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domingo, maio 12, 2013

O Futebol é um fado. Valha-nos a senhora de Fátima!

SAPO:

Fonte da PSP também confirmou à Lusa ter recebido que a informação de que dois jornalistas da RDP foram agredidos à saída do jogo de FC Porto-Benfica, mas que ainda não chegou qualquer participação oficial das vítimas sobre as agressões.

Em declarações citadas pelo site do jornal Record, o jornalista da Antena 1 Fernando Eurico, um dos agredidos, juntamente com o técnico de som Manuel Augusto, descreveu a situação, que ocorreu quando se preparavam para sair à rua para recolher depoimentos de alguns adeptos.

«Uma situação inacreditável. Estava a colocar o equipamento para fazer a reportagem móvel no estádio, eu e o Manuel Augusto, quando fomos violentamente agredidos por um adepto. Depois, logo a seguir, vieram outros, que continuaram a agredir fisicamente e com insultos. Além disso, foram dando pontapés no carro, impedindo-nos de sair», descreveu o jornalista.

Fernando Eurico referiu ainda ter sido «uma situação absolutamente lamentável» e acrescentou: «O Manuel está todo 'rebentado' e eu também apanhei bastante. Pouco depois, fomos aconselhados por outros adeptos do FC Porto, esses bem mais calmos, para abandonar o local».

«É uma situação que faz repensar se vale a pena continuar a trabalhar nisto. É o reflexo dos adeptos que temos, neste caso um do FC Porto, que incendiou os ânimos. Trabalho há 25 anos nisto, sempre tive boas relações com toda a gente... Parecia um filme de terror!», concluiu.

O FC Porto deu no sábado um passo importante para conquistar o tricampeonato, ao receber e vencer o Benfica por 2-1, em jogo da 29.ª jornada da I Liga de futebol. Os "dragões" assumiram a liderança da da prova com 75 pontos, mais um do que os "encarnados", quando falta apenas uma ronda para terminar o campeonato.


Perguntem agora aos jornalistas agredidos o que pensam da expressão "Fátima, Fado e Futebol", a qual serviu de arma de arremesso, durante muitos anos, contra o regime de Salazar/Caetano. E perguntem ainda como é que o regime que o substituiu lida com o fenómeno desportivo do futebol. E que importância tem actualmente, com três diários impressos e horas e horas de televisão em horário mais que nobre porque esticado à exaustão, com declarações em directo de comentadores avulsos e residentes sobre os jogos das jornadas e as jogadas no defeso.
Perguntem-lhes o que significa isso e comparem com o passado...
Pode ser que aprendam alguma coisa que as marias são josés soletram depois em prol dos blocos de esquerda.

16 comentários:

  1. Certo. Esses jornas esquerdalhas levaram nas fuças com todo o direito só porque têm a mania de lembrar o FFF do tempo do botas.
    É claro que o facto de o fenómeno da violência no futebol ser comum em quase todos os países europeus é só um pormenor. Mas para fazer comparações sem sentido tudo vale.

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  2. Então onde é que falta o sentido à comparação, ó grunho?

    E alguém disse que levaram "com todo o direito"?

    Claro que também é só um pormenor que haja registo de violência no futebol em Inglaterra, pelo menos desde o fim do séc XIX. E também é um pormenor apenas que o hooliganismo já fosse coisa preocupante nesse mesmo país - de excelente tradição demo-liberal - pelo menos desde os anos 60. Data dessa altura, até, o cunho do termo. A coisa era de tal forma que se criaram os "Football Special", um serviço de comboio específico para transportar os "fans", em carruagens parecidas com as de transporte de gado e com barras nas janelas, sem casa-de-banho, mas com venda de álcool a bordo.

    Na década 70 aparecem as "firms" em força. Todas as semanas há notícia de violência.
    Aliás, no memorável ano de 74, que nos trouxe a liberdade, até houve um cheirinho do futuro brilhante que nos esperava sem os três F: na final da Taça UEFA, entre o Feyenoord e o Tottenham, os adeptos ingleses arrancaram cadeiras, arremessaram-nas à polícia e aos rivais, e prosseguiram a escavacar as ruas de Roterdão à sua passagem. No ano a seguir, em Paris, final da Liga dos Campeões, destruiram-se carros e lojas.

    Portanto, os três F. é que eram maus. O grande F da hodierna democracia, farol de liberdade, é que é bom. É uma maçada que os jornalistas levem umas no lombo e tal, mas pelo menos estamos em libardade, e o país saiu do obscurantismo e das estagnação que o fascismo perpetuava através do triunvirato "éfiano", não é?

    Ora se é!

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  3. "É uma maçada que os jornalistas levem umas no lombo e tal, mas pelo menos estamos em libardade, e o país saiu do obscurantismo e das estagnação que o fascismo perpetuava através do triunvirato "éfiano", não é?"

    É exactamente isto que os jornalistas progressistas devem celebrar. Afinal, a liberdade é mesmo isto não é, o "a"?

    E ter horas e horas de "alienação" futeboleira nas tv´s mais Sportv, mais três diários desportivos com um jornalismo que forma os marcelinos e os costas e mais os carlos daniéis e tutti quanti é que é o "pogresso" não é, ó "a"?

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  4. Vocês nem se enxergam, ó "a"!

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  5. Mas já agora que é Domingo e tenho tempo e vontade, vou mostrar como era o futebol antes de 25 de Abril, na perspectiva mediática que conheci.

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  6. "Perguntem-lhes o que significa isso e comparem com o passado..."

    Há uma diferença óbvia com o passado, esses 3F não custavam nada ao erário público.
    A Fátima foi construída com o dinheiro dos Fiéis.
    Que eu saiba o Fado não recebia subsídios.
    E o único estádio que os impostos pagaram foi o Estádio Nacional.
    (E à moda do Duarte Pacheco é de salientar. Se não souberem o que é, eu um dia explico.)
    .

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  7. A comparação é sem sentido porque em países em que os esquerdalhos não tomaram o poder (como por aqui se diz) já havia violência no futebol e continua a haver, e muito pior, pelo que não é um fenómeno português, não é um fenómeno que resulte da «abrilada» - é um fenómeno global.

    E grunha é a p. da tua m.

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  8. Senhor José, não se preocupe com a «alienação futeboleira» que o 13 de Maio está aí à porta. Mas cá espero o seu post sobre a «alienação milagreira».

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  9. A qestã não é a violência no futebol antes e pós revolução dos cravos.

    A questão é até que ponto é que há agora mais alienação com o futebol do que havia antes.

    Como é óbvio, há agora muita mais alienação.

    Só de me lembrar que antes do 25 de Abril nem havia futebol em directo na TV nem jornais diários desportivos.

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  10. Havia certamente bastante menos exploração jornalistica e politica do fenómeno futebolistico antes do 25 de Abril. Quanto aos comentadores desportivos, os desse tempo tinham melhor nivel. Passou-se de um Artur Agostinho para um Rui Santos, por exemplo.

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  11. Isso dos esquerdalhos não terem tomado o poder é muito relativo. Mas é irrelevante, porque não disso que se está a falar.

    O que se quer dizer é isto:

    É imputada a responsabilidade ao Estado Novo e ao Estado Social, nas pessoas de António Oliveira Salazar e Marcello Caetano, de manter propositadamente o povo e o país que governavam na ignorância e no obscurantismo, através, d'entre outras coisas, daquilo que é designado como os três F: Fado, Futebol e Fátima. É alegado, implicita e explicitamente, que o fenómeno da popularidade destas três coisas entre a população, mantinha-a na ignorância e no obscurantismo, portanto na submissão (seria, de certa forma até, uma forma de repressão), motivo pelo qual seriam apoiados e até encorajados (alega-se) pelo Governo.

    Curiosamente, estas alegações e acusações continuam a fazer-se ouvir, sobretudo, da boca de pessoas que se dizem ser "de esquerda". Mais curiosamente ainda, Amália Rodrigues, outrora considerada um símbolo do fachismo, está hoje no Panteão Nacional, e artistas como Marizas que por aí há, são consideradas a coqueluche da música portuguesa pela "esquerda" intelectual. Cantam fado. Pode dizer-se, portanto, que o f do fado, é hoje maior que nunca.

    Maior que nunca é também a popularidade do futebol, que recebe uma parte desmedida de atenção pública, em que a imprensa se dedica a esmiuçar as coisas mais mesquinhas e vulgares. Não há dia sem que o futebol faça parte dos noticiários, intercalado com as notícias sobre política, por exemplo, cuja importância e destaque dada a umas e a outras é indistinguível do ponto de vista do espectador (que quererá isto dizer?).
    O futebol consegue desviar a atenção nacional seja do que fôr, seja quando fôr. A promiscuidade entre o futebol e política é uma constante da vida pública (desde Figo e o Taguspark, a permutas de terrenos entre a CM e o FC, do Porto, há de tudo).
    Enfim, não há coisa mais popular em Portugal do que o futebol. O f é maior que nunca.

    Então se os três F, eram o que o EN usava para manter o povo na ignorância; e se hoje são maiores e mais populares que nunca (não tenho grandes dúvidas que a crise trará a Fátima muita gente, incluindo muitos que pensavam que já não precisavam daquilo para nada); se hoje são mais populares que nunca - dizia - que há então a concluir?

    Qual é, sem fugir com o rabo à seringa, a conclusão?
    Porque é que a acusação é feita a uns, e a outros não?

    Dize lá, és capaz de responder?

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  12. É mentira. Agora não há futebol na televisão. Na televisão há conversa da treta entre atrasados mentais a pretexto de futebol, mas não há futebol, porque os jogos só passam na sport-tv ou naquela coisa ainda mais patética que é a ficatv. Quando o benfas está quase a ganhar fala-se muito da bola. O problema desta democracia e do pib é que o benfas nem com viagra de capelão lá vai, é mesmo frouxo. E logo se torna consensual que há bola a mais. Para os seis milhões há anos que há bola a mais e garganta também. A solução era acabar com o campeonato ou não podendo ser, acabar com o benfas, o último bastião do fazzismo do courato.

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  13. se a lógica fosse a do intelectual arménio-cgtp
    diriam que 'o comício dos Padres' foi o maior depois do 25.iv
    e até pagaram para ir ou foram a pé

    lema actualíssimo:
    'a bola é quinstrõe,
    o fado é quinduca'

    gozam oa 'andrades' e depois queixam-se
    carago 'só se perdem as que caem no chão'

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  14. Não há futebol na tv?

    Por acaso já sintonizou as três estações mais os quatro canais cabo ( RTPI, SICN, TVI24, CMTV) logo a seguir a um jogo importante como por exemplo o POrto-Benfica de ontem?

    Já reparou que não há outra coisa que não comentários e a análise escapelizada por intelectuais do tipo Fernando Seara ( parece que é professor não sei de quê...numa universidade qualquer) ou luminárias como o "menino Dany"?

    Já se deu ao cuidado de ver e ouvir dez minutos desses programas que enxameiam as cadeias de tv nacionais?

    Mas isto tem alguma comparação com a sobriedade que havia antes de 25 de Abril?

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  15. Repito:
    «Na televisão há conversa da treta entre atrasados mentais a pretexto de futebol, mas não há futebol»
    Futebol em directo só em canais pagos da sport-tv. Há uma excepção, a sic, tv oficial do slb, dá os joguitos da liga europa e promove a final plagiando um vídeo amador feito há um ano por 'andrades' que serão andrades se não puserem os bolsanamão em tribunal. Antes do 25 A não era preciso porque o benfas tinha jurisdição do Minho a Timor. É essa a saudade do Mexia, do lacaio do comunismo amarelo.

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  16. Ontem tentei colocar um comentário mas não consegui. O José gentilmente fê-lo (noutra caixa) o que agradeço. Inadvertidamente só seguiu metade. Vou tentar resumir de memória o que ficou em falta. Se me repetir em algo, peço desculpa.

    A cambada de bandoleiros que nos anda a mentir e a infernizar a vida há décadas e outro tanto a culpar Salazar de manter o povo na ignorância socorrendo-se dos três F's, mente com todos os dentes que tem na boca. Nunca no regime anterior se viu e ouviu, como agora, futebol em catadupa e fado em quantidades industriais. Como os falsos democratas não conseguiram eliminar um e destronar o outro, toca de incentivar os seus discípulos a misturarem-se com eles ("não os vences junta-te a eles") apoiando fadistas e baladeiros esquerdistas - todos estes haviam perdido audiências porque os portugueses já não os suportavam - que quisessem cantar o fado e estes, aproveitando a deixa e com as costas quentes, começaram hipòcritamente a convidar fadistas direitistas e 'nacional-cançonetistas' para os seus concertos(!!) sabendo nós que odiavam/odeiam de morte a negregada 'canção do regime' e os fadistas-fascistas, assim apodados durante anos pelos esquerdistas para os humilhar e tentando outras manobras indignas para fazê-los desaparecer de cena para sempre. Para sua eterna raiva não o conseguiram.

    Com o futebol passou-se exactamente o mesmo. Este era um dos famigerados F's com que o Estado Novo 'alienava' o portugueses, acusavam-no cìnicamente os grandes democratas. Então não era?! Calúnias, é o que era/é. Nesses tempos via-se raramente futebol na televisão e os jornais desportivos eram creio que dois e semanais, nos diários pouco ou nada. E resumia-se a isto o relacionado com o futebol. Agora temos jogos, reportagens, documentários, entrevistas, comentários, artigos de jornal, etc., em todos os canais de manhã à noite.
    Claro que os grandes democratas, porque não se inibem de ir buscar fraudulentamente os milhões onde os há, deste modo mataram dois coelhos duma cajadada: introduziram-se nesse meio privilegiado, chantageando e/ou sabotando as classes dirigentes, árbitros e possìvelmente alguns jogadores e com esta manobra repugnante têm vindo periòdicamente a arrecadar brutas maquias, levando simultâneamente a violência para dentro dos estádios de futebol - outro ódio de estimação das esquerdas, mas tem piada nos países ex-comunistas havia-o e era/é praticado e adorado por multidões, mas os cínicos esquerdistas nunca o mencionam, porque será? - destruíndo propositadamente o que de bom, saudável e seguro havia neste tão agradável desporto familiar. Estes batráquios infames só descansaram quando Portugal foi reduzido a pó e ainda têm a supina lata de culpar o Estado Novo mais os três F's por tudo quanto afinal eles sempre invejaram com ganância louca d'alcançar. Ah, mas agora vivemos no paraíso, nadamos em democracia e temos liberdade de votar - só neles.

    E não, não havia violência alguma no futebol em Portugal, como não a havia nas democracias europeias, pelo menos nas que visitei. Tudo começou nestas nos anos sessenta e princípios dos setenta, continuando até hoje. Os nossos (uma ova!) democratas-maçons, havendo bebido na clandestinidade todos os ensinamentos sobre traições à Pátria, tácticas subversivas, atentados à bomba, assaltos a bancos e derrube de regimes/países independentes e em paz, como era o nosso, assim que aqui assentaram arraiais foi o que se viu. Viraram do avesso a ordem estabelecida e aplicaram à letra todas as manobras nojentas adquiridas nas democracias europeias, também elas dirigidas por democratas-maçons da mais pura água.

    Cambada de hipócritas e traidores que mentem alarvemente desde Abril de 74 sobre os três F's, Salazar e o mais que se queira, porque só assim conseguiram impôr-se à maioria dos portugueses que acreditou neles desde a primeira hora - mas não mais, desde há muito - e aos pouquíssimos que ainda hoje o fazem por ingenuidade ou por oportunismo.

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