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terça-feira, outubro 14, 2014

as vacas e os boys

Hoje no Correio da Manhã vem uma crónica de costumes em duas notícias de primeira página que demonstra um ditado antigo e bem português: a uns arrebentam-se-lhes as vacas; a outros, parem-se-lhes os bois.

A primeira é esta:
Segundo se conta, os dissabores de Armando Vara com a Justiça continuam e estão para durar. O bravo empregado de balcão de um banco de Trás-os-Montes tem muito que contar. Desde que em meados dos anos noventa passou a ponte a buzinar, num fiat 127 ou parecido, em protesto contra o então ministro Dias Loureiro,  a vida sorriu-lhe. Foi ministro, deixou de o ser e como amigo de outro salta-pocinhas conseguiu tirar um curso superior na Independente, a la minute e num instante tornou-se administrador de bancos. Primeiro a CGD, depois o BCP, com juras do principal figurão, um certo Santos Ferreira, de que a competência daquele antigo amanuense era digna de doutoramento, passando por cima de qualquer mestrado. Por isso mesmo, Vara deixou de protestar contra Dias Loureiro.

Como se vê pela notícia, Vara parece que se esqueceu de declarar uma pequena quantia de 800 mil euros, no rendimento a colectar pelo Fisco, na altura do Face Oculta. Fraude fiscal, simples? Parece que é pior: como não haverá justificação plausivel para a maquia, o MºPº anda às voltas com a origem das  notas que apareceram nas contas bancárias, segundo diz o jornal. Veremos o que isto dará, sendo certo que acumulará aos cinco anos já contados para passar na Carregueira, se os tribunais superiores confirmarem, o que não é certo perante as presunções legalistas.

Portanto, a Armando Vara arrebentam-se-lhe as vacas leiteiras.

A outra notícia tem a ver com esta conhecida figura do meio lisboeta que mistura  negócios e empresas com assuntos juríricos de alto estado. Como é nosso conhecido não precisa de apresentação.


O advogado Proença já representa juridicamente a empresa francesa que pretende comprar a empresa portuguesa Portugal Telecom, PT.

"Natural, neste tipo de operações", diz o dito para esclarecer ditos. Naturalíssimo, pode acrescentar-se à maneira de um dupond. A francesa Altice é uma empresa que já tem a Oni e a Cabovisão e parece que têm dificuldades em detectar interlocutores para propostas de negócio. Daí à tal "naturalidade, neste tipo de operações" é um pequeno passo, já dado.

O que quer a Altice? Comprar pelo preço mais barato possível. O que quer a PT e os portugueses? Vender pelo preço mais alto possível.
Quem representa os franceses? Proença de Carvalho, naturalmente.A bem de Portugal, da democracia e dos portugueses, como gosta de dizer sempre que é entrevistado e não falta muito para aparecer outra vez na televisão, onde é figura residente em certas alturas, dos programas da SIC da dona Lourenço.

Ou seja, a este Proença parem-se-lhe os boys.

E como é que este ditado se encontra? Assim, como conta o jornalista Gustavo Sampaio no seu livro Os Facilitadores, a partir da página 290:


Como se pode ler, " o caminho percorrido pelo advogado Proença de Carvalho até á presidência da Cimpor entrecruza-se com o trajecto do ex-político Armando Vara que desembocou na presidência do Conselho de Administração da Camargo Corrêa África" e por aí adiante.

É por isso que se estranha tanto azar de um para tanta sorte do outro. Não sobra nada para o desgraçado? E para o outro, coitado que nada tem de seu e tudo lhe vem parar à mão de semear?

17 comentários:

  1. Do Vara, nada como aproveitar o próximo jogo da Selecção em Novembro (já vai tarde hoje) para dizer que não fala para o CM e vai mover um processo e tal.
    Do Proença, continuo sem perceber a sua ligação à Controlinveste e o papel administrador depois da compra dos angolanos.
    São mistérios com mais espinhos que as rosas do milagre ao colo de outras senhorias.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Carago:coitado do hominho!
    Já é embirração.

    Homessa: esqueceu-se, esqueceu-se - prontos.
    Os estudos queimaram-lhe as meninges e o que lá vai, lá vai...

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  4. o ministro de visita a um incêndio incentiva o esforço dos Bombeiros:
    'deixa arder, que é mato !'

    em ambos (os dois) os casos temos o rectângulo nas versões
    'Gaspacho Y Migas'
    'Oliveira da Figueira'

    quem trabalha e paga impostos não ganha para comer

    ainda 'hadem' ver muito mais coisas se não morrerem afogados

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  5. após 40 anus de sucial-fascismo

    'há muito gajo de esquerda
    que nunca tratei por tu:
    uns têm cara de merda
    os outros cara de cu'

    o costa do Intendente riu-se das cheias.
    devia ter ido na enxurrada

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  6. Tá em todas!
    É um diabo à solta no inferno da democracia.

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  7. A PT afundou por causa do Bes.

    Proença está a defender a família Espírito Santo e ainda procede à liquidação da PT... e ainda... e ainda... e ainda... esta democracia dá para tudo.

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  8. Armando Vara a continuar a ser julgado e "fusilado" pelos justiceiros de serviço que se acantonam nos jornais.

    Intoleráveis estes tipos de pressões.

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  9. Coitado do Vara, é uma vítima destes "pistoleiros do costume" é o que é...

    Nós, coitados, assistimos a esta perseguição infame a um impoluto e modesto empregado de banco na recôndita vilória de onde saiu, acompanhando o trânsfuga de Vilar de Maçada e penamos por ele.

    Coitado...é uma injustiça. É o que é.

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  10. Vara é um exemplo que devia ser ensinado nas escolas.

    Não é nada vulgar um amanuense de balcão bancário, deixar a terrinha, vir para Lisboa, trabalhar arduamente até conseguir alcançar a ponte Salazar num certo dia dos anos novente em que o então inimigo Dias Loureiro ( outro injustiçado que empobreceu repentinamente e nada tem de seu, agora) mandou fustigar os passantes que bloquearam espentaneamente a ponte. Vara estava lá, a buzinar e a tv miraculosamente filmou-o para a posteridade de um ministério do qual foi corrido por causa de outra injustiça: só queria o bem comum, com uma Fundação ilegal. Mesmo assim, o presidente Sampaio exigiu a demissão ao Pm Guterrese e lá teve que ser.

    Aparecido o trânsfuga de VIlar de Maçada, seu amigo de infância, foi o renascer para a recompensa dos sacrifícios sofridos.
    Uma recompensa de milhões de euros em vencimentos por trabalhar arduamente em reuniões de administração.

    Agora, acontece-lhe isto, este Face Oculta e estas pessegadas.

    Coitado do Vara. É uma injustiça, é.

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  11. E o culpado disto tudo não é ele, não senhora. É o correio da manhã e são os "pistoleiros do costume" que não gostam da "circunstância" do pobre Vara.

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  12. O Compadre e ex amigo do Cavaco, o proscrito OLIVEIRA E COSTA, veio de uma aldeia chamada Esgueira, perto de Aveiro, foi colega do Aníbal no Politécnico da Estrela, continuou a estudar de noite, licenciou-se ou doutorou.se em Economia, trabalhou no Banco Mundial. esteve no Governo de CAVACO com a pasta mais importante de distribuição dos fundos da então CEE e como quem parte e reparte fica sempre com a maior parte foi fartar vilanagem. Aliás ficou célebre um perdão de divida duns amigos de uma cerâmica lá da terra dele. Também trabalhou no BdP, TAMBÉM RECEBE A TAL PENSÃO VITALÍCIA, estabelecida no tal decreto que aí menciona elaborado por volta de 1990 Desconheço se ainda está em vigor. Vou perguntar. O Dr. José Oliveira e Costa no fundo foi uma vitima do Amigo e seus companheiros de infância, como o Teodosio Carapeto, o Fernando Fantasia que o levaram a comprar a empresa falida SLN mas que tinha uma coisa muito importante - uma licença bancária - que deu origem ao BPN. Era um economista muito competente, dentro da suas funções no BdP,. Como vêm não é só o Vara que veio de tamancos de Trás os Montes para fazer as coisas que o Pasquim CM com as suas ligações à justiça diz que ele fez. Deste nada posso dizer porque não conheço. Dos do BdP posso dizer tudo, porque lhes conheço os podres por dentro e por fora.

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  13. QUE NOMES DELICIOSOS: Teodosio Carapeto e Fernando Fantasia.

    Precem nomes de novela, em edição de autor principiante...

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  14. São nomes camilianos. O enredo também é.

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  15. Diz que o rapaz é uma jóia de moço.

    Tudo pelos amigos.
    Compinchas destes, passam bem. Na carregueira.

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  16. Os jornais e os jornalistas são como um canil onde os guardas abrem as celas quando os senhores julgam que algum passante os pode incomodar. Como os Portugueses gostam mais de roupa suja do que da verdade dos factos, deliram com os cães a correr atrás dos transeuntes.

    Felizmente, os cães ladram e a caravana passa!

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