No Público de hoje ( comprei por causa do artigo de JPP que conto comentar) aparece esta entrevista a um sociólogo tipo ISCTE que acompanha com os habituais do sítio do costume da esquerda jacobina e que manda na Educação nacional há décadas, sem fim à vista.
Não admira que o discurso seja este aqui exposto que ignora olimpicamente coisas básicas da vida em comum como sejam a de saber de onde vem o dinheiro para pagar o Estado Social. Para estes sociólogos o dinheiro fabrica-se nas casas da moeda e é tudo. Há sempre dinheiro desde que o poder queira e o mal são os bpn´s e mais aqueles que guardam o dinheiro em bancos . Se fossem eles a mandar, como efectivamente já mandaram durante uns pares de anos, depois de 11 de Março de 1975, o dinheiro aparecia sempre que um homem quisesse, como o Natal que não celebram. Bastaria tomarem conta dos bancos, receita que aliás repetem agora.
Por isso mesmo, com todas essas facilidades, esta gente e seus herdeiros ideológicos, como é o caso deste sociólogo, deram com os burros na água, em 1977, logo que descobriram que o dinheiro não aparece por geração espontânea nas impressoras de uma qualquer casa da moeda, como julgavam e alguns continuam a julgar. E para espanto geral tiveram que pedir dinheiro emprestado ao famigerado FMI, capitalista entre sócios do mesmo clube e que lhes demonstrou a inépcia, sem resultado porque nada aprenderam.
O problema principal destes sociólogos tipo ISCTE é a opção ideológica pelo surrealismo social: ideias sempre grandiosas de igualdades forçadas, de equidades fabricadas e desprezo pelo senso comum. Um discurso totalmente fabricado de ideias feitas e importadas, mal traduzidas e sempre fora do real social, como costumam dizer. Esta gente vive numa lua de conceitos iluminada por um sol artifical, alimentado a energia eólica da mesma matéria das ideias que levam.
Quem lhes mostrou um pouco da realidade concreta que preferem ignorar quando confrontados com as "teses" livrescas em paralelo com as que leram aos mestres, foi uma senhora que morreu no outro dia e que além de ideias passadistas da era victoriana tinha a noção do real vivido por qualquer comunidade. Dizia muito simplesmente que "não existe dinheiro público".
Oral tal afirmação é a pior blasfémia proferida contra a religião jacobina e por isso é que estas ideias da sociologia exposta medram nas madrassas tipo ISCTE. E sem contraditório visível e consistente porque a Esquerda ideologicamente marcada continua a mandar nos media, como o Público. Um jornal que perde dois milhões de euros por ano, que tem sido alimentado pela filantropia capitalista de um vaidoso, tem sido o veículo preferido destes cucos que nem ninho sabem fazer porque é essa a sua natureza.
"madrassas tipo ISCTE".
ResponderEliminarBrilhante!É isso mesmo.E para que a doutrinação funcione tem que se manter, como no drogado, sempre a dose em dia.Isto é os controleiros não podem deixar fugir o "apanhado"...
Será que esta gente ainda não percebeu que uma qualquer família que, por qualquer razão, veja o seus rendimentos diminuirem tem necessáriamente de reduzir os seus consumos?
ResponderEliminar"surrealismo social"
ResponderEliminareehhehe
É mesmo isso. E são mais que às mães.
Os mais letrados conseguem mesmo elaborar grandes teorias e críticas perfeitas ao maldito capitalismo.
Mas, basta-lhes perguntar pela alternativa para ficarem em silêncio.
A única alternativa em que acreditaram e que era o socialismo real, faliu fragorosamente mas ainda não se deram conta porque não querem acreditar nisso.
ResponderEliminarPreferem acreditar que com eles não faliria...
É esse fenómemo psicológico que explica a esquerda estalinista e syruza que temos e a que os media dão um destaque descomunal e desproporcionado, obsceno mesmo.
ResponderEliminarUm perigo e que nos recoloca no PREC.
Tantou ouvi falar de Keynes e da estupidez de o esquecer professada, mormente, pela Esquerda que decidi dar uma vista de olhos à coisa (eu sei...há uns anos também me esbofetearia por ser nerd) e descobri duas coisas que nunca ouvi na TV:
ResponderEliminar1) Keynes defendia o gasto desenfreado do estado (até descontrolado, diga-se) para evitar uma contracção. O que não se diz é que, para ele, isto funcionava porque ANTES da contracção o Estado não estava metido até ao tutano na economia.
Não é o caso...
2) Hoje em dia, com o esbatimento das fronteiras, o conceito de "consumo interno" de Keynes alterou-se.
Hoje, quando consumimos, esse consumo vem, mormente, de fora.
Caso se injecte dinheiro, desenfreadamente, este não circula, vai-se embora.
Os tipos que escrevem em jornais e falam na televisão deviam ser mais avisados mas deve ser resultado daquilo a que o José chama de "para quem é bacalhau basta".
É aflitivo verificar que não há um único comentador de fundo e com autoridade intelectual para se admirar o que escreva.
ResponderEliminarNem um porque os que escrevem bem como é o caso de VPV ou até do Pedro Lomba que agora foi para o Governo, não são intelectuais de peso pesado mas apenas comentadores de circunstâncias que às vezes nem conhecem bem e dão palpites.
Não temos um Jacques Julliard ( que é de esquerda) ou outro que nos faça admirar o que diz ou escreve.
E provavelmente até teremos, mas não falam nem escrevem.
Os media não sabem fazer melhor porque estão afectados pelo fenómeno " se não sabe porque pergunta?" ou seja, a mediocridade ambiente é tal que se torna um círculo vicioso.
A Judite de Sousa parece que tem de si a ideia de pessoa muito evoluída! Aahahahah.
Em Portugal o palanque mediático é dos progressistas, dos donos do bom, do bonito, do justo.
ResponderEliminarEsta gente que não consegue explicar a sua tese com alguma lógica; não conseguem estabelecer uma ligação entre possibilidade e impossibilidade real; não conseguem apresentar números, pesquisas, dados que abonem a sua teoria. Basta-lhes o dito bom sentimento que tudo por milagre se torna viável.
As esquerdas — as de hoje —, lá no fundo da sua alma perturbada, acreditam que quem gosta de fazer contas é a direita, que um bandido é só um revolucionário que não deu certo, um proto-rebelde, e por aí vai no seu delírio.
O mito da revolução sagrada é pejado de voluntarismo e o populismo. O presente é chato, preferem uma realidade imaginária. Não conseguem substituir um discurso épico ideológico por um mais realista. Preferem o inatingível.
deu nisto o ex-convento de Rilhafoles, depois hospital psiquiátrico.
ResponderEliminaracabei de ler 'o reino da estupidez' de Francisco de Melo Franco:
'creio que deve ser restituida
a grande Estupidez à dignidade
que n'esta Academia gozou sempre'
O problema, no fundo e como tenho escrito muitas vezes por aqui, é de linguagem.
ResponderEliminarSim, mais de linguagem do que de números.
Quem dominar a linguagem domina os números, quanto a mim, mas até certo ponto porque a realidade é mais números que linguagem.
A Esquerda tem dominado a linguagem e os votos vão-lhe parar por causa disso. Os números depois, são tramados porque a linguagem é contraditória com os mesmos.
É esta discrepância e contradição que faz a Esquerda perder eleições porque senão ganhá-las-ia sempre.
Se fossem capazes de mascarar os números com a linguagem estava sempre no papo.
Até agora, nos media e como mostra a sondagem e outras, a linguagem é do seu domínio e vai continuar a ser.
ResponderEliminarSó quando os números se impuserem a desfeitear essa linguagem de trapo, ficarão sem votos.
ResponderEliminarJosé, essa linguagem resume-se às mesmas vigarices de esquerda repetidas ad nauseam. Estes valentes não saem das soluções fáceis e delirantes para problemas muito concretos e complexos. Que dias, estes!
um outro video a nao perder pela mesma senhora https://www.youtube.com/watch?v=okHGCz6xxiw
ResponderEliminarEu frequento uma madrassa e até me dou com alguns e algumas imãs, dos três géneros; garanto-lhe que é como diz até ao dia em o que o imã toma conta da chafarica, aí fia mais fino, Há despesa boa e há desperdício na mesma, são é diferentes os critérios para os definir...
ResponderEliminarDe facto não é por coleccionar cartões de crédito na carteira que se fica mais rico. Já devíamos ter percebido.
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