a propaganda que haviam acabado de colar, resistindo valentemente às bárbaras agressões de que foram vítimas.

Perante um tão grande comportamento, perante a demostração de tamanha força política e moral, ante o espírito de partido afirmado, coisa nunca vista nas suas hostes mafiosas – os neo-revisionistas arrastaram os camaradas para o rio, em cujas águas revoltas pereceu José Alexandrino de Sousa director interino do órgão central da FEML, usando na organização o pseudónimo de António.

O nosso camarada não morreu em vão. O seu exemplo vai contribuir para unir toda a esquerda dentro e fora do nosso Partido afim de esmagar a contracorrente reaccionária que expressa precisamente os mesmos pontos de vista políticos e ideológicos dos seus verdugos. O seu sacrifício é uma contribuição importante para a fundação do Partido e foi isso que em desespero de causa levou estes bandidos a assassiná-lo. Bandidos que o povo não tardará esmagar com as suas próprias mãos.

O camarada Alexandrino não morreu em vão, o seu exemplo de autêntico comunista vai trazer às nossas fileiras um número crescente de filhos do povo prontos a pegar na bandeira vermelha que ele agitou.



Luta Popular nº 113
Sexta-feira, 10 de Outubro de 1975  


Agora só falta saber quem eram os outros cinco camaradas "bolcheviques" e particularmente a que respondia por nome feminino e que papel teve na contenda. A sério e sem surrealismos. Espero que Ana Gomes esclareça. Ou o advogado Garcia Pereira, que precisa de contar uma história melhor que esta, segundo se poderá depreender de depoimentos de quem saberá melhor. É que a história dos "social-fascistas" da UDP, pelos vistos é demasiado aperfeiçoada e simplista. Venha outra história mais concreta e definida que precisamos de saber se Garcia Pereira viu o que aconteceu, ou seja, se estava lá e se não estava quem estaria e o que fez, concretamente. Precisamos de saber concretamente duas coisas: quem sugeriu que os "camaradas bolcheviques" se atirassem à água gelada do Tejo. Se foram as barras de ferro e as ameaças dos energúmenos social-fascistas da UDP ou se foi o zelo revolucionário do martírio anunciado. 
É uma questão simples de enunciar, perceber e perguntar a quem sabe muito bem o que sucedeu naquela noite: foram os social-fascistas da UDP que empurraram Alexandrino para a morte ou foram os próprios camaradas que incentivaram o mesmo a mergulhar num enlevo de loucura que não seria nada de extraordinário naquele tipo de gente? 
É que a diferença que vai de um assassínio a cargo do social-fascismo ou um homicídio incentivado por uma loucura pode ser muito grande e não adiantam os sofismas que se podem apresentar em olhar só para os agressores social-fascistas se não se olhar também para o que fizeram as vítimas em concreto e motivadas por quem, em concreto. 
   
Que gente... imagens do funeral tiradas daqui:

Para o MRPP estes foram os assassinos. Um "bando dos quatro"...falta saber o que é feito do processo ( provavelmente já destruído se ninguém o guardou como recordação) e da identidade dos acusados e do que lhes sucedeu. Absolvidos, certamente. Como a legenda diz " a lotação da sala de audiência encontrava-se completamente cheia." Pois então haverá muita gente que deve lembrar-se da farsa.

 

207 comentários:

  1. José:

    Deste caso sei, porque o meu irmão era amigo dele.

    E sei que ninguém o empurrou. Quem o mandou atirar-se ao tejo, mesmo sem saber nadar, foram as kamaradas mrrs.

    E sei até quem foi o marinheiro que tentou salvar.

    E ele contou que agarrou umas e o Alexandrino ainda se agarrou ao pé dele, mas ele teve de o empurrar e largar, para não morrerem todos.

    E isto é apenas uma parte da história vergonhosa que esses fanáticos carregam.

    Porque ainda conseguiram transformá-lo num mártir.

    Só que uns dias antes tinham feito panfletos, distribuídos pela faculdade, onde ele era denunciado como pertencente à "linha negra".

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  2. Este seu post José, é uma lufada de ar fresco, comparado com outros mais recentes.

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  3. Se quer saber, sei o nome de quem deu a ordem para ele se atirar ao Tejo.

    E sei também de quem se pirou a 7 pés e no dia do funeral estava lá a botar discurso e a inventarem a história que foram mártires dos udps.

    Os da UDP foram lá com barras, sim. Por cenas de luta de cartazes, mas ninguém foi empurrado.

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  4. O Alexandrino vivia cá sozinho. Tinha vindo da "província" e andava naquilo desde antes do 25 de Abril.

    Depois com o PREC a cambada arrivista foi a chefe e o fanatismo fez o resto.

    Ele ia comer a minha casa. E andava sem dormir. A minha mãe sabe bem deste caso e teve até bruta discussão com essa gente.

    O Alexandrino foi deixado morrer pelos kamaradas. É esta a verdade da trampa.

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  5. A maluca que deu a ordem e o mandou atirar-se ao Tejo, mesmo com ele a dizer que não sabia nadar, é bem conhecida.

    E essa sujeita já tinha chegado ao ponto de matar os sentimentos, porque num dia estava a largar os comunicados de denúncia dele e dois dias depois, em directa, no seguimento desta tragédia, batia á máquina outro onde ele era herói.

    Nunca na vida me hei-de esquecer disto, porque, para mim, isto foi o exemplo último do que pode ser alguém estar preparado para tudo.

    E foi também mais que suficiente para ter autêntico pavor ao fanatismo ideológico e ter pó definitivo a toda a esquerda.

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  6. Só para acrescentar.

    Há muita figura pública que sabe que o que eu acabei de escrever é verdade.

    Uns ainda militam nessas trampas escardalhas.

    Outros saíram mais ou menos na altura.

    Creio que nunca nenhum teve coragem de contar isto publicamente.


    Por isso é que perdi o respeito, por igual, a demasiada gente.

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  7. Ainda bem que me conta essa história porque fui colega do Alexandrino,em Braga. Mas não me lembro dele, embora amigos meus se lembrem bem.

    Por isso mesmo, fico a saber que esta história é uma lenda.
    Mais uma. Mas...houve processo de investigação criminal?

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  8. E o "aprende a nadar companheiro" é verídica.

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  9. Não sei bem como foi isso do processo.

    Lembro-me do irmão ter vindo mas quem tratou disso foi o "Comité Central".

    É perguntar ao Rosas, ou ao Arnaldo de Matos, ou até ao Durão Barroso.

    Sabem bem tudo e com todos os detalhes.

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  10. Será que lhes pesa?
    É que são muito lestos a denunciar os crimes do "fassismo"...mas estes está quieto, ó Rosas!

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  11. Dizem que o caso do Ribeiro dos Santos também não foi tal e qual como se conta.

    Acerca desse não sei.

    Agora deste sei e a minha mãe ainda mais porque foi a minha mãe que ouviu essa explicação do marinheiro.

    A explicação de mandar atirar ao Tejo, ouvi-a eu de quem também se atirou mas sabia nadar.

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  12. Não lhes pesa.

    Essa gente é desalmada.

    Uma das miúdas que esteve nisto sim, ficou traumatizada e passado um tempo largou tudo.

    Mas os comunistas de verdade, são sempre feitos de matéria diferente, como dizia o Estaline.

    E esses vivem da lenda.

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  13. Quando eu digo que o Rosas é um ogre não é a brincar.

    E este é apenas um detalhe em que ele fez discurso mas nem participou, como está visto, porque os chefes de topo nunca participam em nada.

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  14. Caro Dr. José Martins
    Eu não sei matou o Alexandrino. Sei que fui ao seu velório e chorei com lágrimas de revolta. Como se pode matar um jovem por fanatismo político.
    Na altura dizia-se que a UDP estava enterrada até aos ombros neste caso. E, na altura, em Lisboa falava-se em nomes.
    O problema é nada era julgado nem, nessa altura, nem hoje.
    E a tampo. Quem matou os dois comandos nos Lanceiros em 26 de Novembrio de 1975?
    O heroi Jaime Neves impediu que os seus homens fizessem, ali, a vingança dos dois comandos.
    É bom que alguém, un dia escreva um livro com estes horrores.
    É certo que nada se esclarecerá. Vejam o caso do livro do Rui Mateus. Ai se isto fosse num país a sério...!

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  15. Mas estes textos oficiosos têm a sua piada porque, pelos vistos, nunca ninguém quis falar com quem sabe.

    E é treta dizer-se que ele militou naquilo com toda a crença até ao fim.

    Precisamente por ser apanhado mas nem tão burro quanto isso, é que era mais outro que estava perto de fazer o que depois fez o Saldanha Sanches e restantes.

    Ele já estava marcado como sendo da "linha nebgra". Por processo sumário e "denúncia às massas".

    Esses comunicados desapareceram todos.

    Estupidamente o meu irmão ainda tinha um nos arquivos mas deitou tudo fora há uns anos.

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  16. Foi ao velório na sede?

    E foi ao funeral e ouviu o encómio revolucionário?

    É que isso eu ouvi e nunca na vida esquecerei a farsa.

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  17. boas

    Esta é uma boa história, realmente, mas duvido que esse gente tenha verdadeiramente remorsos...

    Os americanos têm agora um termo actualizado para estas coisas - "danos colaterais" que os "anti-fassistas" abominam...

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  18. Estou preocupado, pensei que só a direita fassista é que mata, como aquela história do humberto do Panteão.
    Agora a própria esquerda, a denunciar á pide, camaradas que deixavam de interessar, ou a liquidá-los, com tiro na nuca, á boa maneira da nkvd, isso é que não
    As histórias oficiais, livram-nos destes casos de consciência, fica mais bem lavada, assim.

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  19. são várias as histórias mal contadas daquela e de outras mais recentes.

    suicídio de cegonha para justificar o apagão no tempo de guterres.

    tive um empregado do mrpp que nem à família contava as guerras internas.

    o pcp passava por ter uma linha dura encarregada de limpar o anti-partido. consta que ainda por aí anda quem sabe.

    a 11.3.75 vinha de Moscavide na direcção da auto-estrada e mandaram-me parar junto ao ralis. tinham acabado de abater a tiro o filho da Antónia de que falava Vera Lagoa. safei-m,e de boa porque conhecia um falecido Irmão do punho erguido.

    do caso RS conheço pormenores porque trabalhava na Rua do Quelhas a seguir ao ISCEF. não ocorreu como consta. ouvi relatos em 1ª mão.

    assisti na rua em frente do Califa um dos oteleiros tentou a meu lado matar um industrial. depois de atirar fugiu com os esfincters em mau estado para um carro que o esperava. nunca vi um gajo tão assustado. à queima roupa acertou na carteira do alvejado e este caíu no chão sem se ferir.

    anos depois tudo nos parece ter vivido 'num manicómio em auto-gestão'

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  20. Atenção.

    Eu não disse que foi "o tiro na nuca dado pelos próprios camaradas".

    Eu disse que foi o fanatismo que mandou atirar-se à água, e atiraram-se todos, tendo ele dito que não sabia nadar.

    Isto é outra coisa- é a martiriologia cega e a ordem superior a que se obedece.

    E nunca mais vi essa maluca, desde o funeral. Várias vezes tenho pensado que gostava de me voltar a cruzar com ela para lhe fazer essa pergunta, olhos nos olhos- como foi? não teve remorsos?

    ................

    Ardem para mandar dar o tiro ao traidor também existiu e o tiro foi dado, o traidor escapou e a historieta foi contada no jornal pelo Saldanha Sanches.

    Quem deu a ordem foi o Rosas. E deu-a para mais gente- uns levaram porrada de criar bicho, este teve o kamarada fanático a bater à porta de casa dos pais, armado e a disparar o tiro, tendo o minorca traidor conseguido desviar- o braço do imbecil.

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  21. errata, a de, em vez de "ardem".

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  22. E nem creio que se possa pensar em coisas racionais que justifiquem alguma coisa.

    Foi exactamente o oposto- tudo aquilo era loucura contagiosa.

    Os traidores, a linha negra, as denúncias, o mea-culpa exigido, tanto calhava a um no dia como ao próprio que a tinha feito na véspera.

    Mas nesta altura já andava tudo a aprender a marinhar e a "ter cargos". E foi também nessa lógica que as aparições abrilistas trataram de afastar os mais antigos, que nunca tinham sido militantes de nada.

    Porque os militantes eram os chefes que viviam à grande na clandestinidade.

    O resto era carne para canhão, com pequenas hierarquias de fantasia.

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  23. As lutas com os UDPs eram palhaçada tribal.

    Nada daquilo tinha algo a ver com crítica ao que quer que fosse, incluindo ao social-fascismo.

    Chateavam-nos era por serem pouco fascistas.

    O Arnaldo até chegou a propor uma espécie de juventude "camisa castanha". Mais nazi que aqueles tarados não havia.

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  24. Tão palhaçada e tão farsa que o Rosas, passado uns tempos estava com eles.

    Saíam do que não dava poder para o que dava mais.

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  25. Em relação ao PCP, os incêndios nas sedes do partido era provocados por militantes comunistas...

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  26. Então mas não entendo. Afinal, para que é que se atiraram ao rio? Foi para fugir?

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  27. O que me ficou disto foi a imagem do sorriso de êxtase com que toda aquela gente tão nova viveu uma tragédia passada com um rapaz que era colega e mais que isso- o mais próximo possível- o kamarada/irmão.

    Porque o que existia era a morte dos sentimentos para insuflarem vida a abstracções. Nem ideais eram- era o Partido.

    E pelo Partido valia tudo, a glória máxima era ser mártir.

    E depois, no funeral, enchiam a peitaça de ar e cantavam os hinos. Não havia dor, não havia nada de humano. Havia imbecilidade levada ao extremo a fingir o heróico.

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  28. Boa pergunta.

    Olhe, pergunte assim: para que é que faziam tudo para serem presos, em democracia e depois entravam em greve da fome a tentarem morrer.

    Uma abortou, outros ficaram doentes dos rins para o resto da vida e tudo porque o Grande Líder tinha dado a ordem.

    Atiraram-se ao rio porque, de facto, os UDPs estavam lá e havia cena de porrada diária.

    E, os que sabiam nadar, foram nadando mais para o largo. Nenhum UDP se atirou ao rio e nenhum empurrou.

    Foi mesmo essa louca que mandou atirar ao rio camaradas!

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  29. Em democracia não seria, era em Revolução

    ahahahaha

    Quem nunca assistiu a uma loucura destas não entende.

    E quem viveu, ou ficou com vergonha, como o Saldanha Sanches que minimizada, dizendo que era tudo palhaçada, ou calou de vez.

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  30. Mais, já me esquecia, uma outra que também é figura pública, com a brincadeira de não comer em greve da fome abrilista, ficou estéril para o resto da vida.

    Se me perguntar se essa gente concreta, hoje em dia é pessoa normal- nesses casos extremos- eu digo-lhe que não.

    Por isso é que me farto de repetir que um fanático nunca deixa de o ser, pode é mudar o fanatismo para outra coisa.

    E olhe, tenho pó a essa tara de transformar as pessoas em abstracções (aquilo que comentámos) precisamente por isto.

    Porque é o primeiro passo para tudo. Quando em vez do ser humano concreto se começa a ver a abstracção do grupo com que pode ser relacionado, é um perigo.

    E, a propósito desta cabo-verdiana é isso mesmo. É preciso ter cuidado quando se pega numa pessoa para a transformar na figura abstracta do "povo que agora é livre e que descolonizou e mais não sei quantos".

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  31. Era os militares a quererem correr com eles e mandá-los para fora da prisão e os malucos a não deixarem e atirarem-se para o chão.

    E eram arrastados para ficarem livres e não deixavam.

    E depois entravam em greve da fome, tendo as portas da prisão abertas

    aahhahahahaha

    Verdade. E quem participou nestas anormalidades até triunfou na vida.
    De facto, é verdade, levavam bom treino de persistência

    ":O)))))))

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  32. Não digo porque ando aqui com nick.

    Apenas por isso. E porque gostava mesmo de lhe dizer isto olhos nos olhos.

    Já foi aqui falada e parece que até foi a um programa de tv.

    Ainda tentei espreitar pela net mas não foi a tempo.

    Mas foi essa como podia ter sido outra ou outro. Calhou.

    Por acaso creio que até era um grupo com mais raparigas. nem sei se o Alexandrino não era o único rapaz. Mas ele andava zombie.

    Completamente escanzelado e sem dormir noites a fio. Não deixavam.

    A minha mãe é que insistia para ele ficar lá em casa a dormir e a comer.

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  33. Mas perguntem aos que andam por aí, pelo BE.

    É mais fácil. Vão lá aos sites e blogues e façam a pergunta.

    Todos sabem que foi assim.

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  34. Valente Zazie
    no ppd houve vários antes do Durão. andavam com correntes de bicicleta para qualquer emergência.
    todos os anti-fachista que conheci estão bem instalados na vida.

    não seguiam o lema de Mussolini
    'me ne frego de la bruta morte'
    e que acabou por ser o seu fim

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  35. José, passei pela Lusa Apenas um pouco depois e quando acidentaram Sá Carneiro logo nessa noite apareceram pintadas na rua Borges Carneiro dizendo 'já cheira a carneiro assado'.

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  36. Peço desculpa, mas só li os vossos diálogos depois de ter comentado. Agora não tenho vontade de comentar porra nenhuma, só de pensar que me cruzo demasiadas vezes com esses fdp.

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  37. Cara zazie

    Eu tenho outras lembranças dos Meninos Ricos do PaPá.
    Fui militante do PPD e no PREC andei a colar cartazes por Lisboa e
    algumas vezes os MRPPs eram os nossos guardas-costas.
    Quem era gente mesmo nojenta era o pessoal da UDP e do MES.
    Por vezes até chamavamos ao MRPP o PPD-ml.
    Eu nasci e vivi numa rua onde existia uma sede do MRRP.
    Uma noite quando regressava a casa entrei no prédio "agachadinho" sob rajadas de G3 do COPCON que foi assaltar essa sede do MRPP.
    E depois disseram que era só com balas de borracha.
    Que aquilo fazia barulho até quando batia nas paredes, fazia...
    .

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  38. Mas essa do "aprende a nadar, companheiro" é muito boa... Que cabrões.

    E faz bem mais sentido mediante o que a Zazie nos contou, parece-me. Os gajos 'tavam a gozar...

    Realmente estas merdas para quem nunca assistiu parecem um bocado surreais... E depois ouvi-los falar de Salazar ou de Caetano... Uns dementes, valha-nos S. Cristovão! Se tem alguma medida de comparação a serenidade e ponderação apresentada por uns e a excitação histérica ao ponto da demência apresentada por outros...

    Uns tipos que agora se passeiam por aí, a dar-se ares respeitáveis... Como a outra da greve de fome. E se não fosse o José a mostrar o pasquim com isso há uns tempos, eu nem saberia de quem se tratava...

    E ninguém sabe disto! O pessoal da minha idade (e já não são tão novos quanto isso), não faz puto destas coisas. Nem acreditam se lhes contarem. E, na verdade, não querem acreditar, porque é demasiado mau. É terrível mesmo.
    Porque se soubessem, estou convencido que isto não ia durar muito tempo...

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  39. Mentat:

    Houve muita gente que passou ou andou perto do MRRP (chamavam-lhes os simpatizantes).

    antes do 25 de Abril era tudo simpantizante e o único que parecia ser mais que isso era o Saldanha Sanches que estava sempre dentro.

    Nessa altura, a maioria eram mesmo meninos bem, incluindo filhos de latifundiários e de grandes capitalistas.

    Depois, no PREC, veio a fase do Grande Timoneiro Camarada Arnaldo de Matos e os chefes passaram a ser aparições recentes e tudo tinha cargo.

    Os udps eram os mls que, antes da insitucionalização de todas estas seitas, era tudo mais ou menos igual.

    Agora que é verdade que, na prática, foram os mrrs que correram com os comunas das faculdades, foram.

    E até fizeram mais. Por isso é que o Dragão disse, de modo muito acertado, para não andarmos agora a criticar demais estes maluquinhos das manifs apartidárias, porque também podem vir a ser os chefes de amanhã.

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  40. Essa do "aprender a nadar" também me lembro e essa gentalha era mesmo fdp.

    Está visto que esses todos detestavam os MRs da altura porque eles criaram uma espécie de "frente anti-social-fascista".

    E é claro que nessa frente entrava muito social democrata que, na altura, era apelidado de fascista.

    E as sedes foram mesmo invadidas mas não se pense que com isto eles queriam coisa mais soft ou mais social-democrata.

    Como disse e repito, eles queriam por cá uma cena política à Camarada Mao e tudo isso era para prepararem a "Verdadeira Revolução Popular"

    Revolução essa que era preparada com juventude para-militar- os tais camisas castanhas e com hinos e danças de bailados chinocas.

    Maior loucura que aquilo não existiu.

    Mas tiveram poder. Dominaram as faculdades por saneamento e ocuparam tudo por roubo.

    E esse treino de Poder onde até os chefes tinham guarda-costas ou séquitos de meninas bonitas a fazerem do mesmo (o Barroso só promovia meninas bonitas para lhe guardarem a porta dos gabinetes onde mandava) ajudou a ficarem com a ânsia do Poder.

    Se depois apareceram com cargos no PS e até mais no PSD, foi precisamente por isso.

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  41. Mas houve muito mais. Houve mesmo tortura na sede feita a um militar por ser traidor não sei de quê.

    Essa cena da tortura cheguei a perguntar, anos depois, a quem participou nela, como foi.

    E todos encolhiam os ombros e diziam que foram apenas umas palmadas.

    Umas palmadas com um tipo prisioneiro várias noites a ser torturado pelas vítimas da fascista da PIDE.

    Os meninos rabinos e ricos que pintavam paredes, de que fala o Mentat, já tinham fugido a 7 pés daquela loucura.

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  42. Portugal era uma aldeia e, quando o Poder caiu na rua, porque caiu mesmo, quem começou a tomar conta dele, foi esta malta toda.

    Esta malta toda das seitas, do PCP, dos cripto tudo. E é por isso que todos se conhecem.

    E, se não estão no Poder político óbvio, estão com cargos de poder institucional em muito lado.

    Claro que depois o PS e PSD passou a perna mas, de uma forma ou de outra, até nas faculdades, esta malta ainda manda. Eles, depois os filhos, depois outras famílias abrilistas.

    E é por isso que é sempre preciso pensar duas vezes, ou 3, quando se fala nas elites.

    Porque não ficam a parecer isso por terem sido intelectualmente a nata de Portugal.

    Ficam por darwinismo arrivista.

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  43. Mas, os mais novos, digam-me lá: têm a menor ideia que o BE tem por lá estes fósseis que fizeram isto e muito mais?

    Alguém tem uma ligeira noção do que o Rosas andou a fazer antes de passar por "Historiador" e militantes de partido "alternativo"?

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  44. Portugal era uma aldeia e, quando o Poder caiu na rua, porque caiu mesmo, quem começou a tomar conta dele, foi esta malta toda.

    Esta malta toda das seitas, do PCP, dos cripto tudo. E é por isso que todos se conhecem.

    E, se não estão no Poder político óbvio, estão com cargos de poder institucional em muito lado."

    Basta citar alguns nomes para entender isto:

    Jorge Coelho: de onde veio? UDP.
    Jorge Sampaio? MES.
    Ferro Rodrigues? MES.
    Rosas, o historiador do regime com assento nas tv´s, a par da Flunser: MRPP.
    Directores de jornais e media em geral: extrema-esquerda que conheciam aqueles e foram camaradas.
    Assim se explica o silêncio sobre certas coisas.
    A Pallas, mãe dos mediáticos Costas foi uma espécie de madrinha desta gente, assim como outros.

    O Balsemão e outros não foram esquerdistas mas perceberam que era neles que estava o seu futuro, porque senão tinham soçobrado como outros. E deram-lhes a mão profissional.

    Foram espertos e fizeram a ponte com um custo: a verdade histórica falsificada e a diabolização do salazarismo/caetanismo.
    Foi esse o custo que estamos a pagar.

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  45. Toda a gente se espanta com o abandono do país, por Barroso quando tinha condições de governar.

    Percebeu que tinha aberta a porta para a sua promoção pessoal, na UE e aproveitou.

    Típico de quem não tem a "recta intenção", como António José Saraiva classificava os políticos, dizendo que Salazar a tinha.
    Com base neste critério é possível perceber quem teve e tem a tal "recta intenção" que é um conceito complexo mas de fácil apreensão intuitiva.
    Poucos, muito poucos a têm ou tiveram porque a maioria teve e tem o sentido apurado do oportunismo quando não da rapina pura e simples, como um certo em quem estou a pensar e está lá fora, agora.

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  46. Pois foi isto mesmo.

    E eu conheci parte disto desde antes do 25 de Abril porque tinha um pé em Filosofia e outro no cinema e fui funcionária do Cineclube.

    Foi o meu primeiro emprego- era projeccionista on the road, através de uma bolsa da Gulbenkian que o Cineclube Universitário recebia.

    Uma boa pipinha, diga-se que me deu para muita coisa.

    Tinha de projectar filmes didácticos nas universidades. Andava com as bobines que ia buscar às Embaixadas, no meu 2 cvs

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  47. O José deu os exemplos certos e foi mesmo isso, uma questão de Poder.

    Mas era um Poder diferente daquele que qualquer miúdo ou miúda (hoje em dia seriam chamados crianças e entravam em programas de tutoria da Assistência) tinha esse Poder sem precisar de trabalhar!

    Era um poder de controlar e dominar instituições e macaquear o Poder oficial e político, com todas as guardas, séquitos, sedes e regalias.

    E, para se ter isto, bastava até ter 16 ou 17 anos, como no caso do Barroso.

    A dita carreira, não foi por estudo, nem por trabalho- tal como não foi, pelos vistos par o Louçã, isso veio no fim- como prenda e reconhecimento do status revolucionário ou anti-facista do passado.

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  48. Vendo bem, a diferença será apenas da idade com que se começa.

    Porque hoje em dia, o poder também cai de bandeja sem ser por estudo ou por reconhecido mérito profissional.

    Basta começar nas jotas e mais outras seitas de cozinha e avental e ir seguindo por aí em frente, porque os padrinhos patrocinam.

    E esta malta hooligan, que também parece novidade e é aparicada como sendo anti-partidos, anda a fazer o mesmo que fizeram os mrs na altura.

    Só que agora é tudo réplica globalizada.

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  49. Pois é como dizem.

    Mas, os mais novos, digam-me lá: têm a menor ideia que o BE tem por lá estes fósseis que fizeram isto e muito mais?

    Alguém tem uma ligeira noção do que o Rosas andou a fazer antes de passar por "Historiador" e militantes de partido "alternativo"?


    Não! Claro que não!

    Não há ninguém com quem fale que tenha noção - e é noção, não é saber - dessa e de outras coisas.
    Nem mesmo pessoal do BE deve saber (não conheço muitos, verdade, mas conheço bem um que é meu amigo e é do milieu; agora já nem é BE porque é daqueles que se separaram). E se sabe, claro que não é a verdade, sabem as lendas.

    Ninguém sabe. Quando me ponho a falar disto, ficam a olhar com ar estranho para mim. Pior do que isso, nem vêem que relevância possa ter! A pedra de toque da propaganda é mesmo essa: foi conseguir fazer as pessoas desinteressarem-se de algo que elas nem sabem! Assim, se e quando souberem, é como se não soubessem na mesma. Não sei se me faço compreender...

    E quem faz isso é a televisão (os jornais também, mas a tv muito mais). Não tenho dúvida. A maneira como intercalam coisas com interesse e banalidades, dando o mesmo ênfase a tudo, ao mesmo tempo que sonegam informação essencial para se compreender o contexto, ao mesmo tempo que selecionam partes de discursos, soundbites, etc. Vinte ou trinta anos a levar com isso tem efeitos.
    A tv é o sustentáculo do regime.

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  50. Mesmo assim, para mim, o mais curioso em Portugal é o modo como isto aconteceu à vista de toda a gente. Nenhum outro país da Europa passou por isto que nós passamos, nem sequer a Espanha.

    Estou em crer que a raiz profunda dos nossos problemas é essa: a perversão democrática que se originou com essa cambada, a pseudo-elite que tiveram tempo de criar com esses pataratas que assumiram poder como é o caso do Rosas e quejandos e assim.

    Por outro lado ainda há outro fenómeno que começo a compreender e que este blog me tem ajudado a perceber porque me obriga a ir verificar os arquivos onde estas coisas estão todas visíveis para quem souber ver: os media e o modo como se formou a opinião única que temos.
    Os media, mesmo os que não eram de raiz esquerdista, como é o caso de Balsemão ou Belmiro, fizeram um compromisso histórico com estes pataratas ( Barrosos e companhia, claro está, mas não só porque agora são os do BLoco que definem a linha certa): cederam-lhes as direcções dos jornais admitindo perfeitos imbecis como Vicente Jorge Silva ou Henrique Monteiro ou José Alberto Carvalho ou mesmo Fátima Campos Ferreira ou radicais estapafúrdios como directora do Público ou o palerma Marcelino.

    Estamos como estamos por causa disto: um compromisso histórico por causa do capital.
    Ironia do destino, é o que é.

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  51. A única louca que se percebe nesta história é a zazie

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  52. joão: não estou a entender...será que sabe melhor ou é apenas para provocar?

    É que a tal "louca" me parece que tem muito juízo e senso comum.

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  53. Como é que classifica uma Ana Gomes, por exemplo e que soube muito bem desta história e do que se passou na realidade? Sensata? Pessoa de princípios e valores ou apenas uma celerada perigosa?

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  54. Repare-se no comunicado que o MR Pum Pum publicou após a morte do Alexandrino:
    http://www.pctpmrpp.org/index.php?option=com_content&view=article&id=511:comunicado-do-comite-central-do-m-r-p-p&catid=111:alexandrinodesousa&Itemid=435

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  55. Aqui fala-se do "julgamento dos assassinos":
    http://www.pctpmrpp.org/index.php?option=com_content&view=article&id=508&Itemid=555
    Mas afinal alguém foi levado a tribunal pela morte do Alexandrino?

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  56. Repare-se nesta frase: "O seu sacrifício é uma contribuição importante para a fundação do Partido (...)". Faz bastante sentido no contexto das loucuras e frieza revolucionária a que a Zazie se refere mais acima.

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  57. A frase anterior encontra-se neste link:
    http://www.pctpmrpp.org/index.php?option=com_content&view=article&id=512:honra-ao-camarada-alexandrino&catid=111:alexandrinodesousa&Itemid=435

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  58. O advogado Garcia Pereira apresenta a versão do MRPP relativamente a esta morte neste video de 2011:

    http://www.youtube.com/watch?v=J8UbloNVmP0

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  59. Boa malha, José.

    Nunca ninguém teve coragem de contar isto.

    e sabem. Sabem esses todos que enunciou.

    E não foi segredo. Porque foi assim contado logo que aconteceu.

    A versão mudou quando o Comité Central teve a ideia de criar mais um mártir.

    E foi tudo alterado em tempo record, com cartazes, com comunicados- estes- e com a recolha do outro que tinha sido largado onde a linha dele era a negra.

    Eles que venham pedir batatinhas. Por mim até gostava.

    Até gostava que essa gente se lembrasse agora, à conta do que aqui deixei com nick que me viessem chatear ao vivo.

    Não vêm. Porque a verdade é esta, que eu contei e muito mais gente a sabe, apesar da lenda ter falado sempre mais alto.

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  60. (Bem, neste texto, a acreditar na sua veracidade, fizeram-no mártir, apenas 4 horas após o afogamento. http://www.pctpmrpp.org/index.php?option=com_content&view=article&id=510:comunicado-da-fem-l&catid=111:alexandrinodesousa&Itemid=435 )

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  61. Eles cederam as direcções dos jornais aos que já estavam nos jornais revistas da escardalhada.

    O Vicente Jorge Silva do Público, já era o mesmo do Comércio do Funchal.

    E foi tudo, foram sindicatos, foi Sociedade Portuguesa de Autores, foi RTP, não deve haver instituição que não tenha tido esta malta já lá dentro, na altura do PREC.

    Até os militares.

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  62. Mesmo assim, para mim, o mais curioso em Portugal é o modo como isto aconteceu à vista de toda a gente. Nenhum outro país da Europa passou por isto que nós passamos, nem sequer a Espanha.

    Não passou, mas está a passar. O caminho é diferente e menos agitado, porventura. Mas verá como o destino é o mesmo...

    Os comunicados são de anedota. Nunca li nada do Estado Novo tão fake, tão exacerbado, tão obviamente hiperbolizado.

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  63. Fizeram-no mártir em directa, como eu disse.

    A que mandou atirar ao rio, nem foi à cama.

    Nunca me esquecerei do sorriso de êxtase com que teclava um desses comunicados.

    Isto, depois da própria e mais outros terem contado a verdade.

    Essa verdade foi logo transformada em lenda.

    E os comunicados onde ele tinha sido denunciado, tendo-a também a ela por "controleira, ou superior hierárquica, foram todos recolhidos.

    Mas, como disse, nem foi vingança de nada- foi loucura; foi uma tragédia resultante daquele tribalismo diário da luta de cartazes.

    Eles colavam por cima dos dos outros e os outros faziam o mesmo e rasgavam-nos e depois havia porrada.

    Mas, neste caso é mentira que alguém tenha sido espancado.

    Pelo menos 2 vi eu bem, uma era de letras (não me recordo quem eram os outros 2, para além do Alexandrino) e ninguém foi espancado coisa nenhuma.

    Espancada foi uma UEC que até se diz que ficou cega.

    Não sei. Nem próxima de nada sequer eu estava nessa altura- apenas sabia à tabela e por via dos que andavam em Letras.

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  64. Mas esta malta falava assim.

    Por acaso, muito tempo depois, a nível académico, deu-me para fazer um trabalho acerca desta linguagem de grupo.

    Tive problemas por causa das fontes e o prof (não vou agora dizer o nome, ainda que nem tenha azar) disse-me que quem havia de ter isso tudo era o Rosas mas era melhor ele nem sonhar que eu tinah tido esta "triste ideia".

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  65. Mas, que estes não contem, até se percebe.

    O que eu nunca percebi foi o motivo pelo qual, os outros, os que saíram e se fartaram (e ainda fartam) de dar entrevistas a recordar estes tempos de juventude, nunca se atreveram a desmistificar esta lenda.

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  66. A UEC espancada, claro que não foi no mesmo dia, esta treta era treta diária e os bandos eram mais que às mães.

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  67. Então e não fez o tal trabalho?

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  68. O Rosas não contou porque é um pulha. Só pode ser se assim foi.

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  69. Claro. E fez pior. Tem no lombo coisa pior que esta.

    E passou rapidamente para a tribo dos "assassinos".

    Eu referia-me a outros. Os que largaram mesmo tudo isto.

    A Mizé Morgado sabe. Nunca contou nada.

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  70. E nem sei bem a data das saídas. "os renegados" e o livro negro e coisas assim, fui tudo por esta altura.

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  71. "O Comité Central conclama todo o partido a unir-se como uma rocha de granito..."

    Estes era "...como uma rocha de granito..."

    Havia outro, mais recentemente, que era "...como uma barra de ferro..."
    Curiosamente, chamava-se Alexandrino...

    Ah ah ah ah

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  72. Fiz, pois.

    Claro que fiz o trabalho.

    Mas o José tinha-o feito mil vezes melhor que eu.

    O José é que apanha bem a semântica. Tem ouvido e memória que eu não tenho.

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  73. O que o Rosas fez de pior foi contado nos jornais, vieram as fotos e depois o texto do Saldanha Sanches (em tom a brincar, mas foi tudo verdade).

    Mandou um tipo armada buscar a caso o camarada fotógrafo que se tinha atrevido a tirar as fotos da festarola da passagem de ano.

    Hoje nem se percebe o crime das fotos, sem se perceber que havia tarados a darem o 13º mês ao partido e toda a gente era proibida de fazer qualquer festa de passagem de ano, de tom burguês.

    O Arnaldo e mais o Rosas e mais o corno do Danilo e o resto do Comité Central, fizeram-na tamanha na sede que até ficaram na foto com os garrafões e a dançarem e por trás a faixa oficial de "mais um ano de miséria".

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  74. O mentecapto que foi armada tinha como ordem levá-lo à sede para "uma conversa".

    Mas, a verdade é que disparou a arma e a bala ficou lá enfiada na parede.

    E não acertou porque o minorca do fotógrafo conseguiu desviar-lhe o braço.

    O PCP tem crimes piores, é um facto, mas isto não ia por caminho diferente.

    A ideologia maoísta era das coisas mais aterradoras e imbecis que se pode imaginar.

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  75. As fotos foram parar ao jornal mas nem sequer foi o fotógrafo que as tirou que as passou.

    O Rosas, quando as viu mandou queimar tudo, logo.

    Só que ele fez duplicado e depois mostrou. em particular a algumas pessoas.

    Uns deles pediram-nas, duplicaram e passaram para os jornais.

    Quem passou até creio que era um tipo casado com a tia do que criou o Política XXI- o Ivan Nunes.

    E esse casalinho levou porrada forte e feia mandada dar pelo mesmo.

    Depois calhou o fotógrafo e aí, sim era a matar.

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  76. Em que jornal apareceram tais fotos e quando?

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  77. «O Arnaldo e mais o Rosas e mais o corno do Danilo e o resto do Comité Central, fizeram-na tamanha na sede que até ficaram na foto com os garrafões e a dançarem e por trás a faixa oficial de "mais um ano de miséria".»
    29 de Janeiro de 2013 à0 21:15


    O Rosas terá sido, talvez, genuinamente maoista/estalinista. Já o Arnaldo Matos não falta quem pense que se limitou a fazer o frete aos americanos, mantendo a farsa do MRPP para criar dificuldades ao PCP. Terminado o PREC lá voltou para o escritório de advogados viver a sua vida de burguês com todas as letras. Quando não está empenhado em fazer profissão de fé publica nas virtudes do marxismo leninismo maoismo, até consegue dizer coisas razoaveis e lucidas e ter uma visão mais inteligente dos problemas de Portugal do que a maioria da classe politica que por aí anda.

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  78. Eu tenho uma memória desgraçada.

    Pensei que soubesse. Foi tão falado.

    Vou ver se me lembro ou se dou com isso.

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  79. Deve ter sido a passagem de ano de 75 para 76, porque o Saldanha saiu lá para o final de 75.

    Veio num jornal diário da época. Ou Capital, ou Diário de Notícias

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  80. O Rosas foi genuinamente um grande oportunista.

    De trotskista passou a estalinista-maoísta e depois a ml da seita dos sociais-fascistas e agora até apoia o casório gay.

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  81. José, Ganha juzo com essa do Vital Moreira na secção estudantil!!! o Vital era deputado na constituinte. O chefe da secção estudantil da UEC era o teu superior hirárquico João Pena dos Reis. Toma lá!

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  82. O Arnaldo de Matos foi o maior tarado que alguma vez vi na vida.

    Tarado total. Vivia à custa da camarada professora que sustentava a família.

    E depois até tinha camarada amante, para abrilhantar o estrelato.

    Esse até mandou espancar um por ter perguntado se o MRPP tinha estrelas.

    Porque o imbecil queria tudo aos pés e em júbilo se recebessem a graça de terem sido tocados ou apanhado o bafo, quando passava.

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  83. O Pena é meu quê?! Superior em quê?

    Malha-te deus...

    O Vital em 75 era comunista de Coimbra. É isso, apenas.Como outros. Em 76 andava a dividir ordenados entre a Comissão Constitucional e a faculdade de Direito. Si non e vero e ben trovato

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  84. Tenho pena de ter perdido nas andanças da vida uma historieta em banda desenhada chinesa que comprei num quiosque nessa altura, editada pelos MR. Era de antologia e um álbum a preto e branco que já não deve existir nenhum.

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  85. Será que algum dos prezados comentadores consegue fazer a legenda de quem aparece na foto do funeral, aquela tropa de punho erguido? O do meio parece o "educador do povo".

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  86. Essa da BD está engraçada. Eu tinha 6 anos em 75 mas sei que à época havia sessões de cinema revolucionário chinês (que lá para o final dos anos 80 a Cinemateca divulgou num excelente ciclo) que volta e meia descambavam em cenas de pancadaria entre as várias tendências da imbecillentsia esquerdista.

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  87. A bd era daquelas tipicamente chinesas com os heróis em pose, como os MRPP faziam nos murais e cartazes, sempre a olhar os amanhãs que cantariam logo a seguir. As bandeiras eram de rigor e o enquadramento nada tinha de ocidental ou cinematográfico.
    Porém, comprei-a porque tinha um aspecto interessante: os desenhos eram fabulosos de virtuosismo.

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  88. Os da frente são o Arnaldo, ao lado do corno do irmão. Mais atrás está a Violante.

    Os outros não sei, ou tenho dúvidas em relação à rapariga da direita.

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  89. Ah! E lembrei-me agora mesmo: o Pena é um poeta. Com bigode de vassoura.

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  90. Do lado direito do Arnaldo não será o Lamego?

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  91. Acho que me lembro dessa BD mas também perdi tudo.

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  92. Suponho que esse álbum de bd, a preto e branco, tinha um formato diferente porque tipo revista mas agrafado na parte de cima.

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  93. Não, mesmo ao lado do Arnaldo, de camisa clara e punho ergyuido, é o Danilo- o irmão. No alinhamento do braço dele, mais atrás, vê-se a mulher, a Violante- filha do Saramago.

    O outro da esquerda com aquele laço tipo escuteiro, não sei. A rapariga tenho dúvidas.

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  94. Nem sei por onde parava o Lamego nessa altura.

    Não me lembro nada.

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  95. Não vê que eles até têm bigodes iguais?

    O Danilo era um palerma que imitava o Timoneiro em tudo. E o Grande Timoneiro tratava-o por corno, o que era verdade

    ahahahahaha

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  96. O Wegie que mande lá um palpite de quem era a rapariga, porque ele sabe tudo, principalmente das raparigas.

    ":O)))))

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  97. Essa do corno é do tempo da Gabriela. O Nacib foi encornado pela dita mas resolveu o assunto, "descasando" porque só é corno quem é casado...aahahah! Deve ser a mesma coisa.

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  98. O José Manuel Fernandes ´também oblietrou este caso no seu livro de enfant terrible dos tempos idos, aposto...

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  99. O Wegie sabe nada. Em Coimbra só se ouvia o Aprende a nadar companheiro. Os MR levavam porrada velha dos Pc´s. Nessa altura o MR de serviço era um palerma que só visto. Até tinha pena do indivíduo, mas era corajoso qb para aparecer a vender o Luta Popular nas cantinas dominadas pelos pupilos do Vital.

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  100. O tipo do MR em Coimbra era mesmo um falhado, com um aspecto de meter dó.

    Quando o via até me apetecia rir.

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  101. Quem mandava em Coimbra nessa altura eram os oldtimers das Repúblicas, alguns deles anarcas, mas do PCP...aahaha!

    Batiam nos capistas e amassavam os MR.

    Um dia, ou uma noite, morreram num desastre de viação a caminho da Figueira.

    TIve pena porque esse folclore fazia parte da cidade e lá se perdeu.

    Curiosamente uns anos antes tinha morrido nessa estrada o futebolista da Académica Nene que era um artista do futebol. Ia num Mini que ficou com a frente desfeita.

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  102. ah era assim?

    Não sabia. Mas o irmão do Lamego não andava por Coimbra?

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  103. Obrigado, Zazie e José.
    Ainda em relação a BDs, na revista Tintin pós 25 do 4 o então director, um tal Vasco Granja (!), editou uma série de artigos ilustrados sob o elucidativo título "As bandas desenhadas do Presidente Mao"!

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  104. NO intervalo dessa árdua tarefa apresentava na RTP desenhos animados de países de leste...

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  105. Dei com mais um pouco de outra versão da história:

    http://comunidade.sol.pt/blogs/blogueoliveiramartins/default.aspx

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  106. O tintin pós 74 para mim deixou de ter interesse porque descobri a Pilote e em 1975 a Métal Hurlant.

    O Vasco Granja lá continuava a sua saga de comunista na RTP mas antes de 25 de Abril teve um papel muito importante no Tintin.
    Vasco Granja era o Júlio Isidro da bd.

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  107. Descobri agora um texto que é mais curioso pelas fotos que o acompanham:
    http://bloguedominho.blogs.sapo.pt/59380.html

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  108. Curioso e irónico que o desfile fúnebre tenha passado pela Calçada da Ajuda onde, em Lanceiros, estava (ou veio a estar depois?) sedeada a PM do Major Tomé, da UDP...

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  109. V. está a confundir. O que passou pela calçada da Ajuda foi o do Martins Soares.

    E, única pessoa que se reconhece, é o Rosas, mas no do Alexandrino.

    O resto, o tipo inventou ou sabia mas nunca pelas fotografias que mostra.

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  110. Este sujeito é mais rigoroso nas informações cronológicas:

    http://abril-de-novo.blogspot.pt/2009_10_01_archive.html

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  111. Zazie, eu percebi que foi o do Martins Soares, aliás como a legenda da foto refere ("um ano antes"). Quis apenas salientar a curiosidade de o desfile passar defronte do reduto de um dos inimigos fidagais do MRPP, o Mário Tomé da UDP.

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  112. Esse link é importante, Zazie; independentemente das ideias do seu autor encontra-se por lá uma relação de acontecimentos importante. Um pouco ao acaso topei uma referência a mais um dos MR renegados (http://abril-de-novo.blogspot.pt/2009/10/prec-cronologia-do-ano-de-1975-xxviii.html): "8 de Outubro de 1975 – José Freire Antunes, da Comissão de Imprensa do MRPP, confirma a expulsão de José Saldanha Sanches, director do jornal LUTA POPULAR, acusado de representar «os interesses da burguesia».

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  113. Esse link ainda é mais importante se ler bem o que a UDP fez.

    Leia o comunicado deles onde contam outra versão da história (que é igualzinha ao que eu escrevi aqui) e o que fizerem até em relação ao PM da altura - coisa de que nem me lembrava.

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  114. E sim, o Saldanha Sanches e a Mizé Morgado já tinham dado o fora. Já eram renegados.

    E o Lamego, como perguntou o José, também já se tinha afastado.

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  115. Quanto aos espancamentos, o anormalzinho do Garcia Pereira, que conte lá de novo a patranha.

    Porque nem uma beliscadura eu vi nessas duas que foram ao rio.

    Nem uma.

    E nem me lembro dos outros mas há-de ahver quem se lembre e possa confirmar que tudo isto foi uma farsa fabricada e que 38 anos depois, ainda é repetida nos media.

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  116. O que é incrível, para lá do silenciamento feito por todos, é também os altos cargos que esta malta ainda hoje tem.

    E, quanto a isso, é que suponho que a generalidade da população não sabe.

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  117. Pois é.

    De facto corrobora a versão da Zazie. Ao ponto até do género de quem deu a ordem.

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  118. Eu nem sabia disto. Não me lembrava nada.

    Estava noutra fazia muito tempo.

    Mas gostava de me cruzar com a maluca e perguntar olhos nos olhos como tem vivido com esta patranha.

    Até porque ela tem cargo importante onde a verdade deve sempre guiar tudo o que se faz.

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  119. Mujah,

    Claro que eu nunca mentiria acerca destas porcarias.

    E não mentiria agora, como nunca menti na altura, quando os enfrentei, quando ainda fiz tudo para tirar de lá gente que devia ter juízo.

    E, na altura, tal como agora, quando apareceu aí um palhaço que dá pelo nome de joão, também me chamavam maluca.

    Os que estavam fora não acreditavam- acerca das fotografias. Negavam e afastavam-se de mim.

    Atravessavam o passeio para não se cruzarem comigo.

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  120. Zazie, do Saldanha e da MJ Morgado já se falara mais acima, eu estava a referir-me ao historiador Freire Antunes...

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  121. Nem quero imaginar o que sente ao recordar estes tristes eventos e as alimárias frias e sem uma pinta de humanidade que levaram ao trágico desenlace.

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  122. Si, mas esse era outro louco que continuou por lá.

    Não sabia?

    Vs. não sabem nada.

    Esse foi dos que ia morrendo na greve da fome ordenada pelo Grande Timoneiro. E continuaram sem comer, já depois do Grande Timoneiro papar e fazer acordo com os militares e deixarem o martírio de dar nas vistas para os outros.

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  123. Mas as alimárias são a esquerda em geral.

    Por isso é que digo e repito, nunca entendi aquilo a que chamaram "a festa" e como é qhe há gente que ficou de esquerda por ter vivido isto.

    Porque o natural era nunca mais na vida querer ver política - toda- à frente.

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  124. Claro que sabia, foi mais um dos fizeram o conveniente aggiornamento.

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  125. Essa frieza nunca esquecerei e tenho o retrato na memória.

    E não foi só essa, foram muitas e de muitas outras seitas.

    E digo-lhe outra coisa- não creio que no presente, esteja tudo livre de se tornar igual.

    Porque eu nem acredito que nasceram assim. Foi o fanatismo de grupo que tomou conta deles e lhes levou a alma.

    E, os mais malucos continuam malucos e fanáticos, seja em que for que fizerem.

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  126. Concordo consigo. Se essa malta tivesse vivido na I república teria feito fila para participar na Noite Sangrenta.

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  127. A frieza não parecia frieza- era o ar heróico de olhos em alvo e sorriso beato.

    Havia um tom religioso- no pior sentido- em tudo aquilo.

    E são as abstracções- o demónio das abstracções que "desencorporam" as pessoas.

    Mas, certo é que muitos deles, se fosse hoje em dia, eram tidos por crianças.

    O Barroso, então, era um puto, e ainda era dado para adopção.

    Imagine-se agora um tipo com o cargo dele na UE, como a Duron@ com papá e mamã barbudas

    aahahhahaha

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  128. Diga assim: se muita gente que conhecemos vivesse nessa altura, tinha feito o mesmo.

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  129. Calculo que a Zazie conheça esta historieta (a ser verdade)que encontrei ao acaso de uma pesquisa na net:
    "Num artigo publicado no Luta Popular, o jornal do MRPP, um militante com o pseudónimo Veiga destilava fel contra Maria José Morgado. O texto tinha o sugestivo título de Fogo sobre a renegada Morgado e o autor era Durão Barroso - o camarada Veiga. Maria José Morgado abandonou o MRPP pouco tempo depois. Nunca perdoou a Barroso."
    http://www.voy.com/189005/2165.html

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  130. Esse em particualo não me lembrava.

    Mas isso foi assim. em toda a parte. Quem se afastava da linha vermelha passava logo renegado e era perseguido.

    Por isso é que o Alexandrino também já estava feito.

    Porque um comunicado largado na faculdade, para todos os estudantes saberem , já era a marca para o resto.

    Resto que poderia demorar muito porque a seguir, se a pessoa não tivesse força de vontade, caía-lhes nas mãos e era o martírio interno do mea-culpa.

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  131. Declaração: eu nunca na vida fui militante do que quer que seja e nunca fui presa, nem por roubar chocolates


    ahahahahaha

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  132. Agora isso dos pseudónimos e até de ele ser o "António" é outro exemplo da loucura do Grande Timoneiro


    Antes do 25 de Abril, quando podia mesmo haver perigo de irem dentro, toda a gente se tratava pelo nome próprio.

    Lá os da clandestinidade não sei. Mas isso era rica vida.

    Vem o PREC e as aparições abrilistas obrigam toda a gente a passar a usar nome de código

    ahjahhahahahahaha

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  133. Nunca duvidei que estivesse a contar a verdade.

    Mas que era isso das "linhas"?

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  134. E quem era o Grande Timoneiro?

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  135. O Grande Timoneiro era o camarada Arnaldo de Matos; gtal como o Mao Tsé Tung que também era o Grande Timoneiro do povo chinês e líder da Revolução Democrática e Popular

    ahahahahaha

    As linhas eram a pureza e o desvia da ortodoxia ideológica.

    A vermelha era o estado puro ideal do marxismo, ou do estalinismo, ou do maoísmo (neste caso do estalinismo maoísta) a negra eram os pequenos desvios.

    Isso só se notava quando um chefe declarava que havia negra a bordo

    ahahahahaha

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  136. Leia o Livrinho Vermelho do Mao que está lá tudo.

    Era cópia chapada daquela palhaçada.

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  137. Mas ele é que se apelidava assim- por Grande Timoneiro- Não era caricatura.

    Parece, mas eles falavam assim e tratavam-se assim

    ":O)))))))

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  138. E depois havia dias em que davam o Grande Salto.

    E esse Grande Salto, ninguém sabia o que era, mas era.

    E depois vinha a Viragem. Coisa que também ninguém sabia o que era, mas era- e ficava no calendário e era publicada no Luta Popular e em todos os outros pasquins satélites.

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  139. O Grande Salto em Frente.

    O dia do Grande Salto em frente era sagrado.

    Ficava tudo parado a comemorar o Salto e em expectativa que o Horizonte Vermelho se visse nos céus.

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  140. Claro que tudo isto nunca era obra de uma cambada de maluquinhos- era sempre o Povo.

    O Povo fazia tudo por eles. E sempre com "as próprias mãos".

    Tal como o Joâo Miranda também diz, quando quer aquelas comunas livres e populares a erguerem os diques que rebentam em Orleães.

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  141. O Grande Salto era uma referência ao pavoroso período conhecido por Grande Salto em Frente (1958/1961) durante o qual se forçou a colectivização dos campos chineses, o que resultou numa tragédia humana de proporções inauditas (mais de 20 milhões de mortos). Imaginem, 20 milhões de mortos em quatro anos. Depois, por cá (imitando os cretinóides de Maio de 68) os grandes feitos do maoismo eram exaltados por essa cambada de que se tem falado aqui acima. Era a época da Grande Revolução Cultural Proletária.
    Ainda hoje nos cineclubes os intelectualóides esquerdistas exaltam as "obras primas" do Godard, com A Chinesa em grande destaque (um dos filmes mais horrorosos da história do cinema).

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  142. Uma pessoa nascida depois do 25/4 lê o post e os comentários e fica a pensar que isto era Marte... Impressionante a "pancada" daquela gente

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  143. Não era Marte não.

    Apesar de ter 12 anos por ocasião do "glorioso" 25 de Abril de 1974, lembro-me bem desses tempos.
    Oh se me lembro.

    Era tal e qual por aqui vem sendo retratado.

    Não só neste artigo como noutros que têm sido publicados.

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  144. O que é mais impressionante é não haver professores que ensinem aos alunos o que foi este período da nossa História Contemporânea. Um período que alguns deles viveram e por isso deviam conhecer.

    Mas não há e os programas escolares não reflectem isso,antes pelo contrário reflectem uma realidade diversa da que vivemos e fomos.

    Falsificaram a História mesmo com testemunhas vivas que poderiam dizer isso mesmo e não dizem.

    O que não será o estudo da Idade Média...tendo em atenção este tipo de falsificações históricas.

    Estou em crer que se fosse inventada a máquina do Tempo, alguém que fosse parar à Idade Média teria muitíssimas surpresas.

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  145. Pois é isso mesmo.

    Não se conta e mesmo se alguém falar um pouco nisto em âmbito social, é olhado de lado.

    Há dogmas dominantes e os de esquerda, por cá, falam mais alto.

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  146. Os programas escolares ainda são marxistas-leninistas.

    Até em História da Arte. Podem parecer hegelianos, o que é péssimo, mas a tradição é marxista.

    E toda a teoria de arte que se passa é outra coisa bem mais grave que o exemplo estético da "chinoise"- é "internacional situacionista".

    É um assunto que até eu nem converso muito no meio. Porque ia ser olhada de lado.

    O Guy Debord ainda é ícone intocável. E o problema aí é mais complexo, uma vez que muitos desses até foram bons, para lá do ponto de vista ideológico, da base, errada de onde partiam.

    Agora está história recente de Portugal é absoluta lavagem cerebral.

    Nunca fui prof de História, mas conheço muitos e não há um único, que me lembre, que não tenha a versão escardalhada como a realidade.

    Quando toco nisto, encolhem os ombros e pronto- é sempre assim, "lá está a "zazie" com as suas historietas".


    Até aqui na blogo, cheguei a ter pequeno atrito no Cachimbo de Magritte com quem era prof e PSD.

    Sou sempre a "facista".

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  147. Mas é perguntar ao Miguel Cardina, que até passa por perito em maoísmo.

    Só diz disparates.

    Tal como o pachoco, que diz era "uma questão estética".

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  148. Os professores que o podiam fazer, seriam os da minha geração.

    Não faço ideia se existe algum minimamente independente.

    Quem tem cargo ministerial para fazer programas tem de de pertencer ao clube de esquerda, ainda que possa ter outro nome qualquer a que a escardalhada chama "direita".

    As faculdades também foram todas tomadas pela escardalhada.

    E os poucos que até desmontavam mitos não eram de Contemporânea.

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  149. Ms é um facto que com menos uns 5 ou 7 anos, ninguém sabe de nada.

    O José é uma excepção.

    Perguntem ao jmf57 como foi. Nem li o livro, mas o pateta fez parte das aparições e não há-de contar nada nem ter-se apercebido da missa metade.

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  150. A Idade Média, por acaso, foi alvo de investigação que desmontou o jacobinismo que foi lei e a diabolizou.

    Mas, mesmo isso que é mais que conhecido e nem se pode ser medievalista sem saber, é escondido e, ainda hoje, a trampa dos programas do Ministério vende a ideia jacobina do século XIX.

    Quando se começa a contar e a mostrar outras coisas, fica sempre tudo de boca aberta.

    O Cocanha, de início, teve essa intenção- mostrar o que da Idade Média é escondido. As "trevas medievais, o "isso é medieval" que ainda é bordão generalizado -é oficioso, fala mais alto.

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  151. Boas :

    Eu pela altura do 25/4 tinha 8 anos e como moro cá para o Norte, a coisa chegava meio diluída e eu nem percebia bem o que se passava...só me lembra uma coisa engraçada...na escola havia uma fotografia do Américo Tomás, e a nossa prof da altura, que era da velha guarda disse-nos só assim: "tiramos a foto daquele senhor porque ele agora já não manda nada"...

    quanto a essas histórias, eu como disse, era muito novo, mas acredito que fosse assim e até pior..aqui na terrinha, ao que parece, afixaram na praça frente à câmara uma lista de "fassistas" a enforcar, nas quais pelos vistos também "entrava" gente da minha família...e uns primos meu tiveram a casa invadida às 7 da matina pela GNR armada de metralhadoras para buscas...sabe-se lá a quê...




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  152. A Maria José Morgado há não muitos anos, numa entrevista, punha-se em bicos dos pés dizendo que se o MRPP tivesse tomado o poder em Portugal ela teria sido uma das primeiras a ser fuzilada. O MRPP tomar o poder foi questão que nunca se colocou, já o papel que na promoção da sua actividade desempenharam os EUA é uma questão ainda por esclarecer.

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  153. E o Rosas? Seria fuzilado ou fuzilador?

    Aposto mais na segunda...

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  154. ehehehe

    Na segunda, pois.
    A historieta dos EUA é outra peta e vem da altura do Tempo e Modo.

    Dizia-se que o Tempo e o Modo tinha sido financiado pela Cia, o que é mentira e isso reportava-se a qualquer coisa dos tempos do Bénard da Costa

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  155. Zazie:

    Apesar de perceber de raparigas de facto sei muito pouco do MRPP. Sempre os achei demasiadp lunáticos para mim: Recordo que a lider no Porto era um camafeu de nome Maria Virgílio, feia como um bode. O líder de Coimbra que o José refere era o Ohen Mendes que ladrava continuamente nas RGA's. Hoje penso que é prof. na Católica.

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  156. Este gajo:


    http://www.ybom.eu/team/manuel-oehen-mendes

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  157. Aquilo era uma micro brincadeira antes do 25 de Abril- com movimentos associativos, o Cineclube, o Tempo e o Modo e 1 ou 2 pacóvios que faziam de "operários e camponeses".

    O resto eram os criadores que viviam na clandestinidade e o Saldanha e a Mizé que viviam mais de cana.

    Depois apareceu o Arnaldo e a tropa fandanga da clandestinidade- incluindo o Rosas e é um facto que aquela anormalidade cresceu.

    Mas nunca com financiamento de nada.

    Cresceu até por um motivo que o Mentat lembrou e, se calhar, também nunca entendeu:

    Porque parecia uma frente com alianças aos sociais democratas.

    Parecia- a loucura era outra.

    E por outra que alguém aqui também acabou por mencionar de outra forma:

    Porque o maluco do Arnaldo tinha um grande parlapié e a populaça gostava de ouvir aquilo.

    É um facto que conseguia encher comícios a dizer inanidades que soavam bem.


    Fora isso, era igual a todas as outras seitas e os iniciadores tinham todos sido colegas.

    A diferença estava no PCP. O resto era palhaçada.

    Tinham era as máquinas melhor protegidas precisamente porque antes do 25 de Abril só uns raros seriam militantes e sabiam onde elas estavam.

    Depois, nem era preciso esconder grande coisa ao Copcon porque o poder caiu na rua e as tipografias existiam em toda a parte onde mandavam.

    Quanto às prisões por buscas nas sedes. É verdade que o Copcon ia lá fechar aquilo por causa da "deserção com armas" e assim.

    Mas havia presos porque mal sabiam que o Copcon ia lá, havia logo ordem para irem todos a correr lá para dentro, para irem de cana e seguir-se a fita de serem perseguidos e importantes e o tudo mais.

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  158. Tu, uma vez falaste de outro conhecimento que tiveste e até deixaste o nome.

    Eu sou péssima para nomes, mas não esqueço caras.

    também não vejo tv e nunca sei quem é quem em nada.

    Mas, se não inventaste, conheces mesmo mais gente que acabaste de mencionar.

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  159. Esse Ohen Mendes nunca vi mais gordo.

    Eu também tenho o tal problema de resumir Portugal a Lisboa

    ahahahahahahah

    E estava convencida que em Coimbra quem liderava era o irmão do José Lamego.

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  160. Deves estar a confundir. No MRPP não conheci ninguém na época e vim a conhecer alguns após. Passados uns anos. Conheci sim outros maoistas de outros grupos. Et pour cause gente da UEC e do PCP.

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  161. Mas isso de "ser fuzilada" tinha de ser rápido.

    Porque, tirando o Garcia Pereira, tudo o mais, rapidamente se passou para onde ela e o Saldanha Sanches também ainda passaram (com antecedência cronológica)

    Os mais revolucionários saltaram para os mls- mais tarde UDP, mais tarde PSR, mais tarde BE.

    Os mais cool e com olhinhos no futuro, preferiram o PS e o PSD.

    Outros, nunca mais se meteram em nada partidário.

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  162. Pois, não sei. Lembro-me que falaste aqui numa outra qualquer que disseste que era gira e assim e até sabias em detalhe os cargos que tem na justiça.

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  163. Mas também não disse que conheceste na época.

    Disseste que conheceste quem tinha sido de lá.

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  164. A das investigações económicas? Nem sabia que era MRPP. E conheço. Sim.

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  165. Dizia o Garcia Pereira há uns anos numa entrevista que "no PCTP/MRPP conhecemos bem Fernando Rosas e rimo-nos sempre bastante quando o vemos a ser apresentado como um investigador histórico..."

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  166. O José não gosta do Pena. Será ciumeira profissional?

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  167. Tens aí link para se ver como é?

    Eu nunca vejo nada de tv e nomes troco todos.

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  168. Tu disseste aqui nas caixinhas que era do MRPP.

    Lembro-me bem.

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  169. Pois se disse devo ter-me esquecido entretanto. Mas o pessoal do DCIAP foi quase todo do MRPP na Faculdade de Direito de Lx. Quase toda a gente era...Portanto o melhor é esquecer...

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  170. Sim, mas como é que ela se chama e como é.

    Pode parecer anormal mas eu não sei mesmo porque nunca vejo tv.

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  171. Do Pena? Não gosto do Pena? Outra que venha...

    O Pena nem gosto nem desgosto, antes pelo contrário.

    O Pena parece que é bom profissional mas não sei dizer nada porque nada vi, nunca. Ouvi dizer e acredito.

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  172. Essa tal é a Helena...não é?

    Gostei de ler o que Saldaha Sanches disse já há alguns anos sobre o MRPP. Foi a única pessoa que passou por essas loucuras e disse que eram assim mesmo. Assumiu a parvoíce completa de ser militante de uma anormalidade dessas e para mim ficou absolvido se assim posso dizer.

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  173. Curiosamente Arnaldo Matos, que até é um advogado com algum renome, foi praticamente saneado da comunicação social, no que diz respeito a entrevistas ou convites para manifestar publicamente a sua opinião sobre a situação de Portugal.Foi convidado para ir uma vez ao Prós e Contras, juntamente com Adriano Moreira e António Barreto, mas tirando isso, não existe para as televisões e jornais. Vai falando em conferencias ocasionais, mas não é uma figura popular nos meios do jornalismo...

    http://www.youtube.com/watch?v=ePwDS1whDfw

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  174. A mulher provavelmente pensará do mesmo modo, mas não sei ( sei que uma vez veio aqui ler coisas)e por isso espero que um dia saiba melhor, através da sua própria versão dos aconrecimentos.

    Perde-se muito que estas pessoas não escrevam as suas memórias.

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  175. Não sei se é Helena. A tal do Diap, da investigação aos crimes de colarinho.

    Sou totalmente ignorante nisto por não ver tv.
    ..............

    É verdade que o Saldanha assumiu a anormalidade e nunca se armou em mártir de nada, nem sequer vítima da PIDE.

    Ele era um bacano, descontraído. Essas cenas do mea-culpa e renegados e perseguições não faziam a cara dele.

    E dava-se bem com toda a gente. Mesmo na prisão, no PREC, os militares gostavam dele e comia com eles e tudo.

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  176. A Mizé, em termos de esquentamento da moleirinha era diferente. Mas, em termos pessoais é impecável.

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  177. Mas o Wegie pirou-se?

    Então quem é que ele conhecia pessoalmente que até faz parte da 9ª secção do DIAP?

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  178. De que Helena é que estão a falar?

    ehehehehe

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  179. Vocês querem é conversa...Deixem a rapariga em paz.

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  180. Mas diz lá o nome. A sério. Juro que nunca vi a cara a quem tem esse cargo.

    Mas tu falaste nela, disseste que conhecias pessoalmente e até adiantaste outros detalhes do passado.

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  181. Ok. Não chateio mais, já confirmei a dúvida

    (não há Helena alguma nesta história, o resto é como o Wegie contou há uns tempos).

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  182. Helena...olhos verdes. Ahahahah!

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  183. ahahahahahaha


    Coitada da Helena

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  184. Este "miúdo" de 36 anos sente o dever de vos agradecer, principalmente ao José mas também a várias outras pessoas (Zazie, Floribundus...) pelo grande serviço que prestam. E refuto desde já quaisquer reacções de "apoucamento" da vossa parte. A Zazie tem toda a razão: a TV não serve para nada, e aprende-se muito mais quando se procura o que de facto interessa.

    Não vos conheço, mas sinto-me orgulhoso de vós. É bom não estar à venda, nem estar de olhos vendados.

    Parabéns. E como disse o "Sucrateiro", "eu adoro-vos!" (sem ironia, e com muita simpatia.

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  185. Recordam-se do filme "Camarate"? Lá estava bem caracterizada a camarilha ex-MRPP que invadiu a justiça portuguesa.

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  186. Há lá coisas!...

    Este "post", fez-me rebobinar o "filme". Diverti-me ao recordar alguns episódios (aqui não relatados, mas com o mesmo enquadramento) do vendedor de pastilhas "Gorila" nos comicios da UEC em Coimbra - o anarca Nuno de Vouzela. Das lutas de naifa e matracas entre os puristas dos "5 violinos" e não só dos MR. Recordo aliás o primeiro comício da "Verdade" Acácio e Estér em Lisboa que foi invadido pela tribo do Eduíno e Zé de Braga (o zarôlho)da "Voz do Trabalhador" (ou, o inverso, já não me lembro bem). A tentativa de assalto da sede da UDP no Porto pelo MRPP, aquando da tomada do quatrel da Serra do Pilar, etc., etc.. Outros tempos, mas, para a história, isto conta apenas como detalhes.

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  187. Bolas, não tenho vida para isto, que nasci um pouco depois e cresci a estudar e a trabalhar. Hei-de cá voltar pra ler mais uns fascículos. Mas há uma coisa que nem a zazie sabe. O grande educador da classe operária casou numa bela igrejinha do Funchal pela Santa Madre e sei quem o casou, um padre que agora deve estar choné de todo, se ainda for vivo. Ouvi-o muitas vezes dizer que foi das coisas de que mais se arrependeu. Não sei como era em Lisboa, nesse microclima marado, mas em Coimbra e noutros sítios havia outra seita jeitosa de que ainda aqui não me parece que tenham falado: a FEC-ml, fé, esperança e caridade, missas e ladainhas. Os emerrres não seriam tão inócuos como diz o José, não meteram um pastor alemão dentro da sala do Queiró?

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  188. Ah e tenho outras lembranças bem diferentes: do assalto a algumas sedes do PC, num certo sítio voou tudo das janelas directamente para o rio.

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  189. Não sabia que ele tinha casado pela igreja.

    Mas contava-se que a mãe dele era tida por bruxa, lá na Madeira.

    A FEC-ml era a mesma coisa com outros dentro.

    E esses é que ainda foram mesmo para a China. Tinahm ligações através dos tipos da OCMLP que depois se tornou a UDP.

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  190. Quanto a assaltos a sedes, é como o hajapachorra diz.

    Claro que eles assaltavam as do PCP, dos mls e do CDS

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  191. E não eram nada tão inóquos.

    O Saldanha Sanches, quando saiu, passou por pouco tempo para os mls da UDP e publicou o tal livro negro do MRPP onde se descartava da fundação e, praticamente de tudo.

    Na altura comentei isso, com gente totalmente apartidária.

    Depois, é um facto, que passou a considerar aquilo uma anormalidade de brincadeira- mas essa diz apenas respeito a antes do 25 de Abril.

    Depois a anormalidade não tinha piada nenhuma nem era uma brincadeira.

    E a tal cena de tortura ao militar, não sei não. É outra que se silenciou para sempre.

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  192. Uma coisa é certa: antes do 25 de Abril não me lembro de uma única vez os ter visto a palrar acerca de projectos sociais, ou livros, ou heróis ou o que quer que fosse.

    Era apenas manifs e agitação e a brincar. Os ciclos de cinema é que passaram a ser um tanto a dar para o anormal quando os tais "ricos e latifundiários" deixaram de os escolher.

    Mas tenho a certeza que ninguém tinha a noção ideológica de nada e nem partido existia- era a tal cena do movimento que só alguns conheciam quem mandava.

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  193. Mas o Arnaldo era um charlatão.

    O comunicado deles, que saiu no 25 de Abril, demorou, porque ele deve ter estado a pensar para onde iam.

    E saiu, com a tal posição que tudo não passava de luta "cliques burguesas".

    Usou uma frase que depois era repetida à exaustão: "os chacais e as hienas que se degladiam".

    Mais tarde pensei que era coisa demasiado "américa-latina" para ser expressão maoísta e acabei por dar com ela, da autoria do Julio Cortázar, a propósito de um abaixo assinado pela liberatação de presos políticos.

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  194. Mas, a propósito das versões da História e do jacobinismo que ainda é oficial no ensino, ontem tive mais uma confirmação do que já tinha escrito aqui.

    Uns rapazes, com curso em Direito, estavam novamente admirados com representações medievais e renascentistas.

    E lá veio a pergunta habitual: "ah, mas eram ateus? isso só pode ter sido feito às escondidas da Igreja".

    E eu lá digo que, nem eram ateus, e a Igreja é que encomendou.

    E o resto da assistência, insistia que nunca na vida poderiam imaginar que era assim- (estamos a falar de pessoas com licenciaturas e até com doutoramentos)

    Aí, um deles, pede-me para eu então lhe explicar o motivo pelo qual, não era apenas nos livros escolares, nem nos programas do ministério, nem na "escola" que aprenderam isto.

    Diz ele- é toda a gente- e refiro-me a directoras de museu; a visitas de estudo de arte e por aí fora.

    E eu apenas lhes recomendei a leitura da Idade Média, uma impostura, do Jacques Heers.

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  195. zazie :

    não percebi essa última frase :recomenda ou não esse Jacques Heers ?

    eu sou dos tais que se calhar nem vou ficar surpreendido, mas gosto sempre de ler autores que saibam do que falam, e não "rosas" e cia.

    obrigado

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