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sábado, março 02, 2013

A hora dos farsantes

Aqui em Portugal são os "grandoleiros", tal como os syrizas na Grécia. Estamos bem servidos...

50 comentários:

  1. com ou sem governo a Itália funciona sempre. por vezes por baixo da mesa

    disse na altura a um Amigo juiz que a badalada 'mani pulite' ia ser desastrosa porque a Itália não é um país, mas um conjunto de regiões com costumes, língua própria,e economias diversificadas: norte industrializado e sul da 'porca miseria'.

    o palhaço da esquerda é sub-produto passageiro fabricado pela austeridade de Monti. quer e não quer. baralha-se.

    o finório da direita é a personagem com que todos os Italianos se identificam, mas nunca serão.

    Napolitano está velho e vai sair em breve.

    os desempregados que vivem à custa dos contribuintes devem lembrar-se que:
    se há demasiados ricos à porta dum pobre ficam todos sem esmola

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  2. Também estamos muito bem servidos de "direita" que a única coisa que faz é a sua diatribe anti-comunas. Sair do armário e propor alguma coisa é que "está quieto"... Com medo de alguma coisa?

    Quanto aos palhaços em questão (não os da direita): um é muito bem visto pelos neofachos da Casa Pound e o outro por sectores da extrema-direita.

    Os italianos sempre gostaram de palhaços, já os portugueses têm um fraco por sacristãos patriotas "honrados".

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  3. A Itália teve a sorte de ter um Enrico Berlinguer. Aqui tivemos a desgraça de apanhar com um estalinista que deixou a herança em boas mãos.
    É por isso que estamos como estamos.

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  4. Palmiro togliati esteve refugiado no Vaticano
    o homem que editou 'Jivago' morreu ao fabricar um bomba
    o Marquês de Berlinguer presidia a um comité central onde só havia um operario em 150 camaradas

    por cá destruiu-se todo o tecido produtivo no prec
    e nunca conseguiremos ir a parte nenhuma.
    a esquerda não deixa governar e quando governa vamos à falência

    a mentalidade não muda por decreto.

    'a ver vamos' dizia o cego

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  5. Ah então há bons comunas... e todos os comunas portugueses são estalinistas, que rica conclusão.

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  6. Não são as pessoas...e a ideologia. Os comunas italianos perceberam há muitos anos, mais que os que levamos de 25 de Abril que o comunismo era um embuste. E social-democratizaram-se.

    Por cá fossilizaram.

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  7. E se so deixarem voltam a repetir os mesmos slogans de 75.

    "A banca é do povo"!

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  8. " A terra a quem a trabalha!"

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  9. "25 de ABril sempre, fassismo nunca mais!"

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  10. "25 de ABril sempre, fassismo nunca mais!"

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  11. Vai mais uma vez:

    "25 de Abril sempre, fassismo nunca mais!"

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  12. A questão é outra, em Itália há muito, mas mesmo muito tempo que não há comunas. E os que havia e que até poderiam ter ganhado o poder eram mais ou menos ... católicos. O Don Camillo de Giovanni Guareschi explica tudo. O padre e o prefeito comuna acabaram a discutir metafísica: procurem no youtube o belíssimo debate entre um dos cardeais papabili, Angelo Scola, arcebispo de Milão, depois de ser patriarca de Veneza, e Massimo Cacciari, ex-comuna, filósofo reputadíssimo e ex-prefeito de Veneza, em dois mandatos.

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  13. A Italia tem duas revistas de intelectuais de esquerda: Limes e Micromega.

    Por cá nem se vendem porque a Tema ( nos Restauradores) já nem as tem.

    Há dez anos, o então cardeal Ratzinger aceitou discutir com o Paolo D´Arcais e outro questões religiosas.

    Por cá o jacobinismo nem isso permite.

    Somos um país intelectualmente pior que no tempo de Salazar.

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  14. E há ainda o famoso diálogo Martini-Eco.

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  15. Pão e Circo , José : Roma Victor.

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  16. Feltrinelli, editor de Jivago, pertencia ao anti-partido

    os comunas Italianos viveram sempre no pavor de ganhar eleições, com receio dos Americanos.
    em 59 fiz um curso teórico~prático de sindicalismo no PCI

    Berlusconi para cursar direito rm Milão era entretainer nos cruzeiros de luxo durante o verão. por essa razão faz tudo com o maior à vontade.

    em 2005, durante uma entrevista chamou parva e outros elogios à entrevistadora, levantou-se, foi-se embora e a dama ficou com as cuecas na mão

    por cá temos a palhaçada na ar e a desfilar nas ruas.
    eram pelos menos 300 milhões de gordos e anafados sugadores dos contribuintes

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  17. Os comunistas caseiros e afins estão a dar ao zé povinho só cá dentro aquilo que já tiveram lá fora:um império.Só que agora é de "novo tipo" por ser totalmente subsidiado pelo "contribuinte" e em que os "ricos" já vão em 1350 euros/mês...
    Ainda nos últimos 2 anos nacionalizaram mais 170000 uma minudência para o quase milhão e meio de desempregados.Uma verdadeira riqueza a cada dia que passa com muito meninos um dia a precisarem de tudo o que o "Estado social Internacionalista" não pode deixar de providenciar e com "discriminação positiva", até colocá-los a governar...
    Depois quando se vão ver as "reciprocidades" lá fora é que é uma chatice escondida para debaixo do tapete.
    Se globalmente isto não é traição digam-me lá como é que se deve chamar...

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  18. O comunismo é um embuste e o ultra-liberalismo outro embuste. Nenhum apresenta soluções sustentáveis.

    O braço de ferro a que assistimos na EU já era esperado: a querela entre o federalismo supra-nacional e os interesses soberanos dos Estados-nação. Parece de La Palice mas não é!

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  19. Claro que os democratas pouco se importam se os Portugueses legítimos sejam obrigados a partir para a Europa com poucos euros no bolso e andarem a pedir esmola ou a dormir debaixo das pontes.O que eles querem, caso haja "sucesso" é que eles "remetam" para fazer sobreviver o sobado em construção...depois da entrega, com confisco geral,de tudo o que tinha preto e não era nosso.
    Curiosamente o zé povinho alienado pelos baladeiros não se interroga acerca destes milagres progressistas e das "solidariedades" de gajos que ganham 20000 euros/mês e pagam 10% de impostos como o caso da Ana Gomes que anda farta com a "direita"...

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  20. E deveriam importar-se por verem os seus melhores quadros a emigrar por vigorar cá dentro a máfia do cartão partidário que tudo come e nada deixa, mesmo nas "privadas" onde supostamente o mérito na obtenção de lucro deveria ser recompensado.É muito melhor apostar nos "bons genes" de quem governa em alternância.Assim as rendas serão perpétuas...sim porque por cá o que vinga são monopólios...

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  21. comeu e não quer pagar a conta?
    não foi passear na avenida?
    descarregue a sua frustração aqui e noutros postes.

    ou pagam ou fazem dieta

    o povo que mais ordenha
    acabou ou ordenhado
    ou sem ordenhado

    adoro que me façam rir

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  22. Huummm!...

    Antigamente, quando os comunas falavam, era a "cassete".

    Aqui, quando o José, "posta" a sua raiva (cega)é só caceteiros!

    Com que então o nosso problema são os "grandoleiros"!?

    "Oh senhor lá do vosso alto império, que fazeis pelo mundo novo, utilizai a vossa profissão e dai uma lição ao povo".

    Quanto ao resto é como dizia o outro: "eles falam, falam, falam, mas não fazem nada"

    ...tendências!

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  23. A cassete é sempre a mesma, por isso o antigamente está fossilizado.

    O nosso problema não são apenas os grandoleiros. Estes são como os meninos mimados que nunca se habituaram a trabalhar e acham que o dinheiro cresce nas árvores. Para muitos foi literalmente assim, com as patacas.

    O problema maior é a incultura travestida de cultura de esquerda.

    Em 75 tiveram todo o poder na mão, incluindo o económico. Viu-se no que deu o "sistema": bancarrota.

    A até podiam imprimir notas...pelo que o dinheiro nascia mesmo das árvores do Banco de Portugal. Nem assim.

    Os grandoleiros sobre isto nada sabem dizer porque nada sabem de coisa alguma

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  24. A única coisa que sabem fazer é berrar pela "mama". É um síndroma antigo e bem arreigado.

    O autor da Grândola foi casado com uma empregada doméstica, em Coimbra. Como não queria trabalhar, a não ser nas cantigas, quem tinha que trabalhar era a pobre da mulher. Quando engravidou do cantor, as coisas pioraram e tiveram que empenhar coisas de valor para chegarem ao fim do mês, com dinheiro suficiente.
    Um dia, tal como é contado por uma testemunha dos factos, a única coisa de valor que tinham era uma fruteira com base em latão ou cobre ou coisa assim.
    Quem é que foi ao prego com a fruteira embrulhada em vergonha?

    A pobre da empregada que era mulher mas nunca deixou a condição de classe, nem sequer com um esquerdista cantor em prol dos desgraçados.

    E o intelectual ficava na janela a vê-la na rua, embrulhada na vergonha ao mesmo tempo que o amigo que foi testemunha dos factos, comentava o assunto...

    Quem não consegue ser Homem em casa não tem nada a ensinar seja a quem for.

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  25. Esse episódio da vida real retrata muito bem o típico esquerdista...

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  26. «Quem não consegue ser Homem em casa não tem nada a ensinar seja a quem for.»

    Em grande.

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  27. A Itália tem um substracto intelectual e cultural a milhas do que temos por cá, por isso no liceu as criancinhas estudam Dante ou a Antiguidade Clássica com grande detalhe. Há uns anos, quando o agora residual Fini fez o seu aggiornamento e preparou a liquidação do MSI, foi entrevistado pelo Unità.

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  28. Imaginam por cá o Avante ou o Militante a entrevistarem o Portas ou o Pinto Coelho?
    Mas não se deve esquecer que em Itália continua a haver muitos fósseis comunistas, muitas Rifondazioni e muitos e variados radicalismos esquerdistas. Há uns anos tive a "pontaria" de ter um dia livre em Roma e o mesmo coincidir com a visita de George Bush, que iria ser recebido por Napolitano (ex-comunista...); aterrei na Praça da República no meio da trupe mais Syriza que possam imaginar: militantes, muitos drogados, a ouvir música em altos berros, bandeiras vermelhas a rodos, t-shirts de Estaline, bandeiras de Cuba e da Coreia do Norte: um fartote.

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  29. A título ainda de exemplo, de recordar que há uns anos essa malta ofendeu e chegou a agredir as pessoas que se acumulavam à porta do Scala de Milão porque a ópera era vista como uma manifestação cultural da burguesia!

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  30. É verdade o que diz, José. Sintetizando o essencial da actuação das esquerdas um pouco por todo o lado, eu diria: São correntes de pensamento que se querem donas do progresso e que pretendem impor o seu pensamento muitas vezes ao arrepio da institucionalidade. Para elas, a estrutura jurídica que garante direitos universais pode ser rompida pelos grupos que se apresentam como vanguarda das lutas sociais – elas próprias.

    Assim, repudiam essencialmente a sociedade de direito em benefício do que entendem ser o direito da sociedade, em nome da qual falam, ainda que não tenham mandato para tal.
    Como se assumem como “expressão do povo”, a agenda que defendem – o conteúdo propriamente – não tem grande importância; ela é móvel e pode mesmo ser contraditória ao longo do tempo. Isso é irrelevante. Vivem num mundo de realidade auto-outorgada.

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  31. Tendências!

    O José, parece ter parado em 1975. Ou, se calhar, está mesmo encalhado em 1973!?

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  32. o parque jurássico do comunismo italiano tem constantes manifestações, mas sempre teve cagaço da VI esquadra Americana sediada em Nápoles.

    Atrida conhece a diferença cultural entre Itália e o rectângulo, onde ser cretino e ignorante é um direito inalienável da esquerda. os partidos mudam de no mas não de ideologia: PCI, Movimento Social (mussolínico)

    José sabe o que diz a respeito da Amália, a infeliz companheira de Zeca

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  33. A Democracia Cristã em Itália tinha um conjunto de instalações preparadas secretamente para receber os comunas caso eles tentassem algo
    Por cá no país das amplas liberdades tanto se descoloniza como a seguir somos colonizados.E ai de quem reclame.Tem tantos rótulos preparados...e a carteira para pagar evidentemente...

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  34. "O José, parece ter parado em 1975. Ou, se calhar, está mesmo encalhado em 1973!?"

    Para observar melhor as raposas é preciso ir às tocas...e estas estão fossilizadas em 1975. Será por isso que alguns as reconhecem tão bem...

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  35. Quem não conhece a História ou faz de conta que não, está condenado a repetir os erros. Se primeiro foram trágicos agora são apenas farsas.

    Tal como está a acontecer.

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  36. Ao ler alguns comentários pergunto-me se vivemos todos no mesmo país...

    Quando ouço falar em mama e gandoleiros, generalizando o que, agora, é ingeneralizável, vejo gente de binóculos e não com os pés na estrada.

    Há uns anos atrás, nem sequer muitos, havia uma classe de caloteiros; um conjunto de passoas, sem cara, que se dedicavam a pregar calotes porque eram assim mesmo, sem desculpa ou enquadramento.
    Desde há uns tempos para cá, houve um imenso número de pessoas que sempre foram sérias e cumpridoras e que deixaram de o poder ser! Isto dá em profundas depressões e, eventualmente, suicídios.

    Deixou de ser um ofício, o incumprimento, para passar a ser uma necessidade que arrasta ordas de pessoas para a miséria e desemprego.

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  37. Este comentário foi removido pelo autor.

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  38. «Quem não consegue ser Homem em casa não tem nada a ensinar seja a quem for.»

    Apesar de ser uma afirmação que faz gemer de raiva qualquer feminista, eu também fui educado assim.

    Agora, e quem foi assim criado e encontra-se na situação de não conseguir ser homem em casa?

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  39. Não. Não é nada anti-feminista. Antes pelo contrário.

    A mulher de José Afonso era uma empregada doméstica pobre e que tinha de seu o que os proletários têm: a beleza natural dos olhos, particularmente, segundo conta a lenda.

    Mas era uma empregada doméstica. E José Afonso percebeu que era isso mesmo e quando precisava de ir ao prego no fim do mês, era ela quem ia, com a vergonha a embrulhar a fruteira, porque não tinham dinheiro.
    José Afonso não trabalhava porque foi expulso do ensino eventualmente por ser mau profissional. E não trabalhou em mais nada senão nas cantigas. Ora as cantigas não davam nada nessa altura, apesar da sua genialidade musical.

    Estou a ler a biografia de Frank Zappa, um iconoclasta que também nada tinha. Mas nunca tratou a mulher Gail, com quem casou e de quem teve quatro filhos, do mesmo modo.
    É degradante ouvir a história da fruteira contada pelos amigos do mesmo José Afonso.

    Portanto ser Homem em casa é ser responsável pelo destino que se toma. E tal implica fazer pela vida e assumir a hombridade de sustentar os seus quando é essa a obrigação por divisão de tarefas.

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  40. A história do José Afonso não me interessa particularmente, o seu carácter parece-me manifestamente secundário ou de importância nula para os Grandoleiros, como lhe chama.

    A música "Alive" dos Pearl Jam foi escrita como de sofrimento, pelo autor, e passou a celebração, pelos ouvintes.
    O João Gilberto é muito mais insuportável e "menos homem" do que o José Afonso e isso interessa, a quem gosta de Bossa, nada.

    Se o que retirou do que escrevi como mensagem o eventual machismo retirou o menos importante, sendo certo que "ser Homem...implica fazer pela vida e assumir a hombridade de sustentar os seus quando é essa a obrigação por divisão de tarefas"...bem, feminista não é de certeza.

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  41. "O autor da Grândola foi casado com uma empregada doméstica, em Coimbra. Como não queria trabalhar, a não ser nas cantigas, quem tinha que trabalhar era a pobre da mulher. Quando engravidou do cantor, as coisas pioraram e tiveram que empenhar coisas de valor para chegarem ao fim do mês, com dinheiro suficiente."

    Conversa de porteira, aqui tão citada.

    Enfim, tendências!...

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  42. Pode ser de porteira mas foi contada na tv num programa dedicado ao autor da Grândola. E aparece num livro fotobiográfico, de Joaquim Vieira.

    Sobre o feminismo ou anti-feminismo, nada mais a dizer.

    Citei o Zappa de quem estou a ler a biografia.

    Quando casou, em 67, nem aliança tinha. A mulher ia grávida e serviu como aliança a caneta esferográfica que comprou para assinar os papéis. Pô-la numa fita por cima do vestido de grávida.

    Com isto quero dizer que os esquerdistas comportam-se de modo grandiloquente nos princípios que proclamam mas em privado, alguns deles nem merecem consideração pelo carácter que revelam.

    É só isso e já é muito.

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  43. "Pode ser de porteira mas foi contada na tv..."

    Então, é mesmo conversa de porteira, com certificação da tv e tudo. Há, há, há!...

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  44. E enquanto uns peroram "fassista" e outros "comunista" a parte em que um tipo cuja ideologia, em fundo, se desconhece, que se recusa a qualquer tipo de debates, coligações ou, sequer, discussão, ganha 25% de um país tão insignificante como itália.

    Enquanto a democracia partidária entra num declínio que, de momento, ainda é recuperável discute-se 25 de Abril, o machismo/feminismo e a vida do José Afonso quando se devia dar uma olhadela pelo retrovisor para ver onde desemboba o nascimento da deificação de um ou outro tipo.

    É perigoso, mas as nossas "elites" - arranque de vómito - são isto.

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  45. "Enquanto a democracia partidária entra num declínio que, de momento, ainda é recuperável discute-se 25 de Abril, o machismo/feminismo e a vida do José Afonso quando se devia dar uma olhadela pelo retrovisor para ver onde desemboba o nascimento da deificação de um ou outro tipo."

    Já escrevi acima: quem esquece o passado ou não sabe o que foi pode condenar-se a repeti-lo.

    Pode não parecer mas a lembrança do que foi o PREC por cá e as raízes que fundou devem ser mostradas e lembradas, como os judeus gostam de lembrar a shoa.

    É uma questão vital para a democracia tal como a entendemos ou poderíamos entender.

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  46. hoje há comentários '30 furos abaixo de cão', de acordo com a praxe de Coimbra.

    Porra de rectângulo.
    querem ser Europeus, apesar de andarem de osso no nariz e dentes afiados. parece Neandertal

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  47. A azinheira já não dá sombra.É por isso que berram.
    Uns nasceram antes e adaptaram-se logo.Outros nasceram depois e não sabem nem querem mais nada.

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  48. "hoje há comentários '30 furos abaixo de cão', de acordo com a praxe de Coimbra."

    De acordo ainda com a praxe portuguesa: "Vozes de Floriburros não chegam ao céu"

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  49. Pois é...

    Realmente andam muito activos... Que se passará? Ou estará para passar?

    Para quem fala em não dar sugestões, vejo muito poucas... Aliás, nunca vi nenhumas...

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