Há por aí quem se pergunte sobre o que faria Sá Carneiro perante a situação do país, se fosse vivo.
Em Dezembro de 1983, o Semanário organizou uma entrevista imaginária com o político, baseada em declarações e escritos do mesmo, compilados para esse efeito.
Em 22 de Janeiro do corrente ano já publiquei essa entrevista que agora repito.
a única coisa real neste jornal é o falecido 'Estoril Sol' e o 'Mestre Silva'
ResponderEliminara meu ver que conheci ao vivo em momentos chave o pensamento do politico
quem hoje continua a acompanhar o pensamento de Sá Carneiro é o actual PR
o que leio nunca refere que os 'entalados' são os contribuintes e a economia
vejo que isso preocupa o José
esta é a única porta que se abre para a realidade
o MONSTRO continua ET
Cada vez estou menos convencido que tudo corresse de forma muito diferente com este. Talvez conseguisse retardar um bocado as coisas.
ResponderEliminarPara mim é claro que ele também vivia lá no mundo deles, mas sempre era um pouco mais lúcido pois dar-se-ia, aparentemente, conta disso:
Quatro anos decorridos, via-me infelizmente obrigado a denunciar que o País dos portugueses não parecia ser o mesmo da maior parte dos políticos, nem a terra destes a nossa terra.
Há sempre um ou dois dementes que se apercebem que não deviam ser os companheiros a mandar no asilo.
Metade da entrevista é a discutir palavras vazias, ôcas. Masturbações intelectuais do país das fantasias: liberalismo social-democrata, social-democracia liberal, democraticamente socialista, socialmente capitalista... Isto é nada; é falar de nada.
O que é que o cidadão comum - entre os quais me incluo - retira disto? Tanga. Paleio incompreensível de político. Ou seja, nada.
E acho cada vez mais que era isso mesmo que estes cabeças-no-ar do país da fantasia detestavam no Estado Novo: a seriedade. A impossibilidade de brincarem às políticas do país das fantasias. De exibirem as caudas de pavão do paleio político dito intelectual. Aliás, basta ver uns registos de debate na Assembleia Nacional - como o José já aqui deixou - para se ver que estes pavões do país das fantasias eram imediatamente chamados das suas divagações à realidade.
Diz o hipotético SC que foi para deputado à AN para rever a Constituição, entre outras coisas...
ResponderEliminarÉ irónico que o grande debate dele fosse depois como reunir um bloco central para rever constituições, etc. Ou seja, fazer o que a ANP fazia, depois de dizerem que não senhor, que um partido único não é democrático.
Então isto não é o cúmulo da irresponsabilidade? Valha-nos Deus. Democrático... haviam de levar um lambadão nas trombas de cada vez que proferissem essa palavra.
Faz lembrar os da CEE: trocar a indústria por dinheiro que depois terá de ser gasto, para o ser bem, a refazer a indústria...
E depois admiram-se de o PCP os ter comido ao pequeno-almoço...
O que há a fazer é convencer Ferraz da Costa a avançar. O resto é paleio.
ResponderEliminarDizia Sá Carneiro que ''Portugal não pode ser isto e não há-de sê-lo''.
ResponderEliminarPois bem, volvidos estes anos todos, Portugal na verdade não foi aquilo, foi algo de muito pior. Sá Carneiro nunca conseguiu verdadeiramente convencer o pouco instruído povo Português da nobreza do seu projecto. A culpa disso foi de toda uma esquerda que em Portugal só se pode classificar de nojenta sendo que este blogue muito frequentemente deixa isso bem evidente com nomes e tudo.
A proposito de Pedro Ferraz da Costa - uma das (poucas) pessoas lúcidas neste País - a que o Anibal alude, esta entrevista dele em 2005, a prever a bancarrota dali a 10 anos, é reveladora.
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/economia/noticia/pedro-ferraz-da-costa-a-vivermos-assim-estamos-falidos-dentro-de-10-anos_1222143