Económico:
Tal como o Diário Económico tinha avançado, esta foi a solução do
Executivo para os cerca de 23 mil de alunos que não realizaram hoje a
prova, segundo as contas do ministro, que diz que 70% dos estudantes
fizeram exame.
De manhã, já se sabia, pelo senhor Nogueira do PCP que 90% dos professores tinham aderido à greve. De tarde, veio a saber-se que afinal, 70% das crianças fez exame...
A matemática do costume.
ResponderEliminarehehehe
ResponderEliminarFoi a greve mais monga de todos os tempos.
Puro tiro no pé.
num dos blogs mostra-se que as escolas com maior adesão à greve estaliniana-leninista são as mais mal classificadas do 'rãoquingue'.
ResponderEliminarum dos males do ensino, dito por que pretende saber, é o tipo de escola subordinada ao poder central sem autonomia nas matérias, tipo cozinha da urss cuja comida chegava requentada
outro são as aulas entregues a mãmas-donas de casa ou ao pessoal do casa-descasa que, nas horas vagas, ensinam 'de belles merdes' mais que desactualizadas
um executivo que tarda nas reformas
os contribuintes sofrem tudo isto na carteira
São problemas de tarimba.
ResponderEliminarPara ser mais preciso, 76% dos alunos fizeram o exame de Lingua Portuguesa.
ResponderEliminarAgora o PCP quer anular o exame por ter sido posta em causa a equidade...
Por culpa do Governo, claro está...
O mais anormal é que depois cantaram todos a grandolada e povo unido. Os alunos que não fizeram exames também cantam o mesmo
ResponderEliminarahahahahahahah
Isto é uma farsa.
Mas o bigodes não se coibiu de declarar repetidamente uma retumbante vitória (sobre as forças fascistas e fascizantes - esta não foi dele, mas poderia bem ter sido)
ResponderEliminar“De manhã, já se sabia, pelo senhor Nogueira do PCP que 90% dos professores tinham aderido à greve. De tarde, veio a saber-se que afinal, 70% das crianças fez exame...”
ResponderEliminarForam 76% (dos inscritos), os alunos que realizaram exame (corrigido ao início da noite pelo Júri Nacional de Exames). Juntando os que faltaram porque quiseram, conclui-se que a greve afectou cerca 20% dos inscritos, a maioria dos quais em escolas onde os directores encerraram ilegalmente as escolas. Mas isso não invalida que Nogueira ande perto (descontando a inflação habitual) da verdade. A greve teve uma adesão elevada. Não esperava tanto, considerando os “amendoins” que se reivindicam. Mas há colegas inebriados pelo cheiro a PREC que paira no ar. Na minha escola a adesão à greve foi de cerca de 70% e todos os alunos realizaram o exame em óptimas condições e ainda sobraram docentes. Cerca de 20% dos professores, por escola secundária e 5% por escola básica, chegavam para garantir os exames com a qualidade exigida. Daí a necessária agitação que alguns promoveram para inviabilizar “tantos” exames.
“um dos males do ensino, dito por que pretende saber, é o tipo de escola subordinada ao poder central sem autonomia nas matérias, tipo cozinha da urss cuja comida chegava requentada” [Floribundus]
ResponderEliminarA autonomia, de que o actual ministro tanto gosta, é uma faca de dois gumes porque a maioria dos directores são da esquerda saudosista (apesar de vários até votarem PS).
Pois o que eu vi no facebook chegou e sobrou.
ResponderEliminarGente a dizer que é um direito conquistado em Abril- a confundirem a lei com a moral (neste caso a falta dela) e a chamarem greve a uma chantagem.
Mas fizeram pior. Ainda insultaram os fura-greves, dizendo que deviam ser corridos à pazada porque era tudo gente com "falsa baixa" há anos.
Eu não sabia que podia haver falsas baixas durante anos.
O que mais me custa é que os democratas que defendem as greves fizeram "esperas" em vários pontos do país aos professores que, democraticamente, decidiram trabalhar.
ResponderEliminarQuando aos números, só seria notícia se concordassem!
O estalinismo é assim.
ResponderEliminarÉ a força dos fracos- só sabem agir em matilha.
O que eu li foi idêntico- a censurarem comentários de alunos que criticavam e a insultarem os professores corajosos que souberam ser contra.
E li isto entre quem era mais que óbvio que vai pagar caro- os profs de terras pequenas, onde tudo o que têm lhes vem do status de serem profs.
ResponderEliminarE tudo no topo da carreira- porque este barriguismo toca aos instalados.
Mas verdadeiramente anormal é a poltranice das palavras de ordem fossilizadas e gritadas em conjunto.
ResponderEliminarAs grandoladas e "os alunos unidos" ou "os profs unidos" que jamais serão vencidos.
Que coisinha tão rasteira e tão baixinha.
Esta gente não é nem nunca poderá ser democrata.
ResponderEliminarEsta treta tem a ver com princípios ou falta deles.
E, uma chantagem não tem outro nome nem se pode escudar em "direitos de lei".
É chantagem, qualquer pessoa que teve educação em família sabe que é coisa feia.
Mas é chantagem com manha. Porque depois diziam que não ia haver azar porque podiam fazer exame em qualquer altura...
Portanto, eles também podiam fazer greve em qualquer altura- mas a chantagem, não- porque foi chantagem puramente com fins políticos.
(será que desta vez não me revelei uma besta no meu post?
ResponderEliminarAté fiquei lacrimejante!!)
Não, desta vez revelou-se uma pessoa digna.
ResponderEliminarE devia perceber isso mesmo.
Que há coisas que não se podem arrumar em ideologias.
Não se trata de ser de Direita ou de Esquerda- trata-se de códigos de honra.
Não arrumo nada, em definitivo, em ideologias. Com o passar do tempo vou sendo cada vez mais fluido.
ResponderEliminarO que acontece é que mede a minha dignidade dependendo se gosta ou não do que eu escrevo.
(mas eu acho piada. Concordância é uma chatice!)
A mim não me caem os parentes na lama por isso
ResponderEliminar":OP
A alegria do Nogeira (não é erro!) é uma coisa que ofende qualquer pai normal.
ResponderEliminarIsso e o facto de hoje de manhã um articulista do Expresso ter escrito umas verdades sobre o indivíduo, e à tarde o site do jornal publica a resposta deste, em parangonas.
Nem o Presidente da Republica tem este tratamento pelo Expresso do irmão do outro.
A minha vizinha de cima está a morrer aos bocados porque não tem dinheiro para medicamentos. Os gemidos de dor são dia e noite, há um mês pelo menos. Mas aprendi aqui que chantagem não é a delapidação do SNS, chantagem é uns estalinistas acordarem um dia e decidirem que vão tramar a vida a uns milhares de putos que têm 2 fases para fazer um exame para o qual são mais que obrigados a estar preparados.
ResponderEliminarQuando os médicos fazem greves é que ninguém pia, mas nos profs tudo malha. Privilégios.
Ainda bem que no ensino privado não há métodos estalinistas: boas condições de trabalho, nada de exploração escrava, liberdade de fazer greve, horas-extra pagas, liberdade de inscrição pros ciganos e romenos, nada de cosmética nas notas para subirem nos rankings, nada de assédio psicológico e não só, e sobretudo nada de ajudas do Estado (os contratos de associação devem ser na Coreia do Norte se calhar).
Quanto às legítimas razões da greve, neste blogue nem vale a pena porque a trombeta toca sempre o mesmo...
Olha, imbecil- vai comprar remédios para a vizinha e desorelha.
ResponderEliminar"Quanto às legítimas razões da greve"...são sempre as mesmas com o Arménio Avoila e Jerónimo, mai-lo Nogueira: política por "outras políticas". Desde 1975 que assim é.
ResponderEliminarPor causa da trombeta logo vou colocar um texto de Marcello Caetano sobre a greve...
A troika Arménio Avoila e Jerónimo querem lá saber do ensino para nada! O Nogueira é professor requisitado há décadas e está lá para fazer o que sabe melhor: política por "outras políticas".
ResponderEliminarOs alunos e professores são apenas instrumentos para tal e nada mais.
O senhor José acha que os profs são assim tão burros que se deixam usar, mas nega-se a ver que desta vez há algo de novo: esta greve foi um sucesso porque não foi feita só pelos "esquerdalhos". E uma greve às avaliações vai já na 2ª semana, e não são só os "esquerdalhos" que se estão a revezar e até a criar fundos de greve.
ResponderEliminarContra essa "troika" dos sindicalistas do encosto ao Estado (que só são simpáticos para vocês quando não piam muito, tipo UGT) já muitos profs têm falado, mas há que usar a cabeça: eu agora vou acordar um belo dia e vou ali entregar um pré-aviso de greve? Posso fazer isso, ou só os sindicatos o podem fazer?
Portanto, quem lhe diz que desta vez não são os profs que estão a usar os sindicatos porque estão fartos do que está a contecer desde 2005 e que ninguém quer ver? Não sabe, porque tal como 99% dos comentadeiros, não faz puto de ideia do que é estar a dar aulas semanalmente a 200, 300 alunos (regimes excepcionais é só para os Senhores Doutores do Superior que dão 3 aulas por semana). Venha cá experimentar com as minhas 18 turmas! Leu bem!
Temo informá-lo que esta greve não entra na sua "esquemática" habitual. É diferente.
Dona Zazie, imbecil é a sua tia (de Cascais ou do CRL que te f...). Mas sempre quero ver se a Dona Zazie usa o argumento da honra quando um médico fizer greve, ou já agora em relação à greve de 27/6 que vai afetar todos os alunos dos 6º e 9º anos. A ver se aí a honra já não tem nada a ver, claro que os Senhores Doutores do Superior precisam de "clientes" não é?...
Pois... quem se auto-formata acaba por perder a liberdade para julgar. Isto aplica-se a todo e qualquer fundamentalista, seja de extrema-esquerda ou extrema-direita, passando pelos fundamentalismos religiosos e também pelos anti-qualquer-coisa (que podem ser anti-fascistas ou anti-comunistas). Estes "anti" são porventura os mais suspeitos, pois se são contra uma coisa, devem, certamente ser a favor de outra, que se desconhece.
ResponderEliminarMas contextualizemos: Sou leitor assíduo deste blog com o qual me identifico, mas não sou facilmente formatável nem sigo a cenoura que um qualquer "líder" me queira colocar na frente. Por isso abomino "partidos". Talvez seja um anarquista pacifista, da corrente de Tolstoi, mas nunca pensei muito sobre o assunto. Mas sou também professor.
Isto para simplesmente dizer que colar a luta dos professores aos comunas ou marxistas-leninistas ou à extrema-esquerda é de quem, ou está bem instalado na vida, ou é ignorante relativamente à realidade da situação da classe docente, ou, conhecendo-a, está de má-fé ou toldado pela tal atitude "anti", que impede de ver as coisas como elas são.
Qualquer classe profissional tem os seus representantes e interlocutores legais junto do empregador. E, a menos que se seja, de todo, "anti"-sindicalista (o que quer dizer, por exclusão de partes, ser "pró"-qualquer-outra-coisa...), tem de se entender que os sindicatos são a única instituição com acreditação legal para representar uma classe profissional. Poderá questionar-se se os sindicatos dos professores, particularmente a Fenprof, não terão a sua agenda política oculta. Esta será uma pergunta retórica, pois sabe-se bem que sim, tem uma agenda política.
Infelizmente, ou fatalmente, são os interlocutores que a classe docente tem. Será, todavia, lamentável, que a análise da situação cada vez mais precária dos professores acabe por esbarrar no "sindicato" ou nos bigodes do "sindicalista" e não vá mais além, como o questionar sobre os reais factores que levaram os professores ter de reagir. Falamos de futuros desempregados.
Há que admitir que, durante anos, a classe docente tem sido instrumentalizada pelos sindicatos afectos ao PCP (e sobre isto haveria muito a dizer), a qual acabou por "adormecer" como alguns privilégios conquistados, mas que, qual reverso da moeda, os tornou uma classe proletarizada. Mas esse desmame aconteceu no reinado de Maria de Lurdes Rodrigues, em que surgiram movimentos cívicos de professores descontentes, em desafio aberto contra as estruturas sindicais suas representantes.
A situação actual apresenta um novo paradigma: Os sindicatos estão, agora, a tentar "reconquistar" a confiança dos professores. Parece ter sido finalmente reposto o princípio de que os sindicatos têm como objectivo representar a classe profissional à qual estão vinculados por obrigação, e não o contrário. A adesão dos professores a esta última greve ou a manifestação de cerca de 100 mil professores que aconteceu durante o período de M. L. Rodrigues pouco ou nada tem a ver com os sindicatos. Estes simplesmente estão (finalmente) a representar os interesses legítimos da classe docente, como qualquer sindicato honestamente deveria fazer relativamente à classe profissional que representa.
ò azinho: vai levar na peida.
ResponderEliminarÉs demasiado imbecil para perder tempo contigo.
Pois pois, os sindicatos agora já são bons... se eu acreditasse em astrologias diria que o fenómeno está ligado às fases de uma certa lua eleitoral...
ResponderEliminarEstão a tentar reconquistar a confiança dos profs, ahaha! Claro que estão!
A pergunta que se impõe é: o que fizeram eles para lha desmerecem?
O representante sindical tem 30 anos de carreira, trabalhou os primeiros onze (dizem), mas está no topo de carreira a embolsar à volta de três mil brutos...
O sindicato não faz a classe profissional, decerto, mas não são com certeza os pedreiros que elegem os dirigentes sindicais dos professores...
Tanto quanto se me foi dado apreciar, enquanto fui estudante, por cada professor bom ou excepcional mesmo, há quatro ou cinco que não valem ponta. Malta porreira e tal, mas que no que ao ensino respeita, poderiam bem estar sentados ao lado dos alunos. Estudei em escolas públicas e privadas, não vi diferença de monta no nível dos profs.
Se se ocupassem primeiro a purgar os que não valem coisíssima nenhuma e cujas habilitações reais mal dariam para caixeiro, talvez as pessoas lhes ganhassem algum respeito e tivessem melhor consideração pelas queixas.
Li há dias que em França, houve denúncias de que os professores eram condicionados para subir as notas dos alunos, por motivos políticos - para as estatísticas.
O meu pai, era eu cachopito, resolveu aventurar-se pela carreira professoral no ensino básico. Chegado ao termo do ano lectivo, preparava-se para classificar com 1 (de 5) a matemática, dezanove dos vinte e tal alunos que tinha uma sua turma em particular.
- Que não, que não podia ser! Que era muito severo, que as crianças não podiam chumbar todas, etc...
Torna o meu pai que eles ignoravam até a aritmética básica, que não havia ponta por onde se lhes pegar...
- Que não, que revisse bem as classificações, porque não podiam chumbar tantos!
Meu pai compreendeu a mensagem e ficou por aí a sua carreira de professor.
Serei o primeiro a dizer que de pedagogia, meu pai não percebe nada. Admito até que se lhe não possa chamar bom professor. Mas é rigoroso e não inventou a ignorância dos seus alunos.
Ora eu nunca vi escândalo nenhum acerca desta coisa que durará, pelo menos, há uns bons vinte ou trinta anos (e que não melhorou, decerto, de lá para cá). Nunca vi greves, protestos ou contestações à conta deste assunto que põe gravemente em causa a honra dos professores e o futuro dos alunos (muitos, às tantas, futuros profs...)!
Deixemo-nos de tangas. Se houvesse um mínimo, um pedacinho só, de consideração pelos alunos e pelos professores, por parte dos sindicatos, tal coisa não se abafava todo este tempo.
Os sindicatos são, apenas e só, instrumentos políticos. E os profs, são bonequinhos nas patas deles. É o que é.
Indignem-se para aí a ver se vos vale de muito... Não tarda terão lá a face da lua de que tanto gostam, e as coisas amansarão. Os profs continuarão a vender a alma ao diabo político, os miúdos a saírem cada vez mais ignorantes da escola, os sindicalistas a chegar ao topo de carreira com um terço do tempo de trabalho necessário, e os contribuintes a serem esbulhados. Mas não serão precisas greves. Talvez uma ou outra, em final de semana de ponte, para treinar para a próxima fase da lua eleitoral...
Eu por mim, bem podiam fazer era greve permanente. No estado em que estão as coisas, acho que ninguém ia notar nada...
Dona Zazie, não seja pepinẽra. :D
ResponderEliminarOk! Fazer generalizações e meter tudo no mesmo saco, com base numa amostragem de um, dois ou três indivíduos, porventura com dados recolhidos em diferentes períodos temporais, é de uma isenção e humildade ímpares!
ResponderEliminar"Welcome to 'da TUGA World!"
Efectivamente a profissão de professor não é para qualquer um. Tal como não há-de ser qualquer um com capacidade de isenção e honestidade intelectual suficiente para compreender a profissão docente.
Convenhamos que não é preciso muito arcaboiço académico para tal, pois uma funcionária auxiliar de escola consegue fazer uma análise bem mais certeira sobre a condição de professor, que um qualquer doutorado ou mestre, sentado em bancada VIP, a debitar, com vocabulário erudito (ou chão), opiniões risíveis.
Mas daí lavo eu as minhas mãos.