Nos dias a seguir a 25 de Abril de 1974, os jornais e revistas de informação geral davam conta dos antros do "horror" fascista que tivéramos por cá, durante mais de 40 anos: as prisões onde estiveram presos políticos a cumprir pena e não só, por actividades que a legalidade do regime considerava criminosas. Não estiveram presos arbitrariamente, por muito que tentem convencer que as prisões " sem culpa formada", eram mato e que as detenções preventivas não tinham prazo algum.
O tema, obviamente, era tabu porque nunca fora alvo de notícias, reportagens ou fotos. O regime não dava abébias aos seus inimigos declarados, como os comunistas do PCP e demais "subversivos" que foram presos, por vezes, raramente, aos magotes. Mas nunca aos milhares ou em grupo alargado, como nos regimes de Leste acontecia.
Quando esses democratas de uma 25ª hora que está para vir, pretenderam mostrar as câmaras dos horrores que supostamente exitiram no tempo em que estiveram presos, ( o que aliás ainda hoje é motivo de reportagem alinhada em episódios na Antena Um, aos Sábados de manhã, em que aparecem alguns dos antigos presos do "fascismo", todos comunistas a falarem da sua experiência), não arranjaram nada melhor que isto para mostrar.
Na Flama de 10 de Maio de 1974 mostrava-se aquilo que supostamente tinha sido o antro mais esconso e hediondo da tortura fascista.
Nesse tempo de 1974, aqueles que por aí passaram, nesses locais hediondos, pretendiam para Portugal, um regime semelhante ao que inventara lugares mais sofisticados para ouvir prisioneios políticos.
A Alemanha de Leste era um modelo de sofisticação e eficácia deste tipo de regimes que os comunistas portugueses, precisamente os que estiveram presos e agora depôem na Antena Um sohre a sua horrível experiência de prisão, apreciavam e queriam à viva força implantar por cá, sem qualquer pudor.
O que espanta mais é que sejam estas pessoas, como um Domingos Abrantes ou a mulher de um Pato a depôr sobre os horrores do "fassismo" e ninguém os questione sobre o que pensam dos lugares em que punham os olhos como modelo e particularmente num lugar onde estivera refugiado o próprio Álvaro Cunhal, a Alemana de Leste, em que o seu líder lendário e altamente estimado por aquele Cunhal, de seu nome Honnecker, era olhado como um pequeno deus caseiro e nada que se comparasse ao fascista Salazar.
Nessa Alemanha de 1974 e ainda durante muitos anos, na realidade até à queda do muro de Berlim, nessa mesma cidade funcionava uma espécie de forte de Caxias, na sede da polícia política, a STASI ( sim, porque nessa democracia, a verdadeira aliás, também havia disso e muito mais eficientes que qualquer Pide jamais o foi) em que as fotos então tomadas, não deixam mentir sobre a câmara de horrores que por lá havia ( e seria copiada por cá, evidentemente, caso os comunistas tomassem o poder total).
Por exemplo, não se encontra no forte de Caxias ou em qualquer outro lado, uma cela de interrogatórios com esta sofisticação estética:
Esta prisão, em Berlim, destinada também a pessoas que tentavam fugir do país ( uma das mais célebres Liberdades do regime era a de as pessoas serem livres de permanecer no território e de ficarem apegadas a essa liberdade de tal forma que era entendido como um atentado a essa Liberdade a ideia de fuga...) durante anos não existia nos mapas. Era uma prisão inexistente, ideia que Salazar nunca teve porque Caxias era tão visível e conhecida que nem podia ser riscada dos mapas. Mas a prisão da STASI, vá lá saber-se porquê, não existia. Em 1989, deu-se a descoberta de tal lugar inexistente...que era assim acolhedor:
As celas de Caxias, a hedionda, pela amostragem não se comparavam a esta pequena maravilha construida pela polícia política comunista que os presos de Caxias queriam imitar se tivessem a sorte de tomar o poder, em Portugal. A história está aqui, bem documentada, mas é tabu para o jornalismo português.
Quanto aos dramas familiares, tão tocantes como os contados pelos antigos presos de Caxias que não querem que se apache a memória e por isso contam histórias que não lembram ao diabo, mas não tão surpreendentes quanto esta...
A mother whose children were taken away by the Stasi secret police of
former East Germany has been reunited with one of them nearly 40 years
after she was born.
Petra Hoffman, 55, hugged her daughter Mandy
Reinhardt, 38, for the first time this week since agents of the hard
line Communist regime took her away shortly after she was born.
Ms Reinhardt was born in 1971 when her mother was just 16 and worked in a government cafeteria.
A mentalidade comunista era bem diferente, claro está. Censura? Nem pensar. Vigilância popular, sim, sobre os hediondos fascistas. O que levava directamente a proibições várias em nome das "amplas Liberdades", tal como mostrado aqui, nesta imagem de documentação deixada por conta, tirando a que foi destruída a eito e em empreendimento de tal ordem que só daqui a vários anos estará devidamente pronta para se perceber como é que funcionava a polícia política que os comunistas queriam imitar por cá, substituindo a hedionda PIDE:
Only
after Unification, did the full extent of Stasi activities become
known, as some 180 kilometers of files and 35 million other documents
came to public view. In addition there were numerous photos, sound
documents, and tapes of telephone conversations. The psychological
impact on the population was almost worse than their physical shortages.
AH! E ainda falta a crème de la crème, assunto sobre o qual o antigo primeiro ministro se debruçou num livro que assinou: a tortura. Na Stasi, era coisa corriqueira e os instrumentos curiosos.
Nas fotos da Flama não aparecem instrumentos de tortura, eventualmente porque a do sono não precisava de tal ( e era entendida como a pior de todas). Mas a STASI era outra coisa e como tal aparece este instrumento curioso, com instruções em alemão que dão para entender...
E a particular curiosidade que os levava a ler correspondência alheia, coisa hedionda e sempre denunciada pelos antifassistas porque a PIDE o faria, conduzia a inventividade sem paralelo por cá: uma máquina para recolar os sobrescritos abertos pela coscuvilhice policial. A eficiência alemã e comunista, sempre em acção...
Evidentemente poderia continuar com este percurso de horrores que os comunistas portugueses apoiavam vivamente, ao ponto de os quererem por cá, em vez dos da PIDE...mas o essencial é isto:
como é que pessoas minimente inteligentes que militaram e ainda militam no PCP convivem com isto, com estas contradições, com este verdadeiro horror e mentira?
Não convivem. Denegam, em primeiro lugar e em seguida esquecem qualquer resíduo de má consciência que aparentemente são incapazes de ter.
Por isso é obsceno, para dizer o menos, aquilo que se passa na Antena Um, com os tristes episódios do "não apaguem a memória". Se não querem apagar a memória, lembrem estes episódios também, porque estes, sim, são os verdadeiramente horrorosos e hediondos. E eram esses que os comunistas portugueses então apreciavam e faziam de conta por não saberem. Mas souberam depois de 1989 e não aprenderam nem esqueceram nada.
Tenham por isso um módico de vergoinha e calem-se, em nome da decência mínima.
A Antena 1 é um caso extraordinário de propaganda comunista 24 horas por dia.
ResponderEliminarUma consequência da atitude de tolerância e convivência com os comunistas dos maduros que nos governam.
Suportada pelos portugueses é dominada a 100% pelos comunistas.
Ouvir as emissões com atitude de análise crítica faz pensar que deliramos.
E eu gosto de ouvir a Antena Um. É a única que ouço. Não é comunista mas é de Esquerda.
ResponderEliminarÉ engraçado porque raramente comprei jornais de uma suposta direita.
O Tempo pouco comprava. O Dia nunca comprei.
O que os jornais ditos de direita traziam não me interessava tanto como o que lia nos outros, porque tinha a visão mais correcta do que se passava. E o que se passava era o que se passa agora: um predomínio intelectual da esquerda, em Portugal.
Mas a Direita não tem nível, em Portugal.
Se tivesse talvez me pudesse dizer de Direita. Mas acho que nem sou.
Ou serei, por contraposição...
A Antena Um, de manhãzinha, até às nove tem um António Macedo retintamente de Esquerda e que convida para comentar personalidades commo João Paulo Guerra, o jornalista da antiga Mosca de Esquerda.
ResponderEliminarE aparece por lá o codirector do Expresso, o Nicolaço. Uma lástima que desligo logo, sempre que ouço.
A música, essa é geralmente a dos amigos.
Serei masoquista? Não. É porque me lembra o tempo antigo em que tudo era assim.
andei na escola com um futuro pide que esteve engaiolado depois de 25.iv
ResponderEliminarpelo que me contou quando o visitei na prisão verifiquei que era um aprendiz, de aprendiz, de aprendiz de feiticeiro
ficou a saber como era a tortura comunista
os ficheiros existentes em Moscovo devem estar todos adulterados
e muito gajo ficou na mão dos comunas
o mais importante do arquivo Salazar de 1945 do ANTT é a indicação que o Conde de Barcelona é um libertino
José,
ResponderEliminarEssa coisa do não apaguem a memória é coisa só para encher chouriços. A Antena 1 é desde que a conheço uma rádio cinzenta e excessivamente esquerdista. Deixei de a ouvir tal como deixei de ler a Visão e ambas pelo mesmo motivo, ou seja, já enojava a tendência editorial excessivamente esquerdista e o discurso dos mesmos esquerdistas de sempre.
Logo após o 25, o organismo conhecido como 'extinção da Pide DGS' foi entregue à bicharada vermelha.
ResponderEliminarParte importante do espólio está guardado e de certeza que não é nas mãos do Estado.
A PIDE/DGS está para a STASI como uma fisga está para uma AK-47.
Antena 1, Antena 2, Antenas...de orientação marxista, com vários animadores leninistas.
ResponderEliminarCostumo ouvir a 2, por causa da clássica.
É um autêntico covil.
Sabem da poda.
Os animadores dão o mote aos entrevistados - escolhidos pela lapela - e estes cagam sentenças de esquerda.
Certo dia, um noticiário das 15h, abriu com o Jerónimo já não sei a bramar o quê.
Se os comunistas tomassem o poder, não era necessário fazer 'saneamento'
De há quarento anos a esta parte os media estão como estavam antes, ou seja nos dez anteriores.
ResponderEliminarPortanto, temos 59 anos de predomínio esquerdoide nos media.
É incrível.
50, queria dizer, mas 59 não +e exagero algum.
ResponderEliminarEis o resultado da filha da putice do Soares que tem passado a vida ultimamente a virar os 'mercados' contra Portugal
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas_de_juro___credito/detalhe/juros_da_divida_portuguesa_sobem_10_pontos_base_apos_seis_sessoes_em_queda.html
José,
ResponderEliminarE nos anos 70 e inícios de 80 nunca discutiu o muro de Berlim com amigos socialistas e/ou comunistas?
Os que eu conhecia e discutia, afirmavam e juravam até pelos próprios pais, que o muro foi construído para que os ocidentais não passassem para a RDA pois a RDA era o paraíso e por isso a rda teve de construir o muro para impedir a entrada dos ocidentais.
Alguns (filhos de comunas) que foram estudar para leste e para a urss, quando chegavam e eu perguntava então que tal? A resposta era sempre a mesma: Aqui em Portugal todos são uns porcos, na urss não encontras um papel no chão, não vês alguém cuspir para o chão. Era sempre a mesma resposta, sobre o resto nada.
Se os comunistas tomassem o poder, não era necessário fazer 'saneamento'
ResponderEliminarPois pudera! Já o fizeram!
E o pior é que essa gente era de tal forma fraca e nula, que se não podia limitar a sanear usando apenas critério político. O pessoal apolítico, mas profissionalmente competente, era também uma ameaça, pois rapidamente se tornaria um obstáculo à incompetência deles.
Abandalharam tudo, como bandalhos que eram e são.
Esse é que é o maior problema de todos. Livrarmo-nos das ideias de merda deles é fácil: ninguém quer saber disso para nada.
O difícil é desabandalhar o que eles abandalharam...
Não saneavam porque já lá estão há 50 anos.
ResponderEliminarA pergunta é: qual o motivo para lá estarem há 50 anos?
Não sei, mas imagino que por influência de fora- de toda uma cultura de esquerda que por cá teve ecos, desde o movimento hippie, à guerra do Vietnam e assim.
E nem creio que essa questão de inconpetência se colocasse.
ResponderEliminarPelo contrário- tinham e têm bons profissionais de rádio.
Esse aspecto meio cultura pop e até o das humanidades acabou nas mãos da esquerda em praticamente toda a parte.
ResponderEliminarSó que uma é melhor que outra.
Muitas vezes me pergunto onde estão os historiadores de arte que tenham escapado a essa influência francesa de esquerda.
Nem os alemães actuais escapam.
Ficou tudo igual, mil vezes pior que no séc XIX ou inícios de XX e o resto é mainstream televisivo.
Não sei que bons profissionais são esses - confesso que desde há muito não escuto a rádio - mas não lembra nenhum em particular...
ResponderEliminarMelhor dizendo, o que faz um profissional de rádio?
Pessoalmente, acho que antes de mais é saber falar - dicção. É importante que seja boa, porque não há a visão para ajudar à compreensão do que se diz.
Ora, os locutores de rádio tugas são péssimos nesse aspecto. Péssimos!
Basta comparar com Espanha... Se ao paleio com um espanhol muitas vezes me custa entender, quando escuto a rádio (ou televisão) percebo tudo.
Cá, para além da dicção que é péssima, são cheios de tiques e afectações - por exemplo, fazer "huh" a cada palavra que dizem... é enervante...
Sobre a cultura de Esquerda o coisas similares ando a ler, ás pinguinhas, porque o livro tem centenas de páginas em letra miudinha, um tomo sobre a cultura alemã que já referi por aqui.
ResponderEliminarVou no capítulo sobre o Hegel, nos finais do séc.XVIII. Tudo começou aí mas já tinha começado antes com o abandono do Cristianismo e da Religião como paradigmas explicativos da Ordem no Mundo.
Marx vem a seguir, com Kant à ilharga.
E é nisso que temos que atender para perceber o que se passa.
A cultura da Esquerda que temos desde os anos sessenta, é abrangente e quase totalizadora.
Não há nada fora dela, ou quase.
Houve nos anos 40 uma tentativa em Portugal de formar uma corrente de pensamento ligada a um certo Integralismo lusitano, com raízes no Catolicismo. Evidentemente sinto-me mais próximo desse pensamento do que de Esquerda.
Mas...esse tal Integralismo é coisa do passado e sem futuro se for entendido tal e qual o era.
Assim, a alternativa é o que Marcello Caetano tentou fazer: uma simbiose entre uma certa Direita, incluindo essa, e as ideias social-democratas.
É aí que me situo politicamente e penso que poderíamos ganhar muito se fôssemos por aí, enquanto povo, porque nos reencontraríamos com a nossa ancestralidade e pacificaríamnos o que somos desde sempre.
Mas isto são ideias avulsas.
Sobre o rádio: os profissionais de Esquerda que são quase todos os da Antena Um, são bons.
ResponderEliminarO problema é que não saem do paradigma. Nunca saem e qualquer ideia que contrarie a de Esquerda é afastada e censurada, efectivamente, com epítetos como os habituais: passadista, fascista, reaccionária, etc.
É gente que só tem um hemisfério cerebral: o esquerdo. Foram lobotomizados e não dão por isso.
Um dos melhores programas musicais da rádio portuguesa passa na Antena 2. "Fuga da Arte" de Ricardo Saló.
ResponderEliminarO Mujahedin referiu um ponto muito importante: "Melhor dizendo, o que faz um profissional de rádio?
ResponderEliminarPessoalmente, acho que antes de mais é saber falar - dicção. É importante que seja boa, porque não há a visão para ajudar à compreensão do que se diz.
Ora, os locutores de rádio tugas são péssimos nesse aspecto. Péssimos!"
Nem mais. O saudoso Pedro Moutinho (lembram-se dele a comentar as peripécias do Porto x Sporting em "O Leão da Estrela"?) já se referia depreciativamente aos actuais locutores como "os apressadinhos". O paradigma dessa forma grotesca de falar ao microfone é um sujeito qualquer da Antena 1 (que raramente ouço) que fala num programa matinal de uma forma estupidamente rápida e como quem parece que está a comer uma sandocha ao mesmo tempo.
Excelente artigo.
ResponderEliminarO José está de parabéns.
Publiquei:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/03/a-pidedgs-era-uma-stasi.html
Cumpts,
João José Horta Nobre
Contacto: historiamaximus@hotmail.com
Afirmar que um conjunto de comunistas manipuladores da opinião pública através da rádio são bons profissionais é um preconceito.
ResponderEliminarA Antena 1, que ouço talvez por um certo masoquismo, é uma rádio que seria apoiada pelo Maduro (o verdadeiro) caso emitisse na Venezuela.
É realmente um caso interessante de distribuição de empregos a amigos e compadres.
"Afirmar que um conjunto de comunistas manipuladores da opinião pública através da rádio são bons profissionais é um preconceito."
ResponderEliminarNão é preconceito, é apenas uma opinião. O facto de achar que são bons significa que tenho a impressão de que são bons profissionais na execução das tarefas radiofónicas, incluindo as vozes que são o veículo do que é dito.
Mas é uma espécie de masoquismo na medida em que numa boa parte do tempo não concordo com o que dizem, com os que convidam para comentar e com o ambiente geral que sinto se respira naquela casa que é pública.
Porém, é uma espécie de casa que conheço há muitos anos e por isso sintonizo sabendo que não vou gostar de algumas coisas.
Como não me sinto bem a ouvir outras estações, fico e vou ficando.
Por exemplo, acho incrível que se contrate uma radialista chamada Maria de São José, tendenciosa até na dicção, para a Esquerda. Ou que se convide uma tal Isabel Stillwell que tem uma voz fanhosa inadmissível em rádio e coisas assim.
Quanto à voz, pode ser uma mania que tenho, mas a dicção é coisa secundária.
ResponderEliminarO principal é o timbre.
"E o pior é que essa gente era de tal forma fraca e nula, que se não podia limitar a sanear usando apenas critério político. O pessoal apolítico, mas profissionalmente competente, era também uma ameaça, pois rapidamente se tornaria um obstáculo à incompetência deles."
ResponderEliminarPois Mujahedin, é isso mesmo. Foram 'afastadas' (um subterfúgio nojento dos saneadores para não serem acusados pelos profissionais que o não mereciam , facto de que aqueles tinham perfeito conhecimento) dos seus postos de trabalho pessoas íntegras, competentes e cumpridoras e sem razão alguma para serem afastadas/saneadas, pelo que os pulhas limitaram-se a afastá-las dos respectivos cargos sob pretextos puerís e desconchavados para, com a velhaquice que lhes está impressa no DNA, colocarem nos mesmos lugares apaniguados e gente outra da sua igualha, sem esquecer os militantes os quais, sendo párias durante o regime anterior, precisavam como de pão para a boca de um poiso que rendesse bom ordenado mesmo que não mexessem uma palha. Isto aconteceu a centenas de jornalistas competentes e patriotas, mas também a milhares de profissionais d'outras áreas.
É precisamente essa uma das muitas canalhices cometidas por este bando de malditos esquerdistas (e continua a cometer), impunemente.
Sei de muitas pessoas honestas, patriotas, competentes e de carácter impoluto que sofreram na pele um 'afastamento' (eles afastavam as pessoas íntegras dos cargos que detinham porque sabendo embora que eram independentes e íntegras, estavam próximas do regime e consequentemente NÃO eram de confiança para continuar nos respectivos cargos, sobretudo se se tratasse de jornalistas, área que eles queriam dominar na sua totalidade, como de facto aconteceu. Daí aqueles terem que ser obrigatòriamente substituídos por comunistas e socialistas, estando estes munidos ou não da carteira profissional, pormenor este sem a menor importância já que doravante era a esquerda quem mandava no país - claro que a maioria dos novos 'profissionais' não percebia peva dos cargos que foram ocupar.
Houve milhares de casos destes. De pelo menos um tenho perfeito conhecimento. O José sabe do que falo. Um destes profissionais, extraodinàriamente inteligente, honesto, competente, patriota e uma alma boa, sofreu o tal 'afastamento' nos cargos que detinha desde antes do 25/4 e deles foi sendo subreptícia, sucessiva e cobardemente afastado. As suas muitas qualidades pessoais foram confirmadas até pelos revolucionários e opositores ao regime que com ele chegaram a lidar por motivos de trabalho, antes e depois d'Abril.
Este profissional, relativamente jovem, morreu precocemente e não de doença mas de tristeza das várias e cruéis injustiças de que foi alvo.
Para quem não saiba, o ser humano pode também morrer de tristeza.
"Sobre a cultura de Esquerda o coisas similares ando a ler, ás pinguinhas, porque o livro tem centenas de páginas em letra miudinha, um tomo sobre a cultura alemã que já referi por aqui.
ResponderEliminarVou no capítulo sobre o Hegel, nos finais do séc.XVIII. Tudo começou aí mas já tinha começado antes com o abandono do Cristianismo e da Religião como paradigmas explicativos da Ordem no Mundo.
Marx vem a seguir, com Kant à ilharga.
E é nisso que temos que atender para perceber o que se passa.
A cultura da Esquerda que temos desde os anos sessenta, é abrangente e quase totalizadora.
Não há nada fora dela, ou quase.
Houve nos anos 40 uma tentativa em Portugal de formar uma corrente de pensamento ligada a um certo Integralismo lusitano, com raízes no Catolicismo. Evidentemente sinto-me mais próximo desse pensamento do que de Esquerda.
Mas...esse tal Integralismo é coisa do passado e sem futuro se for entendido tal e qual o era."
Este seu comentário tem muito que se lhe diga e demonstra que o José está no caminho certo da compreensão do passado recente português.
"Mas...esse tal Integralismo é coisa do passado e sem futuro se for entendido tal e qual o era."
E Portugal lá é agora um país com futuro?
Veja o que podia ser Portugal e não é...
"Agora pensem nesta alternativa: Deixem de falar estupidamente contra o "colonialismo" - afinal o que é isto?, aculturação como dizem os americanos? - e de racismo e pensem na formação de uma comunidade lusófona sólida. Somos a 3ª ou a 4ª língua mais falada no mundo e, se soubermos conjugar os nossos esforços e competências, podemos ser um pólo mundial de desenvolvimento sem submissão aos interesses imperiais vigentes. Uma comunidade lusófona unida teria tanto poder como os USA, a UE, a China ou a Rússia! Sim, teríamos um exército comum."
Igor Sousa
Já existe. Vêm cá para sacar nacionalidade e depois invadem os países mais ricos da Europa, em nome dessa unidade
ResponderEliminarehehehe
O que mais há é brasileiros a fazer de tugas em Inglaterra
":OP
Pancada dos internacionalismos, phónix. Já não há pachorra para ancaps palermas.
ResponderEliminarA Zazie prefere então condenar Portugal à irrelevância?
ResponderEliminarHoje para o português parecer ser gente tem de dizer que é europeu quando no passado teve uma missão no mundo.
Tente fazer o exercício do que poderia ser hoje Portugal se não tivesse havido uma intervenção tão nefasta dos jacobinos e maçônicos.
A história da independência do Brasil e das restantes colónias foi uma grande fraude histórica.
"A Frelimo e o MPLA receberam de bandeja a independência de Moçambique e de Angola. No campo de batalha, a vitória pertencia-nos e, mesmo tendo em conta a conjuntura mundial, duvido que houvesse intervenção externa. Os governos portugueses que negociaram as independências devem ser julgados no tribunal da história: Será que os próprios africanos desejavam a independência? Ou preferiam antes aprofundar a via da integração?"
ResponderEliminarIgor Sousa
"A Independência do Brasil é uma das maiores trapalhadas da História de Portugal: a monarquia portuguesa foi a responsável. Ora, se o Brasil tivesse continuado a ser português, com a chegada do Estado Novo, a história seria outra. É certo que não podemos mudar a história mas podemos ter outra perspectiva da história: a independência do Brasil ainda não foi elucidada, pelo menos em Portugal."
ResponderEliminarIgor Sousa
Tu és maluco?
ResponderEliminarOlha, inscreve-te no Partido Animal que foi o último resultado dessa fezada da lusofonia.
???
ResponderEliminarVá estudar história.
http://novaaguia.blogspot.pt/2010/02/partidos-pelos-animais-em-todo-o-mundo.html
ResponderEliminarInforma-te melhor.
Aquela lusofonia começou como um negócio de brasucas a venderem cursos e a negociarem exportação de brasileiros para cá.
ResponderEliminarDepois, o Paulo Borges que ajudou a criar a coisa, deu em meter o budismo à mistura e vá de criar o Partidos dos Animais lusófonos. Aó foi o 6ª Império da Bicharada e correram com ele.
De tal modo que até o desgraçado do URL do partido foi pirateado.
Ora confirma
ahahahahaha
http://partidopelosanimais.com/
Olha aqui. E também são pelo casório intr-espécies
ResponderEliminarhttp://www.cocanha.com/o-imperio-da-bicharada/
Deu-lhe para a macacada.
ResponderEliminarhehehe
Realmente é cada bicho raro na espécie lusus.
ahahahaha
ResponderEliminarRealmente a lusfonia não podia ter terminado de modo mais caricato.
Com budismo da avenida de roma e direitos de internacionalismo inter-espécies
":O))))))))))))
Vivendi. E olha que, desta vez, nem estou a exagerar. Somos mesmo povos irmãos na xico-espertice.
ResponderEliminarTopa só os cursos kosher
http://www.cocanha.com/muita-frente/
Em relação ao integralismo eu penso que, por um lado, é claro que já se não pode pôr nos mesmos termos, porque já não depende somente de nós.
ResponderEliminarPor outro, é evidente, e a história é fatalmente linear nesse aspecto: não nos convém - nunca nos foi conveniente - imiscuirmo-nos na confusão europeia.
De uma ou outra forma, a sobrevivermos, e penso que só sobreviveremos se o fizermos, temos que nos virar para o mar. Não sei como nem a fazer o quê. Mas é claro e evidente que, na Europa nunca passaremos que um cantinho e falta-nos a força para impor as nossas conveniências. Sempre que vamos por aí, acabamos sempre esbulhados e, frequentemente, a levar na tromba...
Ora, se não nos podemos virar para a Europa, só nos resta uma coisa...
A questão é: como?
E aqui entra a filha da putice absoluta dos Mários Soares e tutti quanti, incluindo, e sobretudo, a dos montes de merda fardados que nisso participaram: a descolonização.
ResponderEliminarAinda que possa ser argumentado que a opção unificadora oferecia poucas hipóteses de sucesso, isso aplicava-se apenas a Angola, Moçambique e Guiné.
A nenhum dos arquipélagos se aplicava. E os arquipélagos ser-nos-iam muito úteis!
Continuaríamos a ser uma potência marítima num mundo globalizado, pois sê-lo-íamos em função da geografia.
Quanto mais não fosse, os arquipélagos perdidos são motivo mais que suficiente para julgar essa gente toda por alta-traição.
De acordo consigo, Mujahedin.
ResponderEliminarEsta é a história que importa reescrever mas quase ninguém está interessado.
E estamos sempre a tempo de aprofundar as relações pela força das fundações deixadas pelos nossos antepassados.
Portugal tem uma missão no mundo, foi assim que se fez a nação e é assim que se tem de cumprir a nação...
Vivendi,
ResponderEliminareu não sei se tem missão no mundo ou não.
Mas se quer estar no mundo, convém que arranje alguma coisa que fazer.
Em todo o caso, Portugal pode fazer mais ou menos o mesmo que sempre fez, desde que decidiu fazer-se ao mar.
A verdade é que, como gente, nos damos bem com outros e isso é uma vantagem estratégica diplomática, logo comercial.
Nesse sentido é que eu acho que estaríamos melhor comerciando por nós próprios em vez de amarrados a uniões estapafúrdias que nos embaraçam.
Não há razão por que não possamos ter em África, no Médio Oriente, ou na Ásia uma presença importante. Deveríamos tê-la. Para o bem ou para o mal, a maior parte dos territórios do mundo têm a soberania estabelecida. Ora isso, para nós, é vantagem.
Não necessitamos de nos preocupar em mobilizar forças e tropas para defender os nossos interesses contanto que possamos entender-nos com quem manda e vive nos sítios - o que nunca foi difícil para nós. No geral, é reconhecido que os portugueses não causam problemas a ninguém onde se fixam, e isso é parte importante da vantagem estratégica que temos.
Não necessitamos de nos responsabilizar pelo desenvolvimento ou ocupação efectiva de territórios. Mas podemos fazê-lo sempre que disso resultar vantagem para nós e para quem nos acolher.
Deveria haver uma coordenação em rede das colónias emigrantes portuguesas (especialmente agora, que nunca saiu tanta gente de Portugal) espalhadas pelo mundo fora por forma a maximizar a vantagem estratégica que se obtém de possuir uma rede assim. Os chineses fazem-no, por exemplo. Os judeus nunca fizeram outra coisa.
Três portugas fazem o que os gringos com as suas gargantuanas forças armadas não conseguem fazer, ou o que requer aos chineses milhares e milhares de pessoas...
Na volta só nos resta dar formação a astronautas. Já que lunáticos não nos faltam
ResponderEliminar":OP
Ahahah, pois não faltam não...
ResponderEliminarMas penso que nos resta um pouco mais que isso...