O Professor Soares Martinez, jubilado da Faculdade de Direito de Lisboa voltou a escrever no Diabo e desta vez citou Platão, discípulo de Sócrates.
O que menciona do filósofo permite entender que na Antiguidade Clássica era importante ter como governantes pessoas que fossem ricas em valores e virtudes e pobres de ambição pessoal ou patrimonial. O contrário significará a perda de "toda a cidade no seu conjunto".
Por outro lado, os bons juizes são aqueles que têm experiência, prudência e inteligência" e sempre com idade suficiente para tal.
E por fim, deve preservar-se sempre a imagem do bom carácter nas obras de arte e afins e se necessário proibir as "flores do mal".
Estas ideias simples foram a filosofia do salazarismo, de algum modo. Porém, para as executar e estabelecer como ideologia dominante, foi preciso instaurar um regime de repressão a certas liberdades e censura permanente a manifestações do "feio".
O problema, nestes casos, é definir o que é feio e impôr o gosto aos demais.
Quando o filósofo pergunta em modo retórico se não se devem vigiar os artistas e " impedi-los de introduzirem o vício , a incontinência, a indignidade e a fealdada na representação dos seres vivos", em nome de um padrão de beleza que pode ser apenas subjectivo está lançada a semente de um regime com a liberdade vigiada.
O salazarismo foi isso: um regime que vigiou a liberdade de fazer de outro modo em nome de um bem comum que até determinada altura era mesmo comum mas com o tempo deixou de o ser em absoluto e passou a ser apenas relativo. A Igreja católica teve imensa influência nesse gosto e o povo de há cinquenta anos ainda estava muito influenciado por esses valores e princípios que se reflectiam nos costumes.
O salazarismo mesmo com esse defeito de origem- o de cercear a liberdade em nome do bem comum- tinha virtualidades que mereciam ser estudadas e aproveitadas, por uma razão simples: no final de contas o que a democracia burguesa trouxe ao país foi a liberdade de se apresentar a fealdade de outros tempos transformando-a em beleza artificial e invertendo de algum modo os valores. Ou seja, de certa forma é uma tirania na mesma porque agora se diaboliza exactamente o que era então entendido como belo e apreciável. E ao diabolizar-se a figura representativa desse período, deitou-se fora o menino das boas ideias com a água suja da repressão gratuita.
Como se desfaz este nó górdio da actual democracia? Com a reposição da figura de Salazar que continua maldita e o estudo do que disse e fez.
ementa única da republiqueta social-fascista saída do golpe de 25.iv
ResponderEliminarpequeno almoço- falta de liberdade
almoço- desigualdade
jantar- falta de fraternidade
deitem-se para o lado esquerdo depois de:
fumar umas ganzas,
beber álcool até ao coma,
snifar coca,
injectar cavalo
sonhem com o paraíso socialista
José,
ResponderEliminarTotalmente de acordo.
Obrigado pelo artigo do Diabo.
Cumprimentos.
comunismo » feio
ResponderEliminarpartidos » feio
imprensa falsa e depressiva » feio
3 bancarrotas » não é feio é horrível
A posição de Salazar é como aquela história frequente do pai da família que sabe de olhos fechados, o que é bom e o que é mau para os filhos, avisa-os, proíbe-os mas mesmo assim os filhos atropelam a vontade paterna (uma vontade de bem comum) só para sentirem a experiência e o sabor do que é bater com os cornos na parede.
Faz parte da condição humana o erro mas alguns tipos de erros devem ser limitados para não se tornarem repetitivos.
No que toca à política, que não noutras matérias, Platão nada deu ao cristianismo que, como se sabe, tem dívida muito maior em relação a Aristóteles. Martínez como fascista que é vai a Platão, naturalmente. Pouco tem de católico, como o salazarismo deixou de ter depois do concílio, pouco entende de Platão. Se os salazaristas redivivos têm neste cabeça de atum o seu intelectual estão bem arranjados.
ResponderEliminarÓ hajapachorra, eu explico-lhe devagar e com calma para ver se entende: os salazaristas redivivos não têm o luxo de ter "intelectuais" porque tal coisa, hoje em dia, para além de duvidoso benefício, não é permitida.
ResponderEliminarO que os salazaristas redivivos têm é o exemplo de Salazar.
E já é uma grande, uma colossal, uma incomensurável coisa neste portugalinho moralmente muito pequenino que herdámos.
A questão que a si se lhe põe não é senão uma: vai estorvar ou vai contribuir?
"fascista" é a Palavra. Uma vez utilizada já está tudo usado.
ResponderEliminarVai estorvar, naturalmente.
"fascista" é o abre-te sésamo de quem não pensa e quando pensa já só pensa em estorvar.
ResponderEliminarDizer "fascista" é o mesmo que dizer "porco" a um muçulmano, ou sapo a um cigano. É a última Palavra que define uma ideia.
ResponderEliminarO Professor tocou, cirurgicamente, na ferida: tendo como exclusivo objectivo a promoção pessoal, como poderão estes homúnculos, que nós mesmos, nem que seja por omissão, colocámos no poder, alguma vez trabalhar em prol do bem comum?
ResponderEliminarE, para se manterem nesses lugares dourados aonde os alcandorámos, exploram a ignorância, e desinteresse!, dos que impunemente manobram- e a melhor das receitas é lançar mão do " jargão " -fascista! -
Não sei se vai estorvar.
ResponderEliminarE se não estorvar já está a contribuir.
Poderia contribuir mais se contrapusesse com o Aristóteles relevante para o caso, por exemplo.
Ou falar-nos um pouco da questão da estética.
Teria mais interesse isso do que invocar dívidas a banqueiros judeus por centros de estudo para atacar supostas teorias da conspiração.
Se ele cá vem, é porque vê aqui interesse. Qual, não sei, mas não custa tentar saber.
O problema é que Salazar era mau, não era pessoa bondosa.
ResponderEliminarNão queria à família, não tinha filhos, não amou mulheres.
A insuficiência humana da personagem prejudica a doutrina.
Compare-se com Churchill.
"O problema é que Salazar era mau, não era pessoa bondosa.
ResponderEliminarNão queria à família, não tinha filhos, não amou mulheres."
O Papa Francisco, coitado, tem a mesma sina...tal como os outros anteriores, bispos e padres.
"Compare-se com Churchill."
ResponderEliminarChurchill, o gazeador de árabes.
Churchill, o bombeador de Dresden.
Churcill, o branqueador, racista.
"A insuficiência humana da personagem prejudica a doutrina."
ResponderEliminarUma resposta directa do próprio:
Fui humano
«Devo à Providência a graça de ser pobre: sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, ostentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente. Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no Mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não por ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre. Jamais empreguei o insulto ou a agressão de modo que homens dignos se considerassem impossibilitados de colaborar. No exame dos tristes períodos que nos antecederam esforcei-me sempre por demonstrar como de pouco valiam as qualidades dos homens contra a força implacável dos erros que se viam obrigados a servir. E não é minha culpa se, passados vinte anos de uma experiência luminosa, eles próprios continuam a apresentar-se como inteiramente responsáveis do anterior descalabro, visto teimarem em proclamar a bondade dos princípios e a sua correcta aplicação à Nação Portuguesa. Fui humano».
Discurso de saudação e agradecimento ao Porto, em 1949, no Palácio da Bolsa, em 7 de Janeiro, ao inaugurar-se a conferência da União Nacional e a campanha para a reeleição do Senhor Presidente da República.
Esta papagaiada da esquerda palram, palram mas nunca conseguirão voar na verdade.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão queria à família, não tinha filhos, não amou mulheres."
ResponderEliminar«Deus, Pátria, Família»
Infinitamente superior à Liberdade, Fraternidade e Igualdade
«Vós pensais nos vossos filhos, eu penso nos filhos de todos vós».
AS PAIXÕES DE SALAZAR
Poucos conhecem a vida íntima de Salazar. A poucos dias do centenário do seu nascimento, aqui se recordam os seus amores que o afastaram do seminário mas não afastaram do poder
Ao contrário do que muita gente pensa, as mulheres formam uma constante na vida de Salazar, desde a juventude. Talvez essa tenha sido, aliás, uma das razões porque não prosseguiu a carreira eclesiástica. O seu primeiro devaneio sentimental vem dos tempos do seminário, em Viseu, onde namorava às escondidas com uma bonita professora de instrução primária, dois ou três anos mais velha, chamada Felismina. Encontravam-se principalmente à noite, e por vezes até no próprio Seminário. O derriço durou alguns anos.
Em Coimbra, desde estudante que convivia com belas moças. Era sedutor e facilmente conquistava as atenções femininas. chegou mesmo a pensar com Júlia Perestrelo, a “Julinha”, filha da sua madrinha Maria Perestrelo, mas esta não aprovara o namoro com o filho do feitor da casa.
Merece também destaque a relação que manteve com Glória Castanheira, pianista amadora de mérito e uma das suas maiores admiradoras, que durante largo tempo lhe prendeu as atenções e por quem era muito requestado. Outras havia: Maria Luísa Sobral, Alda Pais, Palmira, Alice, Maria Helena - para só citar as que primeiro constituíram o seu círculo feminino.
A grande paixão
Mais tarde, já presidente do Conselho e com mais de 50 anos, mantém estreita ligação com Carolina Asseca, viúva jovem, aristocrática, por quem se chegou a pensar que Salazar abandonaria a política para se casar e ir viver para as suas terras da Beira.
Mas a sua paixão mais profunda, ou pelo menos a que melhor se conhece, foi pela escritora e jornalista francesa Christine Garnier, que conheceu quando ela tinha ainda pouco mais de 35 anos. Recebeu-a no Forte de Santo António do Estoril, onde passava as férias no verão de 1951. Desde então, os encontros, embora espaçados e esporádicos sucederam-se durante alguns anos, assim como as cartas, as lembranças, os telefonemas e, até, os retratos. Christine escreveu mesmo um livro que teve repercussão na Europa - “Férias com Salazar” -, mas o romance acabou por não vingar, muito embora tenha permanecido a amizade. A escritora acabou por casar e veio a Lisboa apresentar o marido ao presidente do Conselho.
https://sites.google.com/site/pequenashistorietas/personalidades/as-paixoes-de-salazar
As boas pessoas, Papas recentes por exemplo, emanando bondade, não fazem um discurso a dizer 'fui humano'. Os homens 'maus', os ditadores, é que historicamente sempre fizeram, e continuam a fazer precisamente discursos deste género.
ResponderEliminarAlguns casos com mulheres, mais supostos que confirmados, e inflacionados por biografias favoráveis, tentando dar-lhe dimensão mais humana, mostram uma vida amorosa pobre e escassa.
Ó homem, e que me importa a mim a vida amorosa de quem manda, ou seja lá de quem for?!
ResponderEliminarImporta-me é que cumpra o seu dever diligentemente, administre eficazmente e com parcimónia o dinheiro que nos cobra e acautele os interesses do país, que são os nossos.
Salazar fez assim ou não fez assim?
Quem tem isto que ver com "vidas amorosas"?
V. é parvo ou faz-se?