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quarta-feira, maio 01, 2013

O Costa Pina que sacudiu a água dos swaps...

 Blog O António Maria:



É enorme a responsabilidade da Esquerda no colapso de Portugal


Perdas nos "swaps" cresceram para 2.840 milhões de euros

No final do ano passado as perdas potenciais com instrumentos de cobertura do risco de taxas de juro, nas empresas públicas, chegaram aos 2.840 milhões de euros. Um agravamento de 183,2 milhões nos últimos três meses de 2012. Esta é a fotografia oficial mais actualizada da "caso dos 'swaps'" — in Jornal de Negócios.

Portugal demorará 25 anos a ter dívida abaixo de 60% do PIB

Segundo o Documento de Estratégia Orçamental (DEO), entregue hoje na Assembleia da República, Portugal terá uma dívida pública dentro dos limites dos Tratado de Maastricht apenas em 2037, ou seja, dentro de 25 anos — in Jornal de Negócios.

Os derivativos são, por definição, veículos sem controle!
Da Caixa Geral de Depósitos ao BCP, passando pelo BPI, Santander-Totta e BES, há segredos que precisam de ser revelados quanto antes. Como irá o governo continuar a financiar as dívidas pública e orçamental? Haverá quem nos empreste dinheiro suficiente para acedermos aos fundos do QREN? O ciclo eleitoral que se avizinha não podia ser pior conselheiro para a malta irresponsável dos partidos. Vai ser uma procissão de perigosas baboseiras — in O António Maria, 29 set 2008.

Como já se temia, e no fundo se sabia desde 2008 (alertámos então para a bomba-relógio), PSD, e sobretudo o PS de José Sócrates, enterraram o país em derivados especulativos (1).

O ‘socialista’ António Vitorino, presidente da AG do Santander-Totta, e o ‘socialista’ Carlos Santos Ferreira, que transitou em 2005 da Estoril-Sol (de Stanley Ho) para a Caixa Geral de Depósitos (até 2008), devem explicações ao país. E António José Seguro tem que tirar a cabeça da toca onde a enfiou durante todo o congresso, e vir a terreiro explicar qual é a posição do Partido Socialista sobre este monumental escândalo. Quer ou não o candidato a primeiro-ministro saber o que se passou? Exige ou não o apuramento de responsabilidades? Está ou não disposto a retirar todas as consequências desta monumental irresponsabilidade cometida por camaradas seus no anterior governo?

O Bloco Central, da estupidez, da irresponsabilidade, da endogamia, da ganância e da corrupção é o principal culpado do colapso do país, em associação ilegítima e frequentemente criminosa com os ‘banksters’, os rendeiros, as corporações (patronais, profissionais e sindicais), e a nomenclatura nepotista e partidocrata do regime. Os 90% de portugueses que o regime pretende continuar a sangrar, se possível mesmo, com mais intensidade, apenas cometeram um pecado: confiar nas promessas eleitorais de uma partidocracia populista aparentemente inimputável.

Temos que colocar um ponto final a esta destruição criminosa do país.

Como? Separando as águas, identificando claramente os responsáveis, nomeadamente do PSD, do CDS-PP, do PS, do PCP, do Bloco, da Intersindical e da UGT, com responsabilidades no endividamento aventureiro dos portugueses, e organizando a resistência democrática ao que nos espera (se nada fizermos) ao longo de toda esta década e da próxima: a maior espoliação de que há memória das poupanças e haveres da esmagadora maioria dos portugueses.

Partidos e bancos, ambos falidos, olham para as casas, quintas e quintais dos portugueses, olham para os seus pinhais e micro-empresas, olham para as suas poupanças, com uma gula nunca vista. Se deixarmos, roubarão tudo!

A Esquerda (do PS ao PCP, passando pelo Bloco) não assumiu até agora, por cobardia e populismo, as suas graves responsabilidades no buracão recentemente revelado dos swap especulativos encomendados por José Sócrates aos banqueiros piratas, indígenas e internacionais. O grosso dos contratos tiveram lugar entre 2005 e 2011, e o grosso dos contratos especulativos foram cozinhados e realizados entre 2009 e 2011. Que é preciso saber mais para colocar o DCIAP atrás dos mandantes destas operações de entrega do tesouro nacional e da nossa soberania a especuladores profissionais e países terceiros?

Em vez de assumir os erros, e demarcar-se frontalmente dos ladrões, a Esquerda barafusta e corre como uma barata tonta atrás de fantasmas, pretendendo assim lançar uma onda de ruído sobre a realidade.

Os portugueses pagam cada vez mais por cada vez menos e piores transportes públicos, pagam as greves do senhores maquinistas do Estado, e agora pagam também com língua de pau os lucros especulativos do Santander-Totta, da Caixa Geral de Depósitos, do JP Morgan, da Goldman Sachs e de outros ‘banksters’ do género.

Os portugueses pagam, assim, a socialização dos prejuízos e dos roubos, na forma de desemprego em massa (que vai chegar em breve ao funcionalismo público), em perdas de salário, de reformas e de  subsídios, na deterioração rápida dos serviços sociais, tudo isto, em grande parte, cortesia da imprestável Esquerda que temos.

Não foi precisa nenhuma Direita para desgraçar o nosso país. Bastaram os oportunistas de abril.

Continua, aqui.

17 comentários:

  1. o prec começou e continuou com o pcp associado ao ps.
    agora recebe o apoio do psd e do cds.

    para os partidos e banca, tal como se dizia na minha juventude
    'olho que vê, mão que pilha'

    a fraca indústria não consegue suportar tanto buraco.
    o estado parece um queijo Suiço.

    a mudança de PGR ainda não mostrou qualquer mudança visível. esperamos alterações sobre esta situação insustentável.

    ajs é incapaz de dizer algo de aproveitável. é pior que o semedo e que o jerónimo

    estamos lixados com esta escumalha

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  3. http://www.sabado.pt//Ultima-hora/Politica/Swaps--Conselheiro-de-Gaspar-foi-quem-comprou-as-d.aspx?id=593085

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  4. Excelente texto, José. Victor Gaspar referiu a incapacidade patológica da esquerda assumir as suas responsabilidades. Foi penoso, de embrulhar o estômago mesmo, ver-mos aquela ratazana de brinco aos berros, a acusar o ministro de tóxico!!

    Trata-se da demonização mais vigarista e mentirosa que tenho assistido. E o tom? Bem, esse era de estrebaria. Varia entre uma espécie de nojo aristocrático de esquerda, contra “essa política de direita” e a raiva, mesmo, de natureza ideológica, com tonalidades pateticamente bolchevistas.

    Não posso imaginar, com tudo aquilo que herdou, com tudo aquilo que sabe, o que deve ter sentido Gaspar.

    O poder deve ser interpelado, escrutinado, vigiado? Claro que sim, esse é o papel da oposição, ou não estaríamos numa democracia. Mas não é disso que se trata. O que se viu foi um espectáculo indecoroso protagonizado por um bufão de sarjeta, doutorado na trapaça e na falta de vergonha na cara.
    Que dias, estes!!

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  6. A Galamba? É tóxico pelo ar que emana.

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  7. Até hoje só houve um senhor que o colocou no sítio com as respectivas orelhas de burro e tudo. Que ele é um tipo execrável, não há dúvida.

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  8. Este Costa Pina foi dos que deu várias cambalhotas em frente para a instauração do sobado de Lisboa...

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  9. Essa Galamba precisava de mais gente que o pusesse no lugar: no sítio dos resíduos da inutilidade ideológica.

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  10. As pseudo-elites burras tuguinhas são o pagode de Berlim, da City e de Wall Street.

    Vendem-se há 4 décadas, por meia dúzia de tostões, e estão-se nas tintas para os interesses do país.

    Mal por mal, antes uma Monarquia Absoluta à moda antiga ou outro Salazar no poder.

    Entregaram o ouro (África e as reservas nacionais) aos bandidos. Agora preparam-se para sugar os portugueses com impostos.

    Volte Professor Salazar. Está perdoado.

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  11. Agora olham para a nossa ZEE, para a Madeira, o património construído e o ouro do Banco de Portugal.

    Com esta escumalha de políticos e banqueiros tudo será possível.

    Cuidado!

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  12. Infelizmente sempre votei bloco central...ora mais para a direita...ora mais para a esquerda. Estava redondamente enganado!!!

    Não acredito nas soluções "propostas" pelo PC ou BE...mas não lhes consigo imputar qualquer responsabilidade neste estado calamitoso em que se encontra o País. É certo que os sindicatos e os partidos de extrema esquerda sempre defenderam certas posições. Mas tal não passou disso mesmo, de defesa. As verdadeiras opções foram tomadas pelo bloco central! Esses é que conduziram o País a este estado.

    O José, pessoa com conhecimentos jurídicos acima da média, saberá que estamos perante crimes públicos (digo eu...). Porque não uma queixa crime? Isso obrigaria o MP a pronunciar-se e a, no limite, dizer que não há crime. É preciso que se apresentem queixas crime...e colocando as respectivas participações os nomes dos responsáveis. Sei que o MP devia, oficiosamente, fazer algo. Não faz!!! Seja por ignorância...seja por interesse...enfim, seja pelo que for.

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  13. "O José, pessoa com conhecimentos jurídicos acima da média, saberá que estamos perante crimes públicos (digo eu...). Porque não uma queixa crime?"

    Antes do mais...que crime concreto lhes pode ser imputado? Traição à pátria?

    Já houve uma participação em tempos, ao antigo PGR Pinto Monteiro, nesse sentido.

    O destino de tal participação suponho que terá sido o mesmo de sempre: arquivamento.

    Não vejo que com o Ministério Público que temos, a tradição jurídica que temos e as leis que temos haja alguma hipótese de punir criminalmente por isso seja quem for.

    Aliás, na Islândia, parece que se tentou tal coisa mas acabou tudo como aqui: arquivado.

    No fundo percebo raciocínio: quem elegeu os governantes, indirectamente, foi o povo. O povo deu-lhes o poder. E eles usaram-no. Mal? Mas se eles acreditam que era para bem...

    E continuam a dar aos mesmos esse poder. O PS tem intenções de voto muito próximas de uma maioria.

    Então quem é o culpado disto? A democracia? O povo?

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  14. Traição à pátria parece-me "forçado"...mas aqui conseguimos arranjar qualquer coisa para essa malta: http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=281&tabela=leis&ficha=1&pagina=1

    E diz o povo: água mole em pedra dura..."

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  15. O dr. Salazar não volta. Não volta nem há igual que pudesse fazer-lhe o papel hoje em dia, arriscaria eu dizer. Nem sequer o de Caetano.

    Não vale a pena chorar sobre leite derramado.

    Para mim, há duas coisas que é preciso fazer:

    Por um lado mobilizar para a abstenção maciça. Na falta de escolha, escolhe-se a anti-escolha. É a única coisa que pode abalar o sistema.

    Depois, divulgar, como o José faz, a verdade do que era o país com gente a sério a governá-lo. Não tanto para fazer o elogio dessas pessoas (não que não mereçam, mas não é o objectivo), senão para fornecer um termo de comparação, essencial para se poder fazer um juízo da escumalha reles que manda hoje.

    As pessoas não fazem isso porque têm medo de serem apelidadas de fachistas e saudosistas e etc. É um facto que o serão. Mas é também um facto que a maior parte das pessoas são razoáveis e escutarão, perceberão o que se tenta dizer.

    O primeiro passo para quebrar a propaganda esquerdalha - vanguarda, não dos trabalhadores, mas do grande capital (oh a ironia! Ahaha) - é fazer-lhes frente. Denunciá-los como aquilo que são realmente: colaboracionistas com o centrão, parasitas satélites dos parasitas-mór - nas presentes circunstâncias. O que só lhes estimula a voracidade.

    José, continue publicando e nós, continuemos divulgando. Divulgando, discutindo e provocando. É a única maneira.



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