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quinta-feira, julho 03, 2014

Um grilo nostálgico

Marçal Grilo à RR:

Marçal Grilo deixou o Governo em 1999. Em comparação com essa altura, diz que a qualidade do pessoal político tem vindo a diminuir e a “vida política tornou-se muito pouco atractiva”.
“Naquela altura o Parlamento tinha um conjunto de 30 ou 40 pessoas de alta qualidade. Hoje não sei se existem essas 30 ou 40 pessoas de alta qualidade no Parlamento”, conclui.


Bem gostaria de saber quem seriam as tais 30 a 40 pessoas de "alta qualidade" que havia no Parlamento dos anos noventa.


Remontando o tempo, sabemos que em 1995 apareceu um indivíduo de "alta qualidade" no PS, chamado António Guterres, mai-los seus "100 nomes" e a sua assolapada "paixão pela Educação". Grilo era o mais apaixonado pela enjeitada. Foi ministro da Educação desses governos entre Outubro de 1995 e Outubro de 1999. Quatro anos para fazer asneiras que se pagam caro, é tempo suficiente.

Para recordar essses gloriosos tempos da máquina voadora socialista, em que Grilo se inseria com garbo e fatiota de altos voos, que lhe permitiram alcançar o lugar de administrador de fundação segura, aqui fica um postal de 2 de Dezembro de 2012, sobre "os famélicos do poder devorista" ( tal como agora) e para os que têm memória curta e não se recordam que foi com Guterres que esta gente do PS medrou à sombra da bananeira.

Para reparar nas 30 ou 40 pessoas de "alta qualidade" que então tínhamos  no Parlamento e entretanto perdemos, basta reparar em cada uma das 30 figuras que estão na capa da revista do Expresso de 18 de Março de 1995. Entre tais excelsas figuras lá estão já um certo Sérvulo Correia e um certo Vasco Vieira de Almeida. advogados de topo e com firmas a condizer que nesse tempo ainda não tinham o maná que vieram a ter. Lá mais para a frente, com a ajuda preciosa daquelas 30 ou 40 pessoas de "alta qualidade" que então havia no Parlamento, lá conseguiriam levar a água ao seu moinho de sempre:


"Na sequência das eleições gerais de 1 de Outubro de 1995, o socialista António Guterres ganhou o direito a formar um governo. Governou de tal modo que  até Junho de 1999  nomeou  5597 pessoas. Só para os gabinetes ministeriais, a equipa de Guterres chegou a nomear 2132 pessoas, segundo estatísticas daqui.

Não obstante, em Março desse ano o Expresso dava uma capa da revista a 100 nomes que o PS considerava como "uma modernização" desse partido. Os restantes milhares apareceram como que por encanto. Com duas ou três frases-chave conquistou os votos da maioria dos eleitores. Falou em "no jobs for the boys" e em "paixão pela Educação". As pessoas estavam fartos de Cavaco e dos escândalos e desmandos. Dias Loureiro, não esquecer, era ministro...

O panorama político anterior vinha daqui, como mostra o Expresso de Dezembro de 1990, com o governo de Cavaco em toda a sua expressão figurativa.



Depois daquela experiência com loureiros e afins que redundaram anos mais tarde em BPN´s e pior, até podiam aparecer almeidas, mesmo sem serem santos,  que seriam eleitos. Gato por lebre, foi então o que nos serviram. Porém, eles serviram-se bem. Jorge Coelho viria a seguir, ocupar o lugar dos loureiros...


Para arranjar estes 100 magníficos nomes, o PS tratou de modernizar a imagem e convocou uns "estados gerais",  ideia importada da internacional socialista.
O mesmo número do Expresso, de 18 de Março de 1985 explicava como se organizou esse conclave de nomes sonantes que nos anos a seguir nos governaram e tendo alguns deles se governado também. Estavam famélicos, eram uns zés-ninguém e foi o habitual "é fartar..."

Semanalmente Guterres reunia no Rato nomes como Pina Moura, José Lamego e um Vital Moreira, que estava presente por telefone, possivelmente por nessa altura ainda não ter direito a despesas de representação numa qualquer comissão de vencimentos numa empresa pública, como aconteceu pouco depois.
Para a pasta da Justiça, por exemplo, os nomes soavam a qualquer coisa que o futuro viria a revelar bem curioso: Miguel Galvão Teles, Sérvulo Correia ( que foi secretário do PSD uns anos antes...) José António Pinto Ribeiro ( acabou ministro da Cultura, por engano, no tempo de Sócrates) e até...Vital Moreira ( teria perdido a oportunidade de ir para as tais comissões de vencimentos das ep´s...). Vera Jardim ficou com o lugar até que outros dois nomes lhe sucedessem anos depois: os Albertos, Costa e Martins, lídimos maçónicos da tradição republicana. Os dois primeiros em vez da governação, prosperaram nas firmas de advocacia de parecerística.
Seja como for, um ano depois do "no jobs for the boys",  expressão pacóvia e para inglês ver, o Independente através do suplemento Vidas publicava este estudo em tom humorístico:


Com o governo de Guterres aparece o costumado fenómeno nacional: após a saída dos governos começam a mostrar-se os rabos de palha deixados. Os governos do PSD de Cavaco tinham rabos de palha que davam para incendiar de escândalos e processos penais todo o edifício do Ministério Público de então. No entanto, misteriosamente, tiveram sempre bombeiros ao dispor, de anomia feitos.
O PGR Cunha Rodrigues foi então pressionado para assumir a responsabilidade pela investigação desses escândalos, particularmente um deles que era central ao fenómeno da corrupção e tinha sido de algum modo destapado por João Cravinho, o ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território que se esfalfou para escaqueirar a JAE, o que logrou conseguir e escorraçar os sete magníficos que aí reinavam na administração.
Ao tempo o assunto que já tinha barbas desde o início dos anos noventa e dos governos de Cavaco, ganhou nova importância mediática como são testemunho estes recortes do Diário de Notícias de 17 de Outubro de 1998 e do Público de 13 de Outubro de 1998.
Tudo começou com uma denúncia envolvendo um empresário que disse ter perdido um contrato por ter recusado dar 150 mil contos ao PSD no tempo dos governos de Cavaco. É sabido que este tipo de financiamento não abrangia apenas o partido da oposição então no poder. É segredo de polichinelo que o MºPº se recusa a desvendar, desde esse tempo. Os partidos, sedes e gabinetes de responsáveis pela colecta dos partidos são uma espécie de santuário para o MºPº do DCIAP. Ninguém se atreve a incomodar tais entidades e como já anunciava em tempos um dos ditos, "quem se mete com o PS...leva!"
Tal foi oportunamente denunciado pelo general Garcia dos Santos que contou recentemente ao jornal i o que sucedeu com este João Cravinho, grande lutador contra a corrupção.

Jornal i- O eng. João Cravinho chama-o para limpar a casa, o senhor limpa, e depois zangam-se. O que se passou?
Garcia dos Santos- Fomos colegas no Instituto Superior Técnico. Houve um jantar de curso e nesse jantar o Cravinho a certa altura chama-me de parte e diz: “Tens algum tempo livre?”. E eu disse: “Tenho, mas porquê?”; “Eu precisava de ti para uma empresa”; “Que empresa?”; “Agora não interessa, a gente daqui a uns tempos fala”. Passado uns tempos chamou-me e disse-me: “Eu quero que vás para a Junta Autónoma das Estradas, mas não digas a ninguém que o gajo que lá está [Maranha das Neves] nem sonha”. O Cravinho deu-me os 10 mandamentos do que eu precisava de fazer na Junta, limpar a casa, obras que era preciso fazer, etc. Entretanto, comecei a conhecer a casa, dei a volta ao país todo e um dia disse-lhe: “Há aqui uma série de coisas que é preciso fazer e há 11 fulanos que é preciso pôr na rua”. Ele retorceu-se, chamou-me daí a dois dias, disse que era muito complicado. O problema é que era através de uma das pessoas que eu queria pôr na rua que passava o dinheiro para o PS.
 E não ficou por aqui, porque em 2009 já tinha falado no mesmo:

"Dois anos antes da chegada do general fora ordenada uma auditoria na JAE na sequência de afirmações do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Pedro Ferraz da Costa. Foram detectadas "actividades privadas geradoras de incompatibilidade legal". Mas - segundo a Procuradoria-Geral da República - em nenhum caso se evidenciaram "situações de corrupção ou de financiamento de partidos", precisamente o que Garcia dos Santos denunciou ao "Expresso" meses depois de ter renunciado à presidência da Junta.
"O engenheiro Cravinho e eu fizemos o mesmo curso no Instituto Superior Técnico", rememora o general. "Hoje apresenta-se como um paladino contra a corrupção, mas na altura recusou fazer certas coisas." Quais coisas? As respostas do general são crípticas: "Eu sabia de muitos empreiteiros?" Sim, mas quantos? "Vários, alguns..."
Garcia dos Santos exigiu a expulsão de "tal e tal e tal", funcionários da JAE. Cravinho aceitou mas acabou por recuar, o que levou o militar a pedir a demissão e a telefonar ao semanário de Pinto Balsemão. Na edição de 3 de Outubro de 1998 afirmou ter "quase a certeza absoluta" de que o governo sabia quais eram "as pessoas corruptas dentro da Junta".

 Portanto, em 1998, o assunto JAE que levou Garcia dos Santos ao então PGR Cunha Rodrigues tinha este contorno mediático, onde avultavam as guerras intestinas entre a PJ e o MP:


Como se pode ler, Cravinho "exigia" medidas contra a corrupção. Segundo Garcia dos Santos, quando teve o poder concreto de actuar contra uma corrupção concreta, nada fez. E depois foi para o BERD...nomeado pelos correlegionários de partido.
Cravinho? Cravinho? Não é para levar a sério...

Por isso mesmo, o grande Jorge Coelho, o tal do "quem se mete com o PS, leva..." foi tudo o que quis ser no partido e chegou onde nunca sonhou quando era mero amanuense na Carris. Tal como um Armando Vara que buzinava freneticamente na ponte sobre o Tejo quando o então ministro Dias Loureiro mandou para lá helicópteros para conter a fúria organizada de uns tais irmãos Pinto, presos alguns depois por tráfico de droga. O percurso de A. Vara ainda é mais espantoso e merece tratamento à parte.
Assim como é verdadeiramente espantoso o percurso pessoal de algumas personagens da vida pública. Até no futebol. Os "boys" do PS, associados aos do PSD tomaram literalmente conta do país em meia dúzia de anos, tendo a PGR visto passar os gambuzinos, com discursos muito afirmativos de direitos, liberdades e garantias que até faziam rir os especialistas do chico-espertismo lusitano.
 Como é que tal sucedeu?
 O Semanário de 10 de Maio de 1997 conta um caso exemplar como explica ao entrevistar Jorge Schnitzer despeitado pelos contratos entre a RTP e a Olivedesportos.

Repare-se como o despeitado Schitzer fala do dito quando o jornal o questiona sobre a origem da capacidade económica de Oliveira: " "não sei, mas uma boa ajuda terá certamente sido dada por este ruinoso contrato para o erário público celebrado com a RTP. Antes ele não tinha um tostão. Toda a gente se lembra de, em Saltillo, ele andar de martelo e pregos, de joelhos, a espetar a publicidadezinha nas placas. Ele só começou a ter dinheiro depois deste contrato com a RTP, verdadeiramente idiota para a empresa pública."

Apesar destas e doutras Guterres voltou a ganhar em 1999 em eleições e em 6 de Abril de 2002 arrumou a pasta declarando solenemente que se afastava por causa de um misterioso pântano que vislumbrou algures lá para os lados do Príncipe Real.
O sucessor declarou logo que o país estava de tanga. Mas não estava nada, segundo os correlegionários do bloco central de interesses que se seguiu e governou Portugal.
De tal modo que em 2004 um dos ministros de Guterres ( entre Março de 1996 e Novembro de 1997), Augusto Mateus,  dava uma entrevista ao Diabo de 24 de Fevereiro de 2004 em que declarava em tom premonitório que " não teremos futuro se se persistir  no modelo económico que vimos seguindo há duas décadas."
A entrevista notável não deve ter sido lida pelos então responsáveis pelos governos e o Euro 2004 foi uma festa. Tal como muitas outras que se seguiram...


Esta festa da Casa da Música só teve uma concorrente: precisamente a do Centro Cultural de Belém alguns anos antes. Pela mão do PSD...


Só uma pergunta depois deste apanhado: se houve pessoas responsáveis que alertaram a tempo e horas para o desastre nacional que se verificou, é legítimo fazer de conta que nada se passou e que quem assim governou tem apenas responsabilidade...política?
Aliás, o que é isso de responsabilidade política? Fugir do país durante algum tempo e regressar depois sem vergonha alguma? É isso?

EM TEMPO: 

“Todos aqueles que exerceram funções em Portugal têm uma responsabilidade, diz Guterres.
O antigo primeiro-ministro socialista António Guterres afirmou esta noite de sexta-feira que todos os que exerceram cargos públicos têm "uma responsabilidade" no estado actual do país, reconhecendo a sua parte na "incapacidade tradicional [de Portugal] para competir" com a Europa.
"Todos aqueles que exerceram funções em Portugal têm uma responsabilidade no facto de nós, até hoje, ainda não termos sido capazes de ultrapassar esses défices tradicionais, essa incapacidade tradicional para competir em plano de verdadeira igualdade com os nossos parceiros, nomeadamente no quadro europeu", afirmou António Guterres, em entrevista à RTP sexta-feira à noite.
"Ainda não fomos capazes - e eu próprio porventura também o não fui - de re-situar o país por forma a pudermos garantir aos nossos cidadãos melhores níveis de emprego e de bem-estar", reconheceu o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

Dizer isto de barriga cheia de ordenados chorudos pagos por instâncias internacionais é pouco.  É pouco porque se tal cargo ocupa deve-o em parte ao facto de ter sido primeiro-ministro e ter feito as asneiras que agora reconhece.
Enfim, é sempre o mesmo rock santeiro.


6 comentários:

  1. O gamanço é por escala.E sempre legal claro...

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  2. O zé povinho é que deve ir africanizando e fazendo o homem novo e mulato lá no bairro social multicultural...

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  3. disse alguém da esquerda festiva
    'errar é o mano'

    neste rectângulo, verdadeiro panteão de deuses tipo lixo humano,

    a culpa é sempre dos outros

    o confidente de guterres era o frade franciscano banqueiro

    por isso os contribuintes foram pelo cano

    perante tanta merda Cavaco sobressaiu de longe como o menos mau de todos

    o único que não deixou os contribuintes à beira da falência

    vêm aí em força os predadores apoiantes do MONSTRO


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  4. Esse punhado de mafiosos, em maldade muito piores e mais violentos do que os antigos mafiosos sicilianos, cujas fotos aparecem na capa da revista, como políticos foram/são os mais perigosos bandidos e os maiores traidores à Pátria a que este nosso Nobre País jamais assistiu ao longo da sua incomparável História. Faltam as fotos, creio, dos principais e mais diabólicos Capos, dentre eles Soares, A. Santos, Alegre, Piteira, Rosa Coutinho, Costa Gomes, Melo Antunes e outros mais que os secundaram nos terríveis crimes à Pátria, que foram/são tão criminosos quanto aqueles. Há dois destes, já falecidos (que eu tenha conseguido detectar na foto, porque há outros traidores que não estão lá e que deviam estar e que ainda estão bem vivos - quanto aos que deste mundo já se foram, mas igualmente culpados, infelizmente não chegaram a pagar em vida pelos horrendos crimes cometidos, como seria de toda a justiça) e todos estes e os que já cá não estão, devem continuar a aparecer em fotos e contìnuamente citados pelos historiadores e cronistas presentes e futuros como a genuína encarnação do Mal que feriu de morte esta nossa Pátria amada, isto para que as gerações futuras, e todas as outras se as houver, tomem perfeito conheciento da tremenda fatalidade que se abateu sobre Portugal pelas mãos de autênticos Diabos em figura de gente.

    Este foi/é um gangue de malfeitores desalmados que deveria ter sido neutralizado à nascença, mas os portugueses eram e continuam a ser crédulos e bons em demasia e não se aperceberam a tempo do verdadeiro satanismo que então os habitava, o mesmo que ainda hoje os habita.

    O Sr. Ten. Coronel Brandão Ferreira aborda eloquente e desassombradamente, como é seu timbre em tudo quanto corajosamente escreve, num destes últimos números de O Diabo, através de transcrições, como se processava malígna e criminosamente uma propaganda difamatória mentirosa contra Portugal e o Presidente do Conselho, a partir do seu ponto de mira em Argel. Este biltre Alegre, bolsava ao microfone daquela estação de rádio as maiores difamações e calúnias que imaginar se possam contra Portugal, Salazar e o seu Regime.

    Esse embusteiro e patife-mor, naquela sua verborreia pútrida, através dos microfones teve a supina e cínica desvergonha de acusar Salazar de provocar a emigração de 17.000 portugueses (ou coisa que o valha) à procura de trabalho!!! Esse cara de cu à paisana (desculpem o plebeismo) agora, neste lamaçal de regime que nos foi imposto à custa de brutas mentiras e pulhices mil, cala-se quem um rato dos esgotos, sobre o quase milhão de desempregados que têm emigrado nos últimos anos (só por ano são às dezenas de milhar) por falta de trabalho e/ou salários de miséria..., hipócrita e cínico do mais vil. Ah!, mas agora, dirá o sem vergonha se lho perguntarem, a democracia não tem culpa nenhuma da falta de trabalho e desemprego provocados pelos "governos da direita fascista..., os governos socialistas, verdadeiros democratas, é que devem voltar a governar para poder dar emprego e estabilidade ao povo" (estas tiradas são para rir às gargalhadas, como se porventura desde o golpe d'Abril tivessemos tido por um único dia sequer a direita patriótica no poder, hipócritas d'um raio é o que os democratas todos são!) e mais "a culpa do descalabro económico a que chegámos vai toda direitinha para a extrema direita que tem estado pràticamente sempre no poder" (com o beneplácito e por conveniência da esquerda e da extrema esquerda, esclareça-se)"!
    ( cont.)

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  5. ..., até porque 'esta direita' que existe desde Abril e que foi fabricada à pressa para ludibriar os portugueses e em simultâneo dar uma capa de pluralismo ao regime, é exactìssimamente igual em tudo a 'esta esquerda' que nunca quisemos, não queremos e continuaremos a não querer.


    Esse maldito Alegre levou os anos em que se auto-exilou após desertar, a mentir despudoramente aos microfones em Argel e depois, nos anos demasiados que já levamos de 'democracia'(a dele e dos seus sequazes, não a dos portugueses de Lei) continuou e continua a fazê-lo com todos os dentes que tinha e ainda tem na boca. Propagandeava miseràvelmente que Salazar mandava matar os oprimidos povos africanos com as armas compradas à Alemanha Ocidental. Grossa MENTIRA! Salazar comprava armas sim, mas para DEFENDER a Pátria e os portugueses das agressões brutais dos inimigos, os mesmos que nos queriam destruir como Povo e como País e NADA MAIS. E mesmo que tal fosse verdade e era rotundamente falso, esse pulha sem eira nem beira nunca se queixou de que na mesmíssima altura e isto passou-se durante anos, os terroristas, os mercenários e os traidores à Pátria, a viver à grande e com dinheiro alheio em Paris e em Argel, recebiam MILHÕES de MILHÕES dos países de Leste e em particular da URSS, única e exclusivamente para mandar matar à traição centenas de milhar de portugueses inocentes e pacíficos que tudo quanto desejavam era que os deixassem viver em paz como sempre haviam vivido. Para não falar dos mais de um milhão que a excelsa descolonização encomendada pelos dois internacionalismos maçónicos, abateu sem dó nem piedade. Carrascos desnaturados a quem aqueles infelizes só pediam para os deixarem continuar a ser portugueses. Isto sem contabilizar as muitas centenas de milhar de indefesos cruelmente abatidos e outros tantos milhares de estropiados e muitos milhares deixados abandonados a morrer, nas guerras civis subsequentes à descolonização exeplar que perdurou anos e anos nestes territórios.

    Esse canalha maldito, mais o Soares, o A. Santos, o Piteira, o Coutinho, o Costa Gomes e muitos outros - alguns destes infelizmente já cá não estão para sofrer as consequências dos crimes bárbaros cometidos - que os acompanharam nesta tragédia de proporções bíblicas sofrida por Portugal e pelo seu Povo, mereciam como pena de tanta crueldade praticada sobre tanta gente inocente e boa, o fuzilamento na Praça Pública, talvez mesmo no Rossio ou no Terreiro do Paço, estes os locais apropriados porque espaçosos para que uma vasta multidão pudesse assistir à expiação dos seus pecados - se é que eles tiveram ou têm a noção do que aqueles realmente significam para a purificação das almas dos seres humanos normais, que não os infra-humanos de que eles são a mais perfeita e completa personificação.

    Por muitíssimo menos, portugueses, alguns até inocentes, foram nessas mesmas Praças trucidados e andem lá que não há tanto tempo assim.

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  6. É dele a expressão «dar pérolas a porcos», referindo-se a um estudo que mandou fazer e que entregou aos deputados para ser debatido.

    Já se deve ter esquecido disso...

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