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segunda-feira, julho 15, 2013

Por cá, no pasa nada

Económico:

O primeiro-ministro Mariano Rajoy está a enfrentar o maior desafio político de sempre, depois de terem sido divulgados SMS secretos que revelam que mentiu ao país, porque tinha conhecimento dos pagamentos ilegais que eram realizados a altas figuras do seu partido PP no governo.

E por cá, como seria se alguém publicasse o teor de escutas em que se torna perceptível o conhecimento do financiamento oculto ( e ilegal) dos partidos?

Seria isto: no pasa nada. Melhor ainda: cairiam em cima de quem divulgasse a escuta "secreta", tal como fizeram no tempo de Sócrates.

27 comentários:

  1. depois da divulgação da cassete do fripor o sôzé foi levado em ombros até faltar o dinheiro para a mastigação.

    cada vez gosto menos disto

    dizem que o PR dos selvagens vai visitar as ilhas
    os credores podiam arranjar lá um campo de internamento dos politicos no activo e reformados
    e utilizar os sindicalistas como criadagem

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  2. http://www.smmp.pt/?p=22372

    José , quer comentar ?

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  3. ( Partidos políticos , poder autárquico , ordens profissionais , clubes de Futebol , universidades : este pequeno país é uma grande Corporação . )

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  4. Já comentei aqui esse caso. Conheço a juíza em causa e não me parece justo o que lhe fizeram.

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  5. ( Não li , pode indicar o link ? Porque desconheço todos os pormenores , indago . Neste caso , como no Freeport , PPP's , Cova da Beira , submarinos e demais , parece-me que quem fica mal na fotografia é a Justiça e sem ela no pasa nada , de facto . )

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  6. "E por cá, como seria se alguém publicasse o teor de escutas em que se torna perceptível o conhecimento do financiamento oculto ( e ilegal) dos partidos?"

    Segundo creio, fazendo fé na opinião do José (muitas vezes escrito nestas bandas), seria ilegal e condenável.

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  7. Hombre, Barcenas es el alternnte a los ERES andaluces !
    La Guerra Civil en continuación por otros medios...

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  8. "Segundo creio, fazendo fé na opinião do José (muitas vezes escrito nestas bandas), seria ilegal e condenável."

    Se me apontasse um único exemplo disso ficaria grato, porque não me lembra nem sequer de um único caso.

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  9. Obrigado José . Vou ler . Cumps.

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  10. Desde os anos 80 que Duarte Lima está envolto em negócios e em contradições.

    Enriqueceu rapidamente e, apesar dos rendimentos inexplicados e de aparentes esquemas para esconder o património, nunca foi acusado pela Justiça

    Grande empreendedor, digo eu

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  11. O Duarte Lima, neste momento, ao pé de um tal Inenarrável é um pobre.

    Pergunte-se agora como foi esse milagre...

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  12. Se a memória não me falha a fortuna de Duarte Lima surgiu em três anos, na década de 80. Segundo a comunicação social a mãe era vendedora de peixe e a família não tinha património. Foi um estudante pobre e por isso desprezado pelos colegas da Católica.

    Creio que o ponto de partida do Inenarrável foi mais elevado, pois a família tinha mais posses.

    Outro caso que me parece envolto em bruma é o de Almeida Santos. Mas posso estar a ser injusto.

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  13. O Duarte Lima foi o Relvas dos oitentas. Foi um "facilitador" e recebeu por esse trabalho.

    É preciso dizer que era amigo dos Lamegos ( que o arrumaram agora) e do Ãngelo Correia e assim.

    Intermediou negócios lícitos e fez pela vida, tal como o Vara ou o Relvas ou o Vitorininho do PS. De quem aliás tamhém era amigo...

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  14. A fortuna do Inenarrável não vem da família. Isso é "narrativa" para inglês ver.

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  15. Acredito que seja de facto caso mal contado.

    Mas aura protectora que paira sobre o personagem é inexplicável pois todos os oponentes políticos o protegem, tal como as instituições «democráticas». É caso mesmo para levar à elaboração de «teorias da conspiração» pois nunca se viu nada assim na nossa História nem conheço caso idêntico em país ocidental.

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  16. Mas sobre fortunas na hora relato um caso que conheci de perto. Era filho de caseiros, não tinha posses nem dinheiros para herdar. Também não estudou mas hoje tem uma pequena fortuna. Esquemas envolvendo alterações de PDM's, estruturas locais do PS e do PSD e especulações imobiliárias duvidosas.

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  17. "Se me apontasse um único exemplo disso ficaria grato, porque não me lembra nem sequer de um único caso."

    José, confesso ainda não ter encontrado nada sobre o assunto. isto, apesar de não ter tido tempo e interesse em prolongar a pesquisa. Dei no entanto conta, do "apagão (?)" no seu arquivo de 2008.

    Quanto ao essencial, legal vs. ilegal, e não sendo eu defensor dessa lei (mas quem sou eu, nesta matéria?), o José tem demonstrado ser um acérrimo defensor da legalidade, ou não? . Já li, e disso não tenho dúvida, a sua defesa da legalidade no exercício das arbitrariedades do Estado Novo, pois estas, tinham a cobertura da Constituição de 1933, E assim sendo, agora também: "dura lex, sed lex.", ou não?

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  18. Eu sei que isto é mesquinho e não tenho orgulho algum em utilizar esta coisa populista mas...

    Vamos esquecer o emprestimo estudante que lhe permite fazer vida em Paris (isto é uma loucura mas...).
    Alguém entende como um gajo sem recursos que se conheça (e ele tinha de os revelar) comprou o apartamente que comprou e onde comprou sem, sequer, uma hipoteca?
    Alguém entende como um gajo que tem um Classe S aluga um Golf para se apresentar numa entrevista?

    Como disse, não gosto desta coisa populista que acabo de fazer que chega a tocar quase em justiça popular, de que também não gosto...mas há limites!

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  19. Parece que havia uma hipoteca porque pediu um empréstimo, embora relativamente pequeno, à CGD e que já liquidou totalmente, ainda antes de sair do Governo...

    É preciso algum rigor com estas coisas porque se tornam demasiado fluidas se entramos por aí.

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  20. O que a mim me mete mais espécie não é essa compra singular, mas a de mais um apartamento no mesmo sítio. Dois, portanto e um deles a uma offshore, cujos pormenores não se conhecem bem e ninguém mostrou interesse em saber.
    Depois é o trem de vida. Estou convencido que a empresa farmacêutica de que é consultor é uma fachada. É apenas um palpite e posso estar enganado.

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  21. Por um motivo: antes de ser consultor, já tinha comprado o Mercedes série S.

    Não se contentou com um série E. Foi logo para o topo e anda em Executiva quando vem gravar o programa. Espero que nao seja a RTP a pagar...

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  22. Actualmente não se sabe onde mora e o Paulo Dentinho nao está interessado em saber. Se estivesse vinha embora de Paris.

    Vai uma aposta?

    É isto que me incomoda com o personagem.

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  23. Muito bem, se a hipoteca existia nos termos que o José referiu, a coisa mudará relativamente pouco... primeiro porque seria pequena (termo não utilizável para o valor do apartamento) e depois porque a liquidou.

    Quanto à executiva, eu apostaria, se fosse de apostar, que é a RTP que paga.

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  24. Isto deixa-me muito desgostoso mas não o consigo evitar.
    Deveria ser indiferente onde ele vive em Paris e tudo o resto.

    Mas é mais um caso em que a realidade se sobrepõe à teoria: Eu quero saber, em detalhe, todos os luxos que este bonas tem e de que usufriu até se entender como o dinheiro apareceu. Nem que a justificação seja uma coisa parecida com a do Alves dos Reis.

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  25. "Se me apontasse um único exemplo disso ficaria grato, porque não me lembra nem sequer de um único caso."


    José, a pedido:

    Tora!Tora!Tora!
    GLQL, 18.02.2006

    "...Assim, colocam-se vários problemas que o jornal nem sequer elenca ou aflora.

    Os elementos que constam do processo, incluindo as escutas gravadas ou transcritas, as fotos, as listagens telefónicas e outros elementos, devem ou não estão lá?! As regras de processo penal são as únicas que aqui são chamadas, para analisar o problema. Alguma vez foram mencionadas pelo jornalista? Mais, serão elas conhecidas do jornalista?!

    As regras dizem que o que está em segredo de justiça , deve ser respeitado e segundo a jurisprudência e doutrina ( Vital Moreira e alguns conselheiros do STJ, por exemplo) os jornalistas estão plenamente envolvidos na previsão legal que o artigo 371º do Código Penal que definiu e prevê pena de prisão até dois anos ou pena de multa. É um crime, portanto, o que os jornalistas cometem sempre que publicam factos em segredo de justiça. Mas um crime que nada conta para eles que se julgam acima da lei penal, através de um artifício primoroso e que pode em último caso, justificar a violação: o sigilo profissional e o dever de informar."...

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  26. Pois foi tiro na água. Leu bem o "Tora! Tora! Tora!"? Se leu não pode extrair a conclusão que pretende.

    O que escrevi então escrevo agora: a violação de segredo de justiça é crime. Mas há crimes que podem justificar-se pelo interesse público na divulgação do segredo.

    Não era esse o caso das "cassetes" do envelope nove no caso Casa Pia. Aí, a manipulação é que interessava. E foi isso que ficou escrito.

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