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quinta-feira, setembro 19, 2013

Isabel do Carmo, a revolucionária das bombas inteligentes

 Isabel do Carmo, a revolucionária que renega as bombas assassinas em prol das que não matam e só moem, deu uma entrevista ao i do passado dia 17. Nela conta coisas do seu passado revolucionário. Aparentemente foi tudo muito suave e discreto, tendo sido uma luta patriótica contra o fascismo que prendia e torturava e "matou muita gente na guerra". Supõe-se que se refere à guerra do Ultramar...o que só denota a obscenidade da observação, por contraposição ao branqueamento da sua acção, após o 25 de Abril de 1974 ( tendo sido comunista do PCP, apostatou para se dedicar à Revolução, tendo assim contraído a doença infantil habitual) em que como membro fundador do PRP-BR foi responsável directa por acções armadas e mortais. Diz que nunca pôs bombas. Ajudou a pôr...


Foi presa duas vezes, as duas quando os seus filhos tinham oito meses.
A primeira vez foi depois da morte do Ribeiro dos Santos, assassinado pela PIDE. Era filho de um colega médico e emitimos um comunicado na Ordem. Deixei lá ficar o documento com a minha letra, a PIDE encontrou-o e prendeu-me, ia eu com a minha filha ao colo. Cinco anos depois foi com o meu filho, já posterior à contra-revolução. Estive presa quatro anos e foi duríssimo.
Não se arrepende de nada desses tempos de maior activismo político?
Do que fiz, nada, defendi aquilo em que acreditava. Às vezes pergunto-me se não fui uma mãe como as outras, é talvez a única mágoa. Penso para mim que eles não tiveram as coisas que outras crianças têm. Os pais estão sempre presentes, vão às actividades, fazem férias, vão à piscina. Quando saí da prisão tinha a minha filha 11 anos, e o meu filho cinco.
Sendo médica, como é que se gere a defesa da luta armada?
Gere-se bem. Fui uma das pessoas que mais se bateu dentro das brigadas para as bombas não matarem ninguém. Era uma questão de princípio que não houvesse mortes. Depois houve mortes de dois colegas nossos que colocaram mal a bomba. Mas mortes provocadas em terceiros, nunca aconteceu. Colocávamos as bombas à noite, quando não estava ninguém nos edifícios do Estado, e avisávamos as pessoas por telefone, para não se assustarem.
Pôs bombas?
Antes do 25 de Abril transportei material explosivo, estive integrada na organização das acções, fiz observação de locais. Participei completamente na organização, mas nunca instalei. A minha cara já era conhecida, a PIDE andava em cima de mim. Este regime matou muito na guerra, oposicionistas, mas sobretudo torturava muito e há muita gente que foi muito torturada que não é lembrada. Torturava brutalmente para obter confissões e, às vezes, já depois de terem confissões, continuavam só para humilhar. Mesmo aquele ano final do marcelismo, que para alguns aparecia como uma primavera, foi um ano de brutais torturas.
E isso justificava as bombas?
Com certeza. Não como vingança ou resposta, mas para abalar o regime. Porque uma coisa é a actividade clandestina: panfletos, jornais e até greves. Para um regime como o Estado Novo, isso era previsível, tinham informadores em todo o lado. As bombas, não. Eram uma coisa física: atinge e é inesperado. Não se sabe onde ir à procura delas. As bombas dos últimos anos abalaram muito o regime. O Otelo, no livro “Alvorada em Abril”, reconhece a nossa influência.
Sente-se injustiçada no rótulo de bombista?
A história de eu ser bombista veio sempre da direita ou da extrema-direita. Não me afecta nada.
E no trabalho, nunca ouviu críticas?
Quando fui condecorada pelo Presidente Jorge Sampaio, o CDS tomou posição pública. Aí houve uma polémica com o Pires de Lima, que foi reproduzir o que estava escrito na internet por um site apócrifo – aliás, fácil de perceber, porque não falava das Brigadas Revolucionárias, mas das Brigadas da Revolução. Nessa altura fui explicar-me à televisão porque havia uma calúnia. Falava em morte de pessoas e isso nunca aconteceu. Francamente, emocionalmente, vivo bem. E, depois de todos os julgamentos, fiz a minha vida profissional de forma que isso não fosse objecção. O que exigiu muito esforço.
Em que sentido?
Foi tudo a pulso. Não tanto pela política, mas porque, para uma pessoa ganhar espaço, precisa de se afirmar pelo mérito.

Para quem não sabe, Isabel do Carmo, juntamente com o seu companheiro de luta de então, Carlos Antunes, faziam a parelha simbiótica com as utopias comunistas da época. Eram os baader-meinhoff de cá, mas não se dão por achados porque de nada se arrependem e nada esqueceram. Mas a memória é selectiva e só perdura no que lhes interessa. Por isso mesmo importa lembrar o que não querem e o jornalismo de trazer por casa, tipo para quem é bacalhau basta, aprecia e serve.

A Wikipedia resume assim o percurso de Isabel do Carmo e do partido que fundou, o PRP-BR e da sua particular ideia de justiça revolucionária ( julgamento e execução sumária e morte dos "traidores", num exemplo subido de humanismo actualizado por esta pacata endocrinologista ):

"Entre 1975 e 1979 o PRP desenvolveu actividade clandestina através das suas Brigadas Revolucionárias, que estiveram envolvidas em actividades de "recuperação de fundos" (através de assaltos a bancos e repartições da fazenda pública) e colocação de engenhos explosivos. Estas actividades deram origem ao chamado "Caso PRP", que terminou com a condenação de vários dos envolvidos, incluindo dos dirigentes Carlos Antunes, Pedro Goulart e Isabel do Carmo. Também reivindicada pelas BR do PRP foi a execução, em Novembro de 1979, de José Plácido, ex-militante da Marinha Grande, por delação e alegada corrupção (apropriação pessoal de fundos do partido, oriundos dos assaltos).
Um importante grupo de militantes do PRP e das BR acabou por fundar, já nos anos 80, as FP-25."

O chamado "caso PRP" colocou vários problemas jurídicos relativamente à repartição de responsabilidades criminais, directas e indirectas, dos seus militantes e dirigentes. O ministro da Justiça de então, Meneres Pimentel ( 1982) confrontado com a greve de fome dos presos do caso PRP-BR, não sabia como resolver o problema e apareceram logo os demais beneméritos a propor a salvífica amnistia.
Como agora se lê, Isabel do Carmo foi uma santa de uma ladeira íngreme de luta contra o fassismo. Uma heroína que lutou contra os algozes do povo português e por isso aplaudiu os atentados bombistas, ajudando a prepará-los, aplaudiu os assaltos de recuperação de fundos aos capitalistas exploradores e aproveitou o seu resultado, aplaudiu os assassínios dos vários inimigos do povo abatidos a tiro, alguns de forma cobarde. Na altura dirigia o PRP-BR e que se saiba nunca se demarcou pessoalmente dos homicídios cometidos. Vem agora verter as lágrimas de crocodilo sobre o leite derramado, atirando a responsabilidade pelas " calúnias" para a "direita e extrema-direita" .
Para além disso, Isabel do Carmo teve sempre o beneplácito de uma certa esquerda moderada entranhada no O Jornal e depois na Visão. Várias foram as reportagens que a mostraram a ela e aos filhinhos sem que idêntica imagem fosse dada dos filhos daqueles que morreram às mãos dos terroristas do PRP-BR e depois das FP-25, uma excrescência da mesma hidra.

Em 15 de Agosto de 1975, a Flama ( imagens tiradas daqui)  mostrava numa entrevista do que era feito o espírito de Isabel do Carmo, a actual santinha da ladeira do comunismo renegado.

E explica o aparecimento do nosso grupo baader, perdão, revolucionário das causas perdidas, o PRP-BR:



Por isso vale a pena lembrar o que dela e dos demais, incluindo o outro benemérito Carlos Antunes,  disse um que os conheceu demasiado bem: Altino Alves Dias de  Oliveira que no Expresso de 20 de Dezembro de 1980 ( estava Isabel do Carmo presa, juntamente com outros elementos do PRP-BR, enquanto cá fora os outros revolucionários do grupo estavam prestes a formar as FP-25 que nos anos seguintes espalharam o terror em Portugal) .

O artigo prossegue por mais páginas...mas estas chegam para lembrar a Isabel do Carmo que há quem tenha memória dos factos e nem todos os jornalistas são mentecaptos.


65 comentários:

  1. Seria interessante saber é quanto custa a dra. endocrinologista ao contribuinte português.

    Há uma excrescência qualquer no Arrastão dum canhestro - um tiranete wannabe - chamado Sérgio Lavos a propósito do cónego Melo.
    Nos comentários alguém pede o nome das vítimas da dra, em alguém lhes mostrando o que diz na Wiki, tornam que foi só uma... Todos nós seríamos só uma em nos podendo filar.

    Porcaria de gente...

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  2. escreveu
    'puta de prisão'.
    o pessoal da pesada invertia a ordem das palavras porque dizia que o carlos era apenas o porteiro

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. ahahaha

    Eu tenho artigos e livro mas nunca pertenceria a um partido que me aceitasse como membro

    ":O)))))))

    Mas este blogue é uma raridade e, mais uma vez, agradeço ao José.

    Eu não guardei nada disto. E nem sequer conheço quem tenha guardado.

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  5. Mas é engraçado que sem ser aqui, na net, e sob pseudónimo, era capaz de dizer o que por aqui digo.

    Tenho medo da esquerda.
    Pronto, é verdade. Tenho medo e estou rodeada deles por todos os lados, a começar pelo trabalho.

    E é absolutamente impossível, no meu caso, misturar o que faço publicamente, do ponto de vista teórico, com qualquer posição de crítica política.

    Tento é dar outras fontes, outra bibliografia, outros balanços.

    Mas política nunca faria e nunca seria sequer capaz de comentar a trampa em que vivemos.

    É uma questão que mantenho apenas de forma familiar e virtual. Mais nada.

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  6. Tenho medo da esquerda desde 75. Para ser clara.

    Deitei abaixo toda essa porcaria nessa altura e depois cheguei a andar anos sem ler sequer jornais.

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  7. "Eu tenho artigos e livros mas nunca pertenceria a um partido que me aceitasse como membro"...pois é como penso também- e neste caso sou marxista...ahahah.

    Quanto à divulgação destas coisas em papel não creio que fizesse grande diferença. Por uma razão que costume explicar com um dito antigo de um cineasta maluco ( João César Monteiro e que já morreu): se não sabe, porque pergunta?

    O dito não é dirigido a si, Mauro Germano, mas às pessoas que não procuram saber porque se sentem satisfeitas, acriticamente, com o que lhes dão.

    Para ter algum interesse nisto é preciso saber algo mais e por isso quem não sabe não costuma fazer perguntas. E também não lê.

    Quem lê e sabe alguma coisa, já tem o germe da dúvida e por isso o faz para perceber melhor.

    Quem não sabe nem quer saber, não se interessa por perguntar.


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  8. Pois eu não tenho medo da esquerda. Tenho medo da estupidez e os da esquerda julgam-se mais inteligentes que os demais e escolhidos para orientar o destino da Humanidade.
    São como uma certa gente que Gil Vicente punha nas suas peças como onzeneiros...

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  9. Portanto, significa isto que não acredito muito na influência que se possa ter.

    Porque o som de fundo é que conta e esse abafa tudo o resto.

    Por outro lado, sinto-me ET perante as novas gerações e o politicamente correcto.

    É uma praga. Chego mesmo a ter de pedir para me traduzirem aqueles espantos e indignações porque tornou-se perigoso falar como se aprendeu em pequeno.

    Agora é tudo crime de ódio a qualquer treta, em nome da tolerância obrigatória.

    E noto isso de ano para ano.

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  10. Eu disse que tenho medo em termos pessoais porque não estou interessada em perder amigos

    aahhahahaha

    É claro que nao é a ideologia que faz as pessoas.

    Mas é literalmente impossível, em termos académicos, enfrentar esse discurso oficial.

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  11. E nunca tenho sequer conversas políticas.

    Mas os escardalhos não só as têm como nem conseguem falar de nada sem meterem a colherada ideológica.

    É como o ateísmo militante- chegam a ser impertinentes com quem é crente.

    E isso depois torna o ambiente pesado.

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  12. "Portanto, significa isto que não acredito muito na influência que se possa ter.

    Porque o som de fundo é que conta e esse abafa tudo o resto."

    Também acho isso e portanto uma relativa perda e tempo tentar catequizar seja quem for mostrando-lhe a minha verdade.

    Já o faço particularmente em conversas, claro está, mas sem grande sucesso porque, parafrasenado, acredito que a razão tem razões que a razão desconhece.

    Mas apesar disso acredito que água mole em pedra dura tanto dá até que fura. Ou seja, a insistência em determinadas ideias pode ajudar a mudar as coisas. Foi isso que sucedeu com a Esquerda nos anos sessenta e setenta, com grande sucesso porque conseguiram minar tudo, mas mesmo tudo, no sentido de fazer passar ideias, quanto a mim, erradas.

    Mas passaram-nas e fizeram o pano de fundo o ambiente geral.

    Acho até que a nossa desgraça colectiva tem muito a ver com isso.

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  13. Talvez por isso o papel de d.quijote possa ser útil.

    Porém, não me sinto apto para o papel.

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  14. Aliás, o que noto é que cada vez mais as pessoas parecem relógios de noticiário.

    A qualquer momento estão a repetir a imbecilidade dita na tv ou lida no jornal.

    E isto tornou-se um vício que mina todas as conversas.

    Anda tudo "muito politizado" para ficarem mais parvos.

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  15. Esse porém, é um fenómeno que me interessa e ao qual estou atento nos sinais visíveis. O maior deles todos é a linguagem. Sempre foi. Quem domina o discurso domina o resto.

    É essa linguagem que é preciso desconstruir. Haja quem o faça e queira fazer.

    Por exemplo, nos jornais, de há uma década para cá, há um certo discurso que mudou um bocadinho. Só um bocadinho mas já se sentem mudanças relevantes. É no modo como se relatam fenómenos de um ambiente que conheço: a Justiça em geral.

    Está melhor agora, só um bocadinho porque os que ainda não mudaram são os que nunca aprendem nada.

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  16. Talvez mas eu não tenho feitio para isso.

    Em família sim. É um reduto onde me sinto bem porque todos nos entendemos, sem que as diferenças de idade sejam problemas de extra-terrestres, como sinto no geral.

    Até a minha comadre tem o mesmo problema na faculdade. Não pode abrir a boca.

    Claro que quando a abre em privado, dá para perceber que estava tramada se falasse assim no meio.

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  17. "A qualquer momento estão a repetir a imbecilidade dita na tv ou lida no jornal."

    Esse é um fenómeno que sempre existiu mas agora amplificou-se com a homogeneização dos noticiários e o modo como estes jornalistas tipo para quem é bacalhau basta, escrevem as notícias.

    São eles quem condiciona a opinião pública.

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  18. Pois eu falo sempre como penso, politicamente, claro está.

    Não digo tudo o que penso no resto porque quem diz tudo o que pensa muitas vezes diz o que não deve...

    Agora politicamente até tenho um certo gozo em falar porque acrescento factos e exemplos. É das discussões que mais gosto ter quando a mesma pode ser produtiva e não estou entre trogloditas sectários. Aí estou calado.

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  19. Sim, sempre me interessei pela questão da linguagem.

    Já na adolescência tinha essa noção que o José capta tão bem.

    Mas nunca tive o seu dom para o captar assim.

    A linguagem é tudo.

    Mas dantes, essa linguagem apanhava-se e desconstruía-se sem os problemas que noto actualmente.

    Porque agora é tudo crime. Essa treta dos valores às avessas tornou-se perigosa.

    Anularam a possibilidade de crítica com 2 dogmas que são falácias:

    1- O mito da tolerância (que se torna proibição de pensar ou expressar algo fora dos items aprovados)

    2- O mito da "democracia da opinião" que depois invalida a crítica, porque as opiniões são para "respeitar" sem crítica.

    Nunca entendi a pancada de se dizer que se respeita muito algo que depois consideram crime de lei

    ehehehehe

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  20. Mas fala assim em meios como trabalho?

    Eu não.

    Nunca abri a boca. Ninguém sabe rigorosamente nada de mim.

    AHHAHAHA

    Nem sei porque sou assim, mas sou. No trabalho só tenho conversas de brincadeiras para rir ou de jardinagem

    ":O))))

    Tudo o que é teórico é de porta-aberta mas não entra absolutamente nada de política na coisa. É regra de ouro.

    Nem permito comício por parte de outros.

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  21. Entre os amigos, o máximo que digo, é para os comunas se sentarem à minha esquerda.

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  22. Falo assim no meio onde trabalho.
    Há mais de vinte anos- que digo eu...há mais de trinta!- havia um indivíduo muito respeitado numa certa profissão que conheço bem e que tinha as ideias que tenho, mais ou menos.
    Era inspector e todos lhe tinham respeito, essencialmente, porque era sabedor, competente, sagaz e humano. É de Braga, chama-se Borges de Pinho e está jubilado. Escreve crónicas azedas num jornal local, salvo erro o Diário do Minho.

    Esse indivíduo não fazia mistério sobre as suas ideias políticas, mas nunca deixava que tal interferisse no trabalho e por isso o respeito que merecia.

    Pois bem. Quase todos os colegas o designavam como de extrema-direita e era óbvio que não é assim. Até mesmo indivíduos de alta craveira intelectual que eram de esquerda.
    Era tudo de esquerda e por isso quem aparecia a destoar do ambiente era logo radicalizado.

    O Diabo, nessa altura ( e ainda hoje para quem a viveu) é um jornal de extrema-direita...

    Por isso, o esforço que se pode fazer é apenas levar a nossa razão e tentar que tenha alguma repercussão. Mas pouca...

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  23. Ainda para o Mauro Germano que citou os almanaques.

    Quando tinha os meus doze, treze anos, o que gostava de ler eram as Selecções do Reader´s Digest e...almanaques.

    Pode verificar aqui

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  24. Engraçado como consegue isso.

    Eu devo ter duas facetas. Sou muito mais tímida e low profile em trabalho do que sou em privado.

    E nunca me envolvo com nada.

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  25. Nem com o trabalho

    AHAHAHAHAHAHHA

    Nunca levei um trabalho como trabalho e nunca na vida vesti uma camisola.

    O que não coisa de grande mérito, diga-se- é defeito de hiper-individualismo.

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  26. Pois eu, não sei se tenho medo da esquerda ou não.

    Uma coisa é certa: tenho falado mais do que falava dantes. Verdade seja dita que agora estou mais certo do que digo, do que antes estava.
    Agora tenho meios argumentativos - exemplos concretos, para o que muito contribuiu e contribui este blog - para me opôr eficazmente a toda essa cambada.

    E depois há outra coisa que me tem feito falar mais. Tudo isto - Portugal, a Nacionalidade - está a ir pelo cano abaixo. Tenho medo de ainda ver o dia em que Portugal não existirá mais. É fácil dá-lo por garantido. Mas quando se vai viver para outro sítio, e se percebe que ao resto do mundo tanto se lhe dá como se lhe deu que exista Portugal ou não, é que se percebe que é perfeitamente possível que acabe e ninguém vai perder o sono com isso. As únicas pessoas a quem interessa Portugal, são os portugueses. É a tal história de que se só dá verdadeiro valor às coisas quando elas nos faltam...

    Pessoalmente, estou-me nas tintas para essa gentalha. Não têm forma de me prejudicar mais do que o que fazem já. Felizmente sei o suficiente para me sustentar trabalhando e no que faço ninguém precisa de me ver. Posso até estar na Conchichina e trabalhar na Islândia.
    Por isso, até no livro das fuças já falo abertamente.

    Ainda há dias, estava um amigo meu - dos seus vinte e tal - a "partilhar" um vídeo de uma ideia genial dum brazuca que era um prato que era dois terços de um prato "normal" - ou seja, um prato com um terço cortado fora. Diz que era para reduzir o desperdício de comida... Um prato com consciência, rezava a coisa...
    Levou logo um comentário com um cartaz do EN que apelava contra o desperdício, e disse-lhe: - olha, já no tempo do 'obscurantismo' se pensava nisso. E em bom português. E diferença é que se apelava à consciência da pessoa, ao invés da do prato!

    Tornou a perguntar onde é que eu desencantava aquelas coisas e que devia ter muito tempo livre. Tornei eu que nunca me faltava tempo para aprender a história do meu país, porque era a minha.

    O que é certo é foram lá dois fazer "like". Malta nova. Não eram "saudosistas". A malta pode não saber, mas sente. Andam é ao Deus dará, porque não têm ao que se agarrar. Em aparecendo algo, agarram-se.
    A questão é eu faço-o melhor frente-a-frente. Gosto de adaptar o meu discurso a quem me ouve. De ser pessoal, porque cada um é como cada qual e a cada um apelam coisas diferentes.
    Se fosse para escrever num blogue, não saberia o que lá pôr, a não ser coisas como o José faz, se as tivesse. E mesmo assim, não o faria tão bem como ele o faz.

    Mas pessoalmente, sou bastante eficaz. Alguns tem que ser à bruta, outros com mais subtileza, mas a coisa vai. Até um tipo do ex-BE Ruptura o pus a pensar que as igrejas estavam melhor na Igreja que fora dela.
    Os piores são os auto-denominados "democratas". É geralmente gente muito acomodada, que não gosta de ondas e são os em que melhor pega essa treta da tolerância, porque lhes mascara a mediocridade e a ignorância. Pode parecer áspero, mas é a verdade. Na realidade, são cata-ventos. E levam muito a mal que se lhes tente mudar a direcção para onde apontam. Na realidade, são o oposto do que dizem ser. No mais, têm a mania que sabem, que são iluminados, e encaram as outras pessoas, que não sabem citações do Jefferson ou do Churchill, com desdém e de forma paternalista, o que me enfurece particularmente. Quando encontram alguém que os enfrenta e questiona a sério, se puderem fogem, senão partem para o insulto. São uns merdas, em suma. E já aqui se demonstrou mais que uma vez.


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  27. Fazer like?

    Isso é facebook, não?

    Aí é que é absolutamente impossível.

    Nem com amigos. Fujo daquilo a 7 pés.

    Não dá. E até acho que as pessoas já falam ao viv "à facebook"- de forma byte a papaguearem notíciário e flashs-mongos de causas anormais.

    É o efeito das modas, que sempre existiu mas, que agora se propaga de forma ainda mais acéfala.

    Por terraplanagem informativa- como o José referiu- e por pensamento byte vindo dos gadjets.

    Falar com um papapaio ou com uma pessoa à facebook, é a mesma coisa.

    Ou talvez não. O papagaio ainda consegue fazer umas variações sobre o tema.

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  28. É o livro das fuças pois.
    Eu não tenho esse problema, porque as pessoas com que comunico naquilo, é gente com quem falo pessoalmente. Para mim, funciona bem.

    Olhe, é óptimo para embaraçar malta que anda metida na política, por exemplo. Não é ir lá para as páginas dos "candedatos" para o meio da maralha. Mas a gente que os acolita, normalmente faz o papelinho deles nos seus próprios círculos. E é aí que que a coisa é eficaz, porque não passa no meio da confusão e é vista sobretudo por quem eles não querem: as pessoas que lhes estão próximas.

    É um meio de propaganda Zazie. E como tal, ou se domina, ou se é dominado por ele.
    Nas tvs e nos jornais, já se não pode fazer nada. Foram completamente capturados. Nestas coisas novas ainda há espaço, há campo para pelejar, ahaha! Mas a peleja tem de ser diferente na forma, porque o campo também o é. Mas a essência da guerra é sempre a mesma, o Sun-Tzu tanto dá para Aljubarrota como para o livro das fuças! Haja pelejadores!

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  29. Caros comentadores deste blog.

    Em tempos (ai em 2007 ~ 2008) recebi um artigo por mail, que continha uma quadro comparativo de preços vs salário médio em 1971 de cerca de 20 produtos básicos, tipo um quilo de açúcar, um quilo de arroz, um litro de leite etc. E era feita a comparação com os preços/salário médio de 2005 ~2006 (ainda antes da crise).

    E a conclusão clara era que a situação de 1971 era melhor, ou seja, pelo menos em termos de produtos básicos a situação era favorável, e ainda não tinha chegado a troika.

    Só que já não tenho esse mail e não consigo encontrar na net essa pesquisa.

    Se por acaso algum de vocês tiver conhecimento desse estudo agradeço que o coloquem aqui. E até seria um bom tema para um post.

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  30. Não consigo- mujah.

    Tenho até vergonha pelos outros. Preferia mesmo nem saber a maior parte das coisas que contam.

    Só não apago mais porque era indelicado. Mas aí então é que nada de nada.

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  31. Já quanto a partidos, não me agradam. Nem sou democrata... Que lógica teria andar a vociferar contra essa porcaria, para depois me meter numa?

    Como dizia o Medina - «casas de mulheres de má vida já há muitas»

    Agora, o que para mim teria muito mais interesse seria um movimento subversivo. Um movimento político que concorresse e que não servisse para ganhar eleições mas para fazer os outros perdê-las. Um bocado como era a oposição no Estado Novo. Concorriam, faziam campanha, mas à última desistiam. Só que eles desistiam porque sabiam que não ganhavam.

    Neste caso, teria que ser diferente. Não era para desistir. Era para estralhaçar esta porcaria de sistema, rachá-lo de cabo a cabo. Fazer os outros tipos borrarem-se de medo. Sem confusão nem partir nada, note-se. Apenas para fazer mostrar que a malta não gosta deste sistema merdoso, porque a verdade é que não gosta.

    Não sei bem, é só uma ideia pouco concreta.

    Mas depois os problemas surgiriam, porque os democratas são muito pacíficos enquanto ganham. Quando não, passam a desordeiros num rápido. Isso aprenderam-no com a esquerdalha, de que, aliás, estão e estarão sempre infiltrados.

    Agora andar aí atrás de bandeiras que não a portuguesa, não é para mim. Só sigo essa. E mesmo assim, acho que devia mudar. Houve um grande amigo meu que me disse que só votava novamente, quando aparecesse alguém que quisesse mudar a bandeira.

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  32. Mas, quando falei em medo da esquerda era em dois sentidos.

    Um, o mesmo que o José disse- o medo das ideias de esquerda.

    O outro não é medo das pessoas de esquerda por serem gentalha igual às ideias.

    É por serem até a maior parte que conheço, pessoas bacanas com quem seria chato ter atritos por esse motivo.

    Porque na cabeça deles, eu, para ser porreira, e por não ter ar de beta, também só posso alinhar com toda aquela imbecilidade.

    A única vez que me lembro de ter colegas com cara à banda, e outros até tentarem pedir batatinhas, foi quando me vieram com um papel para assinar o referendo pela despenalziação do aborto.

    Da primeira vez. Á segunda nem vieram.

    Partiram logo do princípio que só podia ser assim. Se fosse assado era uma vergonha.

    E é desse tipo de julgamentos que eu fujo e evito.

    Porque, no resto, já faço vista grossa.

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  33. Claro que teoricamente nunca tocariam.

    Mas também não tenho debates teóricos com pares.

    Apenas umas conversas com um. Em dezenas de pessoas acho qeu há um da área com que dá para ter conversa teórica de "sons de fundo"- sons teóricos.

    Os outros ampliam-nos. São som de fundo e são a maioria.

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  34. Pois Zazie, mas eu consigo.

    Também se calhar percebo melhor a mecânica da coisa e sei usá-la a meu favor. É fácil uma pessoa abrir a torneira àquilo e de repente ver-se submersa num mar de merda! Ahahaha!

    Mas bem controlado, bem operado, é uma ferramenta poderosíssima. Como outras aliás. É preciso é saber usá-la. E pode crer que a esquerdalha e, sobretudo, quem a patrocina, não dorme e trata já de saber como capturar aquilo.

    A sorte é que a rede é tão volátil que de hoje para amanhã desaparece o livro das fuças e aparece o árvore dos pios ou o placard dos interesses.
    Era nisto que era precisa alguma organização para haver oposição eficaz, porque poderia obter-se, pela primeira vez em muitas décadas, vantagem sobre eles, se se soubesse perceber estas dinâmicas...

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  35. Graças à minha ignorância nunca tinha ouvido falar desta mulher e era bem mais feliz antes de ler este post.

    Gosto de achar que o único bombista idiota é o Otelo mas sei que estou errado... é um estado de negação como aquele que se vive quando se pensa que os nazis desapareceram do mapa.

    E foi condecorada, pelos vistos.
    Não percebo nada desta merda.

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  36. eheheh

    Esta era "a bombista da gente", como lembrou o Floribundus.

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  37. Essas coisas virtuais de matilha não servem para nada.

    No máximo servem para se espreitar à distância como um National Georgraphic.

    Mas entrar na matilha acéfala só pode ter como resultado perder-se tempo e danificar neurónios.

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  38. É como forum de jornal. Só se for para nilómetro de merda.

    E a conclusão que se vai tirando é que ela já transborda.

    E é nesse transbordar que eu disse que pode atingir o pensamento concreto das pessoas. na vida real.

    Do mesmo modo que sabemos que o excesso de interactividade na net retira capacidade de concentração para ler livro, por exemplo.

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  39. Por volta do 25 andava no Liceu. Sou filho de um trabalhador.É mais uma prova de que os filhos dos trabalhadores podiam subir no dito ascençor social. Depois do 25 assisti, como muitos de nós, a autenticas lavagens ao cerebro entre os estudantes, cavalgadas pela ânsia de "democracia". No antes do 25, ingenuamente, queimava no recreio grande (20 minutos) os panfletos atirados ao ar pelos gajos da esquerda que falavem sempre dos Mello e dos Champalimaud. Zangavam-se comigo mas não tinha coragem de me ir aos "focinhos".
    Depois do 25 nunca aderi a greves sem sentido e cheguei a dar "proteção simbólica" a professores honestos que outros alunos queriam expulsar.
    Cheguei a ver os gajos da Luar armados na baixa do Porto de G3 e a enfrentar barreiras populares nos acessos ao Porto quando ia para as aulas.
    Tudo gente muito democrática como a Isabel do Carmo!!!
    Hoje, praticamente não leio jornais. São uma desgraça a todos os níveis. Má escrita e relatos de factos de cacaracá.
    Ás vezes o José traz à memória os jornais de antanho que também li.
    Em 76 do Séc. passado era tropa especial e vi coisas nalguns quartéis que visitei em serviço e que eram do exército e que eram de bradar aos céus. Desde droga a gamanço e todo o tipo de jabardice. Só deixei a tropa (oficialmente) aos 55 anos. Entre os 23 e os 55 anos tive a minha vida profissional mas com "ligações informais" à minha unidade de elite.
    Nos anos de 70 e 80 ajudei a "sossegar" alguns revolucionários que sonhavam com amanhãs que cantam.
    Os extremos ideológicos sempre na senda do purismo, manipulam e distorcem as verdades que não lhes convém.
    Parabéns pelo blog,
    Cumprimentos

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  40. Muito engraçado.
    Os maiores contribuintes líquidos para que a esquerda comunista se possa impregnar na sociedade são todos menos os próprios.

    Até o PR pretendeu ajudar, quando queria um acordo entre todos os partidos menos os Comunistas para que estes pudessem andar sozinhos e à solta a cavalgar o descontentamento geral.

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  41. Pois, eu sou diferente. E é nesse sentido também que dizia que agora falo mais.

    Também evitava ter atritos com pessoas bacanas. Agora não. Os meus amigos conhecem-me e sabem como e o que penso. Tenho um núcleo forte que não é afectado por estas coisas.

    No mais, já me estou nas tintas. Se se escandalizam, pois escandalizem-se. Se se ofendem, pois ofendam-se. Porque repare, se daqui a dez ou vinte anos, eu não tiver país, valem-me de quê, essas pessoas bacanas?

    Um exemplo óptimo é a malta das jotas. Também é tudo malta bacana - agora estou a extrapolar para o meu caso, não é para ajuízar sobre a sua malta bacana, que ignoro por completo - com quem se bebe uns copos e são porreiros e até são amigos, ou primos de amigos ou o que seja.
    Toda a gente sabe que são inúteis, que nunca fizeram coisíssima nenhuma, que vão para vereadores, por exemplo, e que nem uma capoeira têm capacidade para governar, quanto mais um pelouro; enquanto isto, os outros dão no duro, emigram, etc.
    Ora toda a gente sabe e ninguém pia! Caramba! Está o mal a passar-se ali, diante dos olhos, e ninguém tuge nem muge! Mas depois queixam-se! Para o ar! Ora adeus! Queixem-se a eles, porra!; que estão ali já! Que vão foder-nos - perdoem o palavreado - a vida daqui a dois, cinco, dez, quinze anos! A todos nós! E depois ainda me dizem que quem não vota não tem direito a criticar!

    Só me apetece dizer: - ó meus filhos da puta, então têm os cabrões à vossa frente, bebem minis com eles, bebem café com eles, vão à discoteca com eles, não piam! e depois que não vota é que não tem direito a criticar??

    Para mim acabou-se. Ainda agora lá estive e foi a derreter. Não os procuro, mas se me aparecem, à caraças! Um (não sei quantos da concelhia do PSD) perguntava-me no café se pensava ficar no estrangeiro ou voltar.
    E eu: - «Voltar? Não posso!»
    E o gajo, - «Não podes!?»
    - «Pois não! A ladroagem não deixa!»
    - «A ladroagem!?»
    - «Pois claro! A ladroagem!»

    Sorrisinho amarelo e ala que se faz tarde. Bardamerda! E este foi de mansinho porque não estava para me chatear. A outro do PS disse-lhe que era um merdas. E é. Também é um gajo porreiro, mas é um merdas. E disse-o a amigos meus que se dão com ele regularmente: vocês vivem em casa dos papás, que se esfolaram a trabalhar a vida toda para agora andarem a sustentar-vos a vocês e a estes inúteis de merda que ainda por cima só vão encalacrar a vida às pessoas que dependam deles!
    - Ah ele mandou-me mensagem para votar e eu liguei-lhe indignado!
    - Olha, a mim não me mandou nenhuma!

    Que se lixe, Zazie. Que se lixe mesmo. Se tiver que hostilizar, hostilizo. Quem é decente compreende e sabe separar as coisas, como eu também sei. Quem não, então bardamerda, porque país meu só tenho um. Tenho a sorte de poder ganhar a vida noutro, mas só enquanto me lá deixarem estar! Quando quiserem, tenho que me pôr a andar. E depois?




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  42. Pois. Aos 20 e poucos pensava assim.

    Depois desliguei porque vi que o caminho era este.

    Depois de desligar, saí apenas da sabática de caçadas de gárgulas, para tentar perceber como iria ser depois da festa dos dinheiros da UE.

    E cinicamente a única coisa que fiz (que considero mais que acertado) foi ter mandado daqui para fora a cria.

    A salvo.

    Como dizia o Dragão, isto tornou-se a nacinha.

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  43. E agora nem voto. Ainda votei em referendo mas depois em mais nada.

    Porque sinto-me a fazer figura de ursa a ajudar mais ursos para o mesmo.

    Mesmo para apear uns ursos maiores tem de se ajudar a mandar para lá outros ursos.

    Faz-se sempre figurinhas.

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  44. Naquilo em que não me demiti é apenas no trabalho teórico.

    Por aí ainda acho que vale a pena porque a coisa funciona de forma diversa.

    Trata-se de passar entusiasmo por coisas maior que nós.

    E passar esse entusiasmo com apoio teórico que foi deitado para o lixo.

    Não só cá, como em todo o lado.

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  45. Até penso que é sempre por aí- pelo entusiasmo teórico que as críticas também podem passar.

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  46. O problema é que o menor é mais sonoro. Entra mais rapidamente no ouvido.

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  47. De volta à Isabel do Carmo
    Alguém me pode dizer onde e como é que ela obteve a certidão de registo criminal para trabalho m funções públicas?

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  48. Foca,

    pergunte-lhe através do livro das fuças! Ela anda lá...
    ahahah!

    Zazie, não sei se daqui a vinte anos farei o mesmo ou não. Portanto, é melhor chegar-lhes agora, enquanto me não falta a vontade!

    :)

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  49. ehehehe

    .............

    boa pergunta, foca

    ":O))))))

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  50. O PC é o maior aliado do centrão. Com o seu braço sindical CGTP garante sempre manifestações pacíficas e sem grandes ondas, que é para toda a gente bater palminhas lá fora e elogiar o nosso bom comportamento.

    São pagos em tachos, como não poderia deixar de ser.

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  51. obrigado, José.

    vou partilhar este post no meu face.

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  52. Kaizer, nunca ouviu falar desta mulher?
    Aparece amiúde na RTP 1, penso que no noticiário da manhã, a dar palpites sobre nutrição e outras questões de saúde. Ela é médica (daí ter andado a matar pessoas à bomba - "ironic mode", para quem não percebeu).

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  53. Não, JC, não tinha ideia da sua existência.
    Mas adorei o "sendo médica, como se gere a luta armada" com a resposta de "Gere-se bem".

    Contudo, tudo isto é menor.
    Acabo de ver que o Rodrigues dos Santos vai lançar novo romance com base no Calouste Gulbenkian que será identificado, no livro (?) como Kaloust.
    Quando se pensa que o mundo não pode piorar...

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  54. Kaiser, tem aqui uma série de intervenções da dita senhora, autoridade - dizem - em questões de nutrição.

    Veja lá se não a reconhece.

    http://www.youtube.com/watch?v=2_31b73vHkg&list=PL1D5148A2A0F924E7

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  55. Deixe lá, só tem a ganhar...

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  56. Evitou uma série de vómitos...

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  57. Essa do "gere-se bem" é o máximo

    ":O))))))

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  58. "Este blogue é um antro de..." E a terminar:"obrigado por este fantástico Blogue". Então, é um "antro" ou "fantástico"?

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  60. Esta mulher é um horror em todos os aspectos. Parecia um homem nos seus tempos de bombista e continua a parecer. Além de ter um aspecto ordinário ao máximo. No anterior regime só uma peixeira, uma hortaliceira ou uma daquelas ciganas que andava pelas trazeiras dos prédios a ler a sina às criadas de servir, poderiam ter o aspecto físico desta criatura - sem desprimor para estas personagens que honradamente exercíam as suas profissões, contràriamente a esta mulher que pelo seu percurso bombista poderia afirmar-se sem receio d'errar ter sido uma verdadeira assassina e traidora à Pátria.

    Tal como o marido que, além de nesses tempos parecer um vagabundo de meter medo dado o seu aspecto físico nojento, de barba e cabelo desgrenhados que nem sequer a um estivador das docas se assemelhava, mas sim a um criminoso dos mais perigosos, 'profissão' esta que afinal era a que desempenhava com satisfação e garbo. Vagabundo, esclareça-se, mas com muito pior aspecto do que os verdadeiros, pouquíssimos e NÃO perigosos NÃO violentos, talvez nem meia dúzia em todo o País, alcoólicos inveterados que não queriam trabalhar.

    Não admira porém que esta gente do mais vil extracto, que se ufana dos actos criminosos cometidos, tenha sido agraciada com várias comendas pelos sucessivos presidentes em retribuição dos seus 'gloriosos feitos ao serviço da pátria'... E o mesmo irá acontecer a mais outros tantos bandidos. Todos eles e elas foram de um modo ou de outro criminosos e traidores, mas é claro que sem estes biltres jamais os auto-proclamados democratas deste regime teriam polìticamente chegado a parte alguma, muito menos a primeiros-ministros e a presidentes da República. Foi devido àqueles pulhas (os assumidos e os seus satânicos mandantes) que estes ladrões chegaram ao poleiro e lá se têm cobardemente conservado e obscenamente enriquecido e tudo à custa de um pobre e infeliz povo que em tão má hora neles confiou colocando-lhes o poder nas mãos para vir a ser apunhalado nas costas pelos mesmos vezes sem conta.

    Pelo mal que fizeram ao País e aos portugueses e pelos milhões de inocentes propositadamente assassinados, todos estes diabos deviam ter sido condenados a apodrecer nas mais profundas masmorras de um qualquer Castelo sem direito a regalias de nenhuma espécie e alimentados ùnicamente a pão e água.

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  61. Este comentário foi removido pelo autor.

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  62. maria do carmo e lobo antunes...instituto de medicina molecular o qual esta a fazer aqora experiencias em telepatia com coelhos, como se soubessem o que eles pensam....mas maria do carmo a endocrinologista e do hospital de santa maria assim como lobo antunes la director da neurocirurgia...o hospital de onde ja sairam 2 casos da cirurgia de epilepsia(neurocirurgia) com os mesmos problemas que os coelhos estao a passar...quem foi a bombista a colocar estimuladores de nervos rfid nas glandulas/orgaos dos pacientes da cirurgia da epilepsia os quais nao sao mais nada do que bombas que provocam danos corporais/morte e lhes negam autorizacao para efectuar os exames necessarios apenas porque o projecto europeu neuronano financia a tortura em que tem que induzir doencas a pessoas normais "does nanoparticles induce nerve damage?"

    durante anos/decadas a satisfacao dos sadicos e destruir pessoas normais com a mesma tortura utilizada pela pide.....

    http://dignityhelp.blogspot.co.uk/2016/05/o-armafanhamento-da-personalidade.html

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