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domingo, março 10, 2013

O Público por Belmiro

Belmiro de Azevedo aparece hoje no Público com uma entrevista extensa, no suplemento 2. Já não compro o jornal mas hoje tentei-me porque a entrevista não se lê num minuto.
O que diz Belmiro do jornal da Sonae?

"Hoje, 50% do custo de ter o Público são remunerações dos jornalistas, mas 100% da decisão do Público é dos jornalistas. No projecto inicial que me foi ´vendido`, a Sonae aceitou um modelo, em que se deu importância excessiva ao jornalista. O jornalista que é o dono da peça acha que tem o direito de dizer as asneiras que quer. "
Interjeição dos entrevistadores ( Cristina Ferreira e Manuel Carvalho)- Senhor engenheiro?!
Resposta de Belmiro- ..."Espere lá, se quer que eu diga o que penso, porque este problema tem de ser resolvido. Outra coisa é que os directores são uns cagarolas e cada vez que um quer mexer numa peça é automaticamente acusado de censura. Ainda recentemente aconteceu na TVI. A única maneira de os jornalistas poderem ter a razão do seu lado é assumirem a responsabilidade penal e material das suas asneiras. Neste momento, não é assim. O proprietário paga a multa e sobre o impacto todo de imagem. Escrevem-me muito a chatear por causa dos artigos."

Está aqui tudo...e o modo como Belmiro ainda atura aquela gente que dirige o jornal que perde "dois, três milhões por ano". Belmiro acha que "A Sonae não pode manter uma empresa a perder dois, três milhões por ano. Não pode, pura e simplesmente não pode."  Mas por enquanto mantém, porque o jornal tem-se como "de referência". De quê? Da ineficiência económica, da deficiência jornalística, da idiossincrasia arty e do jacobinismo. Belmiro é masoquista, só pode, porque o jornal está cada vez pior. De cada vez que o compro, arrependo-me.


6 comentários:

  1. nunca tive particular interesse neste sujeito desde os tempos de Pinto de Magalhães

    a indústria de mercearia anda um pouco por baixo
    o jornaleco ainda mais

    os jornalistas devem ter ficado de rastos

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  2. sapo /Diario economico
    'O BPP e o BCP partilharam uma offshore que tinha como acionista o tio de José Sócrates, diz a RTP.'

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  3. O Belmiro podia mandar os tais jornaleiros "tomar no cu" e publicar uns artigos destes no Público, sobre o fugitivo de Paris ou o Pater Famiglias Soares.
    Ganhavam os portugueses que talvez começassem a perceber o que é o sucialismo e porque nunca sairemos da miséria.

    http://www.abc.es/internacional/20130310/abci-privilegios-apelliarse-chavez-201303091951.html

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  4. O Belmiro não tem que pedir licença a ninguém para falar. É pena haver poucos em Portugal como ele, quer se concorde, quer se discorde.
    Há uns bons anos ouvi-o dizer que os jornalístas pertenciam à classe mais reacionária de Portugal.
    Outro, que me lembre agora, é o Soares dos Santos.

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  5. A referência supra a Pinto de Magalhâes é certeira.
    "Cherchez la femme"...

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  6. A ser exactamente assim, acho chocante que uma empresa seja responsabilizada por algo que lhe escapa por completo ao controle.

    Mais estranho, contudo, é que o Belmiro aceite que assim seja.
    Parece-me muitíssimo estranho!

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