No Diário de Notícias de hoje há mais uma entrevista de José Miguel Júdice, captada a vol d´oiseau entre bicadas numa salada de polvo, boletos e trufa branca de Alba e um prato forte de risoto com atum. No Eleven, bien sûr e mais uma vez o assunto foi a haute cuisine de quem passou estes anos a aplaudir, pedir bis, muito bem, ao poder que passa. No Portugal dos últimos vinte anos, Júdice safou-se e Marinho e Pinto é que o topa.
Júdice assegura agora que Costa é quem conseguirá "melhorar isto um bocadinho". "Mais que os outros". No fim do respasto confessa-se "favorecido". Não duvido.
Outro "favorecido" é Pacheco Pereira que passou os últimos anos a perorar contra os moinhos de vento da "direita liberal" encastoada nos "actuais governantes". Pacheco Pereira perora agora em favor do eminente constitucionalista Reis Novais, cujas prestações em Prós&Contras já são lendárias pela defesa intransigente do modelo...socialista. O democrático, claro está e prè-Vallscente na actual conjuntura nacional.
Pacheco, antigo esquerdista no PREC, não gosta destes "actuais governantes" que não se intelectualizaram devidamente com os gritos do povo e atacam a Constituição por esta se dizer ainda veículo para a construção do socialismo. O Tribunal Constitucional vem por acréscimo. O panegírico ao livro do tal Novais é o mote e começa logo por questionar o aspecto "jurídico" de uma intervenção política de uma "actual governante". Mesmo declarando-se incompetente nass matérias jurídicas, não percebe por que motivo aquela disse que podiam ser aplicadas ao Tribunal Constitucional "sanções jurídicas" . Não entende e pergunta e pergunta. Mas se não entende, porque pergunta?
As "sanções jurídicas" como está bom de ver para qualquer político assentam na revisão constitucional ou na revisão do método de escolha dos juízes do Tribunal Constitucional. E não serão legítimas tais revisões perante a carga ideológica dessa mesma Constituição com que Pacheco se sente confortado? E não serão legítimas tais dúvidas sobre o papel concreto e politizado partidariamente, dos juízes do Tribunal Constitucional quando é um dos seus pares que o denuncia por escrito em voto de vencida em acórdão? Ou será o tal Novais o guru da verdade constitucional?
Pacheco Pereira há muitos anos que se acantonou a um discurso comentarista com base ideológica profunda e já com laivos cabotinos porque não suporta algo que não consegue definir. É irracional porque a sua evidente adesão ao cavaquismo do inícios dos anos noventa mostra uma conversão tipo alheira: não foi genuína e dentro das tripas do envólucro discursivo continua a rejeitar a carne de porco liberal. Devia fazer como o anterior favorecido e declarar o seu afecto ao Costa.
Por fim, outro favorecido é o jornalista Óscar Mascarenhas que provê o leitor do Diário de Notícias.
Desta vez provê que Fidel Castro será pessoa séria e nada como o pinta o ajudante de campo que conviveu de perto com o dito, em livro já por aqui cronicado.
Óscar traduziu dois livros sobre Fidel e por isso desconfia do que este escriba denuncia, particularmente o mais grave: Fidel é um assassino na medida em que manda matar quem se lhe opõe de modo sério. E o modo de vida que levou em Cuba não se reduz aos iogurtes personalizados.
Fosse o livro sobre Salazar e Humberto Delgado e teríamos o Óscar a repetir a ideia comum sobre a autoria do assassínio e sem dúvida alguma.
Assim, não há provas de nada até porque um dos livros que traduziu ( com "quase seiscentas páginas" ) não diz nada disso...
Este artigo é o equivalente ao velhíssimo truque comunista de argumentar pelo absurdo, quando diziam que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno almoço.
Porque é que estes três indivíduos são "favorecidos"? Porque representam a ideologia dominante em Portugal, aquela que perpassa pela "intelligentsia" nestes últimos 40 ou mesmo 50 anos. Uma idelogia de esquerda rançosa e de viço embalsamado.
Aqui não há lugar para o slogan da Aplle de há uns anos - "think differente". Aqui tudo se homogeneiza nestas ideias simples: o liberalismo suposto de um governo que nem isso consegue ser por causa do país que temos é classificado e adulterado para efeitos políticos, visando desqualificar eleitoralmente uma certa "direita" inexistente em favor de uma esquerda sempre presente e bem pensante como o demonstra o artigo do jornalista Óscar.
O caso de Júdice é o mais penoso: não tem ideologia. É apenas compagnon de route de quem lhe der de comer. Bem, claro está. Agora cheira-lhe a Costa...
«Não sou dos que julgam que há uma verdade política; mas firmemente creio que há verdades políticas tão exactamente demonstradas pela razão e pela experiência como conclusões das ciências positivas. Os que julgam possuir a verdade na política e governo dos povos vão desgraça-los com a imposição, até onde puderem, do seu elixir universal; os que não crêem nas verdades políticas pouco se lhes dá dos regimes e dos sistemas, mudarão ao menor sopro as instituições dos países, dispor-se-ão a sacrificar com elas as garantias da sua própria segurança e vida colectiva, sem ver que há por vezes aí tentativas e manifestações... de domínio do exterior.
ResponderEliminarEis porque, sem esquecer a História com seu mostruário de instituições políticas que morreram, se revezaram ou rejuvenesceram, nem supor que se cria agora para a eternidade e tudo se conservará imutável no tempo, o que seriamente me preocupa é saber se, sim ou não, têm sido focados os problemas centrais da comunidade nacional e se, através de reformas de toda a ordem, e à frente as das instituições políticas, se tiveram presentes as verdadeiras necessidades e possibilidades da Nação portuguesa.
Que isso tenha sido percebido e devidamente apreciado pela genialidade dos contemporâneos não interessa senão ao momento político e em certa medida, pela calma da consciência pública e a tranquilidade que cerca o trabalho do governo. O que acima de tudo importa é que se tenha encontrado o verdadeiro caminho, seguindo o qual o povo pode viver tranquilamente a sua vida e a Nação cumprir a sua missão histórica, isto é, realize o que é essencial na vida e seja fiel ao que é permanente na História. Só isso na verdade é transcendente para o futuro do País».
Oliveira Salazar («Discursos e Notas Políticas», Novembro de 1943).
Estes Vasconcelos modernos,discípulos do Marx-Lenine-Estaline-Mao disfarçados de Miguéis Tiagos afinal dão-se bem na vida a vender a sua banha da cobra.Mas peçonhenta...
ResponderEliminarAdeptos do tudo e do seu contrário tanto descolonizam como nos colonizam e todas as razões são boas enquanto o zé povinho numa de todos iguais,todos diferentes vão rumando para África cá dentro...
Na minha modesta opinião o PASSOS.QUE.ABRE.TODAS.AS.PORTAS, segundo o seu ex patrão Madeira da TECNOFORMA, quer voltar a propor o Fernando Nobre da AMI a quem ele, mentiroso desde criança, prometeu o lugar de Presidente da Assembleia da Republica, pois como só tem diarreia na cabeça esqueceu-se que para eleger o Presidente precisava de 2/3 de votos dos deputados. T~em andado em reuniões secretas para o Marcelo E o SANTANA não saberem. Vejam como o Santana já mudou do caneiro do correio da Manhã para a SIC N do DDT Balsemão. É TUDO GENTE MORTA
ResponderEliminara 5ª das lágrimas apoia os 3 candidatos
ResponderEliminar« -Inês ! Inês ! quem te matou !
-foi o pacheco»
Fkuruibundus, estou a tentar decifrar o seu comentário:
ResponderEliminar5ª da lágrimas em Coimbra os proprietários são a família do José Judice.
Inês, Inês Dom Pedro
foi o Pacheco? Será o Pereira?
Resumindo não sei quem apoia os 3 candidatos. Obrigada pela charada.
Agora vou jantar ao Eleven que era do Judice mas já vendeu.
Vender,vendeu mas entretanto comprou uma courelazinha em Loulé (claro que em nome da filha,amor filial a isso obriga) onde irá ser construído o IKEA do Algarve.Dá-se o acaso do excelso pai também ser advogado do IKEA em Portugal. País de acasos!
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