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sexta-feira, outubro 17, 2014
Vem aí a pipa de massa e já há comissão de festas.
Esta notícia do i de hoje é preocupante por dois motivos: o primeiro é óbvio e tem a ver com a corrupção em estado puro, ou seja, a indetectável, inefável e impecável. É a corrupção moral que não existe no catálogo penal republicano, jacobino e laico. O antídoto para esta análise também vem na receita: apodar de fundamentalistas quem a acusa e está o caso arrumado.Ou defender-se como o fez o ex-comunista, socialista, capitalista e o mais que seria se tal fosse coveniente, Pina Moura: a ética republicana é a lei. E pronto.
Escolher uma empresa "amiga" para liderar um processo de "selecção de futuros gestores de fundos europeus" ( repare-se no preciosismo- uma empresa para seleccionar gestores...) é no mínimo sinal de que as coisas podem correr mal como correram da primeira vez e o dinheiro seja para espalhar em obras de utilidade duvidosa e formações em coisa nenhuma.
Tanto faz que a justificação jurídica seja adequada ou não porque a suspeita que fica, se o facto for como conta o jornal i é de que Rui Rio foi beneficiado. E isso conta, porque se borra por uma dúzia de milhar de euros e compromete um futuro político que afinal pode não ser futuro nenhum.
Isto, se a notícia for verdadeira, claro está.
Por outro lado, Rui Rio é agora "empresário" da área dos "serviços", dos "recursos humanos". Os "gestores" que forem escolhidos pela empresa de Rio ficarão agradecidos, veneradores e atentos aos futuros concursos para gastar os 12 mil milhões de euros, porque é assim que as pessoas, mesmo a muito bem intencionadas funcionam. São pessoas num ambiente propício e cujos costumes em Portugal são os que a experiência social mostra: onde aparece a ocasião surge o "ladrão", mesmo entre o nelhor pano das magníficas intenções dos discursos planos. Será inevitável e mesmo com todas as inspecções, fiscalizações e recomendações, haverá sempre tentações. É "uma pipa de massa". Logo...
O Secretário de Estado do desenvolvimento regional, Castro Almeida já decretou que era para "gastar tudo"...como dizia ao Sol de 1 de Agosto de 2014...e vai ser gasto, olá se vai. O bloco central precisa disto como de pão para a boca. Advogados de regime, empresas de vão de escada, consultadorias ineptas e "pogresso" em barda. Mais uma vez, seremos iguais a nós mesmos como povo, porque quem manda já mandou e não vai ser agora que vão alterar regras de comportamento assumido como corrente. Os jornais? Para quem é, bacalhau basta e ainda vai sobrar uns cobres para o "jornalismo".
Estamos tramados mais uma vez.
Estamos não mão de uns tantos que toda a gente sabe que vivem a sacar.
ResponderEliminarE depois ainda dizem que isso era coisa dos tempos da Ditadura.
Sinceramente responsabilizar Rui Rio Pelo controle e escolha dos gestores que vão acompanhar a aplicação de dezoito mil milhões de euros, não deixando os macons da oingoing sozinhos agarrados ao pote.
ResponderEliminarDá algumas garantias de que os investimentos sejam aprovados pelo mérito dos mesmos e não por influências de certas capelas.
Ou seja, do mal o menos?
ResponderEliminarQue seja, mas Rio já tem a sua tecnoforma em marcha.
E há jornalistas que escrevem "há força de" e "comparativamete com".
ResponderEliminarNeste país HÁ sempre uns eleitos ... à força de...!
Em termos de currículo profissional e ético do Rui Rio
ResponderEliminardeixa-me bastante mais tranquilo que o controle passe por ele.
Pelo menos as capelas não vão ter rédea solta para alimentar os clientelismos que existiram no passado e que nos levaram para a situação que penamos hoje.
Se for esse o caso, ou seja, Rui Rio ter montado uma empresa propositadamente para evitar aquele efeito, acho bem.
ResponderEliminarMas...foi mesmo assim?
É essa dúvida que alimenta o postal.
A empresa de Rui Rio vai escolher gestores. Pois...e se fosse o próprio Estado, com um departamento à prova de corrupção, a fazê-lo?
ResponderEliminarNão há ninguém para tal tarefa?
Estamos como no tempod e Diógenes que andou de candeia à procura de um justo?
inicio anos 50. Coimbra. pergunta feita a caloiros:
ResponderEliminar'-de que lado é que o penico tem a asa?'
actualmente a resposta certa seria:
'-do lado de dentro'
políticos e jornalistas:
a mesma tendência para a coprofagia
Estão todos a chegar-se á mesa. Aqui não existe partidos, só mamões. E o jornalismo de mer cá do burgo, a cantar hossanas, ao tó chamuça, o novo salvador da pátria, a fazer figura, claro, com o dinheiro dos outros. Não fosse ele um socialista. Em 2017, mais uma bancarota e depois é o povo que vive acima das possibilidades. É confrangedor, ver o povo ir atrás destas tretas.
ResponderEliminarPerdoem a "ingenuidade" , mas tratando-se de "jornalismo" à portuguesa e tratando-se de "pulhítica" à portuguesa, seria descabido considerar este título de capa uma manobra por antecipação para entalar Rui Rio?
ResponderEliminarÉ que, nesta caverna de Ali-Babá, o homem tem, pecado capital, fama de honesto.
E, pior ainda, obra e contas asseadas na Câmara do Porto...
De facto, tem fama de honesto mas lembro-me sempre a este propósito de um dito ouvi há uns anos a um inspector de Finanças, dos antigos. Dizia ele que "sério conheci um: era guarda-redes do Belenenses".
ResponderEliminarO que isto significa é uma atitude de quem não vai em "famas".
O Costa de Lisboa também tem essa fama. E daí?
É necessário o Estado contratar uma empresa "externa" para desempenhar um trabalho que compete a serviços públicos? É o que está aqui em questão. Sobrecarregar o erário público ainda mais.
ResponderEliminarDepois a alegada imparcialidade e isenção da empresa Rui Rio - referida pelo comentário do Miguel Quintas às 12:05 - para desempenhar a tarefa, é uma falácio ou um mito. Alguém com razoabilidade acredita que não vai haver "preconceitos" pessoais, académicos ou profissionais na avaliação dos futuros gestores. Vai ser mesmo uma avaliação totalmente isenta, criteriosa e imparcial? Tretas.
Houve algum concurso público - isento, imparcial, equitativo - para escolher a empresa a prestar este serviço? Houve uma avaliação criteriosa de várias empresas concorrentes e foi considerada a empresa de Rui Rio como a melhor, e a que garante um serviço mais competente? Ou foi uma mera "entrega" de serviços a uma empresa privada, que por coincidência é propriedade de um militante do mesmo partido político do Governo.
Depois é necessário desmitificar, ou melhor clarificar, outro mito propalado pelo comentário do Unknown. Sim é verdade que Rui Rio, na Presidência da CMP, foi mais honesto, e controlado nos gastos, que a anterior administração socialista, no entanto convêm não exagerar essa transparência porque também existiu nepotismo ou favorecimento de "amigos" com a administração social-democrata, mas como o público deixou de ver as antigas caras a serem beneficiadas e começaram a ver "caras novas" iludiram-se e deduziram erradamente que tinham acabado os "favorecimentos" e agora era tudo transparente e imparcial. Sei do que falo porque, por razões profissionais, vivi no Grande Porto no 1º e 2º mandato de Rui Rio e conheço - sem bajófia de minha parte porque apesar de tudo não sou íntimo - certas personalidades dos bastidores partidários que logo se alaparam ao séquito de Rui Rio.
Quanto ao alegado controle de gastos, sem o negar, considero que só não se poupou nas corridas de "popós", onde apesar de patrocínios privados foi gasto demasiado dinheiro público a sustentar vícios ou prazeres pessoais, em detrimento dos cidadãos locais que não podiam sair de casa, ao fim de semana, com a viatura pessoal para satisfazer as lides domésticas ou viam a sua mobilidade limitada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMais pobres e a ganhar menos do que em 1974.
ResponderEliminarhttp://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=4186090
1.
ResponderEliminarQualquer português de bem sabe que é cada vez mais difícil criar riqueza virtuosa em Portugal através da vida privada.
2. Rui Rio e &?
José Pedro Aguiar-Branco
Agostinho Branquinho
...
Não percam tempo a olhar para o pastor mas reparem no rebanho que o cerca.
3.
Qualquer português de bem sabe que é cada vez mais fácil criar riqueza indigna em Portugal através do estado.
O comentário do Miguel Dias diz tudo.
ResponderEliminarSó resta agora aos portugueses de bem afastarem-se da democracia para salvaguardarem a identidade moral e a tradição do ser português.
Já alguém se interrogou porquê é que interessava a Rui Rio apoiar o actual Presidente da CMP, Rui Moreira nas últimas eleições? Apesar da ideia, que o próprio publicou referiu, que era para evitar um descontrole de despesas com Luís Filipe Meneses, parece haver uma razão escondida. É sabido que Meneses foi contra a candidatura - as habituais facções opositoras/fraticidas no interior de um partido - de Rui Rio à Câmara do Porto em 2002, portanto a "vingança" foi servida passados uns anos, também serviu para a facção social-democrata de Rui Rio - que ironicamente ou hipocritamente apoiou Moreira - conseguir manter os mesmos lugares e benefícios em redor do poder camarário, que perderia caso Meneses ganhasse a Câmara Municipal. A vitória de Rui Moreira servia também a uma determinada facção social-democrata "encobrir" certos benefícios do tempo anterior que o actual Presidente não se atreveria a colocar em causa, porque devedor de apoios dessa facção na vitória entretanto alcançada. Porque é que - conforme os regulamentos - não foram expulsos alguns militantes sociais-democratas que publicamente ou escondidos nos bastidores, apoiaram Rui Moreira em detrimento do candidato do PSD. A sede partidária, em São Caetano, e Pedro Passos Coelho tiveram conhecimento dessas rebelias na concelhia do PSD Porto, mas porque não procederam como fizeram com António Capucho, porquê?
ResponderEliminarO banco de investimento novo é que vai tirar Portugal da lama.Vai distribuir as massas da UE muito bem deixando às moscas os outros bancos...
ResponderEliminarEscapando ao Rui Rio (de quem nunca gostei porque gente autoritária e self righteous dá-me náuseas, ainda que adorador por aqui e por ali), a coisa dos concursos públicos é uma epidemia.
ResponderEliminarComo já estive pessoal e profissionalmente ligado a este lixo, a dado momento achei que seria mais transparente colocar a impressão digital do gajo que iria ser escolhido para se evitar que outros perdessem tempo.
Isto não são concursos, são ofertas de emprego direccionadas.
continuamos 'num local mal frequentado' e 'manicómio em auto-gestão'
ResponderEliminarrazões para votar costa
óptimo administrador de câmara com custos inferiores às receitas
aplicação das doutrinas de Keynes ou seja gastar o dinheiro dos contribuintes em obras públicas altamente rentáveis
falar agora e pensar depois .. ou nunca
José disse que num certo caso não havia 'matéria criminal'
em comentários noutros locais houve quem entendesse que não tinha havido crime
pode parecer que a investigação é tão incerta como as previsões
A diferença entre haver "matéria criminal" ou crime é subtil mas pode explicar-se assim:
ResponderEliminarCrime é todo o acto voluntário declarado punível pela lei penal.
Matéria criminal é o acervo de factos que configuram esse tal "acto voluntário".
Normalmente faz-se um inquérito para apurar essa tal matéria criminal e depois imputa-se ou não o crime.
Para se dizer que não houve crime é preciso saber tudo da matéria criminal.
Nós, e digo nós incluindo todos os investigadores também, não dominanos todos os factos porque há um que nos escapa: o que fez realmente o tal dux e o que pensou nessa altura.
Alguém saberá dizer? O próprio saberá?
É essa a distinção.
Na altura que andava na faculdade, os idiotas trajados eram um movimento auto-denominado de anarco-sindicalistas.
ResponderEliminarFoi mais um motivo para detestar essa coisa da praxe: uma organização do tipo fascita...defendida por comunistas.
Todos uns idiotas.
Já tinha acabado com esses merdas, se mandasse nisto.
Nunca teve nada a ver com fascismo. É uma imbecilidade que se repete.
ResponderEliminarAquilo tem origem medieval dos goliardos do mundo-às-avessas.
É o oposto de juventude organizada sob direcção de Poder.
Eles até tinham lei própria e autonomia e os nomes e estatutos são gozos com o estatuto dos "duques" e dos lentes.
Falavam latim macarrónico que o Gil Vicente também usava com a mesma intenção.
Tudo isso degenerou em grunhice. Mas nunca, em momento algum, teve a ver com semelhanças com juventude fascista.
Pelo contrário- foi no Estado Novo que os comunas se apropriaram de muita tradição académica para fazerem agit prop.
(já li o mesmo disparate ao escritor comunista- o Mário de Carvalho)
Nome da novela para nova edição "a queda de um anjo"
ResponderEliminarCalisto elói de silos e benevides de barbuda - é rui rio, o morgado da invicta, em lisboa...
Se não podes ganhá-los, junta-te a eles.
Parece-me exactamente que pode vir a ser isso. Mas com a idade que tem ( igual á minha, aliás)julgo que não haverá esse risco.
ResponderEliminarLogo vou comentar o "acórdão" sobre a sexualidade depois dos 50...
Melhor, vou comentar as notícias sobre o acórdão...
ResponderEliminarEssa notícia é monstruosa, se for como dizem.
ResponderEliminarO que é que a "incontinência urinária e fecal" têm a ver com a sexualidade.
Se ficou assim depois da asneira, esse acórdão é uma ignomínia.
Mas também não se percebe se foi por isto que houve diminuição do valor da indemnização (60 mil é muita pipa)
Vou mesmo aguardar pelo post do José porque os jornais não dizem e eu também não sei se o montante da indemnização é em função discriminada das consequências da asneira.
ResponderEliminarNão sei a que corresponde a diminuição dos tais 60 mil euros e acho o valor total muito baixo.
Está aqui o acórdão
ResponderEliminarhttp://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/683aef3e81f7522480257d70004aee6f?OpenDocument&ExpandSection=1&Highlight=0,Maternidade#_Section1
Invocam muito mais razões.
Pois mas não vou ler o acórdão porque já escrevi apenas em função do que li no Público e no DN e vai ser sobre isso que escrevo.
ResponderEliminarDepois, em aditamento e após ler o acórdão acrescentarei o que for pertinente.
Ok.
ResponderEliminarAnda tudo marado a levar à letra qualquer treta.
Por exemplo, andei a curtir a anormalidade da queixa para a DECO por causa da barbearia onde não entram mulheres.
Já faltou mais para termos doutoramentos em igualdade de género com estas coisas.