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sábado, abril 11, 2015

A gesta portuguesa e o romantismo da fantasia nacional

Na mesma edição do jornal que tenho vindo a publicar mostrava-se a grandiosidade do nosso "império", citando-se Camões, o vate do futuro sempre presente no realismo fantástico.

"E se mais mundo houvera lá chegara"...para os perder depois, porque o passo de então foi maior que as pernas para que vos quero, dos séculos a seguir.  A nossa tragédia, marítima e militar,  foi mesmo essa.
A epopeia redundou na tragi-comédia do oferecimento de um par de estalos ( pronto, parece que foram murros...) a um adversário num confronto decisivo e guerreiro numa bela manhã de 25 de Abril de 1974. E essa ameaça surtiu efeito. Essa foi a parte gaga. A tragédia veio logo a seguir.

Para nos situarmos na origem do mito aqui ficam recortes do "pasquim". Mas estes não são scaneados pelo meu pobre escravo às ordens e acorrentado ao computador por um cabo usb. São tiradinhos daqui e fresquinhos para quem quiser ler.







E quem nos contou estas histórias todas dos nossos antepassados? Os narradores, os escritores e os poetas.

Em 1940 a História da nossa Literatura contava-se assim: havia dois séculos, o XVI e o XIX e o resto era paisagem. " A literatura é um espelho do tempo e da sociedade". "Quando se afunda uma pátria a sua literatura ou cessa ou bruxoleia e apaga-se".  "Depois de Camões, as letras portuguesas mirraram e sucumbiram".
E remata Albino Forjaz de Sampaio: " O séc. XIX é o único que com o século XVI pode sofrer comparação".

Pergunta-se: no século XIX há realismo fantástico do género que por aqui se produziu, mitificando factos, nomes e figuras?
Como é que este fenómeno ressurge na primeira metade do séc. XX em modo de renascimento fantástico?
Não sei..mas sei que Garcia de Resende, do século em causa,  foi desdenhado por Alexandre Herculano, do século vindouro. Parece que escrevia "historietas", segundo Herculano. Em "pasquins" ,diriam outros...






2 comentários:

  1. Muito obrigada, José por estas delícias, incluindo o hino e o link dos centenários

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  2. o ciclone de fevereiro de 1941 arrasou a exposição com grande pena minha
    preparava-me para a ver nos férias da Páscoa

    hoje ninguém conhece nem Resende, nem Herculano, nem AFS

    ninguém se lembra que o PM destituído em 26 apoiava a defesa de Angola

    'tout lasse, tout casse, tout passe!'

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