Também no Público de hoje, dois artigos explicam porque é que a Esquerda portuguesa, incluindo a moderada de um certo PS engana os portugueses, incentivando-os a uma violência contra-natura.
O primeiro é de Manuel Carvalho que encarna bem o espírito deste Público que percebe os problema mas não tira as conclusões lógicas. Para o articulista, Mário Soares apelou explicitamente a uma violência social, pública, manifesta, embra travestida num desejo ameaçador que a implicita e neutraliza. Enfim.
Por outro lado acha que o Pacheco Pereira, sim, é preciso , "faz muita falta"- se calhar para animar a malta, papel que desempenhou em 1975 e de que provavelmente tem saudades nostálgicas. Já o José António Lima, que escreve no SOl, esse foi excessivo e coisa e tal porque chamou aos da Aula Magna, " um leque de múmias ressentidas com a evolução da política"...enfim. De resto a imagem que ilustra o texto não mostra duas múmias. Mostra antes dois cromos. Repetidos, ainda por cima.
O segundo é de Paulo Trigo Pereira que permite entender melhor o embrulho social e político em que nos encontramos e a irrelevância de uma eventual mudança de governo, nas circunstâncias em que nos encontramos.
Portanto, a consequência lógica é que aqueles cromos o que pretendem única e exclusivamente é voltar ao pote, com os seus, os que durante anos provocaram as duas bancarrotas iminentes que nos afligiram. É só isso e nada mais. E como as pessoas começam a entender tal coisa, revoltam-se os tais cromos porque vêem o terreno do pote a fugir-lhes debaixo dos pés de barro.
E que cromos!, 60MME é muita massa e garante emprego!
ResponderEliminarComo sairemos deste imbróglio político é que não me ocorre!
Quem julga que a democracia é o regime que tudo permite, engana-se. Não é. Além de ser crime, a violência é também usada pelos seus inimigos com o objectivo de destruí-la nos seus próprios fundamentos.
ResponderEliminarAs democracias prevêem mecanismos de destituição de governos democraticamente eleitos. Qualquer bronco sabe disto. Mas não é disso que se trata, Soares nada tem de bronco.
A estratégia de Soares para “superar a direita” e chegar ao poder passa por uma guinada à extrema-esquerda nem que para isso tenha de usar o que esta tem de mais antidemocrático e que tem história: a violência como ferramenta de acção política.
Esta pressão, esta ameaça latente mantida sobre o governo e a sociedade exerce-se em favor de mais eficiência, de mais ordem e de um uso mais racional dos recursos existentes, ou dá-se em prejuízo da ordem democrática, dos canais institucionais de representação e da racionalidade mais comezinha? A resposta parece-me óbvia.
Aos 88 anos, Mário Soares virou um jovem “black bloc”, syriza ou qualquer outra tralha esquerdopata que, como se vê em várias partes do mundo, acham que para “salvá-lo” têm de sair agredindo, depredando, partindo tudo o que encontram pela frente. Essa é a legitimação do terror. A partir daí vale tudo.
Entre a civilização e a barbárie, a escolha de Soares depende do lado em que estiver; será ditada pela necessidade, não por qualquer princípio inegociável.
A que ponto chegou esta deprimente criatura.