Páginas

quinta-feira, novembro 27, 2014

Mário Soares e os bandalhos de há trinta anos

Em 20 de Junho de 1984 Mário Soares era primeiro-ministro, juntamente com Mota Pinto;  Eanes presidente da República e Rui Machete ministro da Justiça.
Nesse dia,  uma operação da Polícia Judiciária prendeu Otelo e uma série de outros elementos das FP25 suspeitos de terrorismo. As detenções foram efectuadas após mandado de detenção judicial e Otelo foi então interrogado durante quatro horas, "após uma busca à sua residência",  onde guardaria um célebre caderninho em que apontava tudo com o nome muito original de Óscar, pseudo vindo do dia 25 de Abril de 1974 e que serviu para o condenar. Otelo sempre negou os factos, esteve preso alguns anos ( quatro, salvo o erro) e nessa altura não houve nenhum Mário Soares a ir visitá-lo ao chilindró, fazendo manifestações contra o poder judicial fora dos muros da prisão, como ontem se viu, em mais um episódio vergonhoso para o regime democrático.

No dia seguinte o Diário de Notícias dava assim a notícia dos factos ocorridos, com opiniões de responsáveis políticos de então. Mário Soares estava no Japão, mas sabe-se agora que tomou conhecimento prévio da operação e eventualmente interferiu na mesma, dando o seu "agréement", por um equívoco relativo a um  nome: pareceu-lhe que um dos suspeitos seria membro destacado do PCP e tal equivaleria a matar politicamente uma força incómoda para o governo de então.
Foram então ouvidos representantes dos partidos incluindo a FUP que lamentava terem-lhe tirado tudo...

O advogado do recluso 44 foi então advogado de arguidos nesse processo. Daí o interesse nestas memórias.

Quem defendia então Otelo? Por exemplo, Vítor Alves, militar como ele. E que disse então? "Inocente"...


As FP25 foram então desmanteladas e os saudosos do PREC dissolveram-se em actividades menos bélicas, abandonando progressivamente a ideia sobre "o que faz falta", musicada por José Afonso  e mais consentâneas com a vida democrática hurguesa.
Isso representou verdadeiramente, dez anos depois, o fim do PREC.
Um dos fenómenos então surgidos foi o de alguns advogados dos então presos das FP25 serem eles mesmos agentes da própria organização informalmente terrorista. O Ministério Público de então ( eventualmente Cândida de Almeida e marido, entre outros) requereu, um ano depois e em fase de julgamento a extracção de certidões para investigação dos advogados por serem pagos com dinheiro da organização criminosa.




Olha se alguém se lembrasse de fazer o mesmo com um certo advogado comprometido com o recluso 44...
Não seria boa ideia?

34 comentários:

  1. o socialismo do boxexas caminha em areias movediças tal como o seu dirigente de fila (detesto bicha)

    sempre os mesmos objectivos:
    EU,o Meu Ego, os meus companheiros de estrada
    cilindro que se intrometa

    aos 90 deu um espectáculo indecoroso em Évora
    pelo qual devia ser responsabilizado

    parece que a pildra entrou em auto-gestão

    ResponderEliminar
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  3. Se o sr conselheiro de estado, demonstra pública e notoriamente tal destrambelhamento e obnubilação - não deveria o MP requerer a sua inabilitação?
    O artº 141º do CC, é clarinho.

    É que não parece estar no uso da razão necessária para exercer as funções que (de vez em quando) exerce.

    Ou então, se não esta incapaz, deve ser responsabilizado civil e penalmente pelo que diz.
    No campo penal, também o MP terá legitimidade para tal, nos termos do CPP e CP.

    As coisas são o que são - e como são.
    Não se podem escamotear.

    ResponderEliminar
  4. Ninguém tem coragem de o incomodar porque já cometeu crimes públicos anteriormente e ninguém se preocupou. Quando apelou a insurreição violenta contra o Estado de Direito...

    ResponderEliminar
  5. Agora percebe-se bem porque o fazia: nada disto tinha sucedido e o recluso 44 a esta hora estaria no seu apartement a gozar a paisagem de la Seine...
    Por outro lado teríamos outro resgate com a ajuda ao BEs que seria certa no caso do PS mandar.

    ResponderEliminar
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  7. ORRIJO: O artº 141º do CC, é clarinho (ex vi do 1923º nº 2 e e 139º e 156º - todos do CC)

    JOSÉ: Bem sei,,
    Então, 2 magistrados jubilados, pelos 80s rijos, que lhe fossem às fuças (mailo biqueiro no cu) em defesa da honra... :-)

    ResponderEliminar
  8. Deste caso do dito advogado pertencer às FP25 tenho eu a certeza absoluta.

    Por mero acaso. Foi literalmente por mero acaso que percebi depois.

    Ele esteve a monte na véspera da prisão do Otelo.

    Teve medo de também ir de cana.
    O bandalho desgraçou-se com o jogo. Teve o que merece, o poltrão.

    ResponderEliminar
  9. «Por outro lado teríamos outro resgate com a ajuda ao BEs que seria certa no caso do PS mandar.»

    Não estaria tão confiante que não teremos.

    A velhacaria dos tugas é grande. Sabem fazer contas de mercearia e se a prazo lá acharem que vão ter uns aumentos, que se lixe a moral da questão.

    ResponderEliminar
  10. Romeu Francês, um desgraçado.

    ResponderEliminar
  11. Toda a malta que eu conheço que vota PS anda demasiado calada.

    Até se lembram de me fazer umas perguntas ao lado para fazer conversa e acharem que disfarçam

    ahahahaha

    Acho tão engraçado estes teatros. Eu finjo também que não percebe e lá conto umas piadas secas a propósito disto. Assim como quem fala de tempo, para atrapalhar.

    ResponderEliminar
  12. Sim. Exacto.

    Tenho a certeza absoluta.

    Foi memso por mero acaso.

    Ainda contei o caso ao Saldanha Saches e ele riu-se e disse que tudo o que eu achava era mais que provável.

    Foi. Foi uma coisa um tanto surreal dadas as circunstãncias. Porque eu nunca imaginaria nada. E ele a monte

    ahahahahahaha

    A monte e numa merda que estava a preparar para me tramar. O vendido tinha-se preparado para me tramar da forma mais porca.

    Ora eu, como não sou ceguinha, topei que havia marosca (e nsem saber da missa metade e de quem o tinha comrado) e disse-lhe umas das minhas, das fortes.

    Depois telefonei porque o cabrão tinha-me dado um prazo na armadilha que tinha preparado.

    E ele estava a monte. E eu a pensar que era com medo de mim e no dia seguinte é preso o Otelo

    AHAHAHHAHAHAHA

    A monte, mesmo. E a mulher histérica com medo por causa dos filhos. E eu a pensar que os anormais eram tão bandalhos que até fugiam assi mde mim


    ":O)))))


    Safei-me eu dele e safou-se ele de mim, à conta das FPs

    ResponderEliminar
  13. Lembro-me de lhe ter dito tudo o que ele estava a dizer e a chantagem que me propunha não me atemorizavam.

    Antes pelo contrário. Não conseguia levà-la a sério porque me bastava olhar para ele e imaginá-lo em cuecas.

    A seguir foi a monte e depois aparece como advogado do Otelo qeu tinha ido de cana

    AHAHAHHAHAHAHA

    ResponderEliminar
  14. Ma salguém sabe de onde vem este João Araújo?

    ResponderEliminar
  15. O tipo de cuecas dava figura de Reiser...

    ResponderEliminar
  16. ...os seguristas, andam demasiado calados ih ih ih ih...

    Segurista "sofre"....

    ResponderEliminar
  17. O mais engraçado é que dos meus conhecimentos, noutras ocasiões era logo telefonema e indignição e patati, patata.

    E agora, nada. Não tugem nem mugem.
    E eu conto umas piadas secas e rio-me muito, como se estivesse a falar da meteorologia.



    ResponderEliminar
  18. um dia fui visitar o convento de Cristo por causa da biografia do 1º Marquês de Tomar

    nunca curva em frente ao Mouchão estava o otelo à varanda do 1º andar dum prédio e eu a pensar que estava preso

    por causa do frio devem fornecer um capote à alentejana ao 44

    'rir é o melhor remédio'
    o mais barato e não é falsificado como os adquiridos online

    no dia em que desejarem matar podem faze-lo com vendas online

    ResponderEliminar
  19. Toda a malta que eu conheço que vota PS anda demasiado calada.

    Por outro lado, saltaram da moita umas carpideiras que andavam disfarçadas.

    O anormal que toma conta do Portugal Contemporâneo acabou de dar o golpe de misericórdia naquilo:

    Quem se sentir contente com a prisão preventiva do José Sócrates, não é um liberal nem sequer um cristão, é um canalha e um estupor.

    ResponderEliminar
  20. Eu já estava à espera. E o mesmo do PA.

    São pancas.
    Estas coisas não têm explicação política; só de divã.

    Mas olhe, uma coisa sei, por experiência própria- é bom estar-se de aviso com um poltrão.

    Aquel sentimento escrito em americano, o tal ashamed- a mistura entre sentimento de culpa e vergonha escondida é coisa mais velha que o mundo- é a matriz judaica que depois precisa de denunciar os outros- os que estão em paz e de consciência limpa- para se livrarem desse estranho mal estar que sabem engendrar.

    ResponderEliminar
  21. Mas esse anormal é idiota nato. Ele nem sabe o que diz. é a cartilha, o problema da ortodxia da cartilha, da religião liberal. Até invoca Deus sendo ateu por causa da cartilha estar a ser conspurcada.

    Mas nem sei onde vê a conspurcação da cartilha. O Euro2cent já citou Tucídides e lhe explicou em que consiste a dona Liberdade- uma coisa entre iguais que podem sobre os que não podem e que amocham

    ResponderEliminar
  22. Mais caricato foi o que o MEC escreveu no jornal.

    Uma palhaçada. A comparar-se com um eleito que tem por obrigação ervir o povo.
    E também a encontrar a tal empatia de vigarista, apenas por ser caloteiro e o cavalo ser droga cara.

    ResponderEliminar
  23. Pois, eu vi que sim.

    Eu já tinha reparado que andava ali mouro na costa com os rodriguinhos ao costa e a passagem a redacção em crioulo acordita.

    Mas não contava com a radicalidade do arrelampado que ali lhes deu nos cornos...
    Dir-se-ia que são da família do menino de oiro.

    Diz-se que as mulheres é que são intuitivas, mas a minha também raro me falha nestas merdas.

    ResponderEliminar
  24. Quanto a ser coisa de divã, tenho cá as minhas dúvidas porque não deixo de achar que é insultuoso para os malucos verdadeiros, que não têm culpa do que são...

    ResponderEliminar
  25. Sobre MEC e os eleitos, contou-me uma vez um esgalhado que conheço (um personagem que diz que ia tomar café de tractor trajado com fato da Scabal) que o testemunhou a cortejar a comunidade do povo eleito da Covilhã e depois a ser zombado pelo chefe dela pelas costas. Ahahah!

    ResponderEliminar
  26. ehehe Essa do mascarada não sabia.

    Digo que é de divã no sentido de ser uma reacção psicológica.

    Há quem não saiba resolver o que pensa e o que sente e vá entupindo.
    E depois, até certo ponto, sabem que estão a calar ou a não agir por cobardia e para tirarem dividendos.

    Mas são pessoas muito moralistas. Não são os desonctraídos que se estão nas tintas.

    Por isso, por serem muito moralistas, quando a situação muda e fica à vista por grupo maior a mentira onde sentiam as costas protegidas por a amioria calar, sentem essa necessidade de atacarem para se limparem.

    Não encontro outra explicação porque na vida real já apanhei com o efeito poltrão em cima, a cobrar a má consciência pelo que não fez e devia ter feito.

    E isto acontece com quem não cobra nada a ninguém.

    Se v. fizer parte do grupo dos patrulhadores de consciência e viver a denunciar so outros, eles acobardam-se. Mesmo sendo grupo de patrulha diferente.

    Se v. não viver em matilhas e nunca acusar ninguém e até estar a salvo dos problemas que são deles, pode ter uma surpesa porque lhe vão fazer pagar por isso.

    ResponderEliminar
  27. é bom nunca confiar na bondade de um poltrão.

    Para resumir é isso. Porque o poltrão tem os vícios de quem não consegue ser bom mas também não quer ser visto como mau.

    Fuja deles

    eehhehehe

    ResponderEliminar
  28. o joao araujo? eh publico que vem de goa. nao basta?

    ResponderEliminar
  29. É pá. Podia vir do Algarve ou da Conchinchina que em nada altera a questão de ter sido defensor de brigadistas.

    Veio de onde politicamente, entende ou nem assim?

    Andou por onde, tendo a idade que tem? ou acredita que era um mero advogado que por mero acaso foi defender quem foi?

    ResponderEliminar
  30. Um mero advogado apolítico que calhou terem encontrado pela lista telefónica.

    Estudou direito, nunca se meteu em nada e deu em defensor dos bombistas.

    Veio de Goa, pronto. É o melhor retrato biográfico para se entender quem era na altura.
    Só pode.

    ResponderEliminar
  31. Coisa de cientóino apalermado. Não sabe ler e pensar é sempre assim.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.