Ha quarenta anos, em Portugal havia Censura, por Exame Prévio dos órgãos de informação impressos. Apesar de não se comparar em rigor e eficácia com a que existia nos países ditos comunistas, a verdade é que por cá não era possível ver a foice e o martelo impressos num papel em modo de propaganda política. E muito menos se podiam ler alguns livros que fizessem a apologia do marxismo-leninismo mais esquerdista, porque não se publicavam por cá. Isso não quer dizer que não se lessem, em francês, principalmente e trazidos clandestinamente. Não consta que houvesse interessado nessa teoria que não a tivesse lido por falta de material.
Por outro lado, havia polícia política ( DGS) que velava pelos bons costumes políticos e perseguia, prendendo quem se dedicasse a actividades subversivas contra a Nação, como então se dizia. Tais actividades eram perfeitamente cognoscíveis pelos visados e por isso os que foram presos, geralmente comunistas, foram-no em função de lei nesse sentido. A legalidade do regime era essa; não era outra, apesar de quem a infringia pretender o contrário e tentar retirar qualquer laivo de legitimidade a quem exercia o poder nessa legalidade.
Havia ainda um assunto de grande relevo nacionall que era a guerra no Ultramar português, declarada por movimentos ditos então terroristas e que pretendiam a independência dos territórios ultramarinos sob o pretexto de que eram colónias e por isso ocupados ilegitimamente.
Estes problemas eram alvo de atenção permanente do regime político de então e o chefe de Governo, Marcello Caetano não perdia uma oportunidade nos seus discursos, de os trazer à colação, explicando vezes sem conta qual era a posição de Portugal nesses assuntos e quais as razões para o regime e o governo actuar como actuava, relativamente a essas questões.
Ninguém em Portugal desconhecia estes problemas ou a solução que o governo lhes pretendia arranjar, ou os métodos que usava para fazer cumprir essa política clara e bem definida.
Sobre o problema do Ultramar no Verão de 1973, Marcello Caetano foi a Londres retribuir uma visita de Estado no âmbito das comemorações dos 600 anos da aliança com a Inglaterra. Aí foi recebido com manifestações hostis, promovidas, além do mais pelos socialistas, incluindo Mário Soaresm, aí presente.
No regresso, Marcello Caetano foi recebido assim, com uma manifestação gigantesca no Terreiro do Paço. É escusado dizer que foi tudo menos espontânea porque não é verdade. Foi assim porque foi assim mesmo, como contava o Observador de 27 de Julho de 1973.
As pessoas em geral, nessa altura sabiam o que Marcello Caetano pensava sobre o comunismo, a guerra no Ultramar e quais os verdadeiros desígnios que escondia, etc.
Marcello desde que assumiu o poder político em 1968 falou inúmeras vezes sobre o assunto e particularmente na televisão, através daquilo que chamou "Conversas em Família", que eram uma maneira de fazer passar um discurso político através de ideias claras e precisas, sem rodeios de maior. Toda a gente entendia essa linguagem.
No livro de propaganda política e governativa, III ano do Governo de Marcello Caetano, em 1971, este explicava claramente o que era o regime:
No ano seguinte, 1972, igualmente, explicando o que era a "ditadura do proletariado" e o que significava o "processo revolucionário".
Em 1973, no V volume, explicava o que era o socialismo comunista e o que era a "doença infantil do comunismo", ou seja a extrema-esquerda.
O que pretendo dizer com isto é que ninguém andava alheado destes problemas apesar de não saber exactamente o que era o "comunismo científico", matéria reservada aos "subversivos" estudados na clandestinidade.
Não obstante, em Portugal, há 40 anos, entre a classe dos jornalistas e pessoas de Letras, Artes e até Ciências, havia muitos comunistas e simpatizantes da causa, particularmente nas grandes cidades, Lisboa, Porto e Coimbra.
Seria tal fenómeno suficiente para explicar o que se passou logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, e por este logo pretendo dizer nos dias a seguir, uma semana se tanto?
Não creio.
Com toda a propaganda comunista e dos doentes infantis do comunismo, durante todo o ano de 1974 e primeiros meses de 1975, as primeiras eleições com participação destas " forças subversivas" ( e eram mais que as mães...) conseguiram um magro resultado eleitoral nas eleições para a Constituinte. O PCP nem chegou aos 11% e os doentes infantis, ficaram pelas percentagens abaixo do meio por cento e nem conseguiram chegar à Assembleia.
Não obstante, contando com o PS, a esquerda obteve cerca de 80% dos votos expressos.. .
Como é que isto foi possível e como é que as pessoas que sabiam perfeitamente o que era e significava o comunismo apoiavam, principalmente nos meios urbanso, no Alentejo e em certas franjas de população, uma força política que fatalmente faria regressar o país à Idade da pedra democrática, com uma censura antes nunca vista, com perseguições e prisões antes nunca praticadas e com uma totalização da vida social impensável até para Salazar?
Como é que em meia dúzia de meses aparecem na sociedade portuguesa centenas de milhar de pessoas com ideias comunistas e afectados em estado terminal pela doença infantil do comunismo?
É um mistério e aceitam-se alvitres sobre os motivos.
amigo José à(s). julgo que lhe custa a perceber que duas pessoas muitoamigas e até criadas no mesmo ambiente possam ser católico/ateu , liberal/comunista racista/universalista ; enfim resumindo pensam a vida duma maneira totalmente diferente e não por que estão "enganados", "iludidos" com a cabeça feita pela propaganda ou outra quimera que alimenta os espiritos cheios de "certezas inquestionaveis". Ler um pouco mais o que pensam os "outros" ajuda mas o resultado só aparece palpavel duas ou tres gerações depois. não desanime homem que o caminho é por aqui = interrogar-se e escutar o que dizem alguns esquerdistas menos doentios.
ResponderEliminarAntónio Cristóvão:
ResponderEliminarNão é isso. O que me espanta e motiva curiosidade em perceber é a razão pela qual no dia 24 de Abril de 1974 havia alguns, poucos milhares de comunistas e dali a poucos meses, já havia centenas de milhar a votar nos comunistas e doentes infantis do comunismo.
Isso é que gostaria de perceber.
Por outro lado, se a crença política é uma questão de fé então nãos e discute...aahhahah.
Por outro lado ainda: acha que o Marcello Caetano era de direita típica?
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarDesculpe o meu comentário fora do contexto. Vai elaborar algum post para desmontar esta coisa da carta do filho do Tordo ?? Será que Deus está finalmente a ouvir a minha prece de '"livrai-nos do mal, amen" ??
Os comunistas constituem (+-) 10 a 12% do eleitorado em eleições legislativas. Uma minoria, portanto.
ResponderEliminarPorém, e logo após o 25 de Abril de 74, tomaram de assalto posições no Estado, nos mais diversos escalões, tipos de actividade, funções.
Isso criou uma ilusão tão grande, que foi uma surpresa o resultado que se veio a verificar nas 1ªas eleições legislativas. Esperava-se muito mais, veio muito menos.
As eleições são um bom retrato do número de comunistas. Porém, em termos de influência não revelam nada.
O militante comunista é fanático por natureza. Essa característica contribui em muito para que a sua militância seja muito diferente da militância 'moderada' de um militante do PS, ou do PSD, ou mesmo do CDS.
Não tenho pejo nenhum em dizer, à laia de exemplo, que nos fóruns, pracas públicas e outros tipos de programas televisivos ou radiofónicos onde os espectadores ou os ouvintes participem, os comunistas surgem de forma organizada nesses programas e 'ocupam' o tempo de antena.
Quem diz este tipo de programas, digo os directos ou as reportagens de rua onde muitas vezes surgem mais afoitos, ou de forma combinada com os repórteres que em alguns casos pertencem ao Partido ou são seus amigos.
A influência comunista é imensa e muitas vezes até acontece ser o próprio PS a facilitar o acesso dos comunistas ao meio mediático, para abrir o caminho e 'partir pedra'.
Mais uma vez é preciso dizer que muita gente não é PC, mas faz o jogo deste Partido no quotidiano,na sua vida profissional, porque sabe que a melhor defesa é o ataque e isso constitui a garantia de não serem 'atacados'nos seus direitos'.
Os professores são disso exemplo.
Grande parte vota PS ou mesmo PSD ou PS, mas prefere 'entregar' a luta sindical aos comunistas, porque sabem que estes serão melhor defensores dos seus 'direitos', das suas regalias.
A grande maioria do povo português não é pró-comunista, o que não significa que seja anti-comunista.
Há muita hipocrisia na 'luta de classes'...
JReis:
ResponderEliminarAmanhã conto comentar, porque hoje já era para escrever sobre as cantigas que eram armas e o Tordo era um guerrilheiro, desde 1973, pelo menos.
Aníbal Duarte:
ResponderEliminarCompreendo essa lógica mas há aí um sofisma:
Como é que chegamos aos 12% de comunistas "estáveis", com toda a informação mesmo depois da queda do Muro?
Há um fenómeno que é preciso entender. E é isso que procuro.
Também não sei, José.
ResponderEliminarNão entendo isso, ainda que pense que o facto de Portugal ser uma aldeia tenha ajudado.
Mas, também não consigo entender o presente- como é que existe tanta malta de família super bem, de nomes mais que sonantes, a darem em "anti-capitalistas".
Já cheguei mesmo a pensar, quando calha de lidar com descendentes dessas famílias que é agora que vou ter pela frente um "facista à moda antiga".
ResponderEliminarO tanas- são todos de esquerda e chegam a contar que até um ou outro parente também foi perseguido pela PIDE
":O))))))))
Estive a ver o filho do Tordo a falar com o palerma José Alberto Carvalho, na TVI.
ResponderEliminarLamentou que o pai tivesse que partir por causa da "austeridade".
Outro imbecil.
Se o pai já tinha ameaçado que ia emigrar politicamente
ResponderEliminarehehehehe
Esta gente é toda imbecil e nem sabem ser originais
Emigrasse para Cuba, já agora. Ou para a Coreia do Norte.
O rapazola parece que é escritor e escreveu assim, na tal carta:
ResponderEliminar"Feliz, porque admiro-lhe a coragem de começar outra vez num país que quase desconhece"
A "geração mais bem preparada de sempre"...
Eu sei que por vezes e por aqui também dou a minhas calinadas, mas tal sucede porque sou descuidado a escrever e não quero perder tempo a corrigir. Só depois de ler os erros o tento fazer e é por isso que estou sempre a modificar os postais.
Ainda assim, detesto erros gramaticais. Desde a escola primária.
"Como é que chegamos aos 12% de comunistas "estáveis", com toda a informação mesmo depois da queda do Muro?"
ResponderEliminarJulgo que não há um factor, mas um conjunto deles.
Talvez um dos factores mais determinantes seja mesmo a informação.
Aliás na senda daquilo que o Zé tem escrito.
Os memes tomaram conta da Informação.
O que é típico é serem recordados os crimes nazis, os holocaustos, etc...mas os genocídios, os campos de concentração, as mortandades, as tragédias 'de esquerda' nunca são evocadas.
O que é que seria admissível em termos de % ? 8%? 5%?
Daqui a quatro eleições legislativas, se o capitalismo crescer e expandir-se cada vez mais, talvez cheguaremos a essas percentagens.
Não haverá porventura algum estudo que demonstre uma relação inversamente proporcional entre o desenvolvimento capitalista e a diminuição de voto no partido comunista?
Não estará o nosso estado actual de desenvolvimento capitalista 'em sintonia' com os «12 % de comunistas 'estáveis´» ?
O que seria normal no meu entender era que a percentagem fosse a mesma que em Itália ou em França. Ou na Inglaterra ou na Alemanha.
ResponderEliminar5% seria o razoável tendo em atenção os "crentes" que aliás respeito por isso mesmo.
Os comunistas portugueses são ainda estalinistas sem o admitirem. Claro que não iriam matar os camponeses a eito, mas prisões seria mato. E fechavam o país em nome da revolução.
ResponderEliminarSó os 5% aceitariam tal de bom grado porque são crentes.
ResponderEliminaro zé polvinho que actualmente preenche 50% das inutilidades do MONSTRO
ResponderEliminarpensou a partir de 26.iv que ia ser rico sem trabalhar
o pcp chegou quase ao milhão de mil-e-tantes
depois 'caíram como tordos!'
não bastava o tózero e restante esquerda festiva
chegou mais um
'Ali, o cómico'
Mas o filho é escritor e já li encómios dos grandes.
ResponderEliminarDizem que é um grande escritor.
O PCP não tem 10 ou 12%, teve em 2011, 7,9%. Poderá subir um pouco nas próximas legislativas (europeias é voto de protesto, não conta), uma vez que o BE está em plena desagregação.
ResponderEliminarA melhor votação que o PCP teve foi 18% em 1979. Mesmo assim longe do que o PC Italiano tinha à época.
E por falar em Itália, o problema de Portugal foi que em 1974 o PCP não teve a atitude que o PCI teve em 1945 e como o filme 1900 mostra: os comunistas entregaram as armas e aceitaram a democracia de imediato. Aqui tiveram de atirar a barra à parede durante ano e meio para ver se colava.
Para mim os comunistas em Portugal resume-se a uma frase muito simples: é a religião dos ateus.
Os "12% estáveis" é um número aleatório e meramente operativo, sindicado ao primeiro resultado dos comunistas.
ResponderEliminarO PCP não é o PCI nem o PCE nem sequer o PCF apesar de muito semelhante. Este, com o Mélenchon deu um trambolhão monumental nas últimas eleições.
É a isso que me refiro: nos demais países europeus os PCs são social-democratas ou não existem.
A questão fundamental que gostaria de ver resolvida era a de perceber como é quem um PC como o nosso tem cerca de 8,9,10,12% do eleitorado depois de tudo o que se sabe sobre o comunismo.
Alguém votaria num partido assumidamente salazarista?
Não. Porém o PCP é pior do que jamais um partido salazarista o seria.
É esse paradoxo que me suscita curiosidade.
Tem os sindicatos e mais de 60% da população tuga depende do Estado.
ResponderEliminarMas, em 74 e 75 não era assim.
ResponderEliminarO fenómeno tem de ter outra explicação e o José questiona-a bem.
Porque foi uma viragem repentina.
Soou a revolução, correram com o capital mas, a verdade é que isto lá se aguentou e não houve miséria da grande nem guerra, nem nenhum tsunami.
Parece que só agora dão por ele.
Parece que o artista vai emigrar mas volta já em abril para as comemorações do 25 de Abril (sempre).
ResponderEliminarSendo assim estamos perante uma ave rara migratória.
Vai ao Brasil e volta em Abril?
ResponderEliminarE está sem dinheiro, o proleta?
ehehehehehe
Já no aeroporto de partida para o Recife, em Pernambuco.
ResponderEliminarVou cheio de vontade de mostrar aos Brasileiros a Música Portuguesa que é tão merecedora de ser exportada!
Volto a Lisboa no fim de Abril, mas vou manter-vos a par da minha vida profissional através desta página.
Um grande abraço, até ja!
Ftordo
https://www.facebook.com/Fernando.Tordo/photos/a.228278920665410.1073741827.227888574037778/261806190646016/?type=1&theater
não dou um avo pela condição humana.
ResponderEliminar99% é lixo.
a inveja e o ódio são os principais ingredientes
estudo-a nos tempos bíblico.
interessa-me a razão do aparecimento do canibalismo.
a razão porque a Bíblia e as leis Hititas de Hattusa (CTH 291-2) mencionam a bestialidade, excepto com cavalos e mulas
por desconhecer 'por-maiores' a PJ bloqueou-me e deve ter-me considerado 'old perv'
já me tinha acontecido quando sobre os simpósios gregos procurava hetairas e pornai
tudo isto enquanto recolho elementos sobre o mel
Outro factor que deve ter contribuído para o crescimento comunista após o 25 de Abril e que entronca no 'trabalho de parto' praticado pelo regime anterior - assinalado em comentário do post anterior - foi A INVERSÃO que se deu.
ResponderEliminarO que existiu antes foi para o caixote de lixo. Tudo era mau. Tudo era preciso mudar. Aquilo que tinha sido ministrado era mentira, não correspondia à realidade do País. O regime anterior deixou de ter crédito.
LOGO, AQUILO QUE SE DISSE SOBRE O COMUNISMO TAMBÉM ERA FALSO E MENTIROSO. FAZIA PARTE DA PROPAGANDA.
Os padeiros comunistas infiltrados no MFA fizeram o resto.
O pão tinha que chegar a todos os portugueses, via campanhas de alfabetização.
"A verdade a que temos direito"
A INVERSÃO passou a funcionar.
após a revolução a doutrinação foi muito bem feita e organizada de forma sistemática: http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=poderpol17 (eu lembro-me bem das famosas “sessões de esclarecimento”).
ResponderEliminarNa minha opinião, desde então que o PC se tem mantido muito com base numa franja desta geração bem doutrinada. Hoje penso que a sua capacidade de regeneração é limitada e, à parte os verdadeiros crentes que sempre existirão (os tais 5%), se limita aos jovens seduzidos pelo romantismo tipo Che e Keffieh ao pescoço, que constituem mais uma força estética do que propriamente convicções doutrinais e que é efémera.
«não dou um avo pela condição humana. 99% é lixo.»
ResponderEliminarApesar do simbólico, da força do pensamento, e dos extraordinários avanços da Humanidade, funcionamos ainda no registo das alcateias, lobos com gravata ao pescoço.
No pano individual há de tudo, e dentro das pessoas também.
Também consoante as coisas, assim somos melhores ou piores, dependendendo igualmente de estilos, esquemas defensivos.
O diabo a sete é quando cruzamos os dois planos.
"Vai ao Brasil e volta em Abril?
ResponderEliminarE está sem dinheiro, o proleta?"
Isto é tão ridículo que nem há palavras para comentar.
Aposto que vai e volta em 1ª classe.
Bem gostava que alguém fosse investigar aonde vai ficar instalado...
Eu diria que é preciso ter em conta vários factores:
ResponderEliminar- capacidade operacional do PC: dizia-se até há pouco tempo que o PC possui (ainda) a capacidade de passar à clandestinidade em relativamente pouco tempo - 48 horas vi eu escrito não sei onde. A única organização que conheço capaz de algo semelhante são as unidades de operações especiais das FA aquarteladas em Lamego - que segundo creio, têm essa missão em caso de invasão do território nacional.
Significa isto que o PC possuia elevada capacidade operacional, nomeadamente em logística, comunicações e propaganda, tudo integrado, aliás, na sua doutrina. Não deve ser subestimado este aspecto, pois é a base que permite tudo o mais.
- saneamento: existe um provérbio árabe que reza: um exército de cordeiros liderado por um leão vence um exército de leões liderado por um cordeiro. Houve saneamento sistemático, a todos os níveis da sociedade, de pessoas e quadros esclarecidos e/ou capazes de oferecer resistência à nova ordem que se queria impor. Nesse grupo de pessoas incluem-se, forçosamente e por orientação da doutrina subversiva, todas as pessoas minimamente competentes no seu trabalho em posição de responsabilidade, mesmo - ou sobretudo - as não alinhadas politicamente (as mais difíceis de atacar pública e mediaticamente).
- controlo dos media: temos visto, pelos documentos que aqui se vão mostrando, como havia, desde muito antes do golpe, objectiva infiltração da comunicação social - removidas algumas barreiras essenciais pelo saneamento, o controlo passou a ser total e efectivo. Ainda hoje se verifica, do ponto de vista ideológico. Deixou de haver - subitamente - informação imparcial ou, pelo menos, "a-parcial". Os media passaram a armas políticas de destruição maciça. ABC da doutrina subversiva...
- a força: de tudo isto - da capacidade operacional efectiva; da remoção de líderes aglutinadores ou inspiradores de resistência ou bom-senso; do estabelecimento de um ambiente de histeria (pela linguagem imposta pelo controlo mediático) e desregramento social (pela remoção e ataque sistemático público dos se lhe poderiam opor, especialmente os apolíticos) atinge-se o caos.
Em estado de caos, da acção capaz de operar nele resulta uma percepção de força que, instintivamente, convence as pessoas à adesão. É necessário não subestimar este aspecto. O PCP é (sê-lo-ia mais ainda na altura) percepcionado como uma força - uma força que se manifesta na práctica. Em tempos de crise, as pessoas tendem a aderir à manifestação de força - não necessariamente violenta mas, em derradeiro caso, também capaz de sê-lo. É muito importante este aspecto.
José:
ResponderEliminarJá que é do meio, sabe se a PGR vai instaurar alguma providência cautelar para impedir que o Fernando Tordo saia de Portugal?
ehehehe
ResponderEliminarJC,
ResponderEliminarJá vão anos que não me ria tanto!
Bem apanhada.
Ainda retomando o tema se Portugal era de esquerda ha 40 anos.
ResponderEliminarPouco tempo antes do 25 de Abril Marcelo Caetano visitou a Covilha e foi recebido em apoteose no Pelorinho pelos operarios fabris, a ponto de o terem elevado acima da multidao.
Passado pouco tempo veio o 25 de Abril e virou tudo para a esquerda.
Se por hipotese o regime virasse outra vez, as pessoas viravam tambem. Os totalitarismos sao sempre sedutores, particularmente o de esquerda que pretende ser mais igualitario. E o jornalismo de causas tem sempre muita influencia. Ja dizia o outro que uma mentira repetida mil vezes passa a verdade.
Já tenho por aqui várias ideias:
ResponderEliminarA do Cristóvão. A do Corrécio. A do Dudu e do Mujahedin.
A do Cristóvão é relativista. A do Corrécio é interessante porque tentadora, como explicação. Várias vezes pensei já na hipótese de a propaganda mediática ser a responsável pelo resultado e deve ter grande influência. Mas falta outro ingrediente que me parece importante. E é esse que tento perceber: a nossa idiossincrasia como povo. E determinar a mesma não é fácil mas pode ser o elo de explicação que falta.
A explicação do Dudu é complementar e pode ajudar à explicação.
Eu não sei. Penso que não foi só por efeito de propaganda.
ResponderEliminarOs tugas são manhosos. Os que se tramaram com o 25 de Abril tiveram de se ir embora, portanto, por aí não conta o peso para a esquerda.
Os que ficaram lá foram lucrando, mesmo que com sacos cheios de ar.
O Poder, a ilusão de serem donos do que era dos outros, de decidirem a política, os comícios permanentes, devem ter contado para essa viragem.
Porque eu mesma me surpreendi com tanta gritaria e aclamação pela queda do Governo, por parte de pessoas que ainda no dia anterior eram situacionistas.
Mesmo na miséria, o tuga conta os tostões que o mais rico perde para ele.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarE houve muitas micro-ocupações. Não foram só as grandes e conhecidas, nem as nacionalizações.
ResponderEliminarHouve saque por toda a parte, até de forma caricata.
E tudo isso tinha a bandeira da igualdade.
Intoxicaram-se com essa treta.
Quanto a mim é a mesma justificação para aína hoje existirem sectores que são geneticamente de esquerda- porque é daí que se alimentam.
Sempre que falam nos coitadinhos estão a pensar neles.
Por outro lado, actualmente existe o fenómeno da imigração e essa malta é toda xuxa, claro. Nem podia ser de outro modo.
ResponderEliminarMas houve momentos de bom-senso e a AD é um deles.
ResponderEliminarParece que é um povo alzheimarado. Perdem a memória de um dia para o outro.
Só lhes fica a memória afectiva e essa é toda poesia de amanhãs a cantar.
A minha explicação José, não é explicação nenhuma.
ResponderEliminarNo fundo, é a doutrina subversiva como a entendiam os soviéticos, portanto os judeus que foi quem na inventou. Ainda hoje a praticam. Não mudou nada.
Deixaram apenas de falar em imperialismo, colonialismo, burguesia, classes; para passarem a falar em racismo, homofobia, sexismo, género, etc.
A linguagem é a mesma, a histeria a mesma, mudou apenas o vocabulário.
O que me espantou mais foi a facilidade com que apareceram comunistas em cada esquina.
ResponderEliminarLembro que na minha terra apareceram alguns que me espantaram mesmo. E começaram logo a discutir ideologia.
Esse fenómeno sempre me impressionou, porque eram colegas de escola e apareceram assim, do nada, como comunistas.
Eu acho que V. subestimam a capacidade do método e da doutrina em si. Que requer grande adaptação a idiossincrasias. Eu, quanto mais sei, mais acho que não.
ResponderEliminarAcho que verdadeiramente só requer grande adaptação quando se muda de civilização - para a Ásia por exemplo, ou para África (as quimeras negras).
De resto, aquilo é trigo limpo, farinha amparo. Com os media nas mãos então...
É evidente que há sempre qualquer coisa a ajustar, mas penso que o essencial funciona e não é de subestimar...
Houve alguns colegas de escola que apareceram logo em Maio, Junho de 74 a discutir a teoria marxista.
ResponderEliminarFrequentavam o Partido penso eu de que.
Mas esses mesmos colegas tinham uma razão para serem comunistas: eram provenientes de famílias pobres e penso que se julgavam injustiçados pela vida.
Se calhar está aí uma explicação: os pobres, no sentido de nunca terem sido de uma classe média, olhavam para aqueles que não sendo muito menos pobres, lhes pareciam os ricos, da burguesia.
Esta ideia simplista parece que será correcta.
A ideia de luta de classes incipiente sempre foi um leit motiv para a escolha do Partido.
A ideia de luta de classes parece muito forte na opção pelo Partido.
ResponderEliminarHá um sentimento grande de uma certa inveja ou de olhar para o lado, para os que tem um pouco mais bens materiais, da parte do povo português.
Não do povo rural, mas também, este noutro nível.
E isso parece-me uma explicação importante.
O que determinou a extinção do ensino técnico em 75 foi essa inveja atávica do Rui Grácio e outros.
ResponderEliminarA "igualdade" entre os filhos do povo e os da burguesia, supostamente frequentadores dos liceus foi o que determinou essa opção política. Confessadamente.
As nacionalizações foram exactamente por isso. E outras anormalidades.
Sim, José. Até apareciam comunas das barracas e outros que vendiam agriões ali junto ao metro do Areeiro.
ResponderEliminarLembro-me disso e, para mim, é a tradicional chico-esperice.
Chegaram-se logo à frente pelo som do momento.
O som prometia-lhes mundos e fundos em nome dos coitadinhos, a ver se não mudaram a lapela.
Ainda hoje é assim. Topam rapidamente de onde pinga.
Por isso é qeu até um vizinho meu que era fotógrafo lá da DGS deu logo em fotógrafo do PCP.
Exacto, José- marranice no sangue. A boa da invejazinha e chorar para mamar sempre deu frutos.
ResponderEliminarMesmo as ocpuações foi farsa. Não havia luta alguma nem era por ódio nenhum.
Foi para irem na onda. Por isso é que também desocuparam com a mesma facilidade que ocuparam.
Como o que está em baixo é igual ao que está em cima, esta chico-espertice de se dobrarem à ocasião há-de ter sido geral.
E não temos Direita à conta disso. Coisa de faro- farejam de onde vem e como soa e são isso.
É provável que a principal razão da mudança súbita do "fassismo" para o comunismo, em Portugal não tenham sido razões estritamente ideológicas mas estas mais prosaicas.
ResponderEliminarSão razões profundas e de tomo.
Ainda hoje são válidas e explicam também porque é que em 1979 as pessoas votaram na AD: perceberam que tinham caído num logro ao terem votado nos partidos que se diziam combater a burguesia...
Mujah- não houve tempo para entrar doutrina- foi efeito jingle.
ResponderEliminarTal como nunca foram "facistas". Mesmo aclamando Salazar e Caetano os tugas nunca tiverem qualquer ideologia.
Eram pessoas de bem, com palavra, com valores morais que desapareceram mas nada disso era ideologia ou efeito dela.
Os portugueses são espertos e topam a vigarice nos outros porque também a sabem fazer.
ResponderEliminarMudam mais por isso do que por convicções profundas.
A propaganda política do Marcello Caetano que era racional e clara não teve efeito algum porque as pessoas não dão importância a tretas ou ao que julgam ser.
ResponderEliminarAinda agora. Porém, há um nível de treta que pega e é exactamente aquela que cola com a idiossincrasia, como por exemplo a inveja, em sentido amplo.
O português é essencialmente árabe, parece-me. E caldeados pela invejosice marrrana.
ResponderEliminarNo fundo são uns filhos da puta. Mas são os nossos filhos da puta.
Porque é que os portugueses singram lá fora? Porque se adaptam. Tal como os judeus. Tal como os árabes na aldrabice atávica.
ResponderEliminarMas é da doutrina aproveitar essas injustiças, os agravos, as invejas, e empolá-las, propagandeá-las, em nome de todos os valores e mais alevantados ideais.
ResponderEliminarParalelamente, zombam, ridicularisam, menosprezam as coisas boas, os progressos, os exemplos, etc; assim como difamam, maldizem, ameaçam e tentam intimidar quem os denuncia e às tácticas deles.
Tudo isto é feito sistematicamente, com mais ou menos eficiência.
O que se não pode é extrair conclusões sobre a sociedade a partir deles. A sociedade parece-nos caótica também porque eles no-la querem fazer parecer.
Porque é que a gente de Oeiras supostamente culta e letrada elegeu Isaltino sabendo perfeitamente, perfeitamente e sem qualquer dúvida que era um corrupto? Porque não ligam a esses valores. Tipicamente...
ResponderEliminarPorque é que o Sócrates teve a sua hora? Pelo mesmo motivo.
Exacto. Há-de ser coisa perto disso.
ResponderEliminarHá bordões que são memso nossos. Aquele do "cantas mas não me encantas", o desdém por tudo o que lhes parece ser "conversa fiada".
Só lhes entra o que lá no fundo pode servir para compensar deitar abaixo aquilo onde não chegam.
Houve ocupações absolutamente caricatas e acho qeu essa história está por fazer.
Ocupavam quintais e garagens a vizinhos. Até perto disso aconteceu no quaintal da minha mãe.
Uns da cave lá deram em vir cá para cima e ocupar metade do quintal com couves eehehhe
A sério. Foi na leva da igualdade
":O))))
Conheci uma família que ficou com a garagem porque uns anormais lhes ocuparam a casa de praia.
ResponderEliminarehehehe
Mas lidavam com aquilo pacificamente, coisa que também nunca entendi.
Iam para a garagem e cruzavam-se no portão, enquanto os outros seguiam para a casa.
Salazar só era tipicamente português na manhosice. Do resto era diferente para melhor. E por isso é uma figura ainda hoje superior.
ResponderEliminarCaetano não era sequer manhoso nesse aspecto. Era académico e bem português nesse aspecto. Invejoso, provavelmente.
Oeiras, culta e letrada?
ResponderEliminarSó se for à conta do parque das estátuas.
Mas isso já vem de muito antes. Já na monarquia era assim- desde que partilhassem do roubo, na maior, apoiavam o ladrão.
As Ilhas funcionam assim. O nosso regionalismo é assim- todos portugueses mas cada um que roube mais o Estado
Sim, o Salazar era manhoso
ResponderEliminarehehehehe
E sim. O Sócrates só caiu por isso- por toparem a vigarice.
ResponderEliminarMas, se fosse "plesidente da junta" era eleito toda a vida.
O desdém pelas opiniões alheias é notório nos blogs.
ResponderEliminarÉ um fenómeno interessante. Há quem leia e não ligue ao que se diz por terem lá a sua opinião. O tal " eu cá é que sei..."
No fundo aquilo que o comentador Cristóvão disse de mim e que se lhe aplica como uma luva.
Mujah: não houve tempo alugm para doutrina.
ResponderEliminarApareciam comunistas debaixo das pedras. Foi logo no dia seguinte.
Era por cantiga. Ainda hoje é. Basta encherem o peito com uma treta que entre no ouvido para terem a literatura toda que precisam.
O resto é sempre mais básico. Não há "comunismo científico" São todos primários.
É como o neotontismo- basta o som parecer estrangeiro que já está a bandeira feita.
ehehehe
ResponderEliminarSomos todos ":O)))))))
Em 1974 o primeiro livro que apareceu à venda para o público em geral e que se destinava a explicar as ideologias foi um que julgo já mencionei aqui: 4 ismos.
ResponderEliminarNessa altura já havia comunistas em barda porque o livro saiu para aí em Junho de 74. Ainda o tenho.
Portanto, as pessoas em geral nem sabiam bem que ideologias havia.
Mas paredes pintadas com símbolos da AOC e PCP ( ml) apareceram logo...
Então mas agora que é que Vs. queriam?
ResponderEliminarQue fosse diferente?! Então com as coisas que vocês descrevem, de ocupações, gente a atirar-se ao rio, balbúrdias, "comprativas", etc; com tudo isso, em que é que podia dar?!
De certo que esse caos foi travado. Mas restaurada a ordem, quem é que Vs. têm para dar governo a isto? Vigaristas.
Não se corrigiu nada, não se repôs nada, não se recuperou socialmente nada do que se perdeu.
Devia ter-se limpado a casa. Mas o problema é que assentada a poeira, quem tinha o cabo na mão era quem deveria ir logo senão na primeira, ao menos na segunda vassourada.
Muja:
ResponderEliminarO único político que depois de 25 de Abril tinha essas ideias era o Sá Carneiro. Mesmo o Amaro da Costa era um compõe.
O Sá Carneiro não era. E morreu em 80. Quem lhe sucedeu? A maior miséria moral que houve: Balsemão.
A seguir foi o BLoco Central e a segunda bancarrota.
ResponderEliminarNos anos oitenta não se resolveu nada. Nos anos noventa apareceu o Cavaco e já sabemos que o Cavaco teve a faca e o queijo na mão. Mas preferiu comer bolo-rei com a boca aberta.
Quer maior desgraça nacional?
Mas a doutrina não é isso. Doutrina é o processo que leva a isso. Práctico, efectivo. É despoletar essa histeria, esses absurdos, e exacerbar essas coisas todas, o oportunismo, as invejas, enfim, tudo isso.
ResponderEliminarEsse caos permite que os que mandam se mexam e ocupem os postos de poder e neles se reforcem, e depois procedem à instauração da ordem deles.
No nosso caso esse processo foi travado a meio. Mas o que se andou nele, não foi retrocedido. Ficámos no limbo... O que para os vigaristas ainda é melhor, porque na realidade ninguém queria aquela merdice do comunismo para nada. Mas o processo comunizante abortado é uma maravilha.
Lá está. Quer melhor? Aí tem. O problema disto é que é que é um comunismo abortado.
ResponderEliminarNão se corrigiu nada. Ficou tudo aí. Na boa.
O nosso regime é, objectivamente, um aborto.
ResponderEliminarMais dificil de compreender de onde veio essa gente no pós 25 de Abril, é perceber porque continuam a surgir "novos reforços" 40 anos depois.
ResponderEliminarO que se passa agora - com toda esta gente de esquerda que está ancorada nos jornais, nas universidades, os tais bolseiros, nas artes, os anti-praxe, e por aí fora - é que me parece ser o resultado, isso sim, da doutrinação.
À época, o que sucedeu foi encantamento, acho eu.
O folclore foi enorme, toda a gente aparecia na TV com ar de felicidade, a música andava no ar, era a Gaivota, o Grândola Vila Morena, todos abraçados...
Isto produziu um encantamento enorme nas pessoas, a esmagadora maioria delas incultas politicamente, que acharam piada a essa festa.
O País inteiro estava em festa.
Bastava aparecer um barbudo a vociferar umas palermices quaisquer que o pagode ia atrás no rebanho.
É como no Carnaval.
Toda a gente vai na onda.
Sim, mas porque é que ficamos com este comunismo abortado na Constituição?
ResponderEliminarPor uma razão, a meu ver: ninguém liga nada ao texto constitucional nesse aspecto, apesar de servir de salvo-conduto para o PCP exigir sempre o respeito pela Constituição.
São típicas tuguices: o texto está lá mas é como se não estivesse e tudo se passa como se isso fosse pouco importante.
É um faz de conta. Tipicamente português.
JC.
ResponderEliminarEssa moda poderia durar umas semanas. Nunca anos a fio. E as FP25 apareceram nos anos oitenta...
A única explicação lógica e coerente que me surge é a da inveja em sentido amplo.
ResponderEliminarA luta de classes daí derivada é que me parecem justificar a Esquerda que temos.
Mas é uma luta de classes estúpida porque não é nada.
ResponderEliminarA diferenciação entre os liceus e as escolas técnicas nos anos setenta não deveria fazer-se por esse motivo mas fez-se.
E a diferenciação que apareceu em 1979 com a AD tida como de Direita com símbolos de Direita ( até o sobretudo verde desse diretista notório que é Freitas do Amaral serviu de exemplo...) tem mais a ver com essa inveja atávica do que outra coisa.
O PSD e o CDS da AD mais o PPM não eram burgueses no sentido apontado. Não eram inimigos de classe das pessoas que estavam nos partidos de esquerda.
A prova? O que se passou depois. A burguesia, hoje, é a dos apaniguados partidários do PS.
Tem um nome: poltranice; José. Poltranice até nisso. E há quem a aproveite.
ResponderEliminarÉ a mania de estar a bem com Deus e com o Diabo.
Uma de várias razões julgo que seja a perda de influência das "gentes" do norte, em favor do centralismo.
ResponderEliminarO antigo modo de vida de poupar, viver com o que se tem, precaver para azares futuros, etc. Tem sido substituído pelo estado providência: não é preciso poupar em caso de doença ou desemprego, pois o estado está presente, o estado garante o teu futuro emprego, garante a tua futura reforma, etc., coisas óptimas mas que nos faz estar mais dependentes do estado.
Quem na comunicação social mais garante os direitos sem deveres? A esquerda. Por essa razão, e devido à informação pela qual os países comunistas são faróis do desenvolvimento humano, as pessoas adoptam o socialismo.
Mas isso é a base de apoio do PS.
ResponderEliminarNão é a explicação para haver tanto comunista nem para meio mundo ter dado em comunista logo a partir de 26 de Abril.
A questão do complexo da "luta de classes" é verdade e até justifica pancadas como o horror à existência de colégios privados ou a alergia que têm sempre que se fala em monarquia.
Vêm logo com os "privilégios" porque só contam por essa falsa via classista.
Se for saque entre os de esquerda ou luxos estatais, na maior.
Pelo facto da burguesia ser hoje socialista é que eu gramo chateá-los com um neo-PREC em qeu tinham de ocupar as quintinhas dos kamaradas e exonerarem-se a eles próprios.
ResponderEliminarAcho que chegamos a esta conclusão:
ResponderEliminarOs portugueses com os seus genes manhosos quiseram fazer uma transição rápida para a burguesia(de pedestal)pela via socialista e terminaram falidos em todos os níveis.
A vida tradicional descrita pelo Luís Barreiro "O antigo modo de vida de poupar, viver com o que se tem, precaver para azares futuros, etc." e que foi o modelo defendido por Salazar.
Quanto aos comunistas são gente desencontrada do mundo que têm como objetivo desestabilizar a ordem espontânea da civilização promovendo uma série de utopias através de canais privilegiados (merdia/ cultura) e assim fomentar a destruição da ordem social construída pelos séculos.
Se Salazar optou por afastar esta gente dos holofotes, os socialistas fabianistas e a maçonaria sabem que são um grupo essencial (quase um braço armado) e não é a toa que muitas vezes são fortemente financiados.
Onde o PCP e o BE vão buscar tanto dinheiro para as suas campanhas de comunicação?
Como é que é possível que o BE encha o país de outdoors com uma representação de 5%?
Acho que chegamos a esta conclusão:
ResponderEliminarOs portugueses com os seus genes manhosos quiseram fazer uma transição rápida para a burguesia (de pedestal) pela via socialista e terminaram falidos em todos os níveis.
A vida tradicional descrita pelo Luís Barreiro "O antigo modo de vida de poupar, viver com o que se tem, precaver para azares futuros, etc." e que foi o modelo defendido por Salazar foi um modelo que foi abandonado pelos portugueses em troca de um facilitismo impingido aos berros.
Quanto aos comunistas são gente desencontrada do mundo que têm como objetivo desestabilizar a ordem espontânea da civilização promovendo uma série de utopias através de canais privilegiados (merdia/ cultura) e assim fomentar a destruição da ordem social construída pelos séculos.
Se Salazar optou por afastar esta gente dos holofotes, os socialistas fabianistas e a maçonaria sabem que são um grupo essencial (quase um braço armado) e não é a toa que muitas vezes são fortemente financiados.
Onde o PCP e o BE vão buscar tanto dinheiro para as suas campanhas de comunicação?
Como é que é possível que o BE encha o país de outdoors com uma representação de 5%?
Os portugueses com os seus genes manhosos quiseram fazer uma transição rápida para a burguesia (de pedestal) pela via socialista e terminaram falidos em todos os níveis.
ResponderEliminarOs portugueses não quiseram nada. Uns queriam, talvez, uns carritos melhores e as bugigangas com que viam os franceses, ingleses e americanos.
E quanto a genes, havia muitos nessa altura, e pelo mundo fora espalhados.
Alguns nascidos - por azar - no rectângulo, decidiram fazer um golpe de estado para entregar aos amos estrangeiros os territórios que para eles lhes não diziam nada; menos ainda lhes diziam as pessoas que lá viviam. Para tal recrutaram uns idiotas fardados que, por motivos corporativos, e aborrecidos da vidinha santa que cá levavam (enquanto os outros deixavam o couro em África a defender compatriotas de todas as raças da selvajaria), embarcaram na avaria.
Foi preciso mais de um ano para perceberem no que ia dar a avaria e resolverem travá-la.
Se calhar fizeram mal, porque isto comunista nunca ficava, nem que tivessem de vir cá os espanhóis por ordem na casa, pois não vejo como é que a OTAN ia tolerar um quisto vermelho no coração do seu território... Se calhar até foi por isso que a travaram. Antes que cá viesse alguém fazê-lo por eles... Já nada me admira...
Travada a avaria, deixaram tudo como estava, entregaram o poder na mesma aos vigaristas que se apanharam numa situação caídinha do céu: bandalheira instaurada, gente séria afastada e saneada - portanto caminho desimpedido, e uma pipa de massa para torrar.
Tão boa foi a situação que ainda aí estão ferrados, que nem cães a um osso. Que é mesmo o que há, porque a chicha já a passaram ao estreito faz muito...
Já agora, José, por acaso não tem para aí os artigos da polémica entre o Gen. Silvino S. Marques e o Veríssimo Serrão n'o Dia?
ResponderEliminarSei que depois o Gen. fez disso livro e publicou, mas isto com tanta libardade de expressão não se encontra nada...
O Gen. faz umas afirmações interessantes sobre o Prof. Caetano...
Mujahedin,
ResponderEliminarInsisto.
"A burguesia ou é formada, no geral, por gente feita à pressa com pressa de ser gente, ou então, por gente fina muito ordinária. Gente de esquerda, portanto. (O povo unido, esse, tem, pelo seu lado, o grande inconveniente de ser constituído por gente ordinária que não faz o mais pequenino esforço por passar a ser um nadinha menos rafeira. Digamos que é gente como a de Abril, ou mesmo a de Abril, e bonda!)
Burguês e burgesso, de toda a forma, confundem-se imenso."
Rodrigo Emílio
Insista à vontade homem!
ResponderEliminarIndependentemente de tudo isso ser verdade ou não, penso que não adianta nada olhar para as coisas dessa forma. Ou pelo menos, olhar sempre dessa forma.
A minha perspectiva - e é onde divirjo mais dos conceitos democráticos em voga - é a de que as pessoas não têm a mínima obrigação de deixarem de ser nem ordinárias nem rafeiras nem o que seja. As pessoas devem ter o direito de tratarem das suas vidinhas, sem ligar patavina ao que faz o governo ou deixa de fazer.
Não obstante, quem governa tem de governar bem, ponto final. Independentemente das pessoas serem exigentes, refinadas, ordinárias ou rafeiras.
A democracia pressupõe tudo isso e descarta a responsabilidade nas pessoas. Se o governante governa mal, a culpa é das pessoas que o lá puseram e de lá o não tiram.
Que grande treta! E à vontade estou para o dizer pois já foi treta em que acreditei. É fácil acreditar nisso. Dilui-se a responsabilidade, que passa então a ser de todos. Só que, na práctica, o que é de todos não é de ninguém.
Portanto, a responsabilidade de bem governar não é de ninguém. Que grande treta!
Não interessa se o governante é escolhido se é imposto. Tem de governar bem. Quer as pessoas o exijam quer não. A exigência de bem governar é inerente à posição de poder e autoridade que é a de governo. Não depende da sofisticação ou sensatez dos governados.
"Não interessa se o governante é escolhido se é imposto. Tem de governar bem. Quer as pessoas o exijam quer não. A exigência de bem governar é inerente à posição de poder e autoridade que é a de governo. Não depende da sofisticação ou sensatez dos governados."
ResponderEliminarInteiramente de acordo.
Nem mais, Mujahedin. Tudo se passou exactamente como descreveu no seu comentário das 16.42 Eu não lhe acrescentaria nem mais uma palavra.
ResponderEliminarAproveito para mencionar algo nada despiciendo relativamente ao número exagerado de portugueses que o José afirma votarem nos comunistas e na extrema esquerda, no que aliás está cheio de razão. Mas há no meio desta farsa a que os democratas chamam democracia, um facto bem real e elucidativo que atesta de forma cabal o porquê deste bando de aldrabões, corruptos e traidores nunca ter permitido aos mais de cinco milhões de emigrantes espalhados pelo mundo, de exercerem o seu direito de voto como qualquer cidadão residente em território nacional (pois, pudera!), facto que se tem vindo a verificar em todas as eleições desde que estas existem. E bem que eles protestaram durante dezenas d'anos para que tal direito lhes fosse facultado mas, é claro, sem desconfiarem da verdadeira razão por detrás da qual se escondiam doses industriais de hipocrisia e cinismo com as quais os donos do poder inventaram sucessivos pretextos desconchavados e mentiras rasquiosas para cìnicamente impedir, justificando o injustificável, o voto dos portugueses emigrados. Esta vergonha inominável passou-se durante décadas sem que uma única pessoa residente no país também protestasse ou se revoltasse, apesar da indignação permanente de milhões de compatriotas devotados, generosos e fiéis à Pátria que trazem sempre no coração.
Todos nós sabemos o motivo de tão inusitado quão corrupto procedimento adoptado pelos democratas d'algibeira, a partir do momento em que subiram para o poleiro.
Já se imaginou o rombo tremendo que sofreriam os partidos esquerdistas, que queriam o poder de qualquer maneira, caso a imensa percentagem de votos em vez de irem parar à esquerda comunista e socialista, traduzidos em vários milhões, caíssem nos partidos do centro e da direita? Isto significaria uma hecatombe para a esquerda pois assim esta não poderia manipulá-los escandalosamente como o tem vindo a fazer desde que existem eleições livres em Portugal (mas pouco...).
(cont.)
(conclusão)
ResponderEliminarJá se pensou por um momento para que lado se inclinaria o prato mais pesado da balança no qual se colocassem os votos conjuntos PPD/PSD+CDS+PPM de, na altura, mais de cinco (hoje, mais de seis) milhões de portugueses emigrados a somar aos cerca de seis(?)/sete(?) milhões que igualmente o faria nos mesmos partidos em território nacional? Lembram-se do número de votos obtidos pelo PPD e CDS desde os seus inícios e depois a percentagem verdadeiramente fabulosa alcançada em 79 pela então A.D.? E conseguem imaginar o susto de morte que uma tão fantástica votação na direita - afinal não mais do que a representativa do povo que realmente somos - pregou aos falsos democratas do sistema? A proeza atingiu uma tal dimensão que a partir desse mesmo dia o verdadeiro centro e a verdadeira direita assinaram a sua setença de morte. Dia em que foi engendrado e posto d'imediato em prática um plano diabólico que virasse definitivamente, manipulando-as abjectamente, todas as futuras eleições a seu favor e em simultâneo, como é por demais evidente, congeminada a maneira mais rápida de afastar do caminho todo aquele que se lhes opusesse, se necessário fosse à bomba ou em acidente(atentado) de viação ou, em caso de nenhum destes resultar, em acidente(atentado) de aviação. Foi dito e feito. Com o afastamento definitivo de Sá Carneiro e de Amaro da Costa, precisamente por este último meio, por um lado e por outro com chantagens e/ou aliciamentos e muito dinheiro de permeio, alcançaram o objectivo com sobras. E assim o plano gizado pela maçonaria cá do sítio em conluio com a congénere sionista, nas inúmeras reuniões secretas, foi finalmente concretizado: alcançar o poder para nunca mais o largar. O processo satânico decorreu de um modo relativamente fácil e surpreendentemente rápido até mesmo para os interessados. Primeiro tirando do caminho alguns impecilhos através de assassinatos seleccionados e mais tarde, para consolidar o sistema degenerado, recorrendo ao genocídio de milhões de seres humanos inocentes.
Que o povo todo virou à esquerda da noite para o dia, após o 25/4? Não é tanto assim, eles são menos do que aparentam. Muitos milhões de portugueses, tanto em Portugal como no estrangeiro, não votam à esquerda. Agora pense-se nas pulhices e crimes perpetrados pela esquerda unida para ter conseguido manter-se no poder até hoje e compreender-se-á o como e o porquê de termos chegado até aqui com o mesmo regime, o mesmo sistema e sempre os mesmos governantes, numa pretensa alternância negociada entre todos, desde há quarenta insuportáveis anos.
Pois é Maria. Muito por alto - ou melhor, no que interessa - penso que não há-de ter andado longe disso, não...
ResponderEliminarO José mencionava o aborto na Constituição, e eu na altura nem reflecti bem no significado disso, pois estava a pensar no geral, na sociedade no geral.
Mas tem importância a Constituição. De ordem prática e simbólica. E a Constituição foi-nos imposta. Não foi escrutinada; o povo não foi consultado. Foi imposta.
Interrogo-me quantas democracias há ou houve no mundo que se tenham estabelecido não tendo sido impostas: tenham sido escrutinadas pelos próprios princípios que consideram sacrossantos...
Penso que poucas. E isso há-de querer dizer alguma coisa...
Olhem, o CN empregou um termo que dá para enfiar a carapuça.
ResponderEliminarOs fregueses- o freguesismo:
http://portugalcontemporaneo.blogspot.pt/2014/02/a-tradicao-portuguesa.html