Esse Ultramar que deixou de existir em 1975 tinha uma configuração ideológica que todos os porrtugueses da época entendiam bem. E não era fascista ou colonialista como a Esquerda depois veio dizer que era. Era outra coisa, como ficou escrito aqui, por António Lopes Ribeiro, na revista Observador de 11 de Junho de 1971, da qual se extrai a reportagem seguinte.
Outros textos interessantes sobre o mesmo asssunto podem ser lidos aqui. Tal como o autor ali escreve o que importa com estes textos e imagens é mostrar o que nos foi sonegado durante décadas pelos mesmos que configuraram outra linguagem para falar do assunto. Importa por isso repor a antiga linguagem para se perceber a diferença e se pacificar o tempo que é a nossa História. Portugal não foi a história que nos contam os Rosas&Pereira. Foi outra coisa que os jovens não conhecem porque esses mesmos que dominam o discurso mediático não permitem que seja reposto nem sequer falado. A actual censura não é dos coronéis antigos e reformados, antes de 25 de Abril de 1974. É a dos democratas que só permitem o seu discurso como válido. E para afastar o outro, chamam-lhe nomes feios e inventaram de raiz, uma nova linguagem. Aos jovens não fará mal algum conhecerem a antiga e comparar com a actual. Não num discurso nostálgico que aos mesmos não faz qualquer sentido porque não viveram o tempo, mas numa perspectiva diversa da que lhes contam agora e que foi a nossa durante outras tantas décadas, pelo menos. Nós, enquanto portugueses, fomos isto que aqui fica escrito. E não nos devemos envergonhar de tal.
Impressionante a cultura do saudoso ALR!
ResponderEliminarpróximo do Natal de 1970. almoçava com um saudoso Amigo Prof de Medicina num restaurante da Baixa. eu maçon e agnóstico, ele comuna e católico.
ResponderEliminarnão havia mesas vagas. de repente ouvimos uma voz conhecida
o meu Amigo levanto-se e cumprimentou afavelmente o Sr. António e convidou-o a almoçar connosco.
foi o almoço mais divertido a que assisti. ALR era um homem culto, profundo conhecedor da condição humana, excepcionalmente educado.
entrou na listas das pessoas que gostei de ter conhecido (2 horas)
Interessantíssima reportagem! Vai já para a calha!
ResponderEliminarObrigado pela referência José.
Como anda tudo a falar no Kennedy, pus lá uma conversa interessante entre este e o MNE português, à data da crise dos mísseis, com mais um ou dois episódios curiosos. Vale a pena ler.
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ResponderEliminarCaro José:
Uma história interessante sobre o Belmiro de Azevedo, que não sei se corresponde à verdade, mas que ajudaria a explicar a linha editorial do jornal Público.
http://elucubrativo.blogspot.pt/2013/04/belmiro-de-azevedo-o-comunista.html
Como o texto é curto ponho-o aqui:
ResponderEliminarQuando, em 14 de Março de 1975, o governo de Vasco Gonçalves nacionalizou a banca com o apoio de todos os partidos que nele participavam (PS, PPD e PCP), todo o património dos bancos passou a propriedade pública.
O Banco Pinto de Magalhães (BPM) detinha a SONAE, a única produtora de termolaminados, material muito usado na indústria de móveis e como revestimento na construção civil.
Dada a sua posição monopolista, a SONAE constituía a verdadeira tesouraria do BPM, pois as encomendas eram pagas a pronto e, por vezes, entregues 60, 90 e até 180 dias depois. Belmiro de Azevedo trabalhava lá como agente técnico (agora engenheiro técnico) e, nessa altura, vogava nas águas da UDP.
Em plenário, pôs os trabalhadores em greve com a reclamação de a propriedade da empresa reverter a favor destes. A União dos Sindicatos do Porto e a Comissão Sindical do BPM (ainda não havia CTs na banca) procuraram intervir junto dos trabalhadores alertando-os para a situação política delicada e para a necessidade de se garantir o fornecimento dos termolaminados às actividades produtoras.
Eram recebidas por Belmiro que se intitulava “chefe da comissão de trabalhadores”, mas a greve só parou mais de uma semana depois quando o governo tomou a decisão de distribuir as acções da SONAE aos trabalhadores proporcionalmente à antiguidade de cada um.
É fácil imaginar o panorama.
A bolsa estava encerrada e o pessoal da SONAE detinha uns papéis que, de tão feios, não serviam sequer para forrar as paredes de casa… Meses depois, aparece um salvador na figura do chefe da CT que se dispõe a trocar por dinheiro aqueles horrorosos papéis.
Assim se torna Belmiro de Azevedo dono da SONAE.
E leva a mesma técnica de tesouraria para a rede de supermercados Continente depois criada onde recebe a pronto e paga a 90, 120 e 180 dias…
Há meia dúzia de anos, no edifício da Alfândega do Porto, tive oportunidade de intervir num daqueles debates promovidos pelo Rui Rio com antigos primeiros-ministros e fiz este relato.
Vasco Gonçalves não tinha ideia desta decisão do seu governo, mas não a refutou, claro.
Com o salão pleno de gente e de jornalistas, nenhum órgão da comunicação social noticiou a minha intervenção.
Este relato foi-me feito por colegas do então BPM entre eles um membro da comissão sindical (Manuel Pires Duque) que por várias vezes se deslocou na altura à SONAE para falar aos trabalhadores. Enviei-o para os jornais e, salvo o já extinto “Tal & Qual”, nenhum o publicou…
Gaspar Martins, bancário reformado, ex-deputado
Hoje, em Portugal, ninguém dá um traque sem consentimento de Belmiro. Talvez um dia mudem o nome de Portugal para Sonae!
ResponderEliminarEste José não é o José do Portadaloja
ResponderEliminar"Este José não é o José do Portadaloja"
ResponderEliminarPode crer que é. O que a fez pensar o contrário?
Esta agora....
ResponderEliminarIsto: http://www.blogger.com/profile/14913602398978645936
que é diferente disto:
http://www.blogger.com/profile/08191574005669567167
Acho que a explicação será simples: tenho vários computadores, com diferentes registos de acesso ao blogger e provavelmente isso fará a diferença.
ResponderEliminarMas não sei.
Ok. Esqueça.
ResponderEliminarNem sei porque me pareceu não ser o José.
hoje certos mercenários manifestaram-se no campus da justiça
ResponderEliminarna qualidade de proprietários da carteira dos contribuintes
ainda acabam a subir a escadaria da AR
Quem? Os magistrados do mp?
ResponderEliminarCostumo dizer-lhes: adiantam muito!
http://expresso.sapo.pt/proenca-de-carvalho-preside-a-nova-controlinveste=f843072
ResponderEliminarObrigado pela informação.
ResponderEliminarJá dei para o peditório...como pode ler a seguir.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"próximo do Natal de 1970. almoçava com um saudoso Amigo Prof de Medicina num restaurante da Baixa. eu maçon e agnóstico, ele comuna e católico." - Floribundos
ResponderEliminarMaçon???
Publiquei:
http://www.historiamaximus.blogspot.pt/2013/11/ultramar-portugues-outra-perspectiva.html
Contacto: historiamaximus@hotmail.com
Maçon...arrependido. Ahahahah.
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