Páginas

segunda-feira, dezembro 15, 2014

Vem aí mais cobóiada e a "posse" já está de atalaia

Expresso online:

A direção geral dos serviços prisionais negou o pedido de entrevista do Expresso ao ex-primeiro-ministro depois dos pareceres negativos do juiz Carlos Alexandre e do procurador Rosário Teixeira.


O recluso 44 queria falar publicamente através de uma entrevista. Provavelmente alegar a habitual inocência que aliás lhe é presunta e implicar os "pistoleiros do costume" nas malfeitorias de que se sente vítima.
Não contente com as missivas escritas a vermelho queria agora estralejar argumentos de ordem variada e prontinhos a convencer convencidos, mormente antigos apaniguados do sistema que capitaneou durante anos a fio.


O recluso 44, segundo se conta no Correio da Manhã de hoje, disse para quem o estava a ouvir em escutas, antes de ser detido: "eles não têm coragem de me prender".


Enganou-se, foi mesmo preso e sabe Deus até quando, mas é curioso analisar eventuais razões para a fanfarronada típica de capo do bas fond.


Um indivíduo como o recluso 44, antes de o ser já o era. Quer dizer, recluso na sua própria importância de cargo exercido e sustentado por uma força política com peso eleitoral suficiente para governar.
O recluso 44, provavelmente  julga-se ainda um intocável dessa força de mando executivo e portanto com poder de nomear, de alterar leis e mudar sistemas de funcionamento orgânico. É muito poder que nenhum juiz tem ou terá e por isso é mais que natural que um indivíduo como o recluso 44 se julgue acima desse poder.
Um indivíduo cujo percurso político se fez com base em jogos partidários de espécie democraticamente duvidosa ( a luta intra-partidária é feroz e com leis da selva, em que ganha o mais forte nas influências e apoios recolhidos em promessas inconfessáveis) é bem capaz de se julgar no topo do mundo nacional quando atinge o cimo do poder executivo.
No caso teve a cúpula do poder judicial do seu lado, em várias ocasiões e tanto lhe terá bastado para se julgar acima desse poder. Aliás, começou o mandato político com ameaças concretas a esse poder democrático e que não respeitou,  acompanhando-as de insultos implícitos em acusações infundadas sobre pretensos privilégios e desabafos particulares sobre a vontade de "lhes quebrar a espinha".
Teve igualmente todo o poder legislativo de uma maioria absoluta, capaz de impôr legislação adequada à sua vontade e apenas controlada pelo poder constitucional se chamado a tal, sabendo-se que até esse poder estava minado pelos tentáculos maçónicos e afecto à maioria absoluta.
Teve depois a petulância de atacar soezmente o poder que se lhe opunha na presidência da República inventando uma cabala que aproveitou como arma de arremesso e indignação forjada.

O séquito de apaniguados que esses poderes combinados lhe conferiram fizeram-lhe perder a noção da realidade e a lembrança de que ao pé do capitólio está a rocha trapeia.

Essa obnubilação continuada, potenciada por uma energia oculta e artificial, em que avultarão "velhos vícios" de luxo e afins, transformou um pobre diabo inseguro e em busca de respeitabilidade num candidato a ditador de paróquia, cargo que desempenhou em algumas ocasiões públicas e eventualmente privadas e quem lhe obedeceu saberá com certeza melhor dizer.

O mistério da adulação que provoca ainda em alguns sectores de prosélitos do partido e dirigentes próximos ( o Pereira e o Almeida que estiveram no Poleiro, por exemplo) torna-se fácil de explicar: devem-lhe tudo em termos de carreira pessoal e muitos outros devem-lhe empregos e mais empregos e cargos e mais cargos, para além das benesses próprias e inerentes a quem comparticipa do poder de administrar verbas do orçamento do Estado, com alguma margem de discricionariedade.  Serão eventualmente alguns milhares que sofrem agora as dores do recluso 44 e anseiam pelo poder perdido e à vista de umas eleições próximas.

Esses estão prontos para a cobóiada que se adivinha e já se acercam em "posse" das instituições  que mantém preso o seu ídolo inocente, garante futuro do seu regresso ao passado.

Tal como nos filmes, conspiram em grupo, reunem armas e munições e prontificam-se a assaltar virtualmente  aqueles que o prenderam, através do descrédito que lançam sobre as instituições e pessoas que  as compõem.
 Neste vale tudo,  preferem um  desfecho com batalha final  no campo aberto da política. É esse o território onde ditam leis mais favoráveis à vitória contra "os pistoleiros do costume" que apenas disparam as balas com calibre legal e com as espingardas muito contadas pelos diversos impedimentos legais.
Pelo contrário, a "posse" dispõe de armas modernas, sem limite de munições e não convencionais.

Nesta inversão de valores,  os maus são os que supostamente devem zelar pela honra e dignidade das instituições que funcionam com as regras que aqueles mesmos instituiram para se aplicarem a outros. Os bons, com presuntos implicados, são os que lutam pela libertação do prisioneiro inocente.

Enquanto mantiverem o engodo desta inversão, estarão sempre a ganhar.

9 comentários:

  1. O campos continua um torcionário.
    O facto de estar balhelhas, não o absolve.

    Tal pai, tal filho...

    ResponderEliminar
  2. Esse Campos é a imagem deste PS.

    ResponderEliminar
  3. Psicologicamente acho que ele e a côncia são irmãos gémeos.

    São ambos border line a quem o dinheiro e o poder subiu à cabeça porque já eram bas fond.

    ResponderEliminar
  4. E ele soube rodear-se de todos esses patinhos feios que dominam as causas fracturantes.

    Aposto que a Ilga também há-de ter recebido boas pipas.

    ResponderEliminar
  5. Realmente a gayolândia ainda não compareceu em força na choldra de Évora, nem a Cancia.
    São mais uns que estarão na lista negra do homem.

    ResponderEliminar
  6. Off topic, encontrei esta referência num comentário no blog Portugal Profundo:

    https://www.youtube.com/watch?v=hbo7A32JdoM

    António Costa a garantir, em 2012, que irá cumprir o mandato até ao fim, porque quer honrar o compromisso com os lisboetas, e porque é incompatível o exercício do cargo de Presidente do Municipio com o de secretário geral da Maçonaria, digo, do PS.

    ResponderEliminar
  7. A preocupação deste Campos é com outro Campos, seu filho. É que, se até ao "divino" engenheiro engaiolaram, o que não estará para lhe acontecer?

    ResponderEliminar
  8. dos socialismos em geral
    e do existente no largo dos ratos

    mário e as mario-netes

    'quelle bordel la dedans'
    'bordel de merde'
    'asshole'
    '19th assole' (golf)

    estão aí e em força, para virar tudo do avesso no próximos anos,

    porque vieram para ficar e 'hadem' fazer quanto desejarem

    'num' tenho dúvidas e dívidas só as dos contribuintes

    ps e Macau há só um

    'habituem-se!'

    ResponderEliminar
  9. Estrebuche o Detrito 44 e suas inconsoláveis escravas. O seu jogo pestilento será exposto migalha a migalha até ao nojo supremo.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.