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segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Como o futuro Nóbél tratava os jornalistas dissidentes em 1975, no Diário de Notícias.



O Diário de Notícias, num cartoon de João Abel Manta, pré-prec, com o director, José Ribeiro dos Santos a puxar a corda, à direita e o futuro co-fundador de O Jornal, José Carlos Vasconcelos, director-adjunto, tal como depois o Nóbél,  dependurado à esquerda...)

Já li quase metade do livro Os saneamentos políticos no Diário de Notícias, que tem como base uma dissertação de mestrado, segundo o seu autor Pedro Marques Gomes, um jovem investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. A obra é apadrinhada por pessoas como Irene Flunser Pimentel e São José de Almeida, o que não é recomendação por aí além que se possa ter, mas enfim, lê-se bem e não tem as pechas do costume, dos escritores habituais da História meme.
O livro, esse, foi completamente censurado no Diário de Notícias, pelo que me foi dado ver. No último Sábado, nada de nada, no suplemento Qº dirigido pelo antigo director do 24 H, Pedro Tadeu. Não admira porque  aprendeu o jornalismo no antigo "diário", sucessor do DN de 1975, como sendo um exercício da "verdade a que temos direito" e portanto esta não é entendida como sendo desses direitos fundamentais que o público leitor tenha o privilégio de conhecer no DN. Antes como agora, o jornal é das conveniências, não necessariamente do jornalismo e tem um director à altura das precisões.

Das cerca de 300 páginas de texto passo alguns excertos ( espero que mo autorizem tacitamente)  que explicam como o futuro Nóbél se comportava como jornalista, sub-director do jornal ( director na ausêndia do dito, em férias, nessa altura) sectário e com inequívocas tendências totalitárias a favor do Partido, na célebre reunião dos "30" jornalistas, depois reduzidos a "24" que contestavam a orientação política, sectária, do jornal, próximo do PCP e seu veículo de transmissão.
De salientar a subtileza do Partido não se deixar apanhar com a boca na botija, arranjando sempre uns testas-de-ferro sindicais para fazer o que devia ser feito.




O artigo do Expresso a que o autor se refere e que foi passado misteriosamente ao jornal por algum dos "30" nessa mesma noite ( pensava-se que teria sido Mário Contumélias, mas o indivíduo nega...) foi publicado no dia seguinte, Sexta-Feira, 15 de Agosto de 1975 ( sendo feriado o jornal saiu um dia antes). Um Verão quente...mas acho que nesse dia choveu.


O panorama jornalístico nacional estava ao rubro ( literalmente) nessa época, como mostra este artigo do O Jornal do mesmo dia  15 de Agosto de 1975. O tal Contumélias assegurava que "os jornalistas  estão cada vez mais progressistas e não reaccionários como se dizia"...


8 comentários:

  1. A bela cambulhada de facínoras que Abril soltou.
    Teve de recuar, à força.
    Quedaram fantasmas, rancorosos e deprimidos, ladrando em certas datas...
    Corja negra!

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  2. as minhas 'apologias' se não concordam comigo,

    mas ao contrário do pessoal de esquerda não sou 'A OPINIÃO',

    mas apenas 'uma opinião'

    o zé polvinho e em particular o que se encontra ligado ao pcp
    sofre do 'complexo de matar o pai'

    um rafeiro sobrevivente da colónia de férias do Tarrafal
    saneou a administração da empresa onde trabalhávamos

    veio ameaçar-me na minha qualidade de fascista e
    fez-se acompanhar de alguns camaradas para impor respeito

    respondi que as matérias-primas acabavam dentro de 2 meses e
    nesse dia seriamos 750 pedintes de mão estendida na mesma rua

    saiu de imediato e mandou-me à pqp,
    mas não indicou a morada

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  3. "saiu de imediato e mandou-me à pqp,
    mas não indicou a morada"

    Soeiro Pereira Gomes, perto do tribunal administrativo central de Lisboa...

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  4. Ou edifício Vitória...também em Lisboa.

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  5. obrigado pelas moradas

    ando há muito para lhe contar este fait d'hyver:
    a heráldica de Urbano VIII Barberini) compreendia 3 abelhas como símbolo do seu labor

    no seu monumento sepulcral da basílica de S.Pedro na cidade do Vaticano (não em Roma)

    a estátua da Justiça, tal como em Albrecht Dürer e outros, aparece na posição tradicional do estado depressivo designado por melancolia (melos=negro, cholé=bilis)

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  6. Não sei se os leitores estarão ao corrente desta palhaçada:

    http://www.tel-avivre.com/2014/02/16/une-loi-au-portugal-accorde-la-nationalite-aux-juifs-sefarades

    Nem há como qualificar este absurdo. Parece que isto tem origem em Ribeiro e Castro e Adolfo Mesquita Nunes, entre outros do CDS.

    Se os do PCP são fósseis ideológicos, e já não servem, directamente pelo menos, os interesses práticos estrangeiros - por motivos óbvios - já o CDS passou a estar, para mim, infiltrado por agentes israelitas, pois não concebo que outra real motivação prática possa ter isto senão facilitar o estabelecimento desses em território nacional. E, como bónus, mais uns quantos a mamarem à conta do contribuinte. Nada que essa gente não nos tenha já habituado, uma vez que vivem essencialmente à conta dos contribuintes americano e alemão.

    É risível e ridícula a justificação apresentada e mais depressa eu estaria de acordo a que se fornecesse a naturalidade portuguesa automática a todos os nascidos em ex-território português ultramarino do que isto.

    Bem pode o CDS borrar a cara de merda com isto. Acho que nem o PCP nos seus tempos áureos demonstrou sabujice tão descarada.

    É revoltante... Os portugas, depois de 500 anos na Índia, em África e por esse mundo fora, são "colonialistas" - e os merdosos que apoiam isto não têm pejo nenhum em o afirmar. Mas estes, passados 400 ou sei lá quantos anos, pois são portugueses de geminha, olaré!

    Começo a ficar como o Floribundus... siga o enterro, que até se convidam os abutres...





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  7. interromperam-me o meu comentário sobre a simbologia da Justiça

    a que conhecemos de olhos vendados nasceu na praça da concórdia para não assistir ao funcionamento da guilhotina durante o terror

    nos símbolos cada qual vê o que quer

    não aprecio monumentos funerários.
    o do Papa Barberini, edificado durante a sua vida pelo arquitecto Giovanni Lorenzo Bernini, chamou a minha atenção nas longas visitas à Basílica.

    é a visão de dois Homens cultos e de requintada sensibilidade artística.
    em vão tenho procurado uma interpretação para a representação.

    este Bernini, filho do escultor da fonte da praça de Espanha
    construiu aquela que considero a PRAÇA. as outras são pracetas

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  8. A história da construção da basílica do Vaticano é muito interessante e há um livro recente traduzido em português.

    Trata das intrigas palacianas e dos papas da época. Júlio II, Michelangelo, Bernini, etc etc.

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