O PM Passos Coelho foi alvo da atenção do Público no outro
dia, Sábado, com um "destaque" de duas páginas do jornal, assinado
por José António Cerejo e um título de primeira página: "Passos esteve
cino anos sem pagar contribuições à Segurança Social".
As duas páginas lá explicavam que Passos era admnistrador de empresas do grupo Fomentinvest
( de Ângelo Correia que ainda não apareceu na tv mas há-de vir porque aparecem
sempre nestas ocasiões, a espetar facas onde calha) e passava recibos verdes
pelos serviços que prestou, pelo menos de Outubbro de 1999 a Setembro de 2004.
Teria que pagar à Segurança Social, nessa qualidade, uma contribuição mensal
correspondente a 25,40% do salário mínimo em vigor.
Não pagou, como aliás o fizeram dezenas de milhar de "trabalhadores
precários pagos a recibos verdes", conforme escreve o jornal. A Segurança Social deixou correr o marfim,
sob a batuta do Edmundo que agora se indigna, com este comportamento de um
primeiro-ministro relapso e não se enxerga quanto à manifesta incompetência que
demonstrou no exercício do cargo que
ocupava na altura e que aparentemente ninguém pretende apurar .
Desde Sábado esta notícia do Público tem apresentado
desenvolvimentos pontuais, mas apenas acessórios. Logo na Segunda-Feira, Edmundo, o antigo dirigente da
Segurança Social apareceu no Diário de Notícias a lançar as farpas convenientes
e mais achas para a fogueira política, afirmando a gravidade do assunto
relacionado com a falta de pagamento de meia dúzia de milhar de euros de um
contribuinte e desvalorizando olvidando os milhões que se perderam por inépcia
e inoperância sua, no exercício do cargo.
A oportunidade da intervenção deste Edmundo, no entanto, deixou-me pulga atrás da orelha, tanto mais que só agora o PSD deu a correr atrás do prejuízo, com uma pileca de um recorte do Tal&Qual, quando o PS já cavalga o assunto com alazão em forma de cavalo de corrida e apoios vários, nas boxes .
A oportunidade da intervenção deste Edmundo, no entanto, deixou-me pulga atrás da orelha, tanto mais que só agora o PSD deu a correr atrás do prejuízo, com uma pileca de um recorte do Tal&Qual, quando o PS já cavalga o assunto com alazão em forma de cavalo de corrida e apoios vários, nas boxes .
O Público que aparentemente desarrincou a investigação nunca referiu o ubíquo Edmundo, o que é tanto
mais estranho num assunto que cada vez
mais se aparenta como plantado politicamente pelo PS, com intuitos manifestos
de causar dano político ao PM.
Se tal for assim e o Público embarcou nessa campanha
política, o que se indicia perante os factos recentes e o recrudescer da polémica político-partidária, a questão que se coloca é a de o jornalismo do Público ser de fretes
políticos e portanto com uma credibilidade inerente e uma honorabilidade
diminuída.
O editorial da edição de hoje do jornal é assim:
Depois dos últimos dias envoltos numa nuvem de polémica e
tentativas de justificações, Pedro Passos Coelho decidiu jogar todas as cartas
e partiu para o ataque. Numa intervenção fortemente aplaudido pelo
partido, insinuou que é o PS que está por detrás dos ataques pessoais
que têm chegado a público sobre a sua antiga dívida à segurança social. E, numa
alusão implícita à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates, garantiu “ao
partidos e aos portugueses”, que nunca usou o cargo político “para enriquecer”
ou “fazer favores”. Ou seja, pode ter tido falhas enquanto cidadão, mas “nunca
enquanto primeiro-ministro”.
Por outro lado e a realçar o aspecto de pura trica
político-partidária que o caso assumiu, apareceu outro caso que envolve o líder
do PS, António Costa:
A notícia do Tal&Qual sobre António Costa que os
apoiantes de Passos Coelho fizeram circular nas redes sociais, como
estratégia de contra-ataque por causa da dívida do primeiro-ministro à
Segurança Social, tem a ver com duas casas compradas pelo socialista no início
da década de 90 e a sisa e contribuição autárquica que eram devidas.
A história, agora consultada pelo Observador, foi publicada
a 2 de junho de 2000, era António Costa ministro da Justiça do Governo de
António Guterres. Segundo o extinto semanário, o agora secretário-geral do
PS comprou em 29 de junho de 1990, como comprova a escritura, um
T6 em mau estado na Calçada Miguel Pais, em Lisboa, por cinco mil contos,
sem recurso a crédito bancário.
A 11 de junho de 1991, pediu um empréstimo ao Crédito
Predial Português no valor de 9 mil contos para “obras de beneficiação do
imóvel”, tendo dado como garantia o mesmo imóvel que, segundo avaliação feita
pelo banco, “ainda sem obras e em apenas 11 meses”, valorizou-se “mais de 80%”,
contava o jornal.
No final de 1999, Costa pediu novo empréstimo de 13 mil
contos à Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo: 7.550 contos para liquidar o
anterior empréstimo e o restante para novas obras. Mas, na escritura de 23 de
setembro de 1999, é dito que o empréstimo se destina a “financiar a liquidação
de outro empréstimo de igual montante para aquisição de habitação própria
permanente“.
“Em que ficamos? O primeiro empréstimo foi contraído afinal
para obras ou para a compra de casa? A diferença é obviamente relevante: caso
os 9 mil contos tivessem sido aplicados na compra de casa e não em obras, o
ministro devia ter pago a sisa que não pagou em 1990 por, então, o limite de
isenção ser apenas de 6 mil contos”, escrevia o Tal&Qual.
Entre estes dois casos, o critério editorial do Público vai
balançar ou já fez a escolha adequada, por força do aparente frete?
Mais: como este caso Passos é uma sequela do caso da Tecnoforma, investigado pelo mesmo jornal e jornalista,
torna-se curial indagar se o Público e particularmente o seu repórter de
investigação estão de "mãos limpas" neste assunto, ou seja se agiram
com espírito jornalístico puro ou pura e simplesmente se deixaram manipular por
interesses particulares e políticos de um partido que disputa eleitorado.
Essa questão, para mim, é mais relevante do que saber se
Passou ou Costa, em 1999 foram relapsos no pagamento de contribuições e
impostos. A credibilidade dos políticos vale o que sempre valeu. A credibilidade de um jornal e particularmente de um dos poucos repórteres de investigação que temos, para mim vale um pouco mais.
Mas arrisca-se, com este caso, a perdê-la completamente.
Mas arrisca-se, com este caso, a perdê-la completamente.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"um moleiro e um carvoeiro
ResponderEliminartravaram-se de razões
um era da cor da neve
outro da cor dos carvões
cada qual deles teimava
que o outro mais sujo estava
tinham ambos a mão leve
choveram uns bofetões
e qual foi o resultado
um ao outro se sujou
pois ficou o carvoeiro
mau grado seu empoado
e o moleiro
igualmente enfarruscado
assim fazem as comadres
quando ralham e os compadres
se a politica os separa
cada qual sem se limpar
consegue o outro sujar
nem é isso coisa rara "
Tendo em conta que as contribuições em causa reportam-se aos anos de 1999 a 2004, lembro que:
ResponderEliminar- De 2002 a 2004 os xuxas não estiveram no governo.
- O boy Edmundo foi presidente do Instituto da Seg.Social a partir de 2005.
- Apenas em 2006 foi instituida a "conta-corrente" na Seg.Social que permitiu centralizar e controlar os descontos dos beneficiários.
Foi no tempo do boy Edmundo que as coisas se complicaram em termos de cobrança...
ResponderEliminarno mesmo ano o tó monhé comprou em Odivelas uma cas para a mulher como 1ª habitação
ResponderEliminartesos como este entraram na política para enriquecer
diz-se que o jornaleiro é 'pau mandado' do belmiro
que vem perdendo cota de mercado como rico
Tentar não pagar um imposto estúpido, como é a contribuição para a SS de quem estava a recibos verdes e não podia beneficiar de subsidio de desemprego é uma coisa, arranjar esquemas para fugir à sisa é outra, sacar 20 milhões é um campeonato totalmente diferente.
ResponderEliminarOuvindo os xuxalistas parece que as escalas se invertem.
PS. Em todo o caso temos uma elite política absolutamente merdosa.
Exactamente. E as perguntas que fazem é apenas por causa da coisa merdosa. O resto é tudo inocências presumidas e definitivas.
ResponderEliminarnoutros tempos gritava-se
ResponderEliminar'água vai!'
agora a fossa do rato despeja merda sem aviso
o país não interessa a quem não tem ideias para resolver o 'creximento'
o canibalismo veio para ficar
até ontem gritavam nas tvs o excesso de utentes nas consultas do sns
hoje afirmava-se que 1 em cada 5 portugueses não ia às e aos medicamentos por não ter dinheiro
mostravam um centro de saúde semi-desértico
PQP
O Sr.Ten.Coronel Brandão Ferreira foi ilibado por o Tribunal da Relacção de Lisboa da acusação de manuel alegre Conselheiro de Estado.
ResponderEliminarALEGRE TRAIDOR
HONRA AOS HEROIS
O Sr.Ten.Coronel Brandão Ferreira foi ilibado por o Tribunal da Relacção de Lisboa da acusação de manuel alegre Conselheiro de Estado.
ResponderEliminarALEGRE TRAIDOR
HONRA AOS HEROIS
Essa notícia é de hoje?
ResponderEliminarVou ver quantos jornais, amanhã, darão a notícia na primeira página.
Caro José aproveito para o saudar e dar-lhe os parabéns pelas suas brilhantes e oportunas intervenções.
ResponderEliminarA boa notícia tive-a hoje mas o acordão da RelaCção é de 26 de Fevereiro....
alegre mais um candidato ao panteao....
Caro José aproveito para o saudar e dar-lhe os parabéns pelas suas brilhantes e oportunas intervenções.
ResponderEliminarA boa notícia tive-a hoje mas o acordão da RelaCção é de 26 de Fevereiro....
alegre mais um candidato ao panteao....
A sério, já era assim. Hoje vende apenas 17 mil ou nem isso...
ResponderEliminarCom precisão: 15 875 de venda média diária em 2014 (APCT). Descida de 10,9%.
ResponderEliminarQuem é que vende isso? O Público?
ResponderEliminarO DN vende menos...