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terça-feira, março 18, 2014

Baptista-Bastos, um revolucionário conhecido

O Diário de Notícias anda a publicar diariamente e até ao dia 25 de Abril próximo, uma série de 40 entrevistas com personalidades ligadas à efeméride e com base num mote: "onde é que estava no 25 de Abril".
O primeiro entrevistado e que escolheu as perguntas é o autor da pergunta legenda, Baptista-Bastos.
Diz que não tem dúvidas que virá outra revolução um dia destes. Pelo sonho é que vai...

Baptista-Bastos diz que com o 25 de Abril muita coisa mudou na sua vida pessoal, "sobretudo os meus conceitos de vida".
Não explica que conceitos eram esses e os que passaram a ser com a Revolução.

Vera lagoa, uma jornalista, "exemplo de coragem popular" , com atestado passado por personagens insuspeitas como o maçónico Raul Rego e Maria Barroso, escreveu em 1977 um livro intitulado "Os revolucionários que conheci", com crónicas retiradas do jornal O País, apresentando uma galeria de personagens da nossa vida pública de então e Baptista-Bastos logrou alcançar um lugar de honra nessa pequena feira de vaidades.

Aqui ficam quatro páginas sobre a personalidade em foco e mais uma caricatura de Cid, porque BB merece tal desvelo.


No livro, a seguir, vem a petite-histoire de "Kastrim Pidovitch pé-de-leque ou o coxinho das estepes", sobre uma personagem já falecida mas que escrevia crónicas com críticas de tv no Diário de Lisboa e que eu então gostava de ler, ainda antes de 25 de Abril de 74. Por esta altura, há quarenta anos...

35 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. "Pelo sonho é que vai..."

    A direita que não se ponha a pau que não é preciso...

    Com os salários a reduzirem-se, cada vez mais fome nas ruas e o número de sem-abrigos a aumentar. Famílias que já só conseguem viver com a ajuda do banco alimentar, 81 mil licenciados no desemprego, mais aqueles que não entram nas estatísticas oficiais, mais os restantes desempregados que não são licenciados, muitos deles com mais de 40 anos e que provavelmente nunca mais na vida irão conseguir arranjar trabalho.

    Com todos estes problemas a aumetar e a agravarem-se de dia para dia, é inevitável que haja outra revolução e a próxima já não vai ser com flores a sair dos canos das espingardas...

    A direita e a burguesia do copinho de leite que não se ponha a pau e depois venham-se queixar que lhes cortaram a cabeça...

    Quanto a mim, não quero saber nem de esquerdas, nem de direitas. Sou português, apenas português.

    Cumpts,
    João José Horta Nobre

    Contacto: historiamaximus@hotmail.com

    P.S. - Já reparei que muitos dos comentadores deste blog utilizam nicks e pseudónimos. Porquê? Do que têm medo???

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  3. "Já reparei que muitos dos comentadores deste blog utilizam nicks e pseudónimos. Porquê? Do que têm medo??? "

    Creio que de nada. Os nomes, hoje em dia, são anónimos.

    E pode ser divertido escolher um pseudónimo adequado à personalidade de quem o usa.

    O meu é "José", ou seja o meu nome próprio.

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  4. Vou repetir o que já escrevi:

    Os blogs contam muito pouco. Quase nada.

    Interessam a quem já está interessado e servem para quem aprecia já o que vai ler, eventualmente.

    Por outro lado, os leitores portugueses sabem geralmente tudo e são cínicos na leitura dos outros.

    Por outro lado, paradoxalmente, informam-se mal e porcamente e parece que têm chieira nisso.



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  5. O exemplo típico deste esperto é o Pedro Tadeu que é burro e tem a mania que é muito esperto e intelectual.

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  6. O Pedro Tadeu é mais um que por aí anda.

    Quanto aos leitores portugueses, eu percebo o que quer dizer. Basta ler os comentários dos jornais para se ver a desgraça "intelectual" que anda à solta neste país...

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  7. Os portugueses que lêem vêem e ouvem os media confiam demasiado nos mesmos como fonte de informação. Não são críticos e absorvem tudo o que lhes dão como se fosse a verdade em ampolas escritas.

    E as crónicas e comentários às notícias partem desse equívoco, como o denota esse Tadeu e outros.

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  8. Os blogs começaram com o Pastilhas do Miguel Esteves Cardoso.

    Aí, toda a gente escolhia um nick

    Depois apareceram os blogues e há gente que ainda se acha vedeta por estar convencida que até a lista telfónica é VIP.

    Em 2000 já eu era a zazie dans le metro no site do David Lych.
    Nunca por lá alguém se preocupou com o verdadeiro nome da zazie.

    Por cá é assim- a possidonice faz com que todos acreditem que sabem mais de alguém por terem um nome e um apelido desconhecidos, iguais a muitos outros.

    Ou pior, estão convencidos que um nome viável está identificado e que um nome de personagem literário ou outra é que está escondido, quando quem sabe tudo é a Dona browser e mais o senhor IP.

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  9. Fora isso, eu tenho um blogue e há suficientes bloggers que me conhecem.

    Para o caso, estou-me absolutamente nas tintas para saber mais que aquilo que cada um decide mostrar.

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  10. Eu não quero saber mesmo quem comenta. Quero dizer não pretendo saber nada de quem comenta porque prefiro ler o que escrevem sem associar o nome a alguém.

    Mas se tal suceder não me incomoda nada também, só que se perde o efeito do anonimato que aprecio no sentido positivo.

    Quanto à zazie não é anónima porque a conheço pessoalmente desde o Pastilhas e já lá vão dez anos, pelo menos.

    E conheço outras pessoas que aqui comentam e que também me conhecem de vista, pelo menos.

    Em alguns casos conhecer a pessoa é positivo. Noutros é o contrário porque condiciona o modo como se lêem os comentários.

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  11. íamos almoçar à Manecas no P. Mayer eu e um conhecido do lacista para estudarmos um candidato para a chafarica.

    o laçarote sai disparado duma pastelaria e chama pelo meu companheiro.

    desata a falar para se ouvir.
    o Irmão qualquer coisa despachou-o rápido.

    passados uns minutos virou-se para mim e disse
    '-este é um dos montes que o Irmão refere com frequência'

    ao falar na Irmandade
    faleceu com grande pesar meu um Irmão da Loja que a abandonou peo verificar que era uma merda e o gol outra.
    José Medeiros Ferreira.
    conversámos pela última vez há 20 anos em P. Delgada onde fui a um congresso.

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  12. Atençaõ que eu não critiquei a utilização de nicks. Pessoalemente é me indiferente.

    Apenas achei estranho o facto de haver tão pouca gente que uso o nome real, mais nada.

    Quanto a este blog, aprecio muito o que o José cá escreve e já publiquei muitos dos seus artigos no meu próprio blog. Penso que isso basta para demonstrar o quanto valorizo o seu trabalho.

    Cumpts,
    João José Horta Nobre

    Contacto: historiamaximus@hotmail.com

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  13. Boa entrevista de Nogueira Leite ao i, que resume bem o que foi Portugal de 1974 até hoje.
    http://www.ionline.pt/artigos/portugal/nogueira-leite-pc-tentou-tomar-poder-todo-lado/pag/-1

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  14. Como é que v. sabe o que é um nome real?

    Tem a ideia do disparate que acaba de dizer?

    Seu eu assinasse Maria Teresa Silva era real ou era inventado?

    Conhece?

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  15. Floribundus:

    A zazie já lhe fez esta pergunta e agora faço-a eu:

    Porque entrou para a Irmandade da Viúva?

    Claro que responderá se assim bem entender, mas aceito a resposta eventual como verdadeira.

    Se não responder, amigos na mesma.

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  16. Eu não gosto de mudar por exigências ou modas ou vontades de quem aparece depois.

    Se era a zazie há mais de 10 anos (há 14, pelo menos) não ia deixar de o ser pelo facto de muitos anos depois aparecerem outros com outra moda de identificação.

    Não é o seu caso, mas é-o na generalidade.

    Fora isso, também não tenho tenda montada.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Ah, essa pergunta é macaca.

    Tenho ideia que ninguém diz mais do que ideais e tal e coisa.

    ":O))

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  19. Ahaha eu uso o meu à conta de blogs de palhaçada com amigos. Já estava associado à conta e nem me dei ao trabalho de mudar.

    Além disso tem um propósito útil: desconcerta as pessoas, que não estão nada à espera da conversa que depois sai... no fundo é polémico. E isso diverte-me, confesso.
    Por outro lado também é útil porque rebenta logo com uma data de estereótipos. Rebentava... que agora há o islamo-fascismo ahaha!



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  20. E depois, é como diz a Zazie. Se fosse José Kitumba era mais real?

    Não é que o Sr. Dr. Grande Arquitecto Mestre team builder Presidente-Engenheiro Cientista da Liberdade José Kitumba não seja real...

    Mas como é que se sabe que é mesmo ele? Impostores não faltam...

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  21. para os meus Amigos com todo o gosto
    lamento não ter visto o pedido

    1949 fui à Voz do Operário assistir a uma sessão de propaganda
    do Irmão Norton de Matos

    à saída para evitar massagens da GNR ajudei os Drs António Abrantes Mendes e Armando Adão e Silva sem saber quem eram

    nos anos 60 fui encontrar o Dr Adão na qualidade de advogado da empresa onde trabalhava e fui testemunha da mesma em várias sessões de tribunal.

    convidou-me para ir a sua casa a sessões dos 'Pentagramas' donde saiu os primeiros maçons do Gol depois de 25.iv

    era agnóstico desde os 18 anos.
    concordava e concordo com os Principios da Ordem Maçónica

    abandalhou-se quando foi invadida pela rataria do centrão

    em 1990 recebi o 18º grau dos 33 do REAA
    depois 'misteriosamente' baixaram-me de grau
    por causa de carta dirigidas à 'bosta' do gm que recusei tratar por sapientíssimo

    depois do Irmão Oliveira Marques entrou-se no 'gamanço'

    continuo pedreiro-livre, mas não federado como alguns amigos.

    aquela coisa é o espelho do país e da saloiada deslumbrada
    com os cargos que ocupa no MONSTRO

    posso acrescentar outros dados

    venho aqui com a intenção de mostrar a visão duma vida acidentada
    depois de muitos caminhos percorridos
    nestes quase primaveris 83

    sempre me despi de quaisquer preconceitos
    e não tenho nada a esconder a não ser as 'vergonhas', como se dizia na minha infância

    buona notte. domani è un'altro giorno

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  22. O meu nome próprio é aquele com o qual sempre assinei e continuo a assinar todos os comentários. Calhou não escolher um pseudónimo por mero acaso, ainda que um dos meus filhos me perguntasse na altura se preferia assinar com um ou outro.
    Quem me conhece na Blogosfera e são vários os autores com quem já contactei pessoalmente, sabe que isto é verdade. Nunca gostei lá muito de pseudónimos, seja neste ou noutro tipo de escrita em que o autor deva assinar. Tenho vários familiares e algumas amigas que nos seus espaços blogosféricos individualizados assinam com o seu verdadeiro nome.

    Afinal trata-se de mera opção pessoal e, talvez mais, de personalidade. E é aqui que entra a minha total concordância com as opiniões do José e de João José Horta Nobre (sem esquecer Mujahedin, que diabo!;)) relativamente a esta temática.

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  23. Lá está... Concorda com os princípios... Ehehe

    Eu acho piada ao Floribundus. Mas acho curioso como a amargura que se lhe nota nunca vem questionar as acções ou as filiações. É sempre nostálgica, alguém estragou o paraíso...

    Em todo o caso, gosto sempre de o ler. 83 anos de vida têm sempre interesse. Nem percebo como fazem alguns para nem isso conseguir ahahaha

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  24. O Fluribundus é muito bonito. E isso, na idade dele, quer dizer muita coisa
    eheehhe

    De resto, creio que ele disse tudo- era agnóstico.

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  25. Ah, para que não haja confusões- já nem me lembro do nome dele.

    Mas vi (virtualmente) que era muito bonito.

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  26. ontem estava a ler de Antonio Nibby; descrizione della villa Adriana

    Adriano é para mim um símbolo de cultura, tolerância

    em 1968 recusei uma cátedra por não querer assinar a anticomunista.

    acho que foi óptimo porque os funcionários públicos que dão aulas não fazem escola

    não perdoo nada aos sociais-fascistas
    nem ao MONSTRO que nos destroi

    gostava der ver o rectângulo com nível de 2º mundo,
    mas a matéria prima é uma merda e o modus faciendi uma desgraça

    ontem falavam do big bang e o 'alimal' não percebeu que é uma teoria criacionista

    foram comprar o átomo de hidrogénio ao belmiro

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  27. Pois é. E até há uns que andam a confrontar com o que já dizia o Grosseteste. Têm feito encontros no Porto, no centro de astrofísica

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  28. "A matéria-prima é uma merda"

    ahahah! não é nada...

    E mesmo que fosse, não teríamos outra.

    É a que há e é essa que é preciso usar.
    Haviam de ter-lhe explicado isso lá nos templos eheheh!

    As coisas hão-de mudar. Não há bem que sempre dure, nem mal que se não acabe.
    Porém, é necessário reconciliarmo-nos com o nosso passado. E isso há-de acontecer mais tarde ou mais cedo.

    Em todo o caso, não há outra forma de ver as coisas.

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  29. Com isto tudo ninguém comentou a delícia de texto da Vera Lagoa. O BB é mais um bimbo deste regime, um homem sem carácter.

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  30. Quando me lembro da casa atribuida ao BB pela Camara de Lisboa ...

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  31. Pois é. Mas a Vera Lagoa tinha escrita perra.

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  32. O Atrida tem razão, os excertos reproduzidos deste livro de Vera Lagoa são de facto uma delícia. E muitos outros artigos de jornal da sua lavra - neles incluídos graves libelos acusatórios indesmentíveis contra 'certos democratas' esquerdistas-oportunistas-hipócritas-cínicos e anti-patriotas - que eram pedaços de escrita inesquecíveis pela frontalidade e veracidade neles impressos, íam direitinhos ao alvo sem peias nem constrangimentos. Era efectivamente uma mulher sem medo e os seus inimigos políticos temiam que se pelavam da sua língua afiada (ela sabia demasiados segredos sobre cada um dos 'grandes revolucionários' da nossa praça e eles não eram nada pequenos) e um medo atroz do que ela pudesse revelar nos seus artigos e livros. Grande mulher.

    Estou há que anos a tentar encontrar este livro nos escaparates das livrarias e nem vê-lo.

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  33. Sobre o escrito da Vera Lagoa: só coloquei quatro páginas porque as outras doze são demasiado vitriólicas e a senhora já não está entre nós.

    O dito está e tem currículo de apaniguado do sistema.

    Porquê? Ora, ora...

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  34. Maria, dê uma vista de olhos aqui -
    http://www.alfarrabistaavelarmachado.pt/pt/cms/resultadoPesquisa/palavra/revolucion%C3%A1rios+que+eu+conheci/?page=1

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  35. Obrigada pela dica, José Lima. Vou já lá.

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