Logo que foi preso, caiu o carmo e a trindade nos media nacionais. Como escrevia o Jornal de 21 de Junho de 1984 a operação era "politicamente explosiva" uma vez que o tenente-coronel Otelo tinha sido candidato à presidência da República em 1976, havia amizade entre o mesmo e o então PR Eanes e até Mário Soares manifestava simpatia pela figura de um dos estrategas do 25 de Abril de 74.
Tudo junto permitiu que a esquerda mediática orasse em uníssono para que o assunto ficasse resolvido de modo a contentar os espíritos da ideologia utópica.
A Grande Reportagem de 8 de Março de 1985 conseguiu um furo jornalístico ao entrevistar o preso Otelo, já conhecido como "óscar" pela actuação no filme das FP25.
Em 1989, ao Expresso, Otelo explicava-se mais uma vez, renegando a pertença à organização criminosa.O Expresso traçava-lhe então o perfil de actor...a merecer o tal óscar.
Depois disso, todos os anos por alturas do mês de Abril, Otelo anda pelo país a explicar às criancinhas das escolas o que foi o 25 de Abril de 1974...porque a "narrativa" precisa de se replicar para se formar a ideia de que o Portugal de Salazar e Caetano era um país horrendo em que o fascismo andava de braço dado com as demais forças reaccionárias, monopolistas e imperialistas que impediam o bem-estar do "nosso povo". Otelo foi membro da Legião Portuguesa ( instrutor), mas não lhe perguntam tal coisa. Nunca.
sempre pensei que havia nesta personagem qualquer pecadilho do tempo do fascismo
ResponderEliminare que alguma documentação foi parar a mãos inconvenientes
não é desculpar quem era capaz de fazer muito mais
Perdoe a minha ignorância, mas que quer V. dizer com isso, Floribundus? Quem é que era capaz de fazer muito mais?
ResponderEliminar---
No meio de tanta "conversa para boi dormir", como diz o às vezes o Floribundus, registo o facto de, na GR, depois de instado duas vezes a esclarecer se estava ou não de acordo com as acções violentas das FP-25, não há resposta inequívoca. Ou melhor, há: moralmente, pelo menos, não o incomodam minimamente. Quanto muito, discorda tacticamente.
Olhar para estas coisas, esta gentinha, e ter um conhecimento mínimo de como as coisas foram e, portanto, como poderiam vir a ser, é de uma pessoa perder o ânimo... Verdade seja dita de que não sei de que servirá o ânimo nas circunstâncias presentes, mas sempre há-de ser melhor tê-lo que o não ter...
Por falar em militares.
ResponderEliminarO Coronel Cracel, presidente da AOFA, no discurso comemorativo dos 40 anos da 1ª reunião preparatória do 25 de Abril, identificou um dos problemas que conduziram Portugal à situação actual. A extinção demasiado cedo do Conselho da Revolução! Tivesse esse orgão revolucionário continuado por mais uns anos, e tudo teria sido diferente!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=626678527352223&set=a.215414665145280.54625.215406995146047&type=1
«Porventura arrastados e iludidos pelo sonho que acalentaram, talvez cedo de mais,
de forma algo inoportuna, largaram mão da tutela que uma democracia nascente
necessitava para se
alicerçar, consolidando pilares suficientemente robustos para que
pudesse seguir o seu rumo sem os percalços que depois aconteceram, culminando na
desgraçada situação a que alguns conduziram o País e parecem apostados em arruinar de
vez, sabe
-
se lá se com
o secreto objectivo de reimplantar um 24 de Abril que julgávamos
definitivamente arredado das nossas vidas.»
Por falar em movimentos terroristas :)
ResponderEliminardei com isto há pouco tempo e estava para mandar ao José por correio electrónico, mas deixo já aqui, que vale a pena ler.
É um texto de um tal Rodrigo Emílio - que confesso ignorar quem seja ou tenha sido, e ainda não tive vagar para tratar de saber - sobre o M.A.P., Movimento de Acção Portuguesa e uma trapalhada envolvendo um hipotético atentado a tiro sobre um tal Gonçalves, que iria, hipoteticamente, ser levado a cabo de uma janela de um prédio fronteiro à casa do sobredito Gonçalves e que pertenceria, hipoteticamente, ao M.A.P., mas na realidade era propriedade dum tal Sousa Cardoso, de côr a dar para o "grenat". :)
O interesse que daqui poderá sobrevir para o José - e nós todos, por consequência -, reside nesta passagem:
«Moral da história: pior que o soneto, terá sido a emenda!E assim ruiu por terra a engenhosa e formidanda maquinação tramada contra o M. A. P. pela Imprensa em peso. (Neste capítulo, cabe acentuar que, quando a entrevista em apreço veio a lume, já a campanha orquestrada, contra o Movimento, pelos principais órgãos de (des)informação, tinha atingido o paroxismo da distorsão e o auge do tremendismo sensacionalista. Como não podia deixar de ser, foi no “Expresso” que tudo começou a ganhar corpo: o presumido semanário do milionário Menelau Francisquinho Balsemão — com a petulante leviandade, a ligeireza de processos e aquele poder de especulação barata que lhe vêm sendo proverbiais — deu o mote para o motim, ao declarar a público, na página de rosto do número referente aos primeiros rescaldos do 28 de Setembro, uma empolgante sequência fotográfica, que se pretendia elaborada (a crer no teor da legenda respectiva) por não sei quantos peritos em balística. A ilação a tirar desse fio de imagens, alinhadas na contiguidade umas das outras, era só esta: Gonçalves, o soez, baquearia, com milimétrica precisão, exactamente entre o terceiro e quatro degraus da escadaria que conduz à sua casa oficial —, baleado, por um atirador especializado do Movimento de Acção Portuguesa, a partir da fenda da janela que se supunha ser do M. A. P… mas não era).Estes, os tópicos da calúnia, provincianamente brandidos — e pré-fabricados — pelo perversíssimo “Expresso”, e ao depois glosados até à exaustão, nas colunas confradescas da chamada grande Imprensa do rectângulo (designadamente: diários “ de Notícias”, “de Lisboa” e “Popular”, “Comércio do Porto” e “Sempre-Fixe”). No fundo, foi só uma questão de pegar na deixa, largada em primeira instância pelo “Expresso”, e vá de ver, então, o garotio jornalístico de Lisboa e Porto, a destilar infâmias e verrina, às catadupas, sobre o M. A. P., e mormente sobre os nomes visíveis do Movimento. Os impropérios choveram, um pouco de toda a parte, — assistindo-se a espectáculo sobremodo indecoroso.Durou cerca de oito dias a fio esse afã denegridor, desenvolvido à escala (des)informativa da Metrópole, através de inflamadas catilinárias, todas elas enfeitadas — a título pretensamente ilustrativo ou documental — com a imagem da invariável e vedetíssima janelinha, — que se alvitrou ser do M. A. P…. mas não era.»
O que a mim me fez logo lembrar foi do recente episódio do vigarista Artur Baptista da Silva.
E lembrou-me logo a seguir se o José não teria por aí registo desta baptistada de outros tempos...
Esqueceu-me o link:
ResponderEliminarhttp://legitimismo.blogspot.co.uk/2009/06/ultramar-antes-e-depois-da-traicao-to.html
Esqueceu-me o link:
ResponderEliminarhttp://legitimismo.blogspot.co.uk/2009/06/ultramar-antes-e-depois-da-traicao-to.html
Sou capaz de ter e vou procurar.
ResponderEliminarOSC morava em Oeiras juntos de 2 amigos meus já falecidos (um comunista e um de direita) que se riam de certos comentários que eu fazia no tempo do 'cop-cão'
ResponderEliminarnunca me interessei pela personagem
Como é que este tipo ainda antes de ser preso já tinha advogado e o próprio advogado também "andou a monte" é que nunca entenderei...
ResponderEliminarO dele e o dos cabecilhas, que afinal nunca foram cabecilhas...
ResponderEliminarEstá bem está.
O terrorista, teve muita "sorte". No mp já se arquivavam processos.
ResponderEliminarSão sempre os/as mesmas, a facilitar os camaradas antifascistas.
Eu tenho dois amores...e sempre quis ser actor...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPubliquei:
ResponderEliminarhttp://historiamaximus.blogspot.pt/2013/09/oscar-o-ponto-das-fp-25.html